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História O Lar dos Peculiares - "Robin"


Escrita por: why_bia_

Notas do Autor


Espero que gostem, amanhã tem capítulo novo💕

Capítulo 11 - "Robin"


Fanfic / Fanfiction O Lar dos Peculiares - "Robin"


  Robin parecia envergonhado, fez um gesto com a mão para que eu o seguisse. Comecei a ter um leve interesse por ele.
  Estávamos indo por um caminho diferente ao sair do corredor sem saída, pelo o que me lembrava, meu quarto não era tão longe dali. Havia uma escada de ferro bem sorrateira em um corredor em que estávamos. Subimos.
  - Você é cego ou o que? - perguntei. Ele não respondeu.
  Ao chegar ao topo, me deparei com a luz do dia. Que visão maravilhosa, parecia ser meio - dia, o sol estava agradável, a vista era de um longo mar e uma floresta mais a frente. Estávamos em um precipício, o solo era uma grama bem cuidada. Atrás de nós tinha uma montanha, a "caverna" em que estávamos era dentro dessa montanha.
  - Por quê estamos aqui? - perguntei
  - Porque eu quis. Acredite, estou lhe fazendo um favor, ficar o dia todo ali dentro tira a sua beleza natural da pele.
  - Acha minha pele bonita? - perguntei envergonhada.
  - Acho.
  - Espera um pouco- falei brava - por quê estou falando isso? Aposto que é mais algum plano de vocês acólitos!
  - Por quê acha isso?
  - Não é óbvio? Vocês são maldosos, brutais! Só pensam em vocês, meus familiares estão presos e a culpa é sua!
  - A culpa é minha? São os outros que fizeram isso, estou tentando ser legal com você, mas tudo o que pensa é vingança!
  - Olha só quem fala...
  - Pare!
  Foi por um instante, Robin veio em minha direção decidido e pensei que fosse fazer algo como me bater, porém,  ele segurou minha cabeça e fechou os olhos levando meus lábios aos seus.
  Era minha primeira vez. Seus lábios macios estavam colados aos meus. Por sua atitude ele abriu sua boca e eu também, levando nossas línguas ao encontro. Minhas mãos foram ao encontro de suas costas. Sua camisa branca, estava suada.
  - Preciso respirar - falei
  Ele sorria. Foi aí que reparei pela primeira vez com atenção seus olhos brancos. Como eram lindos, apesar do vazio, valorizava o amor que nunca recebera ali.
  - Fuja comigo, vamos ser felizes, vamos libertar meus familiares, sei que não gosta daqui - disse
  - Não posso, o demônio te prejudicaria, não posso deixar que isso aconteça com você
  - Olha só você,  tão novo, porém, mais velho que eu, deve ser horrível ficar aqui, seja lá quem for esse demônio, venha comigo e vamos ser felizes.
  - Entenda minha amada Lira, não possi deixar que nada ocorra a você e a sua família, se fugirmos, será pior.
  - Eu entendo.
  Com um sorriso calmo, seus olhos monstruosos e sem expressão me tranquilizam ainda mais.
  - Melhor eu leva- lá ao seu quarto, ou Hooper terá um ataque.
  - Tudo bem.
  Descemos a escada presa à parede e me despedi daquele sol do meio - dia.
  Seguimos o corredor até chegar a minha porta, onde Robin abriu para mim.
- Vou pegar uma comida para você.
- Obrigada.
  Ele fechou a porta e depois de alguns minutos ela se abriu novamente.
  - Vejo que a pequena Lira aprendeu mais à amar, do que matar etéreos - era Hooper
  - Você - disse constipada
  Ele carregou seu corpo enorme para dentro do cômodo e suas botas faziam um barulho estrondoso.
  - Não envolva Robin nisso, já repararam no que fizeram para ele? Deixem o garoto em paz!
  - Querida, você sabe o que acontece quando um filho de acólito nasce?
  - Eu tenho cara de quem sabe?
  Ele prosseguiu:
  - Seu querido "Robin" - ele disse em uma imitação da voz de uma garotinha - vai ser levado para uma nova caverna em poucos dias - ele continuou com sua voz normal - Sim querida, crianças, ou melhor, adolescentes, acólitos tem que ser treinados para que sejam duros e fortes como eu.
  - Não pode nos separar
  - Querida, posso, como também vou, ora você é só uma garotinha, não aprendeu a amar! Só sabe pular amarelinha e brincar de casinha.
  Dei um salto sobre Hooper e o imobilizei na parede.
- Eu vou explicar só uma vez, então preste atenção, tenho mais amor do que a sua unha do mindinho, aprendi a amar com as pessoas certas. Tenho maturidade suficiente, às vezes, mais do que você, nao sabe nada sobre mim, nao sabe o que passei pela minha família, então nao fale o que nao sabe, seu filho da...
  Com um golpe Hooper me imobilizou na mesma parede.
  - Quietinha mocinha, você só está aqui para fazer nosso trabalho sujo, já conversamos sobre isso, não está aqui para mudar a cabeça de Robin, entendeu?
  Cuspi em seus olhos brancos e ele me soltou para limpa - los.
  - Vá se ferrar - berrei
  A porta novamente se abriu, era Robin. Ele carregava uma bandeja azul, com um prato com cores variadas e um copo de líquido laranja.
- O que está fazendo aqui general Hooper? - perguntou
- Já estou de saída - ele respondeu em um olhar demoníaco diretamente para mim.
  Esperamos ele desaparecer no corredor.
  - O que ele fez? - perguntou o menino
  - Eu fiz. Disse umas boas verdades para ele.
  - Ah eu não acredito! Você está louca? Ele é o general Hooper! O mais próximo do "demônio"
  - Estou pouco me lixando pra quem ele é, não importa
  Ficamos nos encarando e comecei a ficar com medo.
  - Não vou poder ficar pra conversar - disse ele - chamada urgente.
  - Tudo bem - falei
  Robin estava quase fechando a porta quando criei coragem e perguntei:
  - Você vai mesmo ser transferido?
  - O que? Quem te disse isso?
  - Adivinha.
  - Sim, e não, temos muito à conversar.
   Ele me lançou um sorriso triste e fiquei com pena dele.
  - Até amanhã - ele disse - no mesmo horário de hoje


Notas Finais


kisses 💕


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