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História O Limbo - Klaroline - Epílogo


Escrita por: sharpwin

Notas do Autor


Enjoy!

Capítulo 18 - Epílogo


–– Mãe!? –– a pequena Liz chama por ela para fazer pela décima vez a mesma pergunta –– Por que você é tão injusta comigo?

–– Eu não estou sendo injusta, querida, mas está na hora de dormir.

Zangada, Liz subiu em sua cama de um jeito desengonçado e que fez sua mãe se segurar para não cair na risada. Com todos os seus 5 anos de idade, a menina tinha um temperamento forte, muito parecido com o do seu avô.

–– Boa noite, mamãe! –– Esther desejou.

Em seguida sentiu ou lábios pequenos da sua filha mais nova, pousar em sua bochecha.

–– Boa noite, meu anjinho.

Viu a garotinha loira ir em direção a sua direita e subir na cama de uma maneira tão desajeitada quanto a de Liz. A diferença era que o mau humor nato da menina um ano mais velha, tornava a situação um pouco mais engraçada.

Esther se cobriu e fechou seus olhinhos sorridente. A atenção da mãe dela então se virou para Liz que estava a esquerda. A menina mais velha estava de costas para ela, ainda brava por que a mãe não aumentou o prazo da hora de brincar. Passou mão pelos cabelos loiros dela e falou.

–– Boa noite pra você também, Grumpy Cat –– Beijou a cabeça dela e sentiu o cheiro gostoso de shampoo de morango, junto com um cheiro mais delicioso ainda, o cheiro natural da sua filha.

Era inexplicável, mas desde que a meninas nasceram, ela sentia aquele cheiro genuinamente  delas e se apaixonou por ele desde então. 

Se levantou e já ia desligar a luz, quando uma Liz totalmente diferente daquela menina brava de segundos atrás, falou:

–– Conta aquela história de como a vovó e o vovô escolheram o seu nome?

–– Qual a palavrinha mágica?

–– Por favor.

Esther sentou em sua cama e disse toda animada:

–– Por favor, mamãe, por favor! 

"Tem como negar?" Se perguntou, sorrindo.  

Então voltou para o pequeno espaço entre as camas das suas filhas, sentou-se alí e começou a falar enquanto se lembrava da sua mãe e seu pai contando a mesma história pela primeira vez a ela:

 

 

 

                                                               Mystic Falls

                                                                           2020

 

Liz era reflexo de quem? Da sua mãe, talvez.

–– Papai, por que você não me ama? –– Perguntava a  Klaus enquanto ele a carregava para o seu quarto. 

–– Eu amo você sim, meu amor –– Ele respondeu.

Ela franziu o cenho formando uma expressão mais engraçada do que outra coisa. 

–– Então por que eu tenho que dormir agora? –– Choramingou.

–– Por que você tem que crescer, ou você quer ter 4 anos e ser pequena pra sempre. 

–– Não! –– Respondeu desesperada.

Ele e Caroline, que abria a porta do quarto da menina, riram da reação dela.

–– Eu adoraria que você ficasse pequena para sempre, então é melhor você ficar acordada –– Argumentou ameaçando sair do quarto da menina com ela, mas a essa altura o seu bebê já tinha mudado de lado.

–– Não!  Eu quero crescer!

Klaus voltou para perto da cama da pequena dizendo:

–– Eu só deixo você crescer se prometer para mim que vai demorar bastante pra arrumar um namorado. 

–– Eca! Eu nunca vou querer namorar!

–– Ótimo, mantenha esse sábio pensamento até fazer 60 anos.

Deu um beijo nos cabelos loiros da sua filha e a colocou na cama, Caroline a cobriu e deu um beijo longo em uma das duas bochechas mais fofas que já viu na vida.

–– Mãe! 

Ela chamou assim que notou Caroline a procura de um livro de histórias que sempre contava a ela antes de dormir.

–– Oi, Vick –– Falou docemente, ainda com metade da atenção voltada aos livros infantis e na tentativa de escolher um.

–– Por que meu nome é Victória? –– Perguntou lembrando que na creche o assunto do dia foi a origem dos nomes de seus amigos, ela era uma das poucas crianças que ainda não sabia.

Caroline olhou para Klaus sorrindo, ele retribuiu o sorriso e ela disse:

–– Seu pai escolheu seu nome, e sabe porque? 

Ela fez que não com a cabeça e Caroline optou por contar a história deles de maneira mais lúdica, pra que a pequena pudesse entender:

 

 

 

"Antigamente, havia um rei que gostava de andar pelas ruas do seu reino para ver se seu povo estava realmente bem ou se precisava de alguma coisa.

"Mas ele não ia de qualquer jeito, ele se disfarçava de plebeu, pois não queria que um ou outro fã atrapalhasse seu objetivo. "

A menina riu.

"O rei era um homem muito bravo" Caroline continuou  "e quando uma jovem plebéia derrubou uma jarra de suco em um dos seus disfarces favoritos ele ficou muito zangado e os dois acabaram discutindo por que aquele suco foi muito caro e também era o favorito da moça. 

"Depois de discutir, eles foram embora, cada um para o seu lado.

Klaus então começou a dizer:

"Mal sabia a jovem plebéia que não saiu dos pensamentos do rei por dias e quando se encontraram outra vez, ele deu outra jarra de suco a ela, mas não resistiu a provocar a bela plebéia cobrando uma roupa nova, é que ela sempre ficava linda quando se irritava. –– Klaus comentou fazendo os seus dois amores sorrirem –– Mas a garota levou a sério e ficou muito brava. Alguns dias passaram, eles se viram outras vezes e conversaram mais pacificamente. Com o tempo eles foram ficando mais próximos e apaixonados, eles se casaram pouco tempo depois."

Caroline então disse:

"Com o tempo a plebéia que a essa altura era a rainha, entendeu por que o rei gostava de andar por aí como uma pessoa comum e ser rígido com todos, ele só queria mostrar a sua verdadeira face para quem realmente merecia. E a rainha era uma entre os poucos merecedores. 

"Mas o casamento deles passou por uma fase difícil, o rei não era mais compreensivo com a rainha e estava muito distante dela."

Viu os olhinhos verdes de Victória tomarem uma expressão curiosa.

"O rei tinha um segredo" Caroline prosseguiu "A rainha pensou que ele não a amasse mais e que era o fim de seu casamento então resolveu voltar para sua casinha no povoado, mas no caminho sofreu um acidente que a deixou adormecida por dias, dias e mais dias."

–– Como a Bela Adormecida? –– A pequena perguntou entretida.

"Sim, como a Bela Adormecida, só que a rainha tinha o seu corpo dormindo e uma alma que observava tudo o acontecia no palácio e fora dele. Ela evitava se aproximar do rei, a rainha ainda não sabia que ele era o único que poderia vê-la "

"O rei quase enlouqueceu –– Klaus continuou –– Ele ainda a amava, só que ele estava doente e achava que como homem e como rei, nunca poderia demonstrar fraqueza ou pedir ajuda. Ele também não demonstrava isto antes, mas tinha medo de perdê-la. E o acidente serviu para mostrar a todos que ele tinha uma fonte de força e era a rainha. Sabendo disso, muitos rebeldes idealizaram vários planos para destruí-la, mas o rei trabalhou arduamente para protegê-la."

Caroline continuou:

"Observando os esforços dele, a rainha, ou melhor, a alma dela se aproximou do rei só pra sentir o calor do amor dele e se surpreendeu quando notou que ele a enxergava. Com o tempo eles foram voltando a ver o grande amor que tinham e assim que o amor deles estava completamente renovado, a rainha acordou e o convenceu a tratar a sua doença. 

"Alguns meses depois de que tudo isso aconteceu, nasceu uma bela princesa.
Klaus concluiu:

" O rei lembrou que quando recebeu da rainha a notícia de que estava curado, ela disse que depois de tantos problemas, aquela foi a vitória deles. Mas ela estava enganada, A Victória deles veio meses depois e era a princesa mais linda que todos já viram."

–– Mais linda que eu? –– A loirinha perguntou sonolenta. 

–– Igualzinha a você, Victória. A nossa história é muito parecida com a deles, por isso escolhemos esse nome para você –– O pai dela respondeu e ela então sorriu se aconchegando mais um pouco na cama para dormir.

 

 

 

 

 

2045

 

Quando acabou a história, Victória notou que as suas meninas já estavam de olhinhos fechados e respirando levemente.

–– Boa noite, meus amores –– Sussurrou para elas antes de se levantar.

Quando já estava de pé, ouviu a pequena Liz dizer ainda de olhos fechados:

–– Mamãe... É uma história muito bonita. 

–– É sim –– Confirmou sorrindo.
 

 

 

 

Victória pegou um porta retratos/álbum digital da sua sala e o deixou pausado na sua foto favorita.

Ficou um tanto pensativa, sentada no sofá. 

Era uma foto de alguns anos atrás, poucos meses depois do nascimento de Esther. Ela estava ao lado de seu marido que carregava a pequenina Esther e a sua mãe, a ainda belíssima Caroline estava a sua esquerda e ao lado da mesma estava um Klaus já grisalho, mas ainda com todo o charme que ele sempre teve e com a neta mais velha em seu colo. Todos estavam muito felizes aquele dia, o rosto corado e a cabeça raspada de Victória deixavam claro o porque. 

Ela venceu o câncer que veio se manifestar junto a gravidez da sua segunda filha. Baseada na garra que seus pais tiveram que ganhar ao passar pela pior fase da vida deles, ela levantou a cabeça e  lutou. Caroline chegou a falar sobre o encontro com sua mãe no limbo, encontro esse que a ajudou a ter forças na época. 

E quando Victória estava doente, não só isso, mas os conselhos e os ensinamentos que Liz deu a sua mãe a vida inteira, serviram mais do que nunca para ajudar a jovem mãe a ter forças para poder estar lá, para repassar o que aprendera com Caroline, para as suas filhas.

–– Eu não posso ver você –– Falou olhando fixamente para o teto –– Nem sei se pode me ouvir. Mas eu quero que saiba que foi muito presente na minha vida, a mamãe fez questão de te manter bem viva no meu coração –– sorriu  –– sempre. Obrigada por ter dado a vida a ela, por ter dado a mesma educação que ela me deu –– Ela sentiu a primeira lágrima cair pelo seu rosto –– Por mesmo depois de já ter partido, ter aconselhado a minha mãe a lutar junto ao meu pai e por ele. Obrigada por ser minha avó, meu avô, minha inspiração e o nosso suporte. Obrigada por tudo.

–– Não há de quê.

Victória jurou ter escutado uma voz doce e feminina.

Era uma voz que nunca havia escutado mas a deixava estranhamente confortável.

 –– Vovó? –– Questionou, procurando pela sua avó pela sala inteira, não havia ninguém, demorou para chegar a conclusão de que aquilo poderia ser fruto da sua imaginação. 

Desligou a luz e foi para o seu quarto.

No escuro uma Liz contente por ainda ser lembrada por quem mais amava repetiu:

–– Não há de quê.


Notas Finais


Bye bye ❤


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