História O Lado Bom De Um Lobo - Chapeuzinho Vermelho (Em Construção) - Decepção - Parte 2

P O V ' S   A N N E

Alguns minutos havia se passado e eu continuava a esperar Dyana acordar enquanto comia um pedaço de bolo de chocolate, mas eu fico pensando e tentando me lembrar sobre o que aconteceu hoje. Eu só me lembro de uma luz estranha sair de dentro de mim, eu não sei o por quê, mas Derik chegou e nos salvou, algo tinha mudado nele... Sim, seus olhos estavam vermelhos e ele parecia atormentado com alguma coisa. Agora me lembrei de um detalhe, eu deveria conversar com ele.

—Hum... – Eu escuto Dyana murmurando enquanto dorme, parece que ela vai acorda logo, logo. Eu olho para a janela observando a paisagem...

—Porquê o dia hoje está tão ruim para mim... – Sussurrei.

—Hoje está um dia ruim para todos. – Dou um pulo para trás e olho para Dyana acordada de pé meio torta.

—Dyana! – Eu coloco o prato em cima da mesinha ao lado e dou um grande abraço nela.

—Oh... – Ela retribui.

—Pensei que você não iria acordar mais, sua pele estava ficando roxa... – Ela fica com um olhar triste.

—Não se preocupe, eu estou bem agora. Se Derik não tivesse chegado a tempo, estaríamos mortas. – Ela olha para o relógio e fica espantada ao ver a hora.

—Entendo...

—Eu preciso conversar com Derik sobre nosso plano. Aliás, você se lembra de alguma coisa estranha que aconteceu hoje mais cedo?

—Não, por quê?

—N-nada! – Ela se senta devagar na cama colocando sua mão na cabeça.

—Err, eu poderia visitar a minha vó? - Ela me olha e sorri. Ela parece meio perdida...

—Claro! – Eu dou um abraço nela novamente e depois nós saímos do quarto com ela se apoiando em mim. Fomos em direção a porta de saída do castelo. Quando nós saímos do castelo, Dyana olhava ao redor procurando pelo lobo...

—Onde está Derik? – Ela pergunta procurando ele por perto.

—Ele... Ai! – De repente, eu sinto uma dor em meu braço, eu encurto a manga do casaco e olho meu braço tocando nele, então vejo uma marca estranha aparecer... Estava perfurando o meu braço, saindo um pouco de sangue que pingava no chão coberto de neve, Dyana olha e fica espantada. Ela vem em minha direção correndo e tropeçando um pouco.

—Não pode ser... Está começando bem antes do eu eu esperava. – Ela diz olhando para meu braço, depois pega um pano dentro de sua bolsa e o cobre amarrando no meu braço logo em seguida, fazendo com que parasse o sangramento.

—Dyana o que você quer dizer com isso? – Pergunto meio confusa.

—Anne, por acaso Derik te mordeu? Ou te beijou? Ou algo do tipo?

—O que?! Pelo o que eu me lembre... N-não. – Respondo- a gaguejando.

—Bom, vamos deixar esse assunto de lado, por enquanto. Anne você pode chamar o Derik para mim, por favor?

—Chamar ele? Mas eu não sei onde ele está, vai que ele está muito longe daqui como eu gritar o nome dele iria adiantar? - Fico rindo meio nervosa.

—Acredite em mim existe um lado ruim e um lado bom nessa marca que ele fez em você, só chame ele!

Eu respiro fundo e grito pelo seu nome o mais alto que pude, eu espero... Então o meu braço ardeu um pouco, mas eu sentia um pressentimento muito estranho. Depois de segundos Derik chegou perto de nós cansado e na sua forma original. Dyana fica com uma cara de brava. Parece que isso não vai acabar bem...

—Derik, como você pode fazer isso na Anne? Por que você não me contou que estava piorando? Poderia ao menos ter me dado um sinal! – Diz ela se aproximando dele enquanto ele dá passos para trás.

—Dyana, acordou com o pé esquerdo hoje? – Hmm? Ele está mais calmo agora.

Dyana estava indo atrás de Derik que vai na frente pela trilha meio apagada, mas ele para e me olha, eu estou sorrindo não sei o porquê. Eu estou sentindo algo estranho vindo dele que faz meu braço doer toda vez que olho para ele...

—Por que vocês estão se olhando desse jeito? Grr! – Ela fica irritada e vai indo em direção a uma das trilha meio apagada que leva a uma vila.

—Ei, o melhor seríamos ir pelo um de seus portais assim seria mais rápido. – Eles vão na frente e eu vou logo atrás.

De repente sinto alguém me observando. Eu paro e olho para trás, mas não vejo ninguém...

—Ei! Não nos atrase Chapeuzinho Vermelho. – Eu olho para eles e vejo que estão muito à frente, então eu tento acompanhar eles em passos rápidos. Deve ser só minha imaginação.

—Desde quando eu te dei permissão para me chamar assim? – Ele solta um pequeno riso.

—Sua opinião não conta, docinho. – Eu fico calada, Dyana belisca sua bochecha e ele reclama.

Nós fomos andando a pé e eu não vou mentir que sinto um pouco de frio. Eu só queria saber o que está passando na cabeça dele...

~ Fim Do Capítulo 9 - Parte 2 ~