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História O lobo - Acredite em mim


Escrita por: mistvnture

Notas do Autor


Oi! Mil desculpas por não ter postado nada ontem, mas é que eu tive que estudar para algumas provas. prometo que nõ vou deixar de postar de novo! Espero que gostem desse capítulo! S2

Capítulo 11 - Acredite em mim


CAPITULO 21

Acredite em mim

 

Bela estava indo em direção da porta quando Rubi apareceu. Ela estava cansada, suja, ofegante e a sua expressão apreensiva. Mesmo assim, Bela a abraçou e começou a chorar:

-Você me deixou muito assustada! Nunca mais suma! Por favor!

Rubi parecia estar em choque. Não deu atenção para Bela, apenas continuou andando até se sentar no sofá. Todos ficaram em silêncio olhando para ela. Rubi começou a chorar. Bela ficou preocupada e se sentou ao seu lado, abraçando-a:

-O que houve Rubi?

Rubi começou a soluçar. E Bela apertou mais ainda:

-Rubi. Eu vou te ajudar. Me fala o que aconteceu!

Rubi juntou suas forças e disse em meio aos soluços:

-Bela, posso falar com você-ela olhou para todos, que não tiravam os olhos dela- em particular?

Todos desviaram a atenção, como se nem soubessem que Rubi estava lá. Bela ficou preocupada e curiosa:

-É claro, Rubi! Vamos para dentro!

Elas foram até o quarto de Helena, onde Bela se sentou na cama e Rubi ficou dando voltas, pensando no que iria dizer e o que iria fazer:

-Bela, sei que parece loucura, mas você deve acreditar em mim.

-O que foi, Rubi?

-Meu Deus! Como vou dizer isso? Por onde começo? Bem, Bela, você quer saber por que tenho sumido?

-Você me disse que segue uma voz.

-Sim, eu sigo. Mas tem mais uma coisa.

-O quê?

-Não existe só um lobo, existem dois.

-Como assim? Como sabe disso?

-Porque, Bela...eu sou o outro lobo.

-O quê?!

-Acredite em mim! Lembra quando a vovó dizia que os sonhos são lembranças, mesmo sendo alteradas?

-Sim...

-Então, eu lembro. Eu vi o riacho, entrei na floresta e vi o meu reflexo.

-Você quer dizer o reflexo do lobo.

-Não, Bela! Eu estou dizendo que eu sou o tal lobo do reflexo!

-Rubi, pare de falar besteiras!

-Não é besteira! Lembra quando o James morreu?

-Como eu iria esquecer?

-Bem, ninguém viu o lobo em mais lugar algum. Como ele chegou lá em casa sem ninguém o ver? A padaria é cercada por casas! E também, porque ele não nos atacou se a porta da frente dá direto na sala onde estávamos?!

-Não sei, Rubi! Mas ponha uma coisa na sua cabeça: você não é um lobo! Você é uma humana!

-Acredite em mim! Você é inteligente! Ligue os pontos!

-Rubi! Pare!

-Pare você!-Rubi olhou para Bela com raiva.

Bela ficou olhando para Rubi e reparou que seus olhos estavam vermelhos:

-Seus olhos...

-O quê tem meus olhos?!

-Estão...vermelhos.

Rubi ficou confusa e seus olhos voltaram à cor normal. Bela ficou assustada e confusa:

-Agora voltaram a ser verdes.

-O quê?

-Seus olhos mudaram de cor!

-Viu! Só lobisomens ficam com olhos vermelhos!

-Não! Posso ter me confundido!

-Agora vai dizer que confundiu a cor do meu cabelo também?!

-Não, seu cabelo continua ruivo...

-Bela! Ponha na sua cabeça: eu sou um lobo. Eu matei o James-Rubi ficou em silêncio e começou a chorar-Eu matei o James!

Bela se levantou e abraçou Rubi, levando-a até a cama. Elas ficaram sentadas e Bela começou a falar:

-Não, Rubi, quer parar? Você não é um lobo!

Rubi começou a falar alguma coisa, mas parou e ficou olhando para a lua. Bela ficou assustada e começou a chamar Rubi, que não respondia. De repente, Rubi levantou da cama:

-Eu posso provar. Vem comigo!-disse Rubi, antes de pular a janela.

-O quê?! Rubi, você está louca?! É perigoso sair de casa! É época do lobo! Eu mesma vi o lobo quando saí para te procurar!

-Viu?

-Sim, atrás do hospital. Ele estava comendo o que parecia ser uma lebre. Ainda bem que ele foi para a floresta, senão, eu não teria conseguido fugir.

-Bela, eu acho que era eu.

-Rubi...

-Bela! É sério! Eu me lembro do gosto de carne. E quando voltei a ser eu mesma, eu estava no meio da floresta.

-Você estava onde?

-Na floresta. Mas não fiquei lá por muito tempo, logo comecei a correr.

-E você estava com medo?

-Sim. Mas por que as perguntas?

-Porque, eu vi...

-Viu o quê?

-Seu capuz. Com sangue. E depois, parecia que eu estava correndo pela floresta.

-Você quer dizer que você teve visões?

-Mais ou menos isso.

-Bela, eu acredito em você.

-Então, eu também. Agora entre!

Rubi entrou em casa:

-É mesmo? Você acredita? Você não acha estranho?

-Bem, acho que só coisas estranhas acontecem nessa vila.

-É, Westiville, a vila mais estranha do mundo.

Elas riram e, então, em meio aos risos, ouviram a porta abrir:

-Bem, a polícia já foi embora. Já está quase amanhecendo. É melhor colocarem o sono em dia-disse Dicky- Mas, se vocês quiserem, podem ficar acordadas. Vocês que sabem. Afinal, acho que deixar a Rubi sem vigia, é meio arriscado-ele saiu do quarto.

-Como você consegue gostar dele?!

-Vai me dizer que, depois de 5 anos de convivência, você não gosta nem um pouquinho dele?

-Eu o tolero.

Bela riu e disse que era melhor irem dormir.

 

CAPITULO 21

Cressida

 

Na manhã seguinte, Rubi acordou e viu Bela sentada no sofá. Ela estava lendo alguma coisa. Rubi perguntou o que era, mas Bela levou um susto e escondeu a carta, dizendo que não estava lendo nada. Rubi insistiu e, no final, acabou arrancando a carta da mão de Bela.

-Não acredito! De onde você tirou essa coisa velha?

-Rubi, eu ainda acho que essa carta quer dizer algo! Agora, me devolva!-disse Bela, estendendo a mão.

-Claro! Uma carta sem remetente, que encontramos na casa da Helena há cinco anos atrás. Com certeza deve significar algo!

Bela pediu para que Rubi devolvesse a carta. Rubi cansou de contrariá-la e resolveu devolver. Bela pegou a carta e foi até a mesa tentar descobrir o que poderia estar escondido naquela carta. Rubi foi atrás e disse para Bela não perder seu tempo lendo aquilo, mas Bela a ignorou. Rubi saiu de casa deixando Bela sozinha. Helena estava na feira e Dicky estava trabalhando.

Após algumas horas tentando decifrar a carta, Bela desistiu de lê-la. Quando ela leu uma última vez, sem fazer anotações nem nada do tipo, prestou bastante atenção. Então, uma coisa lhe chamou a atenção. Ela leu apenas a última palavra de cada linha em voz alta:

-Vão – para - casa.

Ela quase desmaiou, mas algo a impediu. Ela começou a sentir uma dor de cabeça terrível e, quando fechou os olhos, viu a porta de sua casa. Era como se ela estivesse entrando nela, indo direto para o porão. No meio disso, ela também ouvia a voz de sua avó dizendo para elas voltarem para casa.

De repente, ela sentiu alguém segurando seus braços. Viu que era Dicky completamente desesperado. Ao perceber que Bela já havia voltado ao normal, ele se afastou e perguntou o que havia acontecido. Ela respondeu que era outra visão e que já havia passado. Dicky quis saber do que se tratava, mas Bela explicou que não havia entendido o que tinha visto, que apenas precisava falar com Rubi. Bela foi para o seu quarto.

Quando Rubi chegou em casa, Dicky a avisou que Bela precisava falar com ela. Rubi foi até o quarto. Quando abriu a porta, Bela correu até ela e contou tudo, desde a carta até a visão. Bela estava confusa e perguntou a Rubi se ela tinha alguma ideia do que elas deveriam fazer.

-Ir para casa, ué?!

-Sério?! Mas, e a Helena, o Dicky, tudo isso?

-Não podemos deixar nossa avó assim!

-Nós já a deixamos assim por cinco anos.

-Bem por isso que devemos ir! Deixe a vila para lá! Temos que ir!

-Mas, e a Helena e o Dicky?

-A Helena vai ficar bem! É só deixarmos um bilhete antes de fugir!

-FUGIR?!

-Sim! Você acha que se nós perguntarmos a ela se podemos sair da cidade para ir para nossa casa, que a propósito é no meio da floresta, sem nem saber se nossa avó está lá, ela vai dizer que sim?

Bela revirou os olhos e disse preocupada.

-Mas, e o Dicky?

Rubi revirou os olhos, totalmente indignada, e disse:

-Você está assim preocupada por causa de uma paixonitezinha? Ah, dá um tempo, Bela! Temos muito mais coisas para nos preocupar!

Bela olhou para o chão com uma expressão triste. Depois de um tempo, ela levantou a cabeça e disse:

-Precisamos pegar nossas coisas.

-Bela, não está esquecendo alguma coisa?

Bela ficou pensando e Rubi disse:

-Lua cheia. Eu. Lobo...

-Mas, e o seu capuz?

-É arriscado. Eu tiro ele sem perceber. Não quero te machucar. E além do mais, tem o outro lobo também.

-Você tem razão. Mas quando nós vamos?

-Quando acabar a época do lobo.

No dia seguinte, elas acordaram com vozes do lado de fora da casa. Helena, ao perceber que as meninas haviam acordado, foi até a janela e disse para elas virem para fora. Quando elas chegaram lá, Helena as puxou pelas mãos e as levou até uma mulher. Helena as apresentou:

-Essas são Bela e Rubi, netas de Meredith. Elas estão morando comigo e com o Dicky.

-Meredith?-disse a mulher, cumprimentando-as.

-Sim-elas responderam juntas.

Helena continuou a conversar com a mulher. Rubi e Bela saíram de fininho na direção de Dicky:

-Você viu a cara dela quando ouviu o nome de sua avó?-perguntou Dicky.

-Parecia que ela tinha visto um fantasma!-respondeu Bela.

-Mas, quem é ela?-perguntou Rubi.

-Cressida. Ela é uma senhora que morava aqui. Depois que se casou, foi para outra vila. Agora que o marido morreu, ela voltou para cá. Ela e sua avó se conheciam há anos.

-Será que ela sabe alguma coisa sobre a vovó?

-Podemos perguntar.

-Por quê? Vocês descobriram alguma coisa sobre a sua avó? – perguntou Dicky.

-Posso contar, Rubi?

Rubi fez sinal que sim. Bela pegou a mão de Dicky e eles foram para dentro de casa.

-Dicky, você sabe aquela carta que havíamos encontrado na casa de Helena há alguns anos? Eu sabia que queria dizer alguma coisa. Então, eu descobri o que era.-Bela pegou a carta em cima da mesa: -Leia!

-B+D é igual a coração?

Bela se assustou e viu que estava mostrando o lado errado do papel para Dicky. Virou e mostrou o lado certo, enquanto Rubi se matava de rir no sofá. Bela ficou com vergonha e disse:

-Leia somente as últimas palavras de cada linha.

-Vão, para, casa. Pode não significar nada.

-Mas, porque alguém mandaria uma carta assim para Helena? Sem assunto, sem importância, com somente três linhas, sem nenhum significado?

Dicky fez sinal de que não sabia. Rubi disse:

-Significando algo ou não, é melhor prevenir do que remediar. Por isso, estamos indo para casa.

-Vocês...o quê?!

-É, assim que terminar a época do lobo-completou Bela.

-Vocês estão loucas?!

-Dicky, você não entende?! Há uma chance de nossa avó estar viva e ela precisa de nós!-disse Bela.

-Mas é muito arriscado!

-Não é você quem decide!-disse Bela.

-Mas, eu só estou preocupado, e se vocês não voltarem?-Dicky disse de cabeça baixa.

Bela segurou a mão de Dicky:

-Nós vamos voltar.

Dicky levantou a cabeça e eles ficaram em silêncio, olhando um para o outro. Nesse momento, Rubi disse, mostrando a língua:

-Olha, gente! Isso é muito romance para minha cota diária!

Bela e Dicky pararam de se olhar e ficaram envergonhados.

Nesse momento, Cressida estava na pousada escrevendo uma carta. Uma carta para Meredith:

 Querida Meredith,

Eu recebi todas as cartas que você me mandou, embora não tenha respondido.

Você vivia perguntando sobre suas netas, se eu sabia onde estavam, como estavam. Eu espalhei os cartazes que você mandou, mas ninguém as havia visto.

Hoje, tenho a felicidade de lhe dizer que voltei para Westwille. Quando fui cumprimentar Helena, tive uma surpresa. Você não irá acreditar: eu encontrei suas netas! Elas estão aqui em Westwille, morando com Helena. Estão bem, e estão bonitas.

Com carinho,

Cressida.


Notas Finais


Então? Espero que tenham gostado! S2


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