Já era tarde, papai continuava na sala de estar, ele sabia que Bella estava dizendo a verdade em relação ao que havia sido dito sobre o demônio.
Os adultos resolveram descer, eu e os meninos os espiavamos pela fresta da porta de meu quarto. Todos lá embaixo estavam armados tanto quanto armas de fogo, facas e outras coisas, além de suas peculiaridades.
Já se passava das oito da noite e ainda ouvíamos gemidos vindos do quarto de Bella. Coitada.
- E se acontecer algo? - indagou Nicolas
- Pare de choramingar covarde! Temos que estar preparados, sabemos que Bella não mente sobre os sonhos - respondi grossa
- Os adultos dão conta? - perguntou Charlie
- Não tenho dúvida, afinal já fizeram isso milhares de vezes, já viajaram longas distâncias sozinhos sem uma ymbryne. Vocês lembram das histórias?- eu disse
-Acho que devemos estar armados, sei que vai acontecer alguma coisa e não podemos simplesmente dormir e esperar esse "demônio" aparecer aqui - disse cética
- Charlie você ainda tem sua adaga? - perguntei
- Sim, está no baú, no meu quarto.
- Pegue - a. Nicolas você tem alguma coisa?
- Nada além de minha força, Lira.
- Tudo bem, voltem aos seus quartos e se preparem, eu vou para a sala de meu pai, digamos, fazer algumas experiências - disse em sussurros
E todos foram.
Tirei a camisola e vesti um vestido branco de mangas longas e meus sapatos pretos novamente.
Saí na ponta dos pés para chegar ao cômodo que necessitava. Ouvi a conversa da sala.
- O que será que se referia?Digo, a previsão de Bella? - tia Emaa perguntou
- Mesmo sendo especialista nesse assunto, só Bella poderia nos dizer, afinal, não fui eu quem tive essa previsão - respondeu tio Horace
- Acho que o melhor a fazer é nos preparar para o que vier mesmo, vamos apenas continuar aqui, esperando - meu pai disse
- Concordo, o que você acha Jacob? - Mamãe perguntou
-Concordo com Enoch, devemos eliminar essas coisas e proteger nossa casa, fugir não é a melhor opção - Jacob respondeu
E foi assim, continuei andando aos passos leves até chegar à escada subterrânea que dava ao porão.
Era difícil enxergar por lá, afinal eu precisava ser rápida e não tinha tempo de acostumar meus olhos à escuridão. Fui tomada pelo cheiro forte de substâncias químicas. Lá estavam as preteleiras repletas de órgãos de animais diferenciados.
Abri um baú próximo e tirei dez soldados de barro de 30 cm, procurei entre as prateleiras os únicos corações menores, que eram os de galinha. Ao encontra- los percebi que não havia a quantidade necessária para dar a vida a todos os soldados, utilizaria apenas sete. Droga.
Posicionei o primeiro soldadinho na mesa deitado, peguei a faca mais potente ali e fiz um corte em seu peitoral, logo depois retirei o primeiro coração do pote com uma substância de cor amarelada e coloquei no buraco, logo após isso eu fechei com uma agulha e linha.Fiz isso no restante.
Ao terminar posicionei meu rosto próximos dos soldados, que se mexiam como robôs, e me senti orgulhosa.
- Venham meu exército, esta noite eliminarmos o mal que assombrara essa casa levando nossas almas à vitória! - eu disse confiante
Pelo que entendi, eles entenderam o meu recado e comemoraram flexionando as pernas e os braços dando pulos de alegria.
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