História O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - Um Coração Fraco

P O V ' S   A N N E

Estavamos caminhando e tinha duas trilhas de lados opostos, uma era para esquerda e a outra para a direita. Paramos  e ficámos em silêncio por um tempo, até que Dyana decidiu falar...

-Bom, Anne você quer visitar sua vó primeiro, certo? - Fala ela olhando para mim.

-Quero. - Digo com firmeza.

-Vocês podem ir na frente, eu vou ficar aqui esperando. - Diz Derik se encostando na árvore.

-Está bem, vamos voltar logo pois só temos alguns minutos. E não faça nenhuma besteira. - Ele suspira. Nós fomos pela trilha esquerda.

Fomos andando até avistar uma casa que provavelmente é da minha vó, eu fico contente e corro até lá o mais rápido possível, Dyana me manda esperar, mas eu não a escuto e continuo correndo, mas logo em seguida paro em frente da casa respirando ofegante. Okay Anne, fique calma e respire fundo... Espero que vovó esteja em casa a está hora... De epente meu corpo fica paralisado e eu me arrepio, tem algo estranho aqui...

-Você não pode se econder para sempre, Anne... - Eu ouso uma voz sussurrando em meu ouvido esquerdo, eles... Nos encontraram? Mas como?

-Anne! Eu disse para esperar, não corra mais assim está bem...? - Ela para e respira ofegante me olhando confusa, eu olha para a casa de minha vó verificando todas as janelas.

-Eles estão aqui... Eles pegaram minha vó... - Digo a ela em voz baixa e ela fica suando frio e vem para perto de mim.

-Anne se alguma aconteceu com sua vó e se ela está realmente em perigo, lembre-se, nós nunca vamos te deixar só. - Ela parecia inquieta com algo ou com alguém.

Quando eu fui abrir a porta ela se abriu sozinha me jogando para longe dela fazendo com que eu cai-se no chão de cara, Dyana corre em minha direção e me levanta, limpando com um paninho que ela tinha em seu bolso...

-Você está bem? - Pergunta ela e eu comfirmo com a cabeça meio tonta ainda.

Quando olhamos para a porta uma pessoa sai de lá com um sorriso sádico e seus olhos brilhantes que logo para em nossa frente, ele usava uma máscara e parece muito familiar, mas porquê ele está na casa de minha vó...?

-Hmm, então nos encontramos novamente... Anne. - Ele diz com uma voz calma.

De repente eu lembrei... Mas eu não consiguia ver seu rosto direito e foi aí que eu percebi que ele é o mesmo homem que matou meu avô. Ele vem em minha direção e seus olhos estavam mirados em mim que fez com que eu fica-se de joelhos no chão, Dyana entra em minha frente e então ele para bem na frente dela...

 -Não ouse tocar um dedo nela senão eu vou arrancar eles um por um! - Eu tento olhar para cima, mas meu corpo estava paralisado...

-Dyana, Dyana, Dyana... Você nunca vai saber a hora de parar de ser tão metida? - De repente em um movimento só, ele a joga para longe fazendo com que ela bater-se sua cabeça na pedra...

-P-por favor... Deixe-aa... É a mim que você... Quer... - Falo com dificuldade e ele me olha nos olhos e se abaixa tocando meu queixo.

-Eu tô nem aí, só vou levar você para aquele velho doente e ganhar minha recompensa. - Recompensa?

Seus olhos são muito bonitos... Ele me amarra, eu olho em direção a Dyana... Sua cabeça estava sangrando um pouco, me desculpe.

-Agora, vamos logo ao que interessa, você quer ver sua vó, não é?

Eu olho diretamente para a porta, se ele fez alguma coisa com ela eu juro que eu o matarei com minhas próprias mãos! Ele entra na casa e traz a minha vó para fora, eu tento me soltar, mas foi em vão...

-Solte minha vó agora, ela não tem nada a ver com isso! - Tinha uma corda em seu pescoço e suas mãos estavam presas por correntes.

-Sera que ela não tem nada a ver com isso? - Ele pega uma corda grossa...

-Anne não se preocupe comigo querida, eu sempre vou estar com você... - Diz minha vó, eu sinto lágrimas escorrendo pela minha bochecha quente, por favor vó... Não se renda a isso, é tudo culpa minha...

O homem mascarado amarra a corda no telhado da casa, bem na varanda, ele vai... Enforca-la? Eu tento me soltar com todas as minhas forças, mas o não adiantava, só estava ferindo cada vez mais meus pulsos, minha vó está chorando agora e isso tudo foi minha culpa só minha... Ele colocou a corda no pescoço dela e a puxou, fazendo com que minha vó fica-se pendurada sem poder tocar no chão, seu sofrimento e sua dor... Não consegui olha-la por muito tempo. Sua cabeça estava ficando roxa, eu só queria simplismente sair e viver uma vida em que nada disso existe. Depois de alguns segundos minha vó para de se debater, sangue saia de seu nariz. Quando o homem mascarado foi me pegar eu gritei o nome de Derik o mais alto que consegui fazendo com que minha voz fica-se mais roca do que já estava...

-O que...? - Ele ficou surpreso e olhou para o seu lado esquerdo...

Então Derik apareceu e olhou para o homem mascarado, ele vai pra cima atacando ele com toda sua raiva, mas o homem tinha uma arma e deu um tiro... Acertando sua perna Derik morde seu pescoço, cheio de raiva ele faz isso várias vezes rasgando ele, de repente eu sinto meu corpo ficar mole fazendo com que eu cai-se no chão, Derik olhava para mim e eu só pude ver ódio em seu olhar, eu nunca esquecerei desse dia...

. . .

Eu acordo com uma leve dor de cabeça e abro meus olhos lentamente olhando para os lados e acabo vendo o pelo de Derik macio carregando Dyana e eu em suas costas, mas ele parece não aguentar mais então ele cai e nós caímos juntos, ele se arrisca tanto por mim e eu só retribuo apenas com um simples "obrigado", se eu pude-se fazer mais do que isso...

-Derik, deixa eu cuidar da sua perna... - Ele vira o rosto e tenta colocar Dyana em suas costas, mas não consegue.

-A gente vai voltar e deixar Dyana em sua casa, colocamos muito a vida dela em risco. - Eu pego Dyana e coloco em meu colo, colocando sua cabeça delicadamente em meu ombro.

-Não, você não pode andar mais e ela está perdendo muito sangue, precisamos entrar na casa da minha vó e pegar o kit de primeiros socorros. - Ele acaba confirmando.

-Tem certeza que vai conseguir voltar com sua vó lá? - Eu afirmo com a cabeça.

Então voltamos para a casa, estava uma zona aqui neste lugar, mas eu tento evitar e entro na casa sem esbarrar no corpo da minha vó... Entramos em todos os quartos até que achamos o kit e eu abro, usei tudo o que dava pra tirar a bala da perna dele e cuidei da cabeça de Dyana que logo coloquei ela na minha cama, minha vó tinha me ensinado a cuidar de ferimentos como estes, mas eu não sabia se isso era o suficiente...

-Eles vão voltar, não é? - Pergunto a Derik que estava deitado no chão.

-Sim, a qualquer momento. Mas não se preocupe, eu estarei aqui para você Anne, e sobre sua vó, eu sinto muito... Se eu fosse com vocês isso não teria acontecido e... - Eu o interrompe.

-Isso não foi sua culpa, não é culpa de ninguém. Derik, obrigada por não ter ido embora...

-Eu nunca iria dar as costas para você, estamos juntos nessa agora, se você morrer, eu morro. - Eu chego perto dele e dou um abraço.

-A gente pode perder o primeiro dia no seu trabalho, certo?

-Eu acho que não...

-A gente arranja outro então. - Olhamos um para o outro e começamos a rir.

-Dyana não iria gostar nem um pouco disso.

-Verdade, sorte que ela está dormindo que nem pedra agora... - Ele olha para Dyana dormindo na minha cama.

-Você acha que a gente consegue ser feliz nesse fim de mundo ainda? - Eu olho para ele meio séria.

-Eu já sou feliz Anne...

~ Fim Do Capítulo 10 ~