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História O jardim inglês. - Dor e medo.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Olá, espero que gostem desse capítulo, notaram que todos os ômegas estão no cio? Ainda bem que os betas do detetive Farrel estão lá...

Capítulo 25 - Dor e medo.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Dor e medo.

Havia no ar um cheiro estranho, remédios e algo mais, um cheiro doce...Seu cheiro...O cheiro que sentia quando tinha febre...Seu cio, mas isso não era possível, ainda era muito cedo, ele se lembrava bem, era muito cedo, tinha tempo ainda.

Sentiu seu corpo ser levantado e depositado sem muito cuidado em cima de algo macio, uma cama talvez, sentiu seus braços dormentes, tentou mexer e não conseguiu, resmungou dolorido e com a cabeça pesada, sentiu dor em algum ponto na barriga.

-Ah...Peter...Gemeu Lucas, e abriu os olhos, mas o que viu o apavorou intensamente, a sua frente um homem estranho, com olhos escuros, um sorriso maldoso nos lábios finos, ao lado dele mexendo em algumas coisas de hospital estava Lady Mary, ela estava diferente, usava um vestido curto e vermelho, sandálias altas e também vermelhas, estava muito mais magra, esbelta e jovem, seu longo cabelo caindo em cachos pelas costas, e não preso na nuca como sempre, já não havia cabelos grisalhos, na verdade eles estavam brilhantes e belos.

-Lady Mary? Perguntou Lucas, tentando se sentar na cama e percebendo que estava amarrado nos pulsos e tornozelos.

-Meu verdadeiro nome é Helena, e eu como pode perceber sou bem mais jovem do que julgava não é? Você é meu prisioneiro pequeno ômega, e não vai escapar, eu apliquei os hormônios que adiantam o seu cio, logo estará se contorcendo nessa cama, implorando por um alfa para te satisfazer, adivinhe só? Não sera meu filho...Usarei esse homem aqui mesmo, ele não é muito esperto e nem muito forte, é um alfa a pouco tempo, seu corpo ainda não tem controle de sua força, mas ele serve para te comer, eu quero seus hormônios ativos, em ebulição e então eu vou drenar seu sangue, sinto muito mesmo, mas nesse processo te matarei.

Lucas estava de boca aberta, ela era fria, sem coração, sem sentimentos, e realmente era Lady Mary, só que com uma pedra no lugar do que chamamos de coração.

-V-vai me matar? Porque? O que foi que eu te fiz?

-Nada, não me fez nada, mas me dará muito...Seu precioso sangue vai me deixar jovem e bela por um longo tempo, e é só por isso que morrerá.

Lucas sentiu muito medo e começou a tremer, de frio e calor, sentimentos misturados, percebia seu corpo vibrando, sentia o calor no corpo, desejava Peter como nunca, e mesmo assim tinha medo, sua mente ativa implorava para o alfa vir busca-lo, ele o chamava em sua mente, o desejando, o buscando, ele precisava dele.

"Peter...Venha me pegar, por favor, por favor...Venha me buscar..." 

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O detetive Farrel já tinha esgotado seus recursos, os remédios aplicados nos meninos não surgiam mais efeito, de fato ele e seus poucos homens já se sentiam a beira do pânico ali dentro, por isso os chamou com cautela, teria que agir e seria agora.

-Douglas, vá embora, avise aos superiores que as instalações estão contaminadas, sob quarentena, assim não teremos mais homens aqui, isso seria um desastre, leve com você todos que são casados ou compromissados, quero aqui apenas os solteiros.

-Sim senhor, mas porque? Perguntou o homem, estranhando essa ordem do chefe.

-Confie em mim...E Obrigado por tudo.

O homem saiu e levou outros com ele, logo Peter voltou, estava nervoso, agitado.

-Farrel, preciso ir embora, preciso ver Lucas, ela não está aqui, fugiu mesmo...E eu tenho um péssimo pressentimento, preciso voltar para casa.

-Sim, volte, cuide de Lucas, ele é mesmo muito especial...Eu cuidarei dos meninos, quando eles estiverem em condições os levarei daqui, até lá os manterei seguros aqui, se precisar de ajuda avise os meus superiores, eu já deixei um recado com eles e passei seu nome, eles vão te ouvir, aqui está o telefone do subdelegado do distrito seu nome é David, é meu amigo pessoal e um ótimo agente em campo, se precisar o chame.

-Obrigado...Espero que tudo fique bem.

E Peter saiu do complexo, deixando Farrel com alguns de seus homens ali, então o detetive resolveu conversar seriamente com eles.

-Senhores, estão familiarizados com meus estudos não é?

-Sim senhor. Eles responderam.

-Bom, esses meninos são ômegas, como consta nos relatórios que enviei a vocês, e estão no cio, isso é doloroso para eles, na verdade como o cio foi imposto é mais doloroso ainda, eles foram abusados e usados nessas instalações, mas mesmo assim hoje precisam de um parceiro, seus corpos estão quentes em um desejo que vai mata-los se não forem...Bom, se não tiverem um parceiro na cama.

O homens se mantinham quietos, sem entender bem onde o detetive queria chegar.

-Quero que cada um de vocês fique com um dos meninos, para ser mais direto, façam amor com eles, sejam gentis, e cuidem deles, pois eles nesse momento não tem condições de se cuidar sozinhos, isso deve durar em torno de dois ou três dias, temos alimentos nesse complexo, temos água, na verdade poderíamos passar meses aqui se fosse necessário e nada nós faltaria, o que me dizem? Sei que são solteiros, pois verifiquei isso antes de mante-los aqui, eu já desconfiava de algo assim, e não quero atrapalhar a vida pessoal de ninguém, mas eu pergunto podem fazer isso?

-Mas senhor, eu sou hetero...Nunca estive com um garoto antes, nem saberia como agir...Falou um homem alto, de pele morena.

-Qual seu nome mesmo? Perguntou Farrel, pois não se lembrava do nome de todos sob suas ordens, muito embora se lembrasse da ficha daquele ali, onde constava que vivia sozinho.

-É Miguel senhor...E como eu disse, eu sou hetero.

-Olha, esses meninos são ômegas, é diferente, pode acreditar em mim, sei que são garotos, mas muito mais doces e gentis do que pode imaginar, se não quiser e sentir repulsa não o obrigarei, mas pelo menos tente...Quanto aos outros, alguma objeção moral ou algo do tipo?

Nenhum dos ali presentes se manifestou, então Farrel se encaminhou aos meninos e tocou a face do ruivo, ele acordou afogueado e o olhou nos olhos, pareciam nublados e desfocados.

-Qual seu nome pequeno? Perguntou Farrel acariciando os cabelos macios e vermelhos dele.

-Yuri senhor...Pode me ajudar? Está doendo...Choramingou.

-Confie em mim, venha...Ofereceu os braços e o pequeno se aconchegou nele, que o pegou no colo e saiu dali, caminhando lentamente até um dos quartos no mesmo piso, antes de entrar e fechar a porta, olhou para os outros homens, e eles entenderam o recado mudo.

O outros meninos acordaram, eram três agora, um japonês pequenino, de lindos olhos puxados e assustados, que assim que abriu os olhos começou a chorar, abraçado ao próprio corpo, e os gêmeos morenos, de pele dourada e cabelos longos que estavam tão assustados que nem conseguiam emitir qualquer som, apenas olhavam os homens a sua frente, enquanto lágrimas caíam de seus lindos olhos amendoados.

Miguel se sentiu quente, sentiu um indefinível sentimento de proteção o encher ao olhar um dos gêmeos bem nos olhos, aqueles olhos lindos e tristes o deixaram completamente louco, ele queria poder abraçar o  pequeno e o levar dali...Levar para onde? Fazer o que? Ele era um homem, não devia sentir essas coisas por outro homem, mesmo que fosse por um garoto lindo, de cabelos negros sedosos...Seu corpo reagiu sem que ele pudesse se conter, se aproximou vacilante do menino e sorriu para ele.

-Oi, eu sou Miguel, e você quem é? Falou baixinho, para não assusta-lo mais ainda.

-Eu sou Kaleo...

-Que nome diferente, de onde vem? Perguntou mais perto dele, e mexeu em seu cabelo negro, e ele era mesmo muito macio.

-Eu e meu irmão gêmeo somos do Havai...Respondeu baixinho, mas fez uma careta de dor e se encolheu todo.

-Venha comigo Kaleo, me deixe cuidar de você...Eu nunca estive com um garoto antes, mas se me permitir cuidar de você prometo que serei muito gentil, e vou te ouvir, pode me dizer o que fazer não é? Assim eu sei que a dor vai passar mais rápido.

O pequeno ômega sorriu de forma tímida para ele, sentiu seu coração pular no peito, tinha gostado muito daquele homem alto e forte, ele parecia ser capaz de protege-lo, por isso como uma criança ergueu os braços e foi pego no colo, estava fraco para andar, se aconchegou em seu peito e fechou os olhos amendoados, se deixando levar.

Um dos detetives restantes sorriu olhando o amigo ao seu lado.

-Já tinha imaginado na sua vida alguma situação assim? Porque cara eu estou até agora sem acreditar no que estou vendo...Falou um deles, o mais alto e loiro, com cerca de trinta anos, trabalhando a oito com Farrel.

-Felipe, se me contasse isso eu certamente não acreditaria...Mas posso ficar com aquele pequeno ali, o japonês, eu o achei lindo e estou sem palavras para te disser o que sinto quando olho pra ele...Falou o colega, era um homem mais baixo, cerca de vinte e oito anos, mestiço, com olhos puxados e cabelos levemente ondulados na cor castanho claro.

O loiro riu, entendia muito bem a situação, pois queria cuidar do moreno havaiano.

-Yahiko, vejo que já fez sua escolha...Seja muito gentil com ele, eu cuidarei do pequeno moreninho ali, ele me parece o mais assustado, não importa o que faça, seja bom com ele.

Os dois se olharam cúmplices e se dirigiram aos meninos encolhidos ali.

Takeru chorava muito assustado, escondeu o  rosto nas mãos apavorado, quando sentiu uma mão quente e maior que a sua o tocar na testa gentilmente.

-Seu nome é Takeru não é? Ouvi o comandante falando isso mais cedo, eu sou Yahiko, venho do japão, na verdade da região de Kobe, já ouviu falar?

-Sim...Ouvi...V-você vai me machucar? Perguntou o pequeno ômega com os olhos cheios de lágrimas.

-Nunca faria isso, mas preciso cuidar de você, sei que está sentindo dor, pode confiar em mim para te ajudar?

-V-você é um alfa como o Duque ou o senhor Edward?

-Não...Acho que eu posso dizer que sou um beta, mas sou capaz de cuidar de você com carinho, se quiser é claro.

Takeru suspirou sentido, e depois se levantou e pegou na mão forte dele, sorriu e o abraçou, sentindo o calor do corpo dele irradiar pelo seu, suspirou e se deixou levar dali.

O loiro se aproximou do pequeno moreninho que tremia sem controle, sentia uma estranha necessidade de cuidar dele, de mante-lo a salvo.

-Qual seu nome pequeno ômega?

O moreninho ergueu os olhos molhados e o encarou por alguns minutos antes de responder de forma suave.

-Kai...Significa aquele que veio do mar...

-Você veio do Havai não é? Gostava de lá? Sente saudades?

O moreninho negou com a cabeça.

-Não sinto saudades...Meu pai era muito mal comigo e meu irmão, mas eu não gosto daqui, pode me tirar daqui senhor?

-Meu nome é Felipe, e sim eu posso...Mas não agora, você pode me deixar cuidar de você pequenino? Eu serei...Serei muito bom, prometo.

-Quer dizer...Fazer aquilo? Aquilo comigo? Perguntou meio assustado.

-Somente se quiser e precisar...Caso contrário posso te ajudar a dormir, preparar algo para comer...Eu quero cuidar de você, de verdade.

-Eu li um livro...Lá diz que você se torna responsável por aquele que cativa...Quer me cativar Felipe?

O loiro sorriu e brincou com uma mecha do longo cabelo nos dedos.

-Leu O pequeno príncipe, e talvez eu queira te cativar...E goste da ideia de ser responsável por você.

O pequeno ômega sorriu de forma tímida e se aproximou do loiro alto.

-Me cative...Falou e sorriu.

Foram os últimos a entrar num dos quartos do complexo, os únicos sons que se ouviam eram leves gemidos...Mas esses gemidos não eram de dor ou medo, eram de prazer e contentamento.

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Peter voltou ao apartamento e encontrou a porta aberta, sentiu na hora uma dor no peito e teve que se abaixar e respirar lentamente.

-Lucas...Minha fadinha...

Olhou em volta e nada viu de diferente, mas sentia o coração oprimido, sentia algo novo no corpo, um calor, um medo, resolveu seguir seus instintos, pegou o carro e começou a dirigir sem sentido, até que sentiu uma forte sensação e rodou para a pista da direita, começou a seguir freneticamente por aquele caminho, lembrou de uma conversa com o detetive Farrel, uma em que o homem lhe explicava que se ele marcasse Lucas no pescoço, como uma mordida forte, eles teriam uma ligação um com o outro, e poderiam se encontrar mesmo em meio a uma multidão.

Bem, ele já tinha feito isso, a pouco mais de dois dias haviam feito amor de modo selvagem, e quando sentia seu orgasmo próximo sentiu os dentes arderem na boca, e cedeu a um desejo insano de morder o pescoço de Lucas, é claro que se sentiu mal com isso depois, pois deixou a marca dos caninos ali, mas o beijou tanto e o acarinhou tanto depois que o mesmo não ficou bravo com ele, ao contrário ficou  mais carinhoso ainda.

-Eu marquei Lucas, posso encontra-lo! Falou feliz e discou o numero do detetive que Farrel indicou, precisava de ajuda.

Seu carro corria a toda velocidade, ele sentia Lucas cada vez mais perto...

-Eu estou chegando minha fadinha...Estou chegando...


Notas Finais


O amor é lindo não é? Parece que os ômegas não ficaram sozinhos no final das contas, e quem diria detetive Farrel você gostou do ruivinho né? Quem curtiu me conte.


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