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História O lado obscuro do poder - Capítulo 5


Escrita por: Alexy_Xx

Capítulo 5 - Capítulo 5


Fanfic / Fanfiction O lado obscuro do poder - Capítulo 5

A primeira coisa que eu vejo a abrir meus olho é.... nada, absolutamente nada, tudo estava preto. Falta de luz ou eu havia ficado cega? Oh céus! Não posso ter ficado sega...

Minha cabeça lateja brutalmente, em um gesto automático levo minha mão para a nuca. Sinto o sangue seco grudado em meus cabelos. As lembranças da noite voltam. O homem, o pacote, a chave. Meu coração deve ter parado por um segundo, até me certificar que o colar e a chave ainda estavam pendurados em meu pescoço. A aliança também continuava ali, em meu dedo. Tento avaliar a situação em que me encontro, deitada em uma cama. A cama é macia, por incrível que pareça. Um aroma no ar... canela. A temperatura é agradavelmente gelada. Meu corpo está quente por um edredom em cima de mim. Noto que minhas roupas foram trocadas por algo macio e leve. 

Ouço passos ecoando pelo que parece ser um corredor. Rapidamente meus instintos ganham vida e meu corpo se deita na cama, fingindo estar dormindo. A porta se abre de uma forma delicada, iluminando parte do cômodo. Solto um suspiro de alivio, pelo menos ainda tinha minha visão. A silhueta na porta se mostra uma mulher, carregando algo em mãos, que é depositado no que parece ser uma pequena mesa no centro do quarto. Logo em seguida ela sai, tudo fica escuro novamente. Permaneço na cama até me certificar que a mulher se foi pelo corredor.

 Ergo minhas mãos para cima da cabeceira da cama, deslizo para a direita, seguindo a parede até tocar em um tecido macio, a cortina. Jogo as cobertas para o lado e me levanto. A luz da lua entra quando puxo as cortinas, revelando um quarto confortável, uma cama na parede, estantes e duas poltronas, ao lado uma pequena mesa com a bandeja  que antes a moça havia deixado ali. Vi o interruptor da luz ao lado, pelo receio de que venha alguém, decido deixar as luzes desligadas, pelo menos tinha a vantagem de acharem que eu ainda estou dormindo. Caminho até aquela bandeja. Pego uma delicada xícara de porcelana com minhas mãos, cheiro o conteúdo dentro dela em seguida, aroma de canela, como o que senti quando acordei deitada na cama. Arisco um gole, está delicioso. Dou um passo para trás e giro meu corpo, vou até onde tem uma estante que julgo ser usada para guardar roupas, abrindo ela encontro o que imaginei, vestidos colocados em cabides, blusas e calças cuidadosamente dobradas e alguns sapatos abaixo. Na outra estante, ao lado daquela, encontro cadernos em branco, livros em línguas diferentes, canetas e lápis. Bebo mais um gole de meu chá e fecho as portas e gavetas que abri, me afastando, olho para fora da janela e vejo que o sol já havia nascido sem que eu percebesse. Quando caminho até a mesa para deixar a xícara ali a porta se abre sem avisos, tão rápido que bate em meu braço e me faz soltar um grito enquanto vejo a delicada xícara ser lançada para o chão. Minhas mãos vão para meu rosto em um gesto automático, olhando para a bagunça quase esqueço que havia alguém na porta. Só consigo ver sua silhueta alta até a luz ser ligada, revelando um garoto com olhos e maxilar cerrado. Ando para trás encarando-o, minhas costas batem na parede e o desespero chega, quando abro a boca para gritar, ele coloca o dedo indicador na frente dos lábios.

 -Não precisa gritar.

 -Quem é você?- pergunto depois de respirar fundo

-Matthew, ouvi portas batendo e deduzi que estivesse acordada. Meu quarto fica ao lado- ele gesticula com as mãos. 

-Onde eu estou?- Dou um passo a frente. 

-Na frança, se vier comigo posso explicar melhor. - Ele olhou para a xícara no chão, rio e saiu pela porta, sem esperar para ver se eu iria junto. Hesitante, fui ao seu encontro. Apesar de ser muito cedo, o corredor estava cheio de pessoas andando apressadas. Matthew caminhava em uma direção, acelerei o passo para alcança-lo.

-Quem são essas pessoas? - Pergunto enquanto encaro uma menina, seus olhos eram totalmente negros!

-Feiticeiros - ele exibe um sorriso orgulhoso - Assim como eu, e como você

-O que? - Falo mais alto do que pretendia, atraindo olhares. - Eu não sou nada… disso. - aponto com o queixo para um garoto que possuía chifres na testa. 

-É, apenas tem um corpo completamente humano. Você deveria ter sido criada aqui, como todos que possuem o dom, mas por algum motivo foi escondida. Até que sua alma, como dizem, brilhou mais claramente para forças das trevas. - ele solta uma gargalhada ao perceber meu olhar de pavor- Não é tão ruim assim. Fiquei com a tarefa de descobrir porque você foi afastada. - Ele parecia estar deslizando, não caminhando, isso prendeu minha atenção que quase bati em uma garotinha. Em alguma parte do corredor começaram a aparecer armários, como de escolas, nas paredes. 

-Você é… feiticeiro também?- franzo a testa. Isso era um tanto confuso.

-Sim, todos aqui são. Temos controle sobre todos os tipos de poder, mas cada um é melhor em uma coisa especifica. Minha especialidade por exemplo, é o fogo. - Ele estala os dedos e uma chama nasce nos dedos, não posso evitar a cara de surpresa. Chegamos a um refeitório onde as pessoas tomavam café. - Com fome? - Minha cabeça faz sinal positivo antes que eu perceba. Ele vai até uma mesa cheia de comidas diversas e começa a se servir, faço o mesmo. - Nascemos de dois feiticeiros, pois a relação com humanos é impossível. - Abro a boca para falar sobre Nicolas, mas acho melhor não expr isso, e a fecho. - Porem você nasceu dessa relação impossível. - Sentamos em uma mesa afastada das outras. - Qual dos seus pais não era humano?

-Como eu vou saber?- falo seca bebendo o suco. 

-Maravilha..- ele bufa- Vou te ensinar a controlar seus poderes…

-Eu não tenho nenhum poder. - interrompo-o.

-Seu amuleto bloqueia o uso dele, realmente não sabe?- ele arqueia as sobrancelhas 

- Não.- Olho para meu colar, a pequena chave ainda pendurada ali junto ao pingente cinza. - Como é possível?- falo baixinho segurando a pequena pedra cinza.

-Magia. - Ouço seu suspiro. - Passo no seu quarto daqui uma hora. é melhor trocar essa roupa. - Diz e sai andando com sua maça na mão. Me deixando ali sozinha sem ter ideia do que fazer, nem sabia como voltar ao quarto.

 



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