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História O Literário - O conto da Família Craig


Escrita por: Sr_Ninguem

Notas do Autor


Boa leitura.

Capítulo 2 - O conto da Família Craig



Os Craig viviam em Willard, antes eram apenas Richard e Nicole, ele era psiquiatra no Asilo Willard e ela não trabalhava por opção própria, ela mesma dizia que gostava de ficar em casa esperando o marido para saber sobre o dia dele. Eles eram muito felizes e a sua felicidade gerou um bebê.
– Ele se parece com você Richard. – Disse Nicole com a voz ainda fraca pós acabará de dar à luz ao bebê.  Richard assentiu com a cabeça e acrescentou – Mas esses olhos são como os seus.
– Precisamos de um nome para ele. – Disse Nicole.
Richard parou por um momento e disse.
– Andrew. – Andrew nasceu no dia 5 de janeiro de 1994.
Nicole sorriu e concordou, depois disso descansou pois estava exausta.
O Asilo em que Richard trabalha fechou 1995 por conta de denúncias de que os pacientes desse local eram tratados de forma desumana e cruel. Não foram encontradas provas que incriminassem Richard também como aos outros doutores.
Mesmo sem emprego, Richard já adquirira uma fortuna aceitável para não precisar mais trabalhar, contando também com heranças de pai e mãe. Então ele se dedicou totalmente ao crescimento de Andrew que já apresentava indícios que seria muito inteligente. Logo cedo já aprendia as coisas rápido como andar e falar papai e mamãe, e ele mal tinha feito seus 2 anos.
A família estava mais feliz ainda.
No dia do 4º (quarto) aniversário de Andrew Nicole passou mal durante os parabéns.
Para a surpresa deles ela estava gravida outra vez. Nicole já tinha percebido que sua menstruação estava atrasada, mas achou que seria por conta da injeção anticoncepcional que ela tomava a cada três meses.
Os meses foram passando e a gestação estava ótima segundo as consultas ao médico.
Em um dia de setembro, estava um pouco frio por conta do outono, Nicole estava na varanda da sua casa observando as folhas caindo das arvores quando de repente ela grita o nome do seu marido.
– RICHARD! – Gritou ela.
Richard veio correndo em desespero sem saber o que tinha acontecido. Quando chegou na varanda observou que a bolsa tinha rompido e que ela já estava pronta para dá à luz.
Então ele colocou ela e Andrew no carro e partiu em direção ao hospital. Durante o trajeto Nicole começou a se sentir muito mal. Ela começou a ter uma hemorragia uterina.
Richard mais desesperado ainda acelerou o carro para poder chegar ao hospital mais rápido.
De repente tudo ficou escuro...
Apenas se ouviam sirenes ao longe...
Durante o caminho ao hospital, em um cruzamento, eles foram atingidos por outro carro. As ambulâncias não demoraram muito para chegar ao local do acidente, eles deram prioridade a mulher que estava mais ferida e aparentava estar grávida.
Richard não conseguia dizer nada, não conseguia se mover e nem ficar acordado. A última imagem que ele teve foi de sua mulher sendo colocada na ambulância.
– O que aconteceu? Onde estou? Nicole, Andrew? Preciso abrir meus olhos. – Os primeiros pensamentos de Richard quando despertou. Abriu os olhos e viu um homem de jaleco parado ao lado da cama.
– Finalmente acordou. – Disse o homem. – Você lembra o que aconteceu?
– Andrew, Nicole! Onde eles estão? – Richard perguntou em desespero tentando se levantar.
– Você precisa ficar calmo. O garoto está na ala infantil, só sofreu alguns arranhões e já está bem.
– E a Nicole?
– Bem... O outro motorista atingiu vocês bem na parte do passageiro. Foi uma pancada forte e... – O homem fez uma pausa e logo disse. – Ela não sobreviveu.
Richard sem acreditar ficou ainda mais agitado e começou a gritar.
O homem de jaleco enquanto olhava para ele puxou uma seringa do bolso e aplicou sedativo. Antes de apagar, Richard ouviu as últimas palavras do homem.
– O bebê sobreviveu.
Quando Richard acordou outra vez foi recepcionado por um médico, enfermeiras e alguns seguranças. O médico explicou que alguém sem autorização tinha entrado no hospital e se passado por médico, então estavam tentando conseguir alguma informação que identificasse o suspeito, mas ele não se lembrava como o homem parecia.
Depois ele e o médico conversaram sobre o acidente, contou o motivo de estar dirigindo tão rápido. O médico disse que a pancada foi muito forte e não sabe como o bebê sobreviveu a isso. Também disse que Nicole teria sobrevivido, talvez, se já não estivesse perdido tanto sangue com a hemorragia.
Passaram-se alguns dias e Richard pode ver o bebê que havia sobrevivido.
Era uma garota. Ela linda como a mãe.
– Diane. – Disse Richard em um tom sem vida. – Esse será o nome dela.
Passaram-se alguns meses depois do acidente. Richard se tornou um homem triste, mesmo com seus dois filhos.
Ele contratou um babá e uma enfermeira para tomar conta de seus filhos já que ele não passava mais tanto tempo em casa. Ele vivia andando pela cidade, mesmo com o problema na perna direita que conseguiu com o acidente, mancando. Se sentia incapacitado de ser feliz outra vez.
Em casa ele nem olhava mais para os seus filhos. 
Em um dia enquanto voltava bêbado para casa, foi parado por um homem barbudo e que usava um sobretudo. 
– Sinto muito. – Disse o homem.
– Quem é você? – Perguntou Richard.
– Você não deveria estar aqui. – O homem começou a se aproximar de Richard.
– Fica longe de mim! Quem é você? – Richard bêbado acabou tropeçando enquanto tentava se afastar do homem. 
– Você não devia ter sobrevivido ao acidente. – Então o homem puxou uma faca de dentro do sobretudo e disse mais uma vez. – Sinto muito.
Logo começou a esfaquear Richard. 
O primeiro golpe acertou o braço esquerdo dele que tentava se proteger. O próximo acertou o abdômen. Richard gritava por ajuda mas parece que todos haviam sumido, que ninguém podia ouvi-lo.
O homem não parava de golpear Richard. Golpeava e golpeava sem parar. 
Os golpes eram fortes e rápidos. Logo o corpo de Richard estava esbagaçado, seus órgãos estavam quase todos à amostra. 
Quando por fim terminou de agredir o corpo caído, o homem fugiu por entre a neve que caia. 
Era o dia de dezembro e a neve era vermelha.
Um crime horrível, todos comentavam. 
– Pobres crianças.  – Alguém disse entre a multidão. – Agora perderam o pai. 
As crianças foram enviadas para o orfanato e escola Smallpox, em Manhattan. Ficariam aos cuidados da única parente que sobrara da família, sua tia Ellen. Ela era diretora do local.
A polícia nunca encontrou o verdadeiro culpado do assassinato. 


Notas Finais


Espero que tenham gostado.
Até a próxima.


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