Depois de um tempo que voamos avistei uma ilha rochosa, rodeada por águas violentas que dificultava o acesso de barcos.
O transporte carregado às costas do garoto começou a fazer um ruído, que machucava meus ouvidos, fomos pousando lentamente na areia.
Antes dele me soltar, tirou um pano de seus bolsos e o amarrou em meus pulsos. Pegou outro pano cobriu meus olhos como uma venda.
O garoto de olhos brancos me empurrou para um lugar como um vazio.
Ouvi alguns sons como códigos de alta tecnologia. Nada foi dito, ao avançar ouvi passos e vozes roucas. Fui forçada a sentar em uma cadeira fria e desconfortável.
- Adeuzinho princesinha - disse a voz do menino.
- Ei, espera!- eu gritei desesperada
- Conseguiu a garota? - perguntou uma voz que eu desconhecia
- Ali - disse o menino
Ouvi passos e senti um suspiro próximo de mim. Uma mão retirou a venda de meus olhos.
O homem tinha mãos ásperas e grossas, quando o olhei vi que usava um uniforme militar e óculos escuros.
- Quem é você? Sei que é um acólito! Onde estão meus pais? - gritei furiosa
- Calma menina! Lira não é? - o homem perguntou
Olhei para a sala onde eu estava, era redonda e larga, ali tinham vários computadores e só estava eu e aquele homem ali.
- Calma? Como você quer que eu tenha calma? Fui raptada, apelidada de "princesinha", amarrada, vendada e estou sendo quase morta por um monstro!
- Seus pais me disseram que você é e estressada
- O que? Me diga agora onde estão meus pais!
- Isso não será possível, até que você nos ajude nos iremos te libertar
- Oi?
- É isso mesmo pequena Lira, precisamos da sua peculiaridade nesse momento, fizemos um teste para a extração do Fogo do Dragão presente em sua mãe, mas não foi possível - comecei a ficar desesperada - o mesmo não daria certo em você, infelizmente, estudos de nossos cientistas indicam que apenas você, com a sua peculiaridade poderia nos ajudar esse momento
- Até parece, eu não mexeria um dedo por vocês
- Você sabe que se não fizer o que estamos pedindo todos morrem, não é?- Fiquei em silêncio -nos ajude e talvez pouparemos sua vida e a de seus pais, já os seus outros familiares... Eles têm peculiaridades incríveis! Não posso prometer nada em relação à eles - ele deu uma risada.
- Todos livres ou nada feito.
- Seus pais livres e tudo feito.
Percebi que não tinha opção, resolvi negociar melhor.
- Meus pais e as crianças que são meus amigos livres e sem mais preocupações com vocês e seus etéreos!
- Justo - ele fez uma pausa - além disso, você precisará permanecer aqui para sua formação do Fogo do Dragão.
- Como assim? O que vão fazer comigo?
- Apenas treino com fogo, serão poucos dias, espero
- Mas onde eu vou dormir?
- Ah queridinha, você não sabe nada sobre os acólitos.
Mesmo sabendo que o resto de meus familiares morreria, minha única esperança naquele momento era confiar naquele homem de cabelo grisalho e fazer tudo o que mandavam.
O homem me desamarrou da e fez um gesto para que eu o seguisse para um corredor largo.
- Ah, já ia me esquecendo, meu nome é Hooper, sou o general do S.O.B
- O que é S.O.B?
- Nada que lhe interesse
Seguimos por um corredor de paredes e chão cinzento mal iluminado, outros acólitos circulavam por ali.
Andamos mais e vi várias portas de ferro.
- Como essas portas são assuntos sigilosos, não há nada a ser mostrado.
Hooper andava rápido e eu tentava seguir seus movimentos. Ele fez uma pausa inesperada e eu recuei alguns passos.
- Bem - vinda à sua suíte milady - ele abriu a porta.
O quarto parecia uma cela de prisão, suas paredes eram cor cinza igual ao corredor, o chão também, a cama era baixa, carregada de lençol cinza e apenas um travesseiro branco. À direita tinha uma cômoda branca com oito gavetas e uma porta, que seria o banheiro, o espaço do quarto era pequeno.
Ao abrir minha boca, Hooper me interrompeu:
- Roupas nas gavetas, banheiro à direita, se quiser comer, bata na porta. Às sete e meia vão vir aqui para começar seus treinamento- ele fechou a porta.
Deitei na cama, rezando baixinho para que tudo acabasse.
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