História O Lado Bom da Vida - 1 Temporada - Capitulo 31

Três meses depois

Janeiro

Hinata estava encostada na janela do escritório de seu pai observando a chuva caindo do lado de fora, enquanto ouvia sua terapeuta conversando com seu pai. Ela sabia o assunto, mas mesmo assim não pode deixar de aguçar seus ouvidos para ouvir melhor.

– Como ela está? – Ele perguntou, baixo.

– Melhorando. Ela está... ela não está bem, mas ela está fazendo o melhor. – A terapeuta comunicou, reservada.

– O que ela fez... – O coração de Hinata afundou ao ouvir a voz de seu pai falhar.

– Eu sei, mas ela não queria morrer, ela apenas queria que a dor passasse. Às vezes é mais difícil viver. Vamos dá um tempo a ela.

– Eu estou tentando.

– E o processo? – Hinata estremeceu ao ouvir isso. – Eu confesso que estou preocupada com a reação de Hinata. Inevitavelmente haverá uma audiência e não sinto Hinata preparada para ela, ainda.

Seu pai respondeu baixo o suficiente para que Hinata não ouvisse de onde estava.

– ... quanto a universidade, irei cancelar a matricula amanhã mesmo. – Seu pai afirmou em um tom mais alto.

– Não acho que seja uma boa ideia. Devemos deixa-la decidir.

– Não, não deixarei minha filha retornar para aquele lugar. – Decretou, em alto e bom som.

Hinata não sabia se sentia aliviada ou não. Ela estava em conflito se queria retornar para lá ou não.

Aeroporto de Ohio, Columbus.

Passageiros com voou com destino a NY, por favor, dirijam-se ao portão 19.

Ao ouvir o seu voou ser anunciado, ela abraçou Ino novamente.

– Vou sentir saudades. – Ino choramingou, Sakura sorriu.

– Eu também. – Confessou Sakura. – Manda um beijo pra Hina por mim.

– Pode deixar. E vê se arrasa nesse congresso.

– Ainda não acredito que o projeto em que eu estou fazendo parte foi selecionado. – Sakura diz com os olhos brilhando.

– Claro que sim! A ideia de criogenia é fascinante. Agora vai antes que você perca o voou.

 – Você não vai mesmo me encontrar em Konoha? Pro casamento?

– Já conversamos sobre isso, Sakura. Eu não gosto da tua amiga. – Ino deu de ombros.

– Então até as voltas as aulas. – Sakura a abraçou e embarcou.

 Capital de Konoha, um dia depois.

Itachi apareceu na porta de seu quarto enquanto ele ainda estava arrumando as malas.

– Você resolveu?

– Sim. O tal de Jack vai desejar nunca ter conhecido ela, e o pai dele não vai mais conseguir se candidatar a cargo publico nenhum. – Ele obseva Sasuke, atentamente. – Por que você não deixa nana fazer a sua mala?

– Você sabe como eu sou com minhas coisas.

– Você fez isso pela menina?

– Que menina?

– A garota que tentou suicídio. – Itachi estava analisando cada movimento de seu irmão, e Sasuke sabia disso. – Foi por ela?

– Não... quer dizer, sim, também. – Sasuke olhou seu irmão e disse: – Naruto está apaixonado por ela.

– Naruto está sempre apaixonado. – Itachi não tinha se convencido. – Você está diferente Sasuke. – Ele muda de assunto: – O que você vai fazer em relação ao congresso? Você sabe que se nosso sobrenome aparecer...

Sasuke parou de mexer em sua mala e o olhou.

– Eu sei. Eu tenho um plano.

– O melhor plano era ter recusado. – Itachi é firme.

– É importante para Sakura. – Sasuke fala, mas logo se arrepende.

– Sakura? Quem é ela, Sasuke? – Seu irmão pergunta desconfiado.

– Uma amiga.

– Sasuke Uchiha com uma amiga. Ela deve ser incrível.

– Ela é. Ela é inteligente, tem senso de humor, é... linda. – Ele olhou para seu irmão e para a surpresa de Itachi, Sasuke abriu um pequeno sorriso torto. – O senso de sarcasmo dela faz você ficar no chinelo.

– Cuidado, Sasuke se não eu vou pensar que você está apaixonado. – Itachi fala antes de ir embora.

xXx

Hinata ouviu um alvoroço no andar de baixo e foi ver o que era, mas ao ouvir a voz ele, ela parou e se escondeu.

– Eu preciso vê-la. – Falou ele para a governanta.

Ela ouviu passos e logo ouviu a voz de seu irmão.

– Saia daqui! – Expulsou ele.

– Eu preciso saber se ela esta bem.

– Seu covarde. – Neji rosnou, ele sabia que Naruto não tinha defendido sua irmã e estava furioso. – Vá embora antes que eu acabe com você.

– Neji, filho, tudo bem. Deixe-me falar com ele. – Seu pai apareceu. Neji se retirou a contra gosto.

– Sr Hyuuga, com todo o respeito, gostaria de falar com a sua filha.

– Meu jovem, você tem coragem de aparecer aqui.

– Eu quero me desculpar com sua filha. Foi um erro e eu fui um idiota. Eu a amo.

Hinata corou e agradeceu que ninguém estava presente para ver. A verdade é que ela não estava magoada com ele. Ela o amava, mas ainda não estava pronta para encara-lo depois de tudo.

– A ama? – Seu pai suspirou e concluiu. – Venha, vamos conversar em meu escritório.

Aeroporto de Nova York, 4 PM.

 Sakura via nervosa todos os passageiros desembarcarem e nada de Sasuke, ela estava nervosa e impaciente. Mas quando em fim ele saiu, ela não podia o achar mais bonito.

Quando Sasuke a viu ele abriu um sorriso torto a admirando.

Ela estava com o cabelo amarrado em um rabo de cavalo meio mal feito onde pequenas mexas rebeldes caiam sobre seu rosto o que a deixava ainda mais linda em sua opinião. Com um vestida cor de rosa que ia até no meio de sua coxa.

– Você está atrasado. – Ela se queixou.

– Desculpe, é que eu pedi para o piloto ir mais devagar, apenas para deixa-la brabinha. – Ela brincou.

Ela apenas o olhou e saiu em direção ao ponto de táxi.

Vieram à viagem inteira sem trocar nenhuma palavra. Sasuke não sabia o que estava errado. Sakura falava apenas o necessário desde a noite do baile, desde a noite em que eles fizeram amor. Sim, aquilo não foi apenas sexo. Não foi uma tranza sem emoção: foi amor. Rolou sentimentos. Mas Sakura o ignorou desde então.

No saguão do hotel, Sakura pediu que ele esperasse que ela fosse conformar sua chegada e pegar a chave do quarto. Sakura já tinha reservado o quarto, e o hotel estava cheio com os outros congressistas.

Sasuke teve todo o cuidado de não ser reconhecido, já que em NY a família Uchiha era conhecida pelos muitos negócios na cidade. Eles tinham um apartamento no centro, mas Sasuke não podia ficar lá sem levantar suspeitas.

Após Sakura receber as chaves do quarto e despachar a bagagem de Sasuke, ela voltou-se a ele e ficou extremamente irritada ao vê-lo ao lago de uma loira da mesma altura que ele, sorrindo e tocando-lhe seus braços. Como se fossem velhos amigos. Ok, talvez fosse. Mas Sakura ficou tão indignada de presenciar a cena que foi até eles.

A loira era de parar o transita: alta, magra, estilo modelo. Estava vestindo um vestido de alguma marca famosa (Sakura podia apostar nisso). Com certeza ela não estava no hotel pelo congresso. Talvez ela fosse uma granfina curtindo NY.

A garota claramente estava dando em cima de Sasuke, e ele a ouvia atentamente. Sasuke logo percebeu Sakura e ao desviar sua atenção para a rosada, à loira pegou sua mão e colocou a chave do quarto dela. Sasuke olhou para a chave e percebeu que se fosse em antigamente ele com certeza aceitaria a proposta da loira, mas agora ele não conseguia pensar em olhar, tocar, sentir para outra garota que não fosse Sakura.

Antes de devolver a chave para a garota, Sasuke sentiu Sakura envolver seu braço e a olhou surpreso.

 – Sasuke, já podemos subir. – Ela disse olhando para a garota, sorrindo.

Aquilo era ciúmes?, Sasuke se perguntou.

– Sasuke? – Ela perguntou novamente, agora o olhando. Pouco a pouco o espanto deu lugar a um sorriso de canto de boca que Sakura achou encantador.

– Sim. – Sasuke se virou para a loira e devolveu a chave. – Como pode ver, eu estou acompanhado. Com licença.

Sasuke colocou a mão ao redor da cintura de Sakura e ambos foram em direção ao elevador.

Logo o sentimento de vitória foi substituído por insegurança. O que Sakura tinha feito? O que ela sentiu? Ciúmes? Ela gostava de Sasuke? Era errado?  Com certeza a vontade de irrita-lo e fazê-lo ficar com raiva tinha passado.

Sakura deu graças a deus por não está sozinha no elevador. Ela podia ver o sorriso de triunfo de Sasuke. Sakura nunca deixou ninguém entrar. Ela sabia o quanto e de quantas maneiras seu coração poderia ser partido. Quando seu pai morreu, Sakura pensou que não sobreviveria. Ela prometeu não deixar ninguém entrar. Mas Sasuke estava.... ele sorrateiramente estava entrando em seu coração e isso a aterrorizava. E se ele a deixa-se? A própria mãe de Sakura a tinha abandonado. Aquele pensamento era aterrorizante.

Quando o elevador abriu Sakura saiu apressada antes que Sasuke pudesse falar algo.

– Sakura... Sakura. Espere. – Ele a segurou pelo braço.

Ele pensou sobre o que seu irmão lhe falou sobre está apaixonado. Sasuke teve que admitir para si mesmo que talvez ele estivesse mesmo apaixonado.

Isso seria tão ruim?, ele se perguntava.

– Esse é seu quarto. – Ela disse apontando para uma porta, sem olha-lo. – O meu fica no fim do corredor. Amanhã é a nossa apresentação, então não durma tarde.

Sasuke a assistiu embasbacado quando ela foi em direção a seu quarto.

– Você não pode fazer isso e simplesmente ir embora. Você não pode tranzar comigo daquele jeito e depois me ignorar. Você não pode me dar às costas e fingir que não ta rolando algo. – Sasuke falou a prensando na parede.

– Posso sim! – Gritou como uma criança, o que assustou Sasuke. Ela estava nervosa. Desvencilhou-se dele e abriu a porta de seu quarto. Sasuke entrou.

– Saia! Você tem seu próprio quarto.

– Se isso é por causa daquela garota...

– Não tem nada haver com aquela garota! – Sakura corou. – Mas não que eu me importasse, já que você deve fazer isso o tempo todo. Aliais, eu deveria me desculpar por impedi-lo de tranzar.

– Eu não levaria ela pra cama enquanto eu estou com você. – Respondeu indignado pela acusação.

– E você está Sasuke? Está comigo? Aliais... o que a gente está fazendo aqui?

– Eu não sei, Sakura. Eu não sei. – Sasuke suspirou, frustrado. – Por que você não me diz. Por que você fica parada ai, como se fosse dona da razão, mas não fala.

– E o que você quer que eu diga?  Vá embora Sasuke. Eu estou cansada.

– Você está com medo. Eu tô! Mas não estou fugindo.

– Eu não estou fugindo.

– Por que está me tratando assim? Não é de hoje. E desdo baile. O que eu fiz de errado?

– Saia daqui!

– Me responda e eu vou. Se você quiser, eu vou. O que eu fiz?

– Depois... – Sakura parecia que ia chorar. – Depois que chegamos, eu estava... nós estávamos.... e Hinata precisava, Sasuke. Eu sou amiga dela e quando ela precisou de mim, eu não estava.

– Sakura. – Sasuke se aproximou de Sakura, mas parou ao vê-la sentar-se na cama.

– Não, Sasuke. Ela precisou de mim e eu não estava lá! Se eu estivesse lá, talvez eu tivesse...

– Impedido. – Sasuke completou. Ele compreendeu, ela se sentia culpada.

– Quando eu acordei... – Lágrimas começavam a escorrer, Sakura se abraçou. – Ino disse o que aconteceu, a porta do banheiro estava trancada. Quando os seguranças em fim conseguiram arrombar a porta e eu a vi...  ela estava lá deitada no chão. Ela estava morrendo e só o que eu conseguia pensar era que se eu estivesse lá com ela...

Sakura tremia e chorava inconsolável. Sasuke andou até a cama, sentou-se e a abraçou. Ela estava tão frágil. Ela deitou a cabeça no ombro de Sasuke e chorou, lembrando-se daquele dia.

Lembrança on

Sakura acordou com a luz do nascer do sol batendo em seu rosto. Quando ela abriu os olhos ela os fechou rapidamente, por conta da luz forte. Esperou um momento e foi abrindo lentamente.

– Quem deixou essa cortina aberta? – Sakura se perguntou. Ela olhou ao redor do quarto viu a cama de Hinata vazia. – Deve ter sido ela.

Sakura esfregou os olhou e levantou para fechar a cortina. No meio do caminho ela tropeçou nos sapatos de Ino e espraguejou alto.

– Shiiiii. – Ino disse sentando na cama e esfregando os olhos, ela bocejou e continuou: – Faz silencio, Testuda! Hinata precisa descansar.

– Primeiro: Eu tropecei nesse teu maldito sapato. Segundo: Hinata já acordou. – Sakura falou apontando para a cama de Hinata.

– Não tinha visto. – Ino falou e logo olhou Sakura brava: – Onde você estava ontem?

– Por ai. – Sakura corou.

– Droga Sakura!  Que dia pra desaparecer. – Queixou-se Ino. – Eu te liguei varia vezes.

– Meu celular descarregou. O que aconteceu?

– Pega meu celular ai. – Ino apontou para a banquetinha. Sakura pegou e deu na mão de Ino. A loira colocou um vídeo e mostrou pra rosada. – Espalharam esse vídeo pela internet, na hora do baile.

– Nossa! Quem foi o cretino que fez isso? – Falou Sakura se sentindo enojada.

– Ninguém sabe, apesar deu desconfiar. Hinata ficou péssima. Eu podia jurar que Jesse estava... – Antes de Ino concluir, elas ouviram um baque alto vindo do banheiro.

 – Hinata? Está tudo bem? Hinata? – Não estava.

Lembrança off

Sasuke tomou o rosto de Sakura nas mãos e enxugou suas lágrimas. Ele a olhou nos olhos e depois para seus lábios: rosados e macios, convidativos. Sasuke a puxou para um beijo e quando os lábios se encontraram, ele sentiu o desejo de Sakura tão grande quanto o próprio.

– Não me mande embora, por favor, Sakura. – Sasuke pediu entre beijos. – Vamos esquecer tudo, todos. Por favor. Apenas hoje. Depois disso eu paro de te importunar, se é isso o que você realmente quer. Deixe-me senti-la mais uma vez. Já faz três meses e eu estou com tanta saudade.

Sasuke se distanciou e voltou a encara-la, esperando sua resposta.