História O lago das espadas - O lago das espadas/Fim.

Nesse exato momento,  Larkin volta com alguns gravetos. 

 - Você conhece o lago das espadas, não é? - Perguntou o bardo enquanto colocava a madeira no chão formando uma pilha desorganizada.

 Você responde negando com a cabeça enquanto faz uma expressão confusa.  

 - Pela divina,  então você realmente nunca veio por essa lado das montanhas, me surpreende ninguém ter te assaltado no caminho até aqui. Bem,  eu posso contar para você,  mas infelizmente eu não faço nada de graça nessa vida.- Disse enquanto fazia uma expressão com a mão que lembrava um saco de moedas imaginável.  

 Você retira um pequeno saco com algumas moedas de cobre e entrega para o bardo.

  - Obrigado,  agora por onde eu começo? Ah sim, você consegue ver aquelas duas casaronas? Essas mesmas. Esse lago antes era conhecido como o lago Ancentryan,  pois foi o primeiro corpo de água encontrado pelo explorador Vinni Ancentryan,  que a divina e o criador o tenham. Bem,  nesse lago viviam duas famílias: Os Malryks e os Trevel. E certamente as duas famílias não eram tão amigáveis entre si,  para ser exato,  eles estiveram em guerra por 12 gerações e dizem que o motivo inicial foi o lago em si,  pois dizem que foi aqui que Ancentryan colocou para descansar a sua amada morta por magia de sangue,  junto com a sua mais bela espada,  a Gwennbley ou também "Estrela Negra" na língua dos senhores anões,  dizem que foi feita com o melhor que há de metal em Rocha-Azulay,  a capital da maravilhosa raça dos anões. - Enquanto o bardo fala ele começa a comer uma raiz grevaderiana. 

 - Edway Malryks foi o primeiro a chegar aqui,  com a sua esposa Handri,  dizem que Edway era um homem que conseguia o que queria, por tanto ele era temível. Duas semanas depois que eles chegaram,  veio o senhor Saerq Trevel,  com Mirian,  sua esposa e seu filho recém-nascido,  Edgo. 

No primeiro dia Edway e Saerq tiveram uma conversa sobre os motivos das mudanças e acabaram entrando em uma briga de punhos. Eles viviam em pequenas casas na época,  porém depois de 2 meses de busca e sem resultados, os dois viram que nenhum dos dois iria desistir até encontrar e logo ambos mandaram construir as mansões,  ironicamente as duas foram finalizadas no mesmo dia,  involuntariamente é claro. 

Todos anos eles combinaram de puxar espadas e tentar se matar,  quem perdesse teria que sair dos terrenos para nunca voltar,  e isso valia para descendentes também.

- Depois de tanto tempo assim foi e continuaram apenas em empates vazios que apenas serviam para encher o ódio um pelo outro. E assim se foi por geração e geração. Até algumas décadas atrás nasceu Vicid Malryks e Anastie Trevel, pertencentes da 13 geração o casal foi forçado ao ódio pelas famílias até a maioridade, mas até os 20 anos mantinham um segredo mútuo,  os dois estavam apaixonados e fugiam pelas noites de verão e outono para ver a lua abraçada pelo seu manto estelar.Até que poucos meses até eles na entrarem na primavera da tradição anual de luta entre as famílias,  uma criança nasceu,  um filho vindo de ambas as famílias, Anastie não sabia o que fazer com a criança enquanto que o seu amado era pressionado pela própria família a matar a sua amante de tantos anos no duelo de tradição milenar. -

Enquanto o tempo corre e Larkin continua contando,  o dia inteiro se passa,  começando o cair da noite. 

- Anastie tinha ido e conversado com curandeiros,  ritualistas e até mesmo magos de sangue para saber o que fazer com a criança, até que um mago chamado Bal Omag disse para deixar a criança em uma rocha na floresta e que os espíritos do poleiro iriam cuidar do resto. Assim ela fez,  e deixou a criança lá. Logo faltava duas noites para o duelo,  Vicid e Anastie são revelados como um casal por uma oniromante nos sonhos de Reine Malryks, os dois confessam e ainda confessam sobre a criança,  ambas lideranças se encontram aborrecidas ainda mais com o fato da criança ter nascido da mistura do sangue de ambos. Nos dias seguintes aconteceram ataques diários entre as famílias, até que um dia todos choraram e lamentaram,  tiveram sonhos terríveis com a criança sendo alimento para lobos. Decidiram logo depois disso jogar as suas armas e papéis de guerra no lago,  o qual era cristalino na sua beirada e trazia a visão de ser um pedaço da divina em estado líquido. Depois disso as duas familias abandonaram as casas e com o tempo o lago ficou mais e mais escuro, pela questão do desbotamento das espadas, escudos e dos papéis. 

- Alguns dizem que foi um demônio que queria pregar uma peça fazendo com que todos se matassem por causa do pesadelo, só que não teve a reação que ele esperava. Outros dizem que foi o espírito da amada de Ancentryan,  outros dizem que foi a espada que transbordou de tristeza pelo ódio das famílias.

- Um homem vive nessas terras agora,  ele é o filho bastardo,  já o conheci um dia, nada muito demais,  ele conseguiu achar a espada, pelo o que ele me disse ela estava flutuando no meio do lago, dizem que ele carrega ela nas costas para ele se lembrar do peso que ela já infligiu, que ele a esconde enbanhada em um pedaço da Bandeira de ambas famílias pela vergonha do ódio gerado pelos séculos que ela causou e que antes de vir para cá e descobrir da sua origem ele tinha sido treinado por monges Werianos,  os descendentes diretos do Senhor Char Werian,  último portador do sangue dos Acordados,  a raça do criador e da divina. -

- Bem, meu amigo esse é a lenda popular que na verdade é realidade. Mas agora,  falar por tantas horas me deixou cansado,  irei descansar para a próxima manhã,  agradeço profundamente pelo saco de moedas e por ter sido útil para ti. -

Você ajeita seu manto, deitando-se sobre ele e adormece enquanto pensa sobre a história daquele antigo lago. 

Você acorda e vê que Larkin ainda está dormindo, você coloca uma moeda de bronze sobre a sua mão enquanto ele dorme. Monta em seu cavalo e segue para a capital humana de Amanhecer-Carmesim.