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História O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - A Verdade Sobre O Lobo › Parte 1


Escrita por: Kali911

Capítulo 2 - A Verdade Sobre O Lobo › Parte 1


Fanfic / Fanfiction O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - A Verdade Sobre O Lobo › Parte 1

P O V ' S   A N N E

Eu acordo e percebo que a nevasca tinha parado e o o lobo tinha sumido, eu tento me levantar mas fico me apoiando na parede por um curto tempo e saio da pequena caverna e respiro o ar frio profundamente pensando para onde ir, como irei voltar para casa? Eu não sei nem aonde estou, toco minha testa e vejo q ainda está com sangue meio seco do lobo então fico meio enjoada até que decido sair por conta própria e ir andando até achar alguma civilização por perto para me dizer aonde fica a cidade em que moro. Eu não sei que horas são mas está escurecendo e eu não sei o que fazer oh céus... Vó por favor me dá forças para eu sair deste lugar.

—Anne... – De repente escuto uma voz masculina chamando meu nome, olho para trás assustada quase caindo no chão.

—Você?? Sai de perto de mim seu monstro! – Tento correr o máximo que posso mas nessa neve é impossível!

—Por favor não corra, estou cansado pra caralho tentando salvar sua pele, não dificulte as coisas para nós dois. – Eu paro e me viro para ele com raiva e confusa.

—Você me salvou daquele monstro mas por que você matou aquelas pessoas? O que é você? – Fico sem ar esperando ele falar, mas ele só me encara.

—Eu matei aquelas pessoas porque aqueles adultos iriam vender você e o resto das crianças, eu precisava fazer isso. – Eu me acocoro no chão com as mãos na cabeça confusa olhando pro chão e depois logo o encarando de novo.

—Por que não salvou os outros que nem fez comigo?

—Porque... Eles iriam morrer de qualquer forma, eu estou fraco e não aguentaria manter todos seguros até porquê você é minha responsabilidade agora.

—O que?... – Ele começa a andar mancando ainda com o canivete em suas costas. —E-ei me espere!

Eu vou até ele acompanhando-o sem saber para onde estamos indo nessa escuridão. A floresta me dá arrepios só de lembrar daquela cena, assim que fico meio distante, vejo as grandes árvores e o silêncio sobre esse lugar. O lobo está todo ferido e machucado até agora com o canivete ainda em suas costas... Ele não vai me atacar pois me salvo, certo? Ele é enorme e seus dentes são tão grandes e pontudos assim como suas orelhas, eu chego mais perto dele ficando lado a lado então lentamente e com cuidado toquei sua cabeça, seu pelo ainda continua macio mas grudento. Ele é real...

—Ah, o que está fazendo!? – Ele se afastou de mim.

—Ainda está difícil de acreditar... – Fico o encarando e ele me olha confuso.

—Você me chama de monstro e depois tá me tocando, você me dá nojo. – Ele olha para frente mas eu ainda continuo o encarando.

—Desculpa se o que eu disse te ofendeu mas todos iriam dizer a mesma coisa quando te visse pela primeira vez.

—Você é igual a todos os outros... Só estou com você agora por causa da sua vó, eu prometi a ela que seria seu guardião mas se não fosse por ela eu te deixaria morrer aqui mesmo.

—Oh eu entendo senhor lobo pacífico. – Digo num tom de ironia que ele não gostou nem um pouco, eu entendo o lado dele mas precisa ser tão rude assim?

—Ótimo... Precisamos chegar a um lugar e passar a noite, então me segue e para de falar merda. – Eu fecho minha boca e fico o seguindo com raiva. 

Assim que chegamos no local que ele me levou, é uma casa pequena, entramos e parecia não ter ninguém morando aqui. Ele para e olha para mim pedindo pra eu fechar a porta e acender a lareira.

—Não toque em nada sem eu mandar, ok? – Ele se senta cansado em cima do tapete no meio da sala.

—O que?... – Eu vou direto para a lareira e acendo logo em seguida, a casa está com poeira mas parece que sempre viveu aqui para ela ainda continuar funcionando.

Ele vai acabar morrendo se eu não cuidar desses ferimentos... Eu acabo sentando ao lado dele e por intensão, eu toquei a ferida...

—O que está fazendo? – Ele se afasta mostrando os dentes pra mim.

—Eu só estava sendo gentil. Essas feridas vão infeccionar se não cuidar delas logo! – Digo elevando a voz.

—Eu não preciso que você tenha pena de mim. – Eu abaixo a cabeça e respiro fundo.

—Está bem. Eu vou embora! – Digo me levantando.

—Espera, o que!? – Ele se levanta também.

—Isso mesmo! Se não precisa de minha ajuda então o que eu estou fazendo aqui? – Abro a porta da frente sentindo o vento frio de fora bater contra meu rosto.

—Você é estúpida ou o que?! Eu preciso de você viva, eu não arrisquei minha vida em vão pra você sair por aí e se matar. É perigoso sair de noite por aí... –  Eu não o escutei e saí de lá correndo.

Idiota... Por que eu o segui? Eu paro numa árvore e respiro ofegante, eu devia ter ficado com minha avó e eu só participei dessa "viagem" por causa dela! Ela também me disse sobre eles, caçadores... Mas se o que o lobo diz é verdade de aqueles adultos tentarem nos vender para eles, droga! Eu não devia ter fugido de lá. De repente ouso passos...

—Você é maluca ou o que? Nunca saia correndo assim... - Na hora que eu ia dar-lhe uma resposta ouvimos vozes, então ele me empurrou contra a árvore.

—O-o que você está fazendo...? – Pergunto sem poder respirar direito.

—Shh...! – Ele pede para eu ficar em silêncio e eu fico, mas eu não sei se ele consegue sentir meu coração batendo forte, isso é extremamente desconfortável.

Quando eu vejo era outra luz que eu vi hoje de tarde e ela está chorando andando para o outro lado da floresta, quando desapareceu no nevoeiro. Ele se afasta tirando seu peso sobre mim e eu coloco a mão no meu peito respirando fundo, foi por pouco...

—O que era aquilo?... – Pergunto tentando recuperar meu fôlego.

—Seguidores das sombras que você os chama de monstro, soldados que se mataram nesta floresta com medo fugindo de seus destinos miseráveis, você só as vê como uma linda e brilhante aura mas eu vejo sua aparência exausta e contorcida. – Suas palavras me assustam as vezes.

—Seguidores? – Pergunto olhando curiosa para o lado que a aura desapareceu.

—Sim, está floresta é amaldiçoada por soldados de tempos passados e todos que entram aqui serão atraídos para a parte mais sombria da floresta, a parte sem fim. Aos soldados que morreram, as suas almas ficam presas e nunca vão poder ser livres se eles não esquecer a sede de vingança e o rancor que tem dentro deles. Se eles não acharem a chave para os seus corações logo, nunca poderiam sair deste inferno. – Ele fala isso tão normalmente...

—Entendo, mas e você? – Ele olha para mim surpreso e meio sem jeito.

—Eu? Vou te explicar quando você me seguir e não fugir novamente, já basta eu estar todo fodido lutando contra aquela sombra ainda tenho que correr atrás de você sendo que mal posso andar. E não toque em minhas feridas de novo. – E ele voltou a ser um lobo mau...

—Tá bom, eu não vou tocar mais nas suas feridas. – Ele se vira caminhando de volta para o local onde estávamos e eu vou logo atrás dele.

Enquanto caminhávamos, eu olhei para ele curiosa sobre o que e quem ele é... Talvez eu possa confiar, ainda quero saber mais sobre ele por precaução...

~ Fim Do Capítulo 2 > Parte 1 ~



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