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História O Leão e a Águia - Uma só alma


Escrita por: GiullieneChan

Capítulo 5 - Uma só alma


Após as batalhas nas Doze Casas, e o desenrolar dos acontecimentos, Marin se recuperava dos ferimentos causados por Jacó (um gigante que a encurralou enquanto corria para ajudar Seiya nas Doze Casas) e pelo veneno das rosas de Afrodite. Estava na "Fonte de Athena", um templo que ficava nos arredores do Santuário, aonde os cavaleiros buscavam a cura de seus ferimentos após duras batalhas.

Servas e amazonas do templo se revezavam na recuperação do Cavaleiro de Pégasus e seus companheiros. E de longe acompanhava de longe seu pupilo que permanecia desacordado desde o fim da luta na noite anterior. Ao lado

—Seiya.

Marin murmura seu nome tocando em seu rosto levemente. Aprendera a amar o rapaz como a um irmão, tinha por ele um forte sentimento protetor. Vê-lo naquele estado, mesmo sabendo que era por ter salvado a vida de Athena, lhe cortava o coração. Pior ainda era saber que em parte, aqueles ferimentos foram causados justamente por Aiolia.

Ela sabia que o Cavaleiro de Leão não era dono de seus atos, ele erava dominado por um golpe mental do Cavaleiro de Gêmeos. Mas graças ao sacrifício inusitado do discípulo de Shina, ele se libertou.

Foi quando sentiu a presença de mais uma pessoa, virou-se e encarou Aiolia que os observava com um semblante preocupado.

—Como ele está?

—Melhor. Ao menos não está febril.

—Marin, eu... -parecia incerto ao o que dizer, estava claramente sentindo uma grande culpa pelo estado do cavaleiro.

—Não foi sua culpa! -ela respondeu prontamente, voltando a atenção para o rapaz desacordado. -Ele ficará bem.

Aiolia parecia não ter palavras, sabia que Marin sofria. Por instinto a abraçou, envolvendo-a por trás, sentiu-a retesando o corpo, mas ignorou pousando o queixo no topo de sua cabeça, aspirando o perfume em seus cabelos.

—Eu sei que sim. Seiya é muito forte! -disse o cavaleiro. - Você o preparou bem!

Ela se deixou levar por aquele abraço, o calor que emanava daquele corpo e relaxou, fechando os olhos. Levou a mão para tocar a dele, entrelaçando os dedos e dizendo a si mesma que não havia mal algum em se deixar levar por aquela sensação de carinho e proteção que Aiolia conseguia lhe transmitir.

Foi quando ouviu alguém pigarrear às suas costas, fazendo-os se soltarem imediatamente. Marin agradecia aos deuses por estar com a máscara, assim não veriam seu rosto corado devido a cena em que foram flagrados. Já Aiolia fuzilava o intruso com o olhar, nada satisfeito pela presença dele ali.

—Desculpe. -disse Milo com um sorriso sem graça. -Eu voltaria outra hora e deixaria os pombinhos...

—Fala logo! -Aiolia o interrompeu ríspido.

—Todos os cavaleiros de ouro foram chamados ao Templo do Patriarca por Atena. -respondeu, coçando a nuca sem graça. -Mas eu aviso que não o achei ainda e...

—Vá ver Atena, Aiolia. –determinou Marin, de costas para os dois cavaleiros. –Depois conversamos.

Aiolia faz um gesto mandando Milo se afastar e esperar do lado de fora.

—Estou a caminho Marin, mas antes preciso lhe dizer uma coisa. - Dito isso se aproximou, tocando a máscara sobre meu rosto. – Chega de adiar um certo assunto entre nós.

—O que? -Por instinto Marin deu um passo para trás, tirando a mão de Aiolia de sua face. -Não!

—Marin, Pare! -ele a agarrou pelo pulso. - Pare de vai fingir que não vi seu rosto ou que nos beijamos?

—Aiolia...

—Vai me dizer que esqueceu aquele beijo? -perguntou tirando a máscara e revelando o rosto corado da amazona.

Como ela poderia esquecer aquele beijo, se a lembrança dele era o que fazia seu coração disparar e seu corpo ansiar por mais sempre que o via. E ele batia incontrolavelmente nesse momento ao ver o rosto de Aiolia inclinar-se para aproximar do seu.

—Ei, Aiolia. Vai demorar e... desculpa. -Milo novamente os interrompeu e voltou diante do olhar fuzilante do amigo. –Eu vou ficar lá fora.

—Vá ver Atena. -Marin pediu ao recolocar a máscara. –Depois conversaremos.

Aiolia concordou, embora a contragosto, acompanhar Milo. Um pedido da deusa não poderia ser ignorado, mas estava se cansado de nunca ter um tempo para resolver-se com Marin. Sobre o que sentia por ela. Logo chegaram ao salão onde os cavaleiros que sobreviveram às batalhas estavam reunidos, conversavam sobre os rituais fúnebres dos companheiros mortos enquanto esperavam por Atena.

Então ela apareceu, acompanhada por Mu de Áries. Para Aiolia ainda era surpreendente tudo o que aconteceu e como uma menina de aparência tão frágil poderia ser a deusa que protegeria a justiça na Terra.

—Eu pedi que viessem para anunciar minha decisão. -ela começou a falar sem rodeio. –Preciso voltar ao Japão.

—Voltar? Mas o lugar de Atena é no Santuário! – Milo se pronunciou.

—Por muitos anos fui Saori Kido e sobre meus ombros há uma enorme responsabilidade com a Fundação que meu avô... Quero dizer, o senhor Mitsumasa Kido me deixou. Não posso simplesmente desaparecer, pois milhões de famílias em todo mundo dependem direta e indiretamente dessa empresa. –explicou com toda serenidade. –Preciso escolher aqueles que irão administrar a Fundação em minha ausência. Será apenas por alguns dias, e logo retornarei.

—Mas não pode partir sem a devida proteção. –Aiolia deu um passo à frente. –Permita que eu a acompanhe e...

—Não será necessário. –Mu o interrompeu. – Nós, os cavaleiros de ouro, devemos ficar nas casas zodiacais nos mantendo vigilantes se acaso aparecer algum inimigo perigoso.

—E deixar Atena sozinha?

—Ela terá a companhia de outros cavaleiros. –respondeu o cavaleiro de Áries.

—Mas...

—Vocês são necessários aqui. -por fim a deusa falou e todos tiveram que concordar.

Em seguida, ela pediu licença e retornou aos seus atuais aposentos, deixando uma dúvida no ar. Por que ela não queria que os cavaleiros de ouro deixassem o Santuário? O cavaleiro de Leão decidiu que discutiria isso em outra oportunidade e se preparava para sair do Salão da Décima Terceira Casa quando ouviu Shaka chamando-o de volta.

—Aiolia, precisamos conversar sobre outra coisa.

—Agora?

—Sim. Mu tem algo a nos falar sobre as armaduras de bronze de Seiya e seus amigos.

Sem muita opção ele concorda em ficar um pouco mais tempo. Mu falava de consertar as armaduras de bronze que estavam aparentemente destruídas além de qualquer reparo, mas havia dito que com a ajuda dos cavaleiros de ouro isso poderia ser revertido. Reencontrar Marin teria que esperar um pouco mais.

Um tempo depois, o cavaleiro de ouro retorna ao local onde os cavaleiros de bronze se recuperavam e aliviado percebeu que estavam acordados e até conversavam com as servas que cuidavam deles.

Mas ela não estava mais ali.

 

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Vila das Amazonas.

—Aonde ela foi?

Aiolia cercava Shina, perguntando insistentemente sobre o paradeiro da amazona de águia.

—Eu já disse. Ela recebeu uma missão de reconhecimento. Deve voltar em alguns dias.

—Justo agora?

A amazona de Ophiuccus parecia não estar interessada no que Aiolia queria com Marin e o deixou falando sozinho, voltando para seus afazeres na reorganização das defesas do Santuário. Ao cavaleiro ficou apenas as especulações sobre qual missão seria essa que fez Marin sair de repente sem poder espera-lo.

Naquela mesma noite, Atena havia voltado ao Japão. Alguns dias depois os cavaleiros de Bronze estavam recuperados de seus ferimentos por completo e haviam recebido de volta suas armaduras renascidas graças a Mu e ao sangue dos cavaleiros de ouro. Em seguida, cada um seguiu seu caminho.

Os dias que se seguiram foram muito tumultuados. Asgard declarou guerra ao Santuário e novamente os cavaleiros de bronze lutaram para salvar Athena. Os cavaleiros de ouro foram advertidos pelo Mestre Ancião, atual mestre do Santuário, a não saírem do solo sagrado sem suas ordens.

Tal decisão só irritou ainda mais o impulsivo cavaleiro de Leão, que não se conformava de ter que apenas esperar. Sua irritação aumentou ainda mais quando soube que a tal missão de Marin era investigar as ações em Asgard e com certeza ela estaria participando das batalhas naquele momento.

Logo, havia chegado a notícia de que os cavaleiros de bronze haviam vencido essa batalha, mas Athena havia sido levada por um poderoso inimigo. Poseidon havia despertado.

Ferida pela luta contra Alberich, Marin havia retornado ao Santuário, ela não seria útil no campo de batalhas desse jeito. Chegou ao Santuário sob uma intensa tempestade. Ouviu algumas pessoas comentando enquanto passava pelos caminhos que levavam as Doze Casas pessoas comentando que estava chovendo sem parar em todos os cantos do mundo.

Isso era algo impossível de acontecer, mas aquela chuva forte não era normal, parecia ter origem sobrenatural. Sem dúvidas era obra de Poseidon. Ao chegar na entrada das Doze Casas foi testemunha de uma discussão entre os Cavaleiros de Ouro. A amazona achou prudente permanecer incógnita se mantendo protegida da tempestade próxima a um pilar. Foi quando ouviu a voz de Milo.

—Se o Aiolia e eu nos unirmos a luta poderemos derrotar os sete generais facilmente. Desta forma Seiya e os outros cavaleiros não precisarão morrer. Você deveria saber disso Mu. Por que é que não podemos fazer isso? O que é que o Mestre está pensando? Diga!

O silêncio imperava, apenas os sons da chuva que caia sem parar sobre eles. Marin pensava porque Mu não dizia nada. Mas certamente se a vissem não iriam apreciar. Aiolia começou a se afastar do grupo, parecendo determinado a ir até aonde os cavaleiros de bronze batalhavam contra Poseidon.

—Eu não posso mais permanecer aqui sem fazer nada. Irei e me unirei aos cavaleiros.

Aquele gesto gerou uma acirrada discussão entre eles. E o impasse se prolongou até o momento em que uma luz emanou da casa de Sagitário, cortando os céus na direção do templo submarino do deus dos mares.

—Pelo que parece, nem mesmo o mestre com seu incrível poder conseguiu deter meu irmão, Aiolos!

Logo em seguida, outra luz dourada saia da Casa de Aquário, seguindo Sagitário. Marin olhava a cena admirada. Será que os espíritos dos cavaleiros de ouro falecidos desejava ardentemente proteger aqueles cavaleiros que lutaram bravamente por Atena? Em seu íntimo a amazona acreditava que sim.

Logo em seguida foi a vez da Armadura de Ouro de Aquário, do cavaleiro Camus, que havia sido morto durante a batalha contra os cavaleiros de bronze, ir em socorro dos cavaleiros.

Aiolia parecia satisfeito e por isso, em silêncio, decidiu retornar a Casa de Leão, mas deu alguns passos para fora da Casa de Áries e parou ao sentir o cosmo conhecido de Marin.

—Marin! Aonde esteve esse tempo todo? -pegou-a pelo braço e a ouviu gemer de dor. Foi quando notou as marcas das recentes lutas da amazona. -O que houve? Quem a feriu assim?

Ela notou o tom de raiva em sua voz. Certamente se Shiryu não tivesse matado Alberich, Aiolia iria atrás do guerreiro deus e faria isso:

—É natural que carreguemos cicatrizes de batalhas, Aiolia. Não se preocupe, é superficial. Contarei tudo a você em outro momento.

—Sim. Me deixe cuidar de seus ferimentos.

—Isso é desnecessário!

Ele deu um sorriso que fez seu coração acelerar.

—Cuidou de mim anos atrás, lembra? -Sim, ela lembrava da ocasião em que eram adolescentes e o carregou ferido para casa após uma luta contra um dos Titãs. –E poderá me contar o que houve com você.

–Não posso. Esperava que vocês cavaleiros de ouro fossem embora para conversar com Mu. Ele tem ordens do Mestre Ancião para mim e...

—Está me evitando novamente.

—Eu...não estou! -tentou se defender, mas não conseguia fitar o cavaleiro sem enrubescer.

—Quando irá parar de fugir de mim?

—Aiolia, eu não estou fugindo de você. Apenas, não é o momento.

—E quando seria? –a pergunta a fez encara-lo. –Há anos tento me aproximar de você, quando consigo você encontra meios de fugir de mim. Começo a cansar disso, Marin.

Ela o fitava em silêncio, a chuva caia sobre seus corpos e ambos pareciam não se importar em estarem encharcados.

—Você sabe muito bem que o futuro de um cavaleiro é incerto! Podemos viver até a nossa velhice confortável ou morrer a qualquer momento em alguma guerra! Quanto tempo acha que temos?

—Eu...não posso, não consegue me entender? Com a vida que temos não podemos nos dar ao luxo de ficarmos juntos.

—Você não me ama, Marin? Ou eu entendi errado todos esses anos o que sente realmente por mim?

Ela permaneceu em silêncio.

—Deixa pra lá. –a impaciência do rapaz falou mais alto.

Ela virou o rosto, olhando para o horizonte, tentando não fitar aquele homem novamente ou não teria forças para dizer que sua posição como amazona não permitia que tivessem algo a mais do que uma sincera amizade. Foi quando a chuva que antes caia interrupta, começou aos poucos a diminuir, tornando possível o vislumbre de alguns raios do sol por entre as nuvens que se dispersavam.

—A Batalha terminou. -falou o cavaleiro. –E nossa conversa também, pelo visto.

—Aiolia, eu...

Ele não disse nada, apenas se afastando e evitando olhar para trás. Marin sentia que suas palavras o feriram mais que qualquer ferimento que aquele homem tenha recebido.

A jovem ficou parada no local, sem coragem para voltar a Áries. Ela sentiu os olhos marejados por suas lágrimas, mas as conteve. Foi quando percebeu que não estava sozinha. Olhou para trás e lá estava Aldebaran que aparentemente retornava à sua casa.

—Desculpe, não queria ser indiscreto e atrapalhar a conversa de vocês,

—Tudo bem. -ela suspirou. -Vi que está bem melhor desde a minha visita a sua casa.

—Sim. O guerreiro deus era forte, mas não o suficiente para me matar! -e o enorme cavaleiro gargalhou, mas parou em seguida. –Marin, posso lhe dizer uma coisa? Não me interprete mal.

—Claro.

—Não seja tola! -Ela o encarou surpresa. –Como Aiolia disse, não sabemos o quanto viveremos nesse mundo. Nem quando uma pessoa que possui uma vida normal pode saber quantos anos viverá, imagine nós que arriscamos nossa vida todos os dias? E é exatamente por causa dessa incerteza, que nós que somos mortais, não devemos deixar que a nossa felicidade nos escape.

—Aldebaran...

—Atena ao longo da sua história no Santuário nunca proibiu que os seus cavaleiros ou amazonas fizessem a escolha de formarem famílias. Amarem e serem felizes! Isso sempre a deixou muito feliz! –o cavaleiro de touro coçou a nuca sem graça. –Até eu dou minhas namoradinhas na vila. Sabe, Tem uma garota lá que mexe comigo...hehehehehehe! -Ficou vermelho. –Quer dizer, vocês dois se amam, dá pra ver isso! Eu sei disso desde que eram garotos! Nunca me conformei de vocês nunca terem ficado juntos esses anos todos!

A amazona olhou para o amigo e em seguida para a escadaria aonde o Cavaleiro de Leão nesse momento a usava para seguir para a Quinta Casa. Ela o amava sim, doía não ficar juntos, todas as noites dormia embalada pelas lembranças dos beijos que haviam trocado.

—Vá atrás dele. –a voz de Aldebaran a tirou de seu torpor e a amazona assentiu positivamente com a cabeça e correu atrás de Aiolia. –Ah, como são indecisos...

—E você bancando o cupido? -a voz jocosa de Milo faz com que Aldebaran gargalhe ao ver os demais cavaleiros de ouro ali, esperando para passarem para as suas casas.

—E vocês só olhando escondidinhos, né?

—Você fez bem, Aldebaran. –diz Shaka passando por ele. –Afinal, um dito popular descreveria muito bem aqueles dois.

—Qual? –perguntou um curioso escorpiano.

—Dois corpos, uma só alma. –respondeu Shaka com um leve sorriso, caminhando calmamente na direção de sua casa.

 

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A amazona corria o máximo que podia, foi quando o avistou mais adiante subindo a passos lentos, e o chamou:

—AIOLIA!

O cavaleiro de Leão virou ao ouvir o grito de Marin, ela parou bem diante dele ofegante, e em seguida retirava a máscara do rosto já corado tanto pela corrida tanto pelo o que pretendia fazer.

—O que?

—Isso...

Ela estendeu a mão, tocando seu rosto, levando a mão até a nuca e ficando nas pontas dos pés para conseguir beijar os lábios do cavaleiro com ardor. De início ele ficou surpreso pela atitude, mas em seguida deixou o elmo cair no chão e a enlaçou pela cintura, pressionando o corpo dela contra o seu, intensificando o beijo, explorando sua boca, se deliciando com seu sabor.

—Eu amo você! –finalmente Marin falava, tocando o rosto dele. -Sempre te amei! Desde que eu o vi naquela praia quando crianças, sempre te amei.

Ele deu um sorriso, voltando a beijá-la nos lábios, rosto e pescoço e em seguida murmurou ao seu ouvido:

—Eu te amo, minha Marin.

Em um rápido movimento, o cavaleiro a ergue em seus braços, carregando-a no colo sempre beijando seus lábios, até a Casa de Leão. Deixando para trás seu elmo, caído de modo displicente sobre a máscara da Amazona.

 

Continua...



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