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História O jardim inglês. - Medo do escuro.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


E estamos chegando ao fim...Quase lá, mas ainda tem coisa pra acontecer, espero que acompanhem até o último capítulo e se divirtam, torçam, sofram e tenham ataques de fofura. Beijos. Akira.

Capítulo 32 - Medo do escuro.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Medo do escuro.

Peter estava segurando o celular e sorrindo com a foto que havia recebido de Lucas, ele estava sentado na cama, com dois pares de sapatinhos em cima da barriga, um par rosa e um azul, e sorria feliz.

-Me diz minha Fadinha, está tudo bem? Já descansou hoje?

-Claro, dormi depois do almoço e agora estou arrumando umas roupinhas, afinal só faltam alguns dias...Duas semanas, como eu estou nervoso...

-O médico já deixou tudo arrumado, se precisa ser antes estará tudo preparado, amanhã tem a consulta com o anestesista, e toda a equipe médica, todos os outros ômegas estarão lá, e depois todo mundo ganha sorvete.

Lucas riu, o pessoal do instituto realmente era uma fofura, eles faziam de tudo para que os ômegas se sentissem seguros e felizes, e como não queriam que a instituição lembrasse a outra na qual eles viveram períodos de dor e tristeza, tudo era diferente, as paredes coloridas, vasos de flores nos ambientes, grandes janelas sempre abertas para jardins internos, os profissionais eram treinados para atender com carinho, passando antes por um rigoroso processo de seleção e depois por um intensivo sobre os ômegas, para compreender um pouquinho mais deles e ser mais doces e gentis.

-Vai ficar tudo bem...Agora vou desligar que quero tomar um banho.

-Chego para o jantar, não cozinhe, quando eu chegar vou fazer algo gostoso pra gente, e eu te amo...

-Também te amo...E Lucas desligou feliz, aqueles últimos meses tinham sido tão tranquilos, jantares com os amigos, alegria, carinhos e a paz de sua casa.

Se levantou da cama com certa dificuldade devido a barriga de gêmeos, e foi ao banheiro, encheu a banheira e relaxou por um tempo na água morna e perfumada, depois se levantou e vestiu uma calça branca bem macia e uma camisa de Peter, também branca, dobrou as mangas e foi descalço para a sala, sentou no sofá e pegou um livro, já estava com as pernas para cima numa almofada quando ouviu a campainha soar, se levantou e foi até lá, abriu a porta e um entregador de flores sorriu.

-Uma entrega de flores para o senhor Lucas, pode assinar aqui? E o homem lhe entregou uma prancheta e uma caneta.

Lucas sorriu, imaginando ser de Peter, que nunca deixava de surpreende-lo, mas assim que pegou na caneta o entregador tocou em seu braço gentilmente e o puxou para mais perto.

-Não vai doer...Ele falou e aplicou uma seringa em sua pele, ele começou a ficar com a visão turva e logo perdeu os sentidos nos braços do homem.

Sem qualquer dificuldade o desconhecido pegou o pequeno nos braços e saiu dali, deixando as flores no chão e a porta aberta, desceu pela escada de incêndio até o subsolo, entrou em um carro preto, acomodou o ômega no banco de traz e amarrou seus pulsos tomando cuidado para não feri-lo, depois entrou e deu a partida, saindo de lá com sua encomenda.

Peter passou no mercado e comprou alguns ingredientes que faltavam para fazer o jantar e retornou, chegaria antes de anoitecer, o que agradaria muito a sua Fadinha, estava trabalhando com Farrel e amava seu novo trabalho, ele pesquisava os assuntos relacionados aos trabalhos do pai e da Lady Mary, não se sentia mal com isso, encontrou muito da pesquisa original, e depois que os gêmeos nascessem e estivessem bem, eles iriam viajar para a Alemanha, procurando por mais, seria como férias para Lucas e os pequenos, e para ele além de trabalho, uma viagem com a família. Seu pai e ele estavam tão próximos, era maravilhoso, estava completo.

Subiu os degraus e então notou as flores no chão e porta aberta, seu coração saltou no peito, deixou as compras ali e correu procurando Lucas, notou em segundos que ele não estava, suas forças se acabaram e se deixou cair no chão frio da sala, pegou o celular com mãos trêmulas e ligou para Farrel.

-Código vermelho...Rápido por favor!

-Calma, já sabe o que fazer, mandarei te buscar.

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Lucas acordou lentamente, sua cabeça estava um pouco pesada, mas não sentia nenhum outro desconforto, tentou mover a mão para levar aos olhos e notou que estava amarrado, respirou fundo buscando ficar calmo, afinal não adiantava se apavorar, ele precisava manter a calma, respirou algumas vezes profundamente e olhou em volta buscando entender o que acontecia, viu o entregador de flores, que obviamente não era um entregador sentado ali perto, o observando com calma.

-Acordou...Que bom, fiquei preocupado, dormiu por dua horas, era mais tempo que o previsto...Quer água? As mãos estão doendo?

Lucas não respondeu, estava com medo, mas aceitou a água que o outro lhe oferecia.

-Não precisa ter medo de mim, sou uma boa pessoa, não pretendo machuca-lo, estou fazendo apenas o que é preciso para ajudar meu irmão, bom, tecnicamente ele não é meu irmão de verdade, é meu amigo, mas crescemos juntos, assim que a Madame tiver o que precisa ela vai te soltar e eu poderei ter o que necessito para ele.

-Seja o que for que ela te falou, é mentira, ela vai me matar, e eu...Preciso salvar meus bebês. Falou Lucas tremendo, pois estava revelando uma verdade a um desconhecido.

O homem o olhou mais atentamente e se aproximou dele, tocou sua barriga por cima da camisa e sentiu os bebezinhos chutando, levou um susto e pulou para longe, mas logo sorriu.

-Você está esperando bebês? Gêmeos? Mas você é um garoto!

-Eu sou um ômega, é diferente, eu posso gerar vida, mas é complicado, muito complicado e essa mulher que chama de madame é muito má, ela deseja me matar, e muito provavelmente fazer mal a meus bebês, ela é uma criminosa procurada, por favor me solte antes que ela chegue, seja lá o que ela te prometeu, tenho certeza que meu marido e meus amigos podem ajudar.

O rapaz ficou tenso e se aproximou dele, o olhando como se o visse de modo diferente.

-Julian é um ômega também...Mas eu não sabia que ele podia ficar grávido, meu deus!! Colocou as mãos na boca, espantado.

-Seu amigo é um ômega? Como sabe disso?

-Ele tem um cheiro muito gostoso de flores, a cada três meses fica doente, tem febres altas, me expulsa do quarto, passa quase quatro dias assim, depois fica fraco por alguns dias e então tudo volta ao normal, eu comecei a pesquisar e descobri isso...Minhas pesquisas me levaram a um local, e lá eu encontrei a Madame, ele me disse que tem uma cura para ele, eu só quero ajuda-lo.

Lucas o observou atento, ele não parecia ser mal, mas como achou a Lady, se a equipe de Farrel procurou em todos os lugares?

-Sou programador, e nas horas vagas sou um hacker bem famoso no mundo virtual, não há nada que eu não possa acessar, foi assim que a descobri, ela é uma mulher de recursos incríveis.

-E de coração frio...Não existe cura para um ômega, porque isso não é uma doença, somos mais frágeis que os outros garotos, temos algumas particularidades, temos o cio a cada três meses, e sim, podemos engravidar nesse período, mas somos seres humanos como os outros, amamos, sofremos, é tudo igual, porque quer mudar seu amigo? O que tem nele que não gosta?

-Nada...Mas ele é frágil...Depende de mim e tenho medo...Na verdade crescemos juntos no orfanato, e agora que saímos acabamos morando juntos, ele me ajuda em tudo, mas...Tem algo a mais entre nós e eu não quero isso, é errado.

-Ele não é seu irmão de verdade, é seu amigo, então o que há de errado? E você gosta dele...Respondeu Lucas, entendendo tudo.

-Sim, mas...Se ele for normal, eu provavelmente não me sentirei assim em relação a ele, e seremos somente amigos, ou irmãos de criação, é o certo a se fazer, com o soro da Madame isso se resolve.

Lucas sentiu as mãos arderem por conta das cordas e fez uma careta, mexendo os dedos dormentes, o outro notou e afrouxou as cordas na hora.

-Ela não tem esse soro, é mentira...Sussurrou triste.

-Meu nome é Adrian...E o seu?

-Sou Lucas...Me solte por favor, não imagino o que ela fará com você, mas coisa boa não é.

-Sinto muito, é tarde, ela já deve estar chegando, não tenha medo, ela é legal, vamos sair daqui e eu te devolvo ao seu lar sem problemas...Falou confiante o jovem rapaz.

O som de uma porta se ouviu, parecia pesada, e logo Lady Mary entrou no ambiente, com seu vestido vermelho curto, saltos altos, rosto lindo e frio, e caminhou determinada até Lucas, sorrindo.

-Pequeno ômega travesso fugindo de mim assim...E olha só que gracinha que você está! Oito meses eu acho, o que são? Meninas?

Lucas tremeu ao ver a mulher, se encolheu junto a cama, ela sorriu e se aproximou dele, tocando seu rosto macio e o fazendo encara-la.

-Seu sangue será meu hoje, ninguém pode me tirar isso, sinto muito por seus bebezinhos, eles não vão sobreviver a intervenção, é a vida...

-P-por favor não machuca meus bebezinhos, eu imploro.

Ela riu passando a mão sobre o rosto bonito com carinho falso.

-Sinto muito...Seu sangue é meu, estar grávido não muda isso.

O rapaz que ouvia a tudo se levantou de onde estava e ficou na frente dela.

-Ei, você falou que não ia machuca-lo, que só precisava de uma amostra de sangue dele, e nem me contou que ele estava grávido.

Ela riu dele.

-Tolo, como eu diria que um rapaz está grávido, você me acharia maluca e nunca me ajudaria...E eu quero uma amostra de sangue dele, ou um pouco mais, na verdade eu quero todo o sangue precioso dele, é apenas um ômega, foi feito para isso, para a minha pesquisa, não é importante, assim como seu irmão, amigo, ou sei lá o que ele é seu, é apenas um ômega, e pelo que me contou, ele serve para a  minha pesquisa, nesse momento meus homens já estão a procura dele, eu tenho uma instalação para leva-lo, não precisará se preocupar mais com ele, viva sua vida feliz, é meu presente para você.

Adrian estava de boca aberta, tinha sido traído, e agora seu amigo estava em perigo.

-Não pode fazer isso, chamarei a polícia! Gritou se levantando, mas notou a arma apontada em sua direção.

-Calado, você vai me ajudar e ficará de boca fechada, ou eu te mato aqui e agora, pegue Lucas e traga-o para o laboratório, já está tudo pronto, farei o procedimento e levarei as bolsas de sangue comigo, será mais fácil assim.

Sem escolha, Adrian pegou o pequeno Lucas e foi na frente, ela mantinha a arma apontada para eles, entraram em um largo corredor e caminharam até o final dele, numa porta dupla eles pararam, e a mulher mandou entrar, lá dentro era como uma sala cirúrgica, deitou Lucas na maca e prendeu seus pulsos e tornozelos, se afastou e ela sorriu, se aproximou dele e com um golpe rápido da arma bateu nele, o fazendo ficar inconsciente e cair no chão.

-Idiota, me deu mais do que eu esperava, graças a ele tenho mais um ômega em mãos...

Ela se aproximou de Lucas e puxou sua manga da camisa, colocou a agulha e deixou tudo preparado para tirar seu precioso sangue, depois ligou a máquina, e o processo começou.

-Por favor, por favor não faz isso, meus bebezinhos já podem viver, me deixe ir...Tire meu sangue, mas não me mate, meus bebezinhos não te fizeram mal algum, eles são filhos de Peter, não sente nada por eles? Como pode? São seus netos!

Ela bufou irritada, e deu um tapa no rosto de Lucas, profundamente irritada.

-Nunca mais diga isso! Se Peter tivesse casado com uma das mulheres que eu escolhi, aceitaria um neto, um neto vindo de uma mulher absolutamente normal, forte como Peter e perfeito, não uma aberração como você, essas crianças precisam morrer, isso é fato!

Lucas ficou chorando enquanto eu sangue era drenado pouco a pouco...

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Os carros já estavam a postos em frente a casa de Peter, e ele saia de lá com Farrel, ambos andando mais firmemente, o único objetivo era caçar Lady Mary.

-Tem certeza que vai funcionar? Perguntou Peter entrando na Van estacionada ali, e se sentando numa maca, sendo logo verificado por um médico, que começou a colocar algum estranho equipamento nele.

-Sim, já testamos, na verdade eu testei, fui a primeira cobaia, é seguro, pode confiar.

-Senhor Farrel a máquina está pronta, podemos começar a localização seguindo os padrões deles, já regulei o angulo e a rotação, tudo está certo.

-Certo, agora respire fundo Peter, a máquina pode achar Lucas em qualquer parte do mundo, ela amplia sua ligação com ele, e você vai senti-lo, logo em seguida a máquina faz uma busca por GPS, vamos localiza-lo.

-Como descobriu essa máquina? Perguntou Peter, curioso.

-Não descobri, foi seu pai que criou...Vamos, pense em Lucas, faça sua ligação se tornar forte!

Peter fechou os olhos e pensou em Lucas, sentiu seu cheiro, sentiu sua falta, e um desespero o tomou profundo e enorme, e em seguida o sentiu, era tão intenso que o chamou em voz alta...

-Lucas!

Mesmo a distancia, o jovem ômega o sentiu e gemeu o nome do amado.

-Peter...Peter...

Lady Mary nem prestou atenção, sua máquina já tinha retirado um pouco do precioso sangue, e ele estava fraco, seus batimentos cardíacos mais lentos, sua pressão arterial mais baixa...

Os carros dispararam do local, seguindo as instruções nos computadores de bordo, armados e prontos, o local não era longe, era apenas deserto, eles chegaram sem fazer estardalhaço, haviam poucos seguranças e eles foram desarmados antes de soar o alarme, e eles entraram pela porta da frente.

-Ela montou uma nova instalação...Desgraçada! Rosnou Peter.

-Não, na verdade ela tem muitas dessas instalações por aí, a maioria desativada...Encontramos algumas nos últimos meses, mas todas desativadas, eu já ia colocar você a procura de outras mas com Lucas tão perto de ganhar os bebês achei melhor esperar, a pesquisa que faz é importante para nós...

-Se ela machucou Lucas...

-Não, ela precisa dele vivo.

Andaram pelo corredor e viram duas portas de correr, lá dentro estava Lady Mary, e na maca, de olhos fechados Lucas.

O instintos alfa de ambos os homens se manifestou, e eles entraram na sala, o detetive com sua arma em punho, e Peter rosnando para sua mãe, dentes a mostra, caninos afiados que só surgiam quando precisava se defender ou morder seu ômega para marca-lo.

-Filho! Ela gritou, mas sorriu pegando a arma e apontando para ele, bem no coração.

-Um passo e eu te mato!

-Matará seu próprio filho? Ele rosnou, irritado, vendo com o canto dos olhos o seu amado na maca, pálido, pálido demais.

-Hum, porque não? Você me quer morta, estou apenas me defendendo, sou uma alfa, é meu instinto.

-Lute comigo mãe, veremos quem é mais forte! Somos ambos alfas supremos.

Ela sorriu e jogou a arma longe, suas presas longas romperam a carne da gengiva e ela gritou em estado de alerta, eram como duas feras, suas auras expandiram e quase era possível sentir a força pura no ar, pairando de modo altivo e feroz.

Ambos saltaram, se chocando um no outro de modo feroz, não eram agora um homem e uma mulher, eram ambos feras incontroláveis, suas pupilas dilatadas, seus dentes a mostra, Lady Mary jogou Peter contra uma parede e se ouviu o som de ossos quebrando, provavelmente o ombro, Farrel se aproximou de Lucas e desligou a máquina, notando sua baixa pulsação, torceu para Peter ser rápido, pois tinham pouco tempo.

Peter se levantou irritado, o ombro direito ferido, o braço caído ao lado do corpo e avançou com tudo, jogando sua mãe longe, ela caiu em outra parede e agora seus ossos estalaram, ela levantou e sorriu, um sorriso cheio de sangue fresco, se agachou como uma fera e saltou, as presas fixas no ponto abaixo do rosto, ela pretendia morder seu pescoço e mata-lo, mas ele a jogou longe e saltou sobre ela, lhe aplicou um soco forte e a jogou contra os equipamentos, quebrando tudo ao redor, dessa vez ela ficou imóvel no chão, e Farrel chamou ajuda, seus homens entraram e foram cuidar dela, ele pegou Lucas no colo e se aproximou de Peter.

-Precisamos chegar no hospital agora, dirija como se sua vida dependesse disso...

Ambos correram ao carro, e saíram em disparada pela estrada.

-Lucas...Eu te amo...Sussurrou em seu ouvido o alfa forte, tremendo de medo de perde-lo.

 


Notas Finais


Bom, é isso por enquanto...Espero que gostem e comentem...beijos.


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