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História O Leão e a Águia - Prólogo: Primeiro encontro


Escrita por: GiullieneChan

Notas do Autor


Disclaimer: Saint Seiya pertence a Massami Kurumada e Empresas Licenciadas.
Tomei a liberdade de dar as idades que eu acho compatível para os Cavaleiros. Marin começa a história com 10 anos, depois com 14 e termina com ela com 20 anos (mudando as idades que o Kurumada lhe deu...ninguém me convence de uma menina de 10 anos com os seios que ela tem no Eps. G!).
Se divirtam!

Capítulo 1 - Prólogo: Primeiro encontro


—O irmão do traidor! Irmão do traidor!

Por onde ele passava, ouvia os murmúrios sussurrados às suas costas, como se o garoto não pudesse escutar. Mas ele ouvia muito bem...e se ressentia.

—O irmão do traidor! Irmão do traidor!

—Aquele menino é o irmão do traidor que tentou matar o bebê Atena!

—Que coisa...Pobrezinho...

Ele não queria a pena de ninguém. Queria que calassem as bocas e o deixassem em paz. Com sua dor, com sua vergonha...

Encostado a uma árvore, sentado a sua sombra. O menino de cabelos claros tentava esconder as dores que seu corpo sentia. Estava levando seu pequeno corpo aos limites, não era raro Aiolia dormir todo dolorido, depois de ouvir Garan lhe fazer um sermão sobre cuidar da sua saúde.

Olhou para os céus, ainda dava tempo de treinar mais antes de anoitecer. O menino havia jurado que se tornaria um poderoso cavaleiro, o mais fiel a Atena e limparia o nome de sua família. Sim, ele faria isso. Não que já não fosse forte! Havia herdado sua armadura de ouro de Leão há poucas semanas...antes que seu irmão traísse Atena...mas queria se tornar mais forte ainda!

Foi até seu local preferido para treinar. Uma praia distante do Santuário. De longe avistou um grupo de amazonas, na maioria adolescentes, cercando uma menina ruiva, empurrando-a e lhe dizendo ofensas.

—Volta para seu país, japonesa! -uma dizia, quase cuspindo.

—Não precisamos de orientais fracotes aqui! -uma amazona deu-lhe um soco sem cerimônias.

—Você não merece lutar pela armadura de Águia. -uma terceira falou, rindo.

A garota na revidava as ofensas. Limitava-se a ficar calada e isso deixava Aiolia irritado a cada momento. Como não possuía uma natureza complacente, elevou seu cosmo para mostrar as valentonas da sua presença, deixando claro que era um Cavaleiro de ouro que estava ali. As garotas viram o jovem cavaleiro e se calaram.

—Vão embora! -ordenou.

As amazonas saíram rapidamente dali, deixando a menina ruiva caída ao chão. Aiolia aproximou-se dela, e foi logo dizendo irritado:

—Como pode deixar que falem assim com você. Reaja da próxima vez!

Ela não disse nada, levantou-se limpando a areia de seu corpo.

—Que foi? -Aiolia a observou curioso. -É estrangeira? Sabe falar meu idioma?

—Sim. Minha mestra me ensinou. -respondeu suavemente. E Aiolia achou o som de sua voz parecido com o canto de um pássaro. Reconfortador. -Obrigada por me ajudar, Aiolia.

Aiolia ficou corado, ela sabia quem era. Em seguida, fechou a cara, todos sabiam quem ele era. O irmão do traidor que tentou matar Atena.

—Ah, tá...de nada! Agora sai daqui que vou treinar, tá?

A garota não respondeu, se afastando. Aiolia não olhou para trás, caminhando até um ponto da praia. Queria treinar mais seus golpes, aos quais havia adquirido há pouco tempo. Se queria ser o mais forte entre os cavaleiros de ouro, para limpar o nome de sua família manchado pelo ato do irmão, precisava treinar arduamente.

Ficou ali se concentrando, pronto para disparar um golpe contra as ondas do mar, quando ouviu a voz dela novamente atrás de si.

—Suas pernas estão muito afastadas uma da outra, isso vai tirar seu equilíbrio quando disparar o golpe.

Aiolia virou-se surpreso, era a menina ruiva.

—Tá querendo me ensinar a usar o meu golpe?

—Uma sugestão...

—Se eu quiser sua opinião, eu peço!

—Idiota. -ela murmurou. -Também...se cair com o seu próprio golpe, não venha me dizer que não avisei!

Aiolia a encarou. Droga de máscara que obrigavam as garotas a usarem! Não sabia se ela estava tirando um sarro dele ou não por causa dela. Resolveu ignorar a ruiva e se concentrar em seu golpe.

Ele o disparou contra o mar e perdeu o equilíbrio, caindo sentado na areia. A menina ruiva começou a rir da situação.

—Para de rir! -gritou com ela, e a menina se calou.

—Desculpa. Mas não é todo dia que a gente vê um cavaleiro de ouro cair sentado... -voltou a rir. Aiolia levantou-se bravo, mas sentindo muita dor em uma região delicada. -Tá doendo?

—Não é da sua conta se meu...ah,...tá doendo e não é da sua conta! Por que não vai irritar outra pessoa?

—Por que é tão bravo?

—Isso não te interessa!

—E sem educação?

Aiolia limitou-se a encará-la, vermelho de raiva. Mas ela estava com as mãos atrás do corpo, apenas fitando-o.

—Você sabe o meu nome, mas não sabe por que eu sou assim?

—Por causa do seu irmão.

—É isso mesmo! Não me fale dele! Não gosto de falar dele! Quero esquecer que tenho irmão! -e lhe deu as costas.

—Eu sei o que é perder um irmão. -ela suspirou. -Nem sei onde o meu está.

Aiolia voltou a encarar aquela menina. Ia perguntar seu nome, mas uma mulher loira, de máscara prateada no rosto apareceu. A menina correu na sua direção.

—Sayonara, Aiolia. A gente se vê por aí!

Ele ficou parado, vendo a menina dar a mão para a adulta e caminharem até a vila das amazonas. Aiolia a reconheceu. Era Helena, amazona de prata de Águia, era responsável pela guarda, pelas amazonas e por manter a segurança do Santuário. Muito respeitada pelos cavaleiros e com certeza a mestra daquela menina curiosa.

Resolveu voltar ao treino, mas lembrou-se das palavras da ruivinha e mudou sua postura. Concentrou-se e lançou o golpe mais uma vez. Não perdeu o equilíbrio desta vez...ficou em pé. Sorriu e balançou a cabeça. Agora se arrependia de não ter perguntado o nome da menina. Esperava revê-la novamente.

Continua...



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