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História O jardim inglês. - Confie em mim, pequenino.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Achei que um lemon bem gostosinho poderia alegrar esse dia...Mas confesso que fiz um capítulo cheio de ação e emoção, e eu espero que gostem e apreciem, tanto quanto eu. Boa leitura.

Capítulo 26 - Confie em mim, pequenino.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Confie em mim, pequenino.

O detetive Farrel já tinha lido absolutamente tudo que pode ter acesso sobre alfas, betas e ômegas, desde de textos antigos, dos povos da Suméria e do antigo Egito, até as mais loucas especulações de como a humanidade estava entrando numa nova era, onde os alfas e ômegas seriam uma evolução natural da espécie humana, mas ver um ômega realmente só viu Lucas, isso até hoje, e nunca pode ficar tão perto de um, como estava agora desse jovem ruivo chamado Yuri.

O pequeno ômega ainda estava assustado, e Farrel acariciava seus lindos cabelos ruivos com todo carinho, é verdade que escreveu sobre o assunto, colocou suas próprias teorias em seus trabalhos, mas agora estava sem ação, sabia que o cio podia ser doloroso se fosse passado sozinho, mas também não queria forçar nada ao pequenino, sentia uma imensa vontade de protege-lo.

-Yuri,  o que posso fazer para te ajudar? Só me diga...Está com dor?

O pequeno confirmou com a cabeça, tremendo ligeiramente e se encolhendo mais junto ao detetive.

-Quer algum remédio? Existe algum que funcione melhor do que os que minha equipe já lhe deu?

-E-eu não sei...Meu corpo está muito quente...Reclamou e olhou nos olhos do homem, entre envergonhado e suplicante.

-Confie em mim pequenino, não quero machuca-lo e não vou te deixar sozinho...

O pequeno ruivo arfou e gemeu de leve, levando a mão até o meio das pernas, se acariciando lentamente, e ainda olhando nos olhos do homem a sua frente, estava corado e envergonhado, mas os instintos eram fortes demais.

-Vamos tirar essas roupas? Perguntou com calma, levando a mão com cuidado ao corpo jovem que se encolheu por um momento, mas aceitou depois, suspirando lentamente enquanto suas roupas eram retiradas uma a uma, sua pele pálida realmente estava quente, e se arrepiava com cada toque dos dedos do homem.

-Ah...Gemeu o garoto, se contorcendo na cama, estava somente com uma última peça, e o detetive notou como ele estava excitado, por isso levou a mão ao membro dele, ainda por sobre a peça de roupa e o tocou, ele gemeu e arfou pesadamente.

-Quer mais pequeno Yuri?

-S-sim...Por favor alfa...

Farrel sorriu e o beijou na bochecha.

-Não sou um alfa meu lindo...Sou apenas um beta...

-Sim, alfa...Seu cheiro...Resmungou o ômega se enroscando no corpo do homem, que sentiu o cheiro da lubrificação e arfou também, sentindo cada célula de seu corpo pedir por mais, suas pupilas se dilataram e ele tirou a peça que restava da roupa, notando o corpo maravilhoso a sua frente, suave e entregue a ele, agradeceu a seja lá qual divindade lhe proporcionou esse momento, e sentiu tamanho carinho pelo jovem que desejou jamais o deixar novamente, talvez os estudos estivessem certos no final das contas, a evolução humana mesmo sem a ajuda de laboratórios devia estar acontecendo e algo dentro dele despertou seu alfa interior ao ver e cheirar o belo corpo a sua frente.

-Posso ser seu alfa se quiser meu pequenino...Falou enquanto beijava o pescoço branquinho, e deslizava as mãos pela coluna, descendo até as nádegas fartas e macias dele

-Meu alfa...Nunca mais me deixe...Gemeu o pequeno, enroscando as pernas em sua cintura, o que o enlouqueceu de vez, o fazendo perder qualquer lembrança dos outros, seja da polícia, do FBI, dos outros ômegas, agora ele só pensava no seu ômega, seu pequeno Yuri a quem desejava encher de beijos e amor, por toda a sua vida.

Retirou suas próprias roupas com pressa e as jogou em qualquer canto, beijou o corpo belo a sua frente, apreciando a textura única da pele, era quente, doce e macia...

-Ah...eu sempre te busquei Yuri, só não sabia disso...

-Alfa...alfa...Me tome agora...Por favor...

Farrel sorriu e abriu com cuidado as pernas macias, beijando as coxas e descendo até a virilha, onde depositou um beijo macio e molhado, encaminhou seus dedos até a entrada e se surpreendeu em como estava molhada, e aquele perfume subia em ondas, delicioso, perfeito, quase insano, sorriu ao ver os olhinhos nublados e a boca pequena suplicante, pedindo por mais, acariciando o membro rosado dele, e aproveitando de sua distração introduziu um dedo na cavidade molhada e ele gemeu longamente, o que o fez acrescentar mais um dedo, o movendo com calma, buscando lhe dar prazer, ao que sentiu o pequeno gemer mais e mais. Não pensou em mais nada, se colocou entre suas pernas e entrou devagar, ele era apertado, mas estava bem lubrificado, seu membro escorregou lentamente, e o garoto gemeu de dor e alívio ao senti-lo dentro de seu corpo, fechou as pernas em sua cintura e agarrou seu pescoço, sorrindo lindamente para ele.

-Me faça seu! Falou num claro pedido, a consciência ali, presente.

-Você é meu Yuri. Respondeu e recebeu um largo sorriso, tão sincero e belo que o fez sorrir também, havia amor ali, tão real quanto a alegria que sentia em seu coração, agora acreditava em amor a primeira vista, com certeza.

Sem pressa se moveu junto ao corpo quente, mal sabendo que ele também ardia.

Mãos unidas...

Pele molhada de suor...

Corpos em sintonia perfeita...

O que sentiu naquele instante era perfeito, seus lábios se uniram ao do ômega e ele o tomou por inteiro, corpo, alma e coração, o orgasmo veio em ondas, acelerando os batimentos cardíacos de ambos, que na sintonia do momento poderiam ser de um único coração, tão iguais estavam, gemeram sem se soltarem e então trêmulos ainda e exaustos se soltaram finalmente, deitando na cama desfeita, o pequeno descansou em seu peito, acariciando seu torax, e ele o abraçou pela cintura carinhosamente.

-Alfa Farrel cuide de mim, por favor. 

-Nunca mais te deixarei Yuri. Respondeu sorrindo.

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Parece que o destino estava trabalhando arduamente para esse momento, pois cada um dos ômegas aceitou seu companheiro inteiramente, se entregando de corpo e alma, e nesse dia o amor surgiu em ondas naquele local que antes só conheceu dor e sofrimento por parte dos pequenos e indefesos ômegas, os homens sob as ordens do detetive sentiram a força deste destino no corpo, desejando proteger aqueles que lhe foram entregues com suas próprias vidas, eram betas sim, mas eram fortes o suficientes para cuidar deles.

Longe dali, numa estrada deserta o corpo de Peter gritava de dor e medo que ele sentia com sua incrível ligação com seu ômega pois sentia que ele sofria e isso o fazia sofrer junto, sentia lágrimas escorrendo do rosto e chorava de angústia por não estar com ele, seus soluços o desesperando mais e mais, até que percebeu uma fabrica abandonada no final daquela estrada, e se dirigiu até lá, seus instintos alertas, o corpo quente de ódio por saber que sua própria mãe maltratava seu ômega.

Lá dentro, nos fundos daquela fabrica, amarrado em uma velha cama Lucas gritava a plenos pulmões, lutando contra a violência que sofria.

-Não! Pare por favor, eu não quero! Esperneava, chutava e mordia, enquanto o alfa tentava arrancar suas roupas, as rasgando no processo.

-Amarre ele melhor seu alfa estúpido! Não quer poder transar com ele? Idiota! Resmungou Lady Mary se aproximando da cama, olhando a cena com certo nojo.

-Lucas! Cale-se, e fique quieto, será mais fácil e rápido assim. Ela ordenou, usando sua voz de comando alta, que fez o pequeno gritar de dor e tremer inteiro.

-N-não! Ele gemeu se contorcendo na cama, as mãos doendo pelo esforço de se livrar e se defender.

-V-vou lutar...Sei que Peter está vindo...Ele vem me salvar! Falou com um brilho nos olhos, o corpo realmente lutando contra os comandos dela, o que a fez recuar um passo, era a primeira vez que um ômega lhe desafiava, logo ela, a alfa suprema, capaz de imobilizar até mesmo outros alfas, o que esse pequeno estava pensando?

-É dor que quer então pequeno Lucas?  Eu lhe darei dor verdadeira...E com toda sua força gritou para ele, seu corpo expandindo sua aura de alfa suprema ao máximo, sem nem se dar conta que isso poderia mata-lo.

-Me obedeça ou morra seu inútil! 

O corpo frágil convulsionou nos braços do alfa que também gemeu dolorido, sentindo o poder da mulher na pele, aquilo doía muito, mas muito mesmo, era com ter milhares de agulhas espalhadas pelo corpo, desde de os pés até o couro cabeludo, era dor demais.

Num sussurro muito baixo, o pequeno ômega ainda conseguiu proferir uma frase curta.

-Então eu morro...Vadia...

Lady Mary gritou de novo, desta vez ao ver que perderia sua preciosa carga, aquele que era capaz de mante-la jovem indefinidamente, pulou sobre ele, jogando o alfa choroso longe, pegou o corpo pequeno, mole em seus braços e o acariciou sofrega.

-Não! Você não pode morrer! Você tem que viver até que eu extraia o seu sangue, preciso dele, preciso de você vivo! Lucas! Acorde!

Em seu desespero não sentiu a aura do filho, tão agressiva quanto a sua entrando no ambiente, seu rosnado baixo ecoou na velha fabrica, era como um lobo encurralando sua presa, o alfa presente, ainda no chão engatinhou para longe, aquela luta não era dele, tentou fugir, mas um único olhar de Peter o manteve no lugar.

-Fique ajoelhado aí até a polícia chegar, nem ouse se mexer. Falou baixo e em tom de ordem, que o alfa acatou, abaixando a cabeça completamente submisso a ele.

-Lady Mary...Helena...Ou melhor dizendo...Minha mãe, largue meu ômega agora!

A mulher tremeu de medo pela primeira vez na vida, e largou o corpo do pequeno na cama, se voltando ao filho, seus olhos vidrados ardiam com a força de sua aura.

-Acha que pode me vencer meu filho?

-Acho que posso te matar...Mas não farei isso, quero te ver sofrer na cadeia, vendo seu tempo acabar lentamente, enquanto eu vivo feliz ao lado de Lucas.

-Isso nunca acontecerá, é tarde para seu Lucas, eu o matei! Não era o que eu queria, pois agora tenho que sequestrar e criar novamente outros ômegas, eu tenho que recomeçar, e a culpa é sua e desse idiota deste ômega que resistiu aos meus comandos! Porque ele resistiu a mim? Como ousou! Agora terei que viver novamente nas sombras até conseguir o que quero! Te odeio Peter, eu te odeio! Ela gritou e avançou para ele, rugindo como uma leoa faminta, prestes a ataca-lo e mata-lo.

Peter viu a faca afiada, viu o brilho da lamina no ar, um segundo antes, e desviou, sentindo um profundo corte no braço direito, ela havia mirado em seu coração, mas ele ao se virar e desviar da faca puxou sua mão, arrancando a arma e a jogando longe, ela o golpeou no rosto o acertando em cheio, e ele arqueou, mas não caiu, com fúria avançou e lhe acertou na barriga, vendo ela gemer de dor.

-Sua infeliz! Lucas está vivo, eu o sinto em minha alma, eu o marquei, por isso ele pode sim ousar te desobedecer, porque antes de você tentar usar sua voz de comando nele, eu usei a minha, quando estávamos na cama, no ato da mordida, eu ordenei a ele a nunca obedecer a mais ninguém no mundo, isso inclui você! 

-Não acredito em você, usou sua voz no ômega que diz amar? Em que é diferente de mim então? Ela perguntou limpando o sangue da boca com as costas da mão.

-Eu usei sim, em um tom muito baixo, não para  mandar nele, nem para machuca-lo, mas para protege-lo de você...

-Vocês desconfiava de mim! Muito esperto, mas não o suficiente! Ela novamente atacou, golpes e mais golpes, ela era rápida e voraz.

Peter se defendia com sua força descomunal, mas ela não desistia, em um salto alcançou a faca afiada e partiu num último golpe desesperado, desta vez seu pulso foi contido e ela caiu perto da cama, a faca brilhando ainda em sua mão direita, os olhos injetados de ódio.

-Seu ômega ainda vive, por isso sua força tão grande, mas se ele morrer...Será que você sobrevive meu filho? Ela disse de forma sádica, antes de se virar e erguer a lamina no ar, pronta a golpear o desacordado Lucas bem no coração, Peter gritou em pânico, ele não estava perto o suficiente para deter esse ato desesperado e então ouviu-se um disparo alto.

A alfa suprema gritou e caiu morta sobre o corpo de Lucas, da porta de entrada um homem de cabelos levemente grisalhos segurando uma arma na mão que ainda deixava fumaça no ar sorriu para Peter.

-Bang! Ele falou, e assoprou o cano da arma, exatamente como nos filmes, dando uma piscadela para o alfa.

Peter correu e tirou o corpo ensanguentado de sua mãe de cima de Lucas, o abraçando depois e beijando seu rosto pálido.

-Hum...Peter? Gemeu dolorido Lucas, sentindo a proteção do seu alfa sobre ele.

-Lucas...Fadinha...Eu estou aqui, está tudo bem...Tudo bem...

-E-eu não obedeci ela...eu juro...Sussurrou baixinho, sem forças ainda.

Peter sorriu feliz, acariciando os cabelos dele, sorrindo e chorando ao mesmo tempo.

-Eu sei meu pequeno, e eu estou muito orgulhoso de você, muito mesmo.

-Bom, parece que tudo está em ordem agora não é senhor Peter? Falou o subdelegado David, e mandou prender o alfa que se encontrava no chão, choramingando.

Peter nem ouviu, ele estava absorvido pelo calor de Lucas, perdido no amor que sentia, um amor tão grande que nada no mundo era capaz de vencer.

 


Notas Finais


Gostaram minha gente? Um beijo...


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