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História O jardim inglês. - Descobertas chocantes.


Escrita por: akirasam946

Notas do Autor


Olá, espero que gostem desse capítulo, boa leitura.

Capítulo 5 - Descobertas chocantes.


Fanfic / Fanfiction O jardim inglês. - Descobertas chocantes.

   Peter segurava o corpo leve em seus braços, absolutamente chocado, se não estivesse mudo pela surpresa certamente já teria se movido.

-Certo, pode deitar o Lucas por favor, isso está ficando desconfortável.

Peter ergueu sem dificuldade o corpo do rapaz e o colocou gentilmente na cama, ciente da presença de outro homem no quarto, o que o irritava além de suas forças, tinha vontade de rosnar e avançar naquele homem que impunha sua presença sobre seu...Sobre seu o que? Passou a mão pela face quente e se sentou, olhando as mãos trêmulas, sua súbita perda de controle o envergonhando muito.

Um copo de água lhe foi oferecido, e ele agradeceu com o olhar.

-Desculpe, eu fiquei chocado e por um momento perdi o controle, esse menino me faz isso, eu não sei porque! Apontou com as mãos para a cama, e então se assustou, pulando.

-Preciso chamar um médico, ele desmaiou.

-Se acalme e sente-se, ele está bem, é apenas...Bom, ele não esperava um beijo, depois ele está muito fraco, mas vai acordar logo, quero que antes olhe no pescoço dele, na linha do cabelo, escondido atras da orelha.

-Porque? Perguntou Peter, mas olhou mesmo assim, ali tatuado estava o numero 12.

-12, o que isso significa?

-Você tem o numero 01 tatuado, vocês fizeram parte da mesma experiência genética, seu pai é louco, isso é indiscutível, mas também é um gênio, ele é matemático, cirurgião, neurologista, e seu passatempo favorito são as lendas, uma delas é a dos alfas e ômegas, já ouviu algo sobre elas?

Peter negou com a cabeça.

-Bom, os ômegas são frágeis, doces, donos de uma beleza andrógina, e tem um cheiro característico e delicioso, podem ser fêmeas e machos, sendo que eles podem engravidar, mas somente no cio...

Peter ficou de boca aberta.

-Até os machos? Mas como pode?

-Não faz pergunta difícil moleque! Farrel o chamava assim antes e não mudou nada só porque ele cresceu.

-Pelo que sei, os alfas são mais fortes, de uma virilidade maior, são mandões e adoram disputar território, por isso quando sentem um ômega se tornam possessivos, mas quando encontram seu ômega ficam impossíveis.

-Tá, muito interessante essa lenda e coisa e tal, mas o que ela tem a ver com a gente?

Farrel suspirou indignado.

-Seu pai pesquisava os assuntos práticos disso em nosso mundo, ele queria criar verdadeiros alfas e ômegas e mudar o DNA da população humana, partindo de pelo menos um casal criado por ele, infelizmente as lendas não o ensinaram a criar alfas e ômegas, e ele trabalhou com hormônios sintéticos e animais para criar um soro capaz de mudar a estrutura do próprio genoma humano, mas ele precisava de cobaias...

-Eu! Eu fui uma cobaia de meu próprio pai! Como ele foi capaz?

-Ele tinha orgulho de sua pesquisa, queria que o filho fosse o alfa, é claro que ele testou em outros meninos também, parece que só o mais forte sobreviveu, e então começou o processo de criar um ômega, como pode perceber ele falhou muito...

-Acha que os outros meninos estão mortos? É isso né? Mas como Lucas pode ser o numero 12, meu pai já estava... Já estava preso.

-O caso nunca foi encerrado, porque seu pai tem um cúmplice, e agora pegue Lucas e o traga com você, porque seu pai fugiu da cadeia e estamos em alerta máximo.

-Me pai fugiu de uma cadeia de segurança máxima? Como isso aconteceu?

-Parece que ele não usou somente você e as outras crianças no experimento, ele usou a formula nele mesmo, pelo vídeo de segurança ele escapou a noite, passou por dois guardas, abriu a porta e sumiu, sem nenhuma resistência, e tudo que os guardas lembram é que ouviram uma forte voz de comando e obedeceram.

-Não entendo, como assim?

-Um alfa pode usar sua voz de comando para obrigar outros betas e ômegas a obedece-lo sem questionar.

-O que são betas?

Farrel suspirou cansado antes de responder.

-Somos todos nós, toda a população mundial, pelo menos até alguns anos atras, quando seu pai mudou isso...Ele criou o soro, ele criou alfas e ômegas e também criou uma chave que ativa esse estado, acreditamos que é baseada em uma forte emoção, o medo, algo sentimental, não sabemos ainda.

Peter se sentiu mal com isso, ele tinha isso dentro dele? Esse hormônio, essa anomalia?

-Farrel, o que eu sou?

-Você é o primeiro alfa desse mundo, criado em laboratório pelo seu pai...E pelo que sabemos Lucas é o primeiro ômega que sobreviveu ao experimento, porque o processo é doloroso e perigoso demais e agora que seu pai fugiu, precisamos manter os dois em segurança, seu pai é um assassino frio e muito inteligente, e ele quer mudar as leis desse mundo, embora você seja o primeiro alfa, ele é o mais forte, ele é o numero 02, uma versão mais forte criada a partir do sangue de seu filho único.

-Venha, eu quero que traga Lucas, e tem mais uma coisinha...Nada do que eu disse aqui deve sair dessa sala, ninguém mais deve saber sobre isso, nem mesmo Lucas.

-Mas se ele foi um dos garotos da experiência, ele merece saber!

-Peter, pense, como isso pode ajuda-lo? Ele vai ficar com medo, angustiado, ele nem precisa saber que seu pai fugiu, esse assunto deve ser um segredo, só precisamos proteger os dois, e temos pessoal para isso.

Peter não discutiu, não conhecia aquele garoto muito bem, mas podia ver que ele era frágil, e ele com certeza não queria deixa-lo assustado, por isso o pegou no colo e o levou junto, caminhar com ele nos braços era uma sensação única, como se tudo estivesse finalmente certo em sua vida, como se finalmente estivesse certo...Era ridículo! Se recriminou pensando no assunto, podia ser que o detetive Farrel estivesse louco de tanto ver sobre mortes e crimes, de tanto procurar pelos outros meninos e nunca obter respostas, mas ele sentia que mesmo que não entendesse esse assunto louco de ômegas e alfas precisava proteger Lucas, ele não merecia sofrer por culpa de seu pai.

Chegaram a entrada da casa e dando uma olhada ao redor entraram, e Peter deitou o corpo suave de Lucas no sofá com todo cuidado, ainda incomodado que ele estivesse tão apagado, ouviu sua mãe descendo as escadas e quase sentiu sua preocupação antes de ver seu semblante preocupado ao se aproximar do menino adormecido no sofá.

-Filho, o que ouve com Lucas?

-Não fiz nada...Peter se defendeu como uma criança que faz uma travessura, mas sentiu a face corar perante o olhar acusador da mãe.

-Juro! Ele desmaiou e eu achei melhor o trazer para cá, acha que devemos chamar um médico?

-Detetive Farrel? Perguntou lady Mary finalmente notando o homem.

-Quando eu soube que Peter tinha voltado resolvi dar uma passadinha para ver como ele estava e acabei indo ao chalé procura-lo, depois de falar com seu jardineiro, encontrei Peter tentando ajudar o menino. Se explicou o detetive com calma.

-Certo...Vou ligar para o duque, ele está no clube de golfe e fica aqui perto, pode examinar Lucas.

-Ah, sim, ele é formado em medicina...Eu tinha me esquecido desse detalhe...Um homem de muitos talentos, fico feliz que estejam noivos. Parabenizou o detetive, e a mulher sorriu satisfeita.

-Sim, ele é um homem de muitos talentos...Com licença...E ela foi ligar para o duque, deixando-os na sala.

-Acha que ela acreditou nisso? Perguntou Peter, preocupado, nunca mentiu para a mãe na vida.

-Eu não menti...Realmente fui te procurar e realmente te achei na cabana, a única diferença foi que o peguei beijando ele...Mas para ser sincero, ele é mesmo lindo, você tem bom gosto. O homem falou sorrindo, principalmente ao ver que ele ficou meio desconcertado com o comentário.

-Nunca beijei alguém que desmaiou por isso, é muito estranho...Respondeu sem graça.

Farrel riu, se levantando e indo até a porta.

-Despeça-se de sua mãe por mim, e fique tranquilo, tenho homens para protege-los, eles estão infiltrados aqui perto, se precisar me ligue, deixei o numero no cartão que está no seu bolso direito.

Peter tocou o bolso instintivamente, não tinha visto o outro se aproximar, como ele fez isso? Mas sorriu de canto ao lembrar dos pequenos shows que ele fazia quando vinha a está casa e ele ainda muito jovem.

-Ainda curte ilusionismo. Falou tocando o cartão no bolso.

-Claro, eu também me divirto...Boa tarde Peter, cuide-se e cuide do Lucas, o convença a ficar aqui na casa grande, é mais seguro.

Peter concordou e se sentou ao lado do menino, ele parecia dormir tranquilamente, alheio a tudo ao seu redor, mas o que o mais velho não sabia era que as vezes quando ele dormia pesadelos terríveis o tomavam, numa espécie de prisão sem muros, e ele sempre se via no mesmo lugar...

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Lucas abriu os olhos, sabia que aquilo era um sonho, ou melhor dizendo um pesadelo, mas sempre ficava apavorado, tinha medo de que dessa vez fosse real, ele tinha muito medo...Olhou para as mãos e para os braços, constatando que vestia uma roupa branca, um macacão branco simples, com o numero 12 no lado direito, em alto relevo, estava descalço, e o chão era frio, as paredes do local onde se encontrava eram brancas também, o chão de um tom pastel, imaculado, limpo, assustador, um som vinha de algum lugar, como se fosse do outro lado da parede, como um velho ar condicionado, zunindo sem pausa, perturbador, ele estava no chão, encolhido, seu corpo doendo, as mãos ainda tremendo, mas não de frio, ele não tinha frio, ele tinha medo.

Ouviu uma voz sonora e lenta num alto falante...

-Numero 12, numero 13, numero 15, numero 21...

-Não, não, não! Apertou as duas mãos na testa, e depois tapou os ouvidos, ele queria fugir dali, escapar, correr para alguém que pudesse abraça-lo e conforta-lo, mas já ouvia o som do porta se abrindo, sentia mãos frias a puxa-lo, enquanto ele esperneava e lutava contra eles, eram mais de um, eram fortes, vestiam uniformes de enfermeiros e eram maus.

-Não! Por favor, não! Gritava em pânico, sendo puxado pelos pés e pelas mãos, enquanto lutava, mordia, tentava se soltar, até que sentiu a primeira agulhada no braço e perdeu as forças, sentiu eles o levantarem e arrastarem corredor a fora, via as celas, via os rostos assustados no vidro, eram muitos...

-N-não...P-por favor...Pediu, a voz um sussurro apenas, mas foi levado e colocado numa maca, as mãos presas em fivelas de couro, e os pés também, aquele homem alto e de cabelos negros sorriu para ele de novo, mostrando os dentes perfeitos e muito brancos, ele tinha uma mecha de cabelos grisalhos na têmpora esquerda, e usava um jaleco branco com um simbolo do lado direito, uma águia de asas abertas agarrando com suas garras afiadas um globo que parecia a terra.

-Calma pequeno ômega...Porque é tão arredio? Não deveria ser assim, sua dose ainda não está correta, talvez eu precise testar outra. O homem falou sorrindo, pegando uma agulha e enfiando em seu braço exposto, injetando um líquido que queimava e ardia.

-Pare por favor, isso dói...Choramingou, se retorcendo até onde as fivelas deixavam, o que era bem pouco.

Mas o homem apenas acariciou seus cabelos, e o levou dali, empurrando a maca até uma sala branca e vazia, depois se colocou ao seu lado, e olhou bem em seus olhos, aqueles olhos negros brilhando de modo doentio.

-Como se sente hoje pequeno?

-Me deixe ir...Pediu entre lágrimas, e viu mais uma vez o sorriso triunfante dele.

-Sentiu calor?Sentiu frio?

-Não, eu...Só quero ir embora...Implorou mais uma vez.

O homem se debruçou sobre ele e sentiu o aroma que subia de sua pele suave, captou o aroma como se fosse um vinho caro e muito especial, aspirou e abriu lentamente o zíper de seu macacão, sempre o olhando nos olhos, sorrindo...Sorrindo...

-Não! Gritou se debatendo e chorando, sentindo mãos gananciosas em seu corpo amarrado.

-Ah...Lucas, porque luta contra mim? Porque é tão arredio, quando quer tanto isso?

-Não!!!

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Peter o sacudia levemente, sentia um medo o invadir ao ouvir o lamento sentido do menor no sofá, ele estava tendo um baita pesadelo, chorava e se debatia tentando fugir de algo ou alguém, e pelo que ele podia notar não era algo simples, aquilo parecia um abuso, por isso tentava acorda-lo suavemente, para não causar mais pânico ao menino.

-Lucas, ei...Acorde, você está tendo um pesadelo.

Com um pulo o jovem se sentou e se encolheu no sofá, assustado, as lágrimas descendo pela face muito bela, descendo sem parar, ele abraçava os joelhos apavorado, soluçando agora, tremendo muito, e essa imagem dele ali a sua frente, sem reservas, perdido e assustado o deixou perplexo, ele queria ajuda-lo, queria muito.

-Lucas? Lucas...Sou eu, Peter. Falou levando uma mão até os cabelos que pendiam na testa dele, os tirando dos olhos, notando como ele estava quente e suado, e para seu alívio ele não se assustou mais, e dessa vez o olhou nos olhos.

-Pesadelo. Falou essa única palavra e voltou a tremer incontrolavelmente.

Sem saber o que fazer Peter se sentou perto dele e o puxou para seu abraço, enlaçando seu corpo pequeno e o apertando num abraço para aconchega-lo.

Lady Mary entrou na sala, com o celular nas mãos e ficou observando a cena por alguns instantes, até finalmente ouvir o choro sentido do pequeno nos braços do filho.

-Ele parece ter tido um pesadelo e tanto...Isso sempre acontece lady?

A mulher suspirou e se sentou no sofá, junto a eles, acariciando as costas do menino que ainda soluçava, a cabeça escondida no peito do homem que o abraçava.

-O que foi dessa vez Lucas, o mesmo sonho? Ela perguntou.

-Dessa vez foi pior...Eu fiquei com muito medo, parecia tão real...Lady Mary os remédios não tão ajudando, eles estão piorando os pesadelos, eles estão mais reais. Ele respondeu, a encarando, e então notou que estava nos braços do filho dela, e que ele era um completo desconhecido, que por acaso beijava muito bem, se afastou um pouco, tentando ganhar espaço, mas ele o prendeu em seus braços, sem esforço algum.

-Bom, os remédios não são como mágica meu caro Lucas, é preciso perseverança e talvez alterar a dose. Falou o duque, entrando na sala suavemente, vestia uma típica roupa para jogar golfe, uma calça xadrez num tom azul escuro, uma camisa polo branca, cinto branco e sapatos especiais para a prática chique do esporte.

-Deve ser Peter, é um prazer conhece-lo...Eu sinto muito pelo nosso jovem paciente aqui, ele está sendo indiscreto? Deixe-me adivinhar, pesadelos recorrentes não é? O homem falou, olhando para os olhos claros e assustados de Lucas, que imediatamente olhou para o chão, corado.

-Desculpe senhor Peter, eu...Por favor me perdoe, não vai acontecer de novo, eu prometo...Falou se soltando de seus braços, envergonhado, se levantando meio tonto, tentando manter a calma, e quase caindo ao ficar em pé.

-Sugiro que tome dois comprimidos e durma um pouco, isso vai melhorar seu estado, e coma alguma coisa, tenho certeza que Margarete pode providenciar algo para comer agora mesmo, vá até a cozinha e peça a ela. Falou o duque, e logo Lucas se apoiou no sofá, mas firmou os passos e se dirigiu a cozinha, pálido e meio ofegante ainda.

-Obrigada querido por vir, sei que é bobeira minha, mas pode examina-lo depois?

-É claro meu amor...Mas agora me deixe cumprimentar adequadamente seu filho. O homem estendeu a mão a ele, sorrindo.

Peter no entanto só pensava em como Lucas se sentiu envergonhado ao ouvir a voz do homem, e como este homem foi frio com ele, quase em forma de desdém, sentiu um calafrio ao tocar a mão do homem, era fina e delicada, quase macia, e transmitia uma sensação ruim que invadia sua pele inteira como pequenos choques elétricos.

-Muito prazer duque...Respondeu sendo educado e polido.

-Pode me chamar de Edward...

-Mas me desculpe perguntar, Lucas é seu paciente? Achei que não clinicava...

-Eu sou médico, um psiquiatra, mas não trabalho, é verdade...A medicina é um hobby que gosto de ter, mas tenho todas as licenças e no momento estou analisando o caso de Lucas a pedido de sua mãe que queria entender os pesadelos do menino.

-Mas se ele disse que os pesadelos aumentaram, como o remédio está funcionando? Não é exatamente o contrário?

-E quem disse que o remédio é para anular os pesadelos? O remédio é para romper o bloqueio de uma droga que apagou sua memória, precisamos entender mais sobre tudo que ele passou quando foi entregue nas mãos de pessoas sórdidas pela própria mãe, esse remédio está reavivando memórias perdidas...É claro que é experimental ainda...

-Mas isso é maldade, vocês viram como ele fica abalado? E como assim ainda é experimental? Se irritou.

-Calma filho...Eu pedi a Lucas para ser voluntário, e ele concordou é claro.

-Mãe! É claro que ele concordaria, você o salvou, mas isso é maldade, eu vi como ele fica apavorado, certamente a lembrança é muito ruim.

-As vezes os meios justificam o fim. O homem sorriu, um sorriso cínico.

Peter não queria discutir com o noivo da mãe, por isso deu de ombros e se levantou pedindo licença, indo até a cozinha, onde Lucas estava sentado comendo um lanche com uma cara boa.

-Posso te acompanhar no lanche? Falou para ele, vendo como ele se encolhia levemente na cadeira.

-C-claro, a casa é sua...Eu posso ir se quiser...

-Não, quero a sua companhia, em minha casa lá em Nova York eu sempre como em restaurantes, pois odeio comer sozinho, mesmo que eu vá a uma lanchonete sozinho, mas o movimento, as pessoas conversando, isso é reconfortante.

-Deve ser uma bela cidade...Comentou distraído e mais relaxado agora.

-Sim, é mesmo...Mas eu estou gostando de ter voltado.

-Claro, ver sua mãe é bom né? Isso é um ótimo motivo...

Peter sorriu dele, não aparentava ter dezenove, podia passar por quinze, tão delicado e pequeno, quase frágil demais.

-Sim, em partes eu vim para o casamento de minha mãe, e também pelo meu emprego, mas descobri algo melhor que isso.

Lucas o olhou curioso.

-O que descobriu? Perguntou intrigado, pousando o lanche na bancada.

Peter pegou seu queixo suavemente e o puxou para bem perto de seus lábios, pressionando eles calmamente, sem se importar com a cozinheira por ali.

-Não desmaie de novo, mas eu quero te beijar mais uma vez. E colou seus lábios no dele, a energia que o percorreu poderia ascender uma cidade inteira, era perfeito e maravilhoso, roçou os dedos nos cabelos macios da nuca, fazendo um carinho e ele se soltou um pouco, permitindo um pouco mais, deixou sua outra mão roçar em sua cintura fina e aperta-la levemente, depois o soltou tranquilo e sorrindo, satisfeito de ver como ele ficou corado e sem graça.

“Então é assim beijar um ômega...De novo...Eu posso me acostumar...” Pensou sorrindo.

-Come tudo, e talvez eu o leve para conhecer a empresa que eu trabalho, ou pelo menos parte dela. Comentou suavemente.

-Podemos tomar sorvete na volta? Lucas perguntou esperançoso.

Peter sorriu de sua carinha fofa e ingênua.

-Sim, sorvete está muito bom para mim...

E Lucas voltou ao lanche com mais vontade, se sentindo seguro.


Notas Finais


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