Era uma noite bem escura naquela hora, mesmo assim, dava pra ouvir um barulho de um pássaro as escuras, enquanto caminhava naquele bosque.
O homem seguiu até a fonte do barulho que despertou seu interesse. Lá não havia ninguém a vista, ou era o que parecia... de qualquer forma o homem não demostrara medo ou nada do tipo. Digamos que ele ja tinha noção do motivo do barulho.
Logo ele notou que o barulho vinha de cima de uma árvore de tronco fino a sua frente , não devia ter mais de 4 metros. O homem sacadui a árvore, e como ela era fina não foi difícil. Logo um garoto caiu da árvore e logo ficou triste e sem palavras. Seus olhos lembravam a de um bebe que o homem vira em algum momento da sua vida.
- Ei, você é filho do kenny certo? O carpinteiro daquela loja da esquina, perto do teatro de Dio. Estou certo?
Foi o que o homem disse ao ver o menininho quando caiu no chão. Tinha que se aproximar dele por causa da escuridão para poder enxerga-lo, e se agachar pra poder falar com ele. O menino respondeu emburrado.
- Sou... e dai?
- Dai que você é o garoto que me incomoda toda sexta-feira as onze da noite com esse assobio de passarinho infernal. Anda logo, cansei de ficar de procurando, vamos pro seu pai, e acho bom vc ficar longe da minha casa depois disso ,ouvi pirralho?
O homem não esperou o garoto responder e logo o pegou e o colocou nos ombros e andouaté a direção que o levaria aos pais. Essa criança não devia ter mais de sete anos, ao julgar pelo peso q o homem sentiu em seus ombros. Não demorou muito pro garoto falar.
- Se eu soubesse q tinha alguém morando aqui no mato eu não teria feito isso.
- Você vive numa cidade pequena fundada por fazendeiros e caipiras e não considerou que alguém estava no bosque?
- Tenho só oito anos, o queria que eu pensasse?
- Ao julgar pelo pouco que você falou e essa resposta agora, você pode ser o que for nessa sua idade, mas burro você com certeza não é.
- ...esquece ...então por que você não se muda pra cidade? A velha Suza tem um apartamento livre pra alugar esse inverno, eu vi quando passei na frente no caminho do colégio.
- Não...
- Por que não? Não tem dinheiro? Por isso que vive no mato?
- Dinheiro não é problema...não mais... só que a razão disso e que eu não quero e ponto. Afinal, o que você tava fazendo na árvore?
- O assobio? Meu pai me disse que ia me levar pra caçar, ele disse que pegariamos um cervo pra ceia de natal. E segundo minha mãe, meu avô era um grande caçador, ele usava assobios pra enganar a presa de que...
- De que o ambiente está seguro e que não há um predador no local, fazendo a presa se despreocupar e baixar a guarda. Perfeito para um disparo certeiro.
Disse o homem ao interromper o garoto.
- Isso! O senhor caça?
- ...
O homem ñ respondeu e continuou a andar carregando o menino nos ombros.
- isso foi um sim?
- Eu caçava, ha muito tempo.
- Você gostava?
- Gostava? Eu não entendo, como que é que uma pessoa pode gostar de tirar uma vida só por gostar?! Eu parei porque me sentia uma abominação. Coisa que ninguém merece se sentir. Talvez quando você for pegar o cervo com seu pai, lembre-se, que ao menos, para compensar a morte dele pela ignorância do prazer e da nessecidade, trate de ao menos dar uma morte rápido, se for pra um inocente morrer, que seja rápido pelo menos.
O garoto se calara por um bom momento depois do sermão do homem. O silêncio reinou o lugar, apenas o barulho do seu andar eram possivei de se escutar. Foi quando eles chegaram ao finaldo bosque que dava a uma calçada na frente do subúrbio da cidade. Ele tirou o menino dos seus ombros e o colocou no chão.
A luz dos postes de luz da rua permitiram que pudesse ver o rosto do garoto. Era um menino loiro de cabelo curto, olhos verdes e uma cara de inocente, quando de inocente não tinha nada.
- Você tem idade pra caçar ao menos menino?
- É tradição segundo meu avô, algo sobre iniciativa de se tornar um homem.
- É eu sei essas baboseiras e outras merdas que falam pra convencer a todoa de que o que estão fazendo é o certo.
- O senhor não tem nehuma tradição...senhor...?
- Zorn, e minha tradição e ficar decendo a porrada em quem me incomoda duas vezes, mesmo depois de um aviso. Até mais muleque.
Quando Zorn se afasta e da as costas para o garoto ele é parado por uma pergunta do menino.
- Mais uma coisa senhor Zorn, o senhor viu um dálmata por ai mato? É que o meu se perdeu por ai, o nome dele é Alan, tem uma coleira vermelha nele, ele sumiu a uns dias atrás e...bem... como o senhor mora ai eu pensei... se você soubesse de algo. Você o viu?
- Ouvi uns latidos ontem, mas nada demais aconteceu então eu não o vi ou tenho certeza se era o seu.
- Ah..ok...
Zorn não estava afim de ficar tentando consolar crianças naquela noite, na verdade não queria estar com ninguém lá agora. Não demorpu nem um segundo nem pra dizer tchau e saiu andando, voltando pro bosque. Quando ele se distanciou do garoto, e teve certeza que ninguém o veria ,naquele canto do bosque. Se agachou no chão e sentiu dor de barriga.
- Merda...aquela garoto dos infernos tinha que falar de caça. Cacete...
Seus dois olhos ficaram pretos e com a íris vermelha, e as veias que passavam no olho ganharam um destaque escuro. Dai veio a fome batendo no estômago tinha sons de tortura. Zorn se levantou e cambeleou até chegar em sua cabana com dificuldade.
Era uma cabine de madeira, tinha um 40 metros quadrados, o fogão a lenha do lado de fora e um riacho passava atras da cabana. Dentro dela só havia uma cama com quadros e fotos de paisagens aleatórias, uma cadeira de massagem que roubou a uns anos atrás, e um quarda roupa com um rádio encima. Uma aromatizador pendurando no teto deixava o ambiente agradável.
Se deitou na cama e deixou sua porta aberta sem querer pois ficou se contorcendo na cama, ao se virar vira um lobo na frente da porta dele o observando com os dentes a mostra. Logo, ouviu o som de lobos correndo passando direto da sua cabanada, pulando o riacho e seguindo o caminho desaparecendo nas árvores. Logo o lobo mostrará uma postura de ataque, mas logo ficou manso fazendo sons de choro que cães fazem.
O lobo entrou na cabana devagar e se deitou perto da cama de Zorn, o olhando com uma cara assustada. Sua pata traseira estava ferida e sangrando muito. Zorn se sentou na cama e observou o lobo, ele não tinha medo do animal pois sabia que uma luta entre um lobo ferido e um Ghoul faminto, é muito desigual.
O ferimento era de bala, dava pra ver uma ponta de metal do tamanho de um feijão saindo do buraco da ferida. Quando Zorn ia tratar o lobo, ele ouviu umas vozes, vozes de pessoas. As vozes vinham de onde os lobos tinham estavam correndo.
Estavam indo na sua direção, sendo assim logo ele ficou em pé e olhou pro lobo. Olhara o calendário em seguida, depois viu que esse era o último dia da temporada antes do inverno cobrir a floresta.
Zorn lembrou do que disse ao menino mais cedo e logo saiu da cabana e deixou a porta fechada com o lobo dentro. Controlou seus olhos para fazer eles voltarem ao normal e assim o fez.
Via luzes de lanternas surgindo entre as árvores , contou que eram mais ou menos oito homens. O pior, foi quando viu que um deles portava uma shotgun. E essa arma estava nas mãos de um cara careca q olhou Zorn com um sorriso psicopata.
- Parece que temos um lobo aqui rapazes!!!
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