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História O Lamento da Fênix - Capítulo Único


Escrita por: Faith_Mendes

Notas do Autor


Então, essa oneshot é nada mais, nada menos do que a morte de Dumbledore sendo retratada por Harry e os sentimentos dele sobre o ocorrido. Sou uma potterhead, que leu o livro á muito e não se recuperou da morte do tio Dumby por isso escreveu isso. Sim, eu chorei com esse final u.u

Desculpa a sinopse, sou péssima. Mais a fic, está boa.

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction O Lamento da Fênix - Capítulo Único

– Mas...
– Você jurou obedecer, Harry, vá!

Harry sabia que se algo acontecesse á Dumbledore e o diretor lhe pedisse para fugir, ele não, o faria. No fundo de sua mente ele desconfiava que o diretor soubesse o que o aguardava, e precisava da promessa, como uma forma de se precaver para as ações futuras. E, então a chance de ser um bom menino ou ajudar o seu mestre estava ali...

“Talvez se tivesse sido, mas rápido, nunca soube ao certo...”

Harry correu para a porta que abria em espiral, mas, assim que sua mão tocou no anel de ferro da porta, ouviu gente correndo do outro lado. Ele olhou para Dumbledore, que lhe fez sinal para recuar. Harry se afastou, puxando ao mesmo tempo a varinha.

A porta se escancarou e alguém irrompeu por ela gritando:

– Expelliarmus!

O corpo de Harry se tornou instantaneamente rígido e imóvel, e ele se sentiu tombar contra a parede da Torre, escorado como uma estátua instável, incapaz de se mexer ou falar. Não conseguiu entender como acontecera, Expelliarmus não era um Feitiço Paralisante...

Então, á luz da marca, ele viu a varinha de Dumbledore traçar um arco por cima das ameias e compreendeu... Dumbledore o imobilizara silenciosamente, e o segundo que levara para lançar o feitiço lhe custara à chance de se defender.

“Talvez se tivesse sido mais rápido...”

Encostado nas ameias, com o rosto pálido, Dumbledore, ainda assim, não mostrava sinal de pânico ou aflição. Simplesmente olhou para quem o desarmara e disse:

– Boa noite, Draco.

Fez-se silêncio. Harry continuava preso em seu corpo invisível e paralisado, observando os dois, apurando os ouvidos para os ruídos da luta distante que travavam os Comensais da Morte e, diante dele, Draco Malfoy só fazia olhar para Alvo Dumbledore que, inacreditavelmente, sorria.

Harry queria se livrar das amarras, do corpo que o prendia ali, gotas de suor escorria-lhe a face e os cabelos negros e sebosos grudavam-se na testa, doía-lhe mais que tudo ver a cena sem poder nada fazer. Ver Dumbledore frágil, e saber que em partes... Era sua culpa... O bruxo, quase comparado ao poder do Lorde, era mais que um simples diretor, um tio, um avô para Harry.

“Ele o protegeu por todo esse tempo.”

– Draco, Draco, você não é um assassino.

– Como é que o senhor sabe?

Draco deveria ter percebido como suas palavras soaram infantis, pois Harry viu-o corar.

– Meu caro rapaz, vamos parar de fingir. Se você fosse me matar, teria feito isso quando me desarmou, não teria parado para conversarmos sobre meios e modos.

As mãos de Harry estavam fechadas em punho com tanta força que dava para notar os nós dos dedos brancos devido à força. Dumbledore havia feito Draco, contar lhe todo seu plano, pois sabia que Harry estaria ali, quieto escondido pelo véu invisível a ouvir. Seu mestre queria que ele ouvisse...

“Ouça...”

“Se ao menos tivesse sido rápido, poderia agora duelar frente á frente com Malfoy.”

“Covarde...”

Harry sabia que o Malfoy não tinha escolha, ele não tinha opções, Lorde Voldemort, o mataria, assim como mataria toda a sua família. Não tinha escapatória. Harry pela primeira vez sentiu pena... Não ódio pelo loiro ameaçar seu querido mestre, e sim, pena pela pessoa que havia se tornado.


Dumbledore arregalou os olhos, e por um momento Harry o viu tremer. De repente, passos ecoaram escada acima e um segundo depois, Malfoy foi empurrado para longe quando quatro pessoas de vestes negras irromperam pela porta em direção ás ameias. Ainda paralisado, assistindo sem piscar, Harry encarou com terror os quatro estranhos.

– Draco, mate-o ou se afaste, para um de nós...

O coração de Harry deu um salto, sem acreditar no que via. Queria gritar, mais som algum saia de sua boca. Queria fazer algo, mas se sentia incapaz. Uma alma inerte. Como um espectador vendo um drama na TV, em pleno sábado.

“Se ele tivesse sido rápido o bastante.”

– Temos um problema, Snape – Harry ouve, o estranho Comensal alto e comprido, com espessos cabelos e costeletas grisalhas. Cujas vestes negras pareciam desconfortavelmente apertadas. O garoto sentiu nele um forte cheiro de terra, suor e, sem duvida, sangue – O menino, não parece capaz...

Mais outra voz chamara Snape pelo nome, baixinho.


– Severo...

O som assustou Harry mais que qualquer coisa naquela noite. Pela primeira vez, Dumbledore estava suplicando.

Snape não respondeu, adiantou-se e tirou Malfoy do caminho com um empurrão. Os três Comensais da Morte recuaram calados. Até o lobisomem pareceu se encolher.

“Não. Por favor, não...”
“Snape...”

Contudo Harry sentia que cada célula de seu corpo lutava para se libertar. Seus membros estavam tencionados e seu rosto pálido suava frio, vendo que sua visão embaçava. Ele lutava contra o véu invisível, na tentativa de se libertar e, então tudo foi ficando preto. Um nó se acumulava em sua garganta, era preferível a morte ao ver o seu mestre daquela forma.

“Por Merlin. Não!”

Snape fitou Dumbledore por um momento, e havia repugnância e ódio gravados nas linhas duras do seu rosto.

– Severo...por favor...

O menino assustou se ao pensar ser o som de sua voz ecoando pela Torre, e então viu que era Dumbledore, em um pedido de suplica. Harry, viu uma centelha de duvida passar pela face do professor, mas foi algo breve. Empunhando a varinha, apontou diretamente para Dumbledore. Harry gostaria de ter fechado os olhos, mas não o fez, apenas sentiu um aperto subir lhe á garganta e um fogo que queimava no fundo de sua alma.

– Avada Kedavra!

Um jorro de luz verde disparou da ponta de sua varinha e atingiu Dumbledore no meio no peito. O grito de horror de Harry jamais saiu; silencioso e paralisado, ele foi obrigado a presenciar Dumbledore explodir no ar. Por uma fração de segundo, ele pareceu parar, e, em seguida, foi caindo lentamente de costas, como uma grande boneca, desfalecido e inerte desaparecendo de vista.
Harry teve a sensação de que ele também estava sendo arremessado pelo espaço. Não tinha acontecido...não podia ter acontecido. E, então ele fechava os olhos e lembrava de tudo. Do diretor pedindo lhe que prometesse. De seu grito que nunca foi ouvido e da sua impotência diante da situação, como um espectador sem poder algum de decidir o futuro de seu personagem.

Sentindo o desconforto e as dores em seu rosto e nas pernas onde fora atingido pelo feitiço, que como mágica perdeu se efeito, caminhou como em um sonho, atravessando a multidão que murmurava á frente, onde estudantes e professores caminhavam, em seus roupões brancos e vestes negras até a clareira. Em muitos, Harry notava o medo e a surpresa em seus olhos, porem nada importava a não ser chegar a tempo de salvar Dumbledore.

“Eu não fui rápido o bastante.”
“Me perdoa...”

Harry, não estava preparado para vê-lo, embora sentisse que o teria de fazê-lo. Os olhos de Dumbledore estavam fechados; Ele poderia estar dormindo. Harry estendeu a mão e acertou os oclinhos de meia-lua no nariz torto do diretor, e limpou um filete de sangue de sua boca, com a manga das próprias vestes. Então, contemplou o rosto velho e sábio do diretor, e tentou absorver a enorme verdade... Nunca mais Dumbledore falaria com ele...

Dumbledore morreu para salva-lo, assim como sua mãe Lilian havia se sacrificado por ele. Seria então, Harry culpado pela morte de sua mãe e diretor? Sentia ódio e vontade de se afogar, sumir e apagar, assim como fazemos com um desenho malfeito ou um rabisco. De que adiantava lutar, se no final Harry iria levá-los á morte?

– Vem cá, Harry...
– Não.
Ele não queria sair do lado de Dumbledore, não queria ir a lugar nenhum, só queria poder entrar em um casulo e curtir seu momento de luto. A mão de Hagrid em seu ombro tremia. Então outra voz disse:

– Harry, vamos.

Uma mão menor e mais quente envolvera a dele e puxava-o para cima. Ele cedeu á pressão, sem realmente pensar. Somente quando estava atravessando ás cegas, o aglomerado de pessoas percebeu, por um leve perfume floral no ar, que era Gina quem o levava de volta ao castelo. Vozes incompreensíveis o bombardearam, soluços, gritos e lamentos perfuraram a noite, mas Harry e Gina seguiram andando, subiram os degraus de pedra para o saguão: rostos flutuavam na periférica visão de Harry, pessoas o espiavam, sussurrando, se questionando, e os rubis da Grifinória cintilavam no chão como gotas de sangue quando se dirigiam á escadaria de mármore.

– Dumbledore... Morreu...

A está altura todos já sabiam do ocorrido, mas Harry parecia querer afirmar em sua mente que aquilo era verdade, e, então por duvida repetiu mais uma vez.

– Dumbledore...Morreu...

Viu Gina apertar sua mão com mais força e sorrir de forma gentil á acariciar lhe o rosto. Harry teve certeza que tinha algo a terminar e faria isso, por ele e por todos que perdera.

– Eu sei...


Notas Finais


Comentem e dêem a vossa opinião sobre a Fic, ficarei muito feliz.

Não sei se ficou boa e tenho sérios problemas com vírgulas, então aceito conselhos e criticas (construtivas, é claro) para que eu possa melhorar.

Aproveitando a situação, estou querendo abrir um RPG sobre HP, interessados me adicionem (gosto de conversar =^-^=) s2
Beijinhos!!!


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