História O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - Decepção - Parte 1

P O V ' S   A N N E

Quando finalmente achamos Derik fomos até ele, eu estava com um pressentimento ruim, mas eu ignorei e fui em sua direção com Dyana, mas quando chegamos ele estava com alguém e parecia muito feliz com sua companhia, algo me incomoda... Ela está beijando ele? Derik percebe nossa presença, então ele se desgruda da mulher com chifres encaracolados e vem em nossa direção.

 —Não é o que vocês estão pensando! A gente fez um acordo e ela pode me ajudar... – Dyana o interrompe.

—Derik, ela é um demônio e eles são traiçoeiros e falsos, nunca se deve confiar em um.

—Eu sei... Mas eu estou desesperado Dyana... – Ela toca sua cabeça e fecha os olhos.

—Não fique assim Derik você vai voltar a ser quem era, só espere chegar esse momento.

De repente algo me chama a atenção, sem reagir eu saio de fininho até que corro para longe deles enfrentando a neve que cobria os meus pés enquanto me apoiava entre as árvores, eu vejo...

P O V ' S   D Y A N A

Quando Anne corre em direção a floresta, Derik da um passo para trás se preparando para se transformar em lobo por causa do colar e logo vai atrás dela, mas eu toco seu ombro impedindo de ele ir, eu começo a olha- ló seriamente...

—Não vá atrás dela agora, algo não cheira bem... Derik, suba na montanha mais alta que puder e veja se a alguém ou algo por perto na região em que a Anne foi, uive para mim se encontrar algo fora do normal. – Eu saio de perto dele e sigo os passos de Anne.

Eu começo a gritar pelo seu nome, mas sem respostas então tento seguir a trilha de passos dela até que escuto uma respiração ofegante e me aproximo devagar até que de repente um alce pula do meu lado assustado e eu acabo me assustando e caindo de bunda na neve, maldito alce. Eu continuei a procura- lá até que perdi os seus passos, então fecho os olhos e tento escutar com atenção a floresta e foi aí que escutei um choro familiar, parecia ser ela, então fui até o som do choro correndo com dificuldade e quando eu cheguei eu me deparei com a Anne de joelhos no chão no meio do nada com as árvores ao seu redor destruídas...

—Anne!... – Digo me aproximando e abraçando ela por trás.

—Dyana, que bom te ver. Pensei que não iria me achar tão fácil assim... – Eu estranhei o jeito que ela disse então eu me afastei e ela se virou para mim. Eu vi seus olhos obscuros, como se não tivesse vida.

—U-um demônio?! – Ao dizer isso, ele sai do corpo dela.

—Acertou.~ Pelo visto você conhece essa bela criatura com uma alma tão encantadora... – Ele acaricia o rosto de Anne delicadamente com seus tentáculos nojentos e depois coloca suas mãos pelo seu corpo e começa a arranhar a pele dela lentamente com suas unhas. Eu o interrompo.

—Tire a sua mão imunda dela! – Eu me levanto do chão indo em sua direção prestes a jogar um feitiço, mas ele me para levantando sua mão e me fez parar sentindo um grande aperto em meu coração fazendo com que eu ficasse sem ar, logo ele me faz cair no chão rindo da minha situação.

—Oh Dyana, eu não irei machuca-la... Apenas pare de se intrometer aonde não foi chamada. – Ele me joga contra uma árvore destruída com força fazendo eu cuspir sangue.

—Desgraçado...! – Ao falar isso ele derrama um líquido estranho e preto por debaixo do vestido que logo foi se alastrando pelo chão até a minha direção fazendo com que minha pele fique queimando lentamente...

P O V ' S   A N N E

Eu acordo com uma dor na nuca e quando tento olhar em volta eu percebo que minha visão estava meio borrada, quando eu me viro, vejo uma pessoa imóvel na árvore machucada e coberta por uma mancha preta, parecia ser... Dyana? Eu tento me mexer, mas algo estava atrapalhando e foi então que eu percebo. Meus pulsos e meus tornozelos estavam vermelhos como se algo estive-se me segurando com muita força, eu não consigo saber o que é exatamente, pois não vejo nada...

—Já acordaste Chapeuzinho Vermelho? Mas tão cedo... – De repente escuto uma voz estranha perto de mim, eu não consigo ver seu rosto, mas eu sentia sua respiração no meu pescoço, isso me deu arrepios.

—Q-quem é você? – Digo com uma voz meio seca, então sinto meu coração doer e ele percebeu.

—Shh... Não se mexa, você parece uma linda boneca paradinha assim...

Minha visão fica escura e então sinto algo perfurar meu peito e eu vi uma bola de luz azul claro sair dentro de mim, tudo ficou escuro a minha volta fazendo com que eu cai-se num sono profundo...

. . .

Eu acordo e sinto a neve em minha pele fazendo cócegas em meu nariz, eu olho para os lados e vejo Derik sentado na neve encostado em uma árvore partida ao meio, Dyana parecia estar melhor e dormindo tranquilamente. Eu olho de volta para ele e vejo seus olhos com uma intensa cor vermelha, então ele fecha os olhos...

—Você vai continuar a me encarar até quando? – Eu congelo. Desvio meu olhar de sua face e volto a olhar para as árvores destruídas ao nosso redor...

—Desculpa... Eu não devia ter corrido para a floresta, se eu não tivesse feito isso nada disso teria acontecido. – Eu me sento.

—Não era você Anne, eu deveria estar ao seu lado. E sobre o beijo... Estava desesperado tentando achar uma saída para fora deste corpo.

Eu fico parada de cabeça baixa ainda confusa, então ele se levanta e estende sua mão com garras e pelos que estavam um suja com uma gosma preta, sem olhar para seus olhos eu a segurei firmemente e ele me levantou com cuidado, ele pega Dyana e carrega ela pelas costas e foi andando na frente e eu o segui. Quando nós paramos estávamos em frente ao castelo, depois chegaram duas pessoas e pegaram Dyana a levando para dentro do castelo preocupados, quando eu tentei me aproximar de Derik ele começa a sentir uma enorme dor em sua cabeça e quando eu fui tocar seu ombro ele pega meu pulso furando ele com suas grandes garras com força e olha para mim, seus olhos ainda estão vermelhos... Eu lembrei do que Dyana disse e então eu toco seu rosto com a minha outra mão segurando a dor e as lágrimas, ele para e então gentilmente segura minha mão levando até sua boca e lambendo o meu pulso com uma cara triste.

—Desculpe... – Fala ele em uma voz baixa soltando a minha mão e se distância de mim, me deixando sozinha. Depois de meu pulso sangrar mais um pouco eu faço força pra me curar até que consigo depois de um tempinho.

Eu respiro fundo e entro no castelo e pergunto as pessoas aonde estava Dyana, então eu vou para seu quarto e quando eu chego no local, ela estava dormindo ainda e um médico estava tratando ela em silêncio. Eu me sento em uma cadeira perto de sua cama e a observo. Ela está com manchas pretas e tremendo de frio. O que aconteceu quando eu estava desacordada?...

~ Fim Do Capítulo 8 - Parte 1 ~