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História O lobo - O reencontro


Escrita por: mistvnture

Notas do Autor


Oi! Esse é o penúltimo capítulo, mas o último dos acontecimentos importantes. O próximo vai ser tipo um epílogo. Espero que gostem! S2

Capítulo 12 - O reencontro


CAPITULO 22

Já faz 5 anos

 

Depois de almoçar, Bela e Rubi foram até a pousada onde Cressida estava hospedada. Quando chegaram lá, elas nem deixaram Cressida dizer “oi”.

-Soubemos que você conhece nossa avó-disse Rubi.

-Rubi, isso não é um interrogatório-disse Bela.

-Está bem, desculpe.

-O que está acontecendo?!-perguntou Cressida.

-Desculpe entrar assim, Sra. Cressida, mas nós precisamos saber: você sabe se nossa avó está viva?

Cressida olhou para elas com um olhar de quem viu um fantasma.

-Sim...

Rubi e Bela se olharam e ficaram sem ação. Nesse momento, Rubi olhou para Cressida e disse:

-Como sabe...?

-Ela tem me mandado cartas durante vários anos.

Bela, que ainda não tinha processado a informação, começou a chorar de alegria:

-Quer dizer que ela está lá? Que eu vou poder ouvir a voz dela novamente, vê-la novamente, abraça-la novamente?

Cressida confirmou com a cabeça. Rubi começou a pular de um lado para o outro, falando que sempre soube que sua avó estava viva. Bela perguntou:

-Ela está na nossa casa, não é?

Cressida disse que tinha quase certeza que sim. Bela ficou feliz, mas depois de um tempo, ela olhou para Cressida e disse:

-Como assim “quase”?

-Talvez esteja na casa de alguém, nunca se sabe.

-Mas a carta diz para irmos para casa...

-Então ela deve estar em casa.

- Mas isso foi há cinco anos atrás, quando encontramos a carta.

Elas agradeceram a Cressida e voltaram para casa.

-Rubi, pare de pular, temos que descobrir algum jeito de achar a vovó.

Depois que as meninas sairam, Cressida amarrou um bilhete na pata de um pombo correio e o soltou dizendo:

-Ache-a.

 

CAPITULO 23

Na floresta

Caça aos pássaros

 

Em um lugar não muito longe, estava Albert, bem, na verdade, o lobo, correndo atrás de um pombo. No momento em que ele capturou o pombo, o sol começou a aparecer e ele se transformou em um homem. Nesse momento ele percebeu que, amarrada junto à pata do pombo, havia uma carta. Ele pegou e leu, mas ao terminar, ficou sem reação:

-Preciso vê-las!

 

Na vila

 

 

Já havia passado alguns dias desde que Bela e Rubi descobriram que sua avó estava viva. E elas passaram esses dias descobrindo um jeito de encontrar sua avó, mas de qualquer jeito elas teriam que sair à noite, então acharam melhor esperar até acabar a época do lobo:

-Hoje é o último dia da época do lobo! Fiquem em casa a noite toda!-gritava um homem balançando um sino.

Já estava quase anoitecendo, a vila estava agitada, afinal, era o último dia de outono, e o último dia para comprar o que não seria possível comprar no inverno:

-Não intendo isso. As pessoas tem o ano todo para comprar o necessário, mas todas acabam deixando para a última hora. E então resulta nisso. Odeio quando a vila fica assim agitada!-reclamou Rubi.

-Pare de reclamar e vá pegar a farinha. Ah, mas você terá que ir até a casa do moleiro, porque esse ano ele não vai vender na feira-disse Dicky.

-Aquele moleiro? Ele é praticamente surdo! E além do mais a casa dele é perto da floresta, é muito longe!

-Pare de reclamar! Nós não temos o dia todo!

Rubi revirou os olhos pegou as moedas da mão de Dicky e foi para a casa do moleiro:

-Porque eu? Eu sempre devo fazer tudo! Sou  sempre eu quem faz tudo!

Nesse momento ela se assustou com som de passos, mas olhou para todos os lados e não viu nada. Ela continuou andando, mas teve a sensação de estar sendo observada. Quando ela olhou para a floresta, viu uma sombra de um homem atrás de uma árvore, pensando que estava louca, esfregou os olhos e quando olhou de volta, não viu nada, então pensou que deveria estar apenas com medo de andar tão perto da floresta sozinha. Ela continuou andando mas ainda tinha e mesma sensação de estar sendo observada. Quando ela já estava perto da casa do moleiro, ela se virou e gritou:

-Seja lá quem está aqui, apareça! Porque seria uma grande covardia aparecer de surpresa e roubar uma garota! Apareça!

Ninguém apareceu, mas Rubi insistiu. Depois de um tempo ela acabou desistindo. E foi bem nesse momento que um homem apareceu:

-Rubi?

Rubi se virou assustada:

-Como você sabe meu nome? Quem você é?

-Eu sei seu nome, Rubi, porque eu sou seu pai.

-O quê?! Impossível! Meu pai morreu tentando proteger minha mãe de um ataque de lobo antes de eu completar um ano!

-Então foi assim que te contaram...

-Me contaram o quê? E você ainda não respondeu a minha pergunta! Quem é você?

-Eu já disse que sou seu pai.

-Então prove.

-Meu nome é Albert Wollfgan, minha esposa se chamava Tina Wollfgan e minha sogra Meredith. E da última vez que vi você e sua irmã Bela, há quinze anos, nós morávamos aqui em Westville.

-Como sabe disso?

-Eu já disse, eu sou seu pai!

-Só mais uma coisa: qual, exatamente, o dia que você e a mamãe morreram, ou deveriam ter morrido?

-Foi há quinze anos, no dia treze de julho.

Rubi olhou bem no fundo dos olhos de Albert, que estavam cheios de lágrimas e conseguiu se lembrar daquele olhar:

-Pai?-disse Rubi praticamente chorando.

Então eles se abraçaram. Depois de eles pararem de se abraçar, Rubi olhou para Albert e disse:

-E a mamãe? Ela também está viva?

Albert olhou para baixo e quando ia começar a falar, Bela chegou e disse:

-Rubi, nós te demos poucas moedas-ela se aproximou e entregou as moedas na mão de Rubi-Quem é ele?

-Bela, esse é...

-Bela?-disse Albert abraçando Bela.

-Sim, meu nome é Bela. E você é alguma espécie de ajudante do moleiro?

-Bela, esse é Albert. Ele é nosso...pai.

-O quê? Não! Impossível!

-Eu também achava, mas ele é nosso pai mesmo!

-Então se você é nosso pai, prove: qual é o nome da sua esposa?

-Tina Wollfgan.

-E da nossa a avó?

-Meredith.

-E quando você e nossa mãe supostamente morreram?

-Há quinze anos, no dia treze de julho.

Bela ficou pensando e depois olhou no fundo dos olhos de Albert e nesse momento ela teve uma visão, na verdade, uma lembrança de quando ela era bebê, viu sua mãe e seu pai. Tudo estava borrado mas ela reconheceu uma voz, a voz de Albert. Nesse momento ela simplesmente abraçou ele, que abraçou Rubi. Depois de pararem de se abraçar, Bela olhou para ele:

-Eu tenho muitas perguntas! Mas eu não consigo parar de pensar em uma coisa: a mamãe está viva também?

-Sua mãe...-nesse momento ele olhou para o céu e viu que lua já havia nascido, a lua cheia-Preciso ir!

Albert correu e Bela e Rubi ficaram olhando sem entender nada. Nesse momento Bela olhou para Rubi e disse:

-Eu não esperei todo esse tempo para ver ele ir embora bem na nossa frente!-então ela saiu correndo atrás de Albert.

-Bela! Espera!-Rubi saiu correndo atrás de Bela.

 

Albert estava no meio da feira, estava ofegante. Ele conseguia ouvir tudo, e isso estava deixando ele atordoado. Ele não conseguia ver nada, estava tudo embaçado. No meio de todos esses sons, ele ouviu Bela chama-lo. Ele tinha que ir para a floresta o mais rápido possível. Ele continuou correndo até chegar em um campo na entrada da floresta. Ele não conseguia mais correr, estava muito ofegante, não conseguia pensar em nada. E foi nesse momento que Bela chegou:

-Pai?-disse Bela.

-Vá embora...

-Pai, está tudo bem?

-Vá embora! Eu não quero te machucar.

-O que está acontecendo?

-Vá embora!-nesse momento Albert se virou para Bela, mas não era ele quem havia se virado, era o lobo.

Ele começou a andar na direção de Bela, que tropeçou deixando seu arco de flores cair. Ela estava tentando fugir, mas ela não podia se mexer muito rápido porque isso faria o lobo atacar. Ela foi se arrastando de costas, mas sem tirar os olhos do lobo. Ele estava cada vez mais perto, até que então ele parou, olhou fixamente para Bela e pulou em cima dela. Mas antes de ele encostar nela, outro lobo pulou nele mordendo suas costas. Bela ficou em estado de choque olhando eles brigarem. Mas de repente, Bela pensou: quem era o outro lobo? Nesse momento Dicky veio correndo e ajudou Bela a se levantar perguntando se ela estava bem. Quando ela estava se levantando, ela olhou para o lado e viu o capuz de Rubi:

-Rubi!!!-disse ela ao ver que Rubi estava deitada no chão.

Nesse momento, ela percebeu que gritar não foi uma boa ideia: o lobo estava indo em sua direção. Dicky pegou a mão de Bela e disse para ela não fazer movimentos bruscos, mas quando ela estava andando de costas até Dicky, ela tropeçou e o lobo começou a correr na direção deles. Então Rubi se levantou e pulou nele. Eles brigaram por um tempo, até que Rubi caiu. O lobo começou a andar na direção de Bela, mas Rubi, que não estava desmaiada, apenas ferida, mordeu a perna dele forte e ele caiu. Bela pegou o capuz de Rubi e saiu correndo na direção dela. Bela se ajoelhou do lado de Rubi e colocou o capuz sobre ela. Quando Rubi voltou a ter sua forma normal, ela estava muito ferida e Bela não conseguia parar de chorar por mais que Rubi dissesse que estava tudo bem.

Depois de um tempo ela ouviu a voz de Dicky chamando ela baixinho. Quando ela olhou para o lado e viu que o lobo estava se levantando. Ela se levantou e foi andando de costas sem tirar os olhos dele. Ele foi seguindo ela até um pequeno morro. Ela se encostou e ficou olhando para ele. Ela estava tremendo e suando em seco. Então ela olhou bem nos olhos do lobo e percebeu: aquele era Albert, seu pai. Então ela juntou coragem e disse:

-Pai, sou eu, Bela. Sou sua filha. E esse não é você. Você é Albert Wollfgan. Você é um homem, não um lobo, você não é esse...essse...monstro. Você pode se lembrar do homem que você é porque ele ainda está aí dentro. Eu consigo vê-lo no seu olhar. Eu deveria estar com medo agora, mas não estou. Porque você é meu pai!

Nesse momento o lobo parou na frente dela e olhou nos olhos dela. Ela estendeu a mão para toca-lo disse:

-Ao acredito em você, pai. Porque eu te...amo-nesse momento ela encostou a mão no focinho de Albert e um brilho intenso apareceu, e quando ele apagou, Albert não era mais um lobo, era apenas ele.

Ele ficou olhando sem entender até que Bela o abraçou. Eles só pararam de se abraçar quando Dicky disse:

-Bela! A Rubi está piorando!

Ela se levantou rapidamente e foi até Rubi, seguida por Albert. Então Bela ficou chorando sem saber o que fazer. Então Albert horrorizado disse:

-Fui eu quem fez isso?!

Bela olhou para ele com um olhar que fez ele entender:

-Não! Eu preciso ir embora! Eu já matei muitas pessoas! Eu fiz isso com a minha filha! Não posso arriscar ninguém! Muito menos vocês!

Albert virou as costas e começou a correr por mais que Bela chamasse ele, ele continuava correndo. Mas antes de ele entrar na floresta, ele ouviu uma voz conhecida:

-Fique Albert. Minhas netas precisam de você.

-Meredith?-disse Albert surpreso e assustado.

-Vovó?-disseram Bela e Rubi surpresas e felizes.

-O que está acontecendo aqui?-disse Dicky que não estava entendendo nada.

-Mas você fugiu e correu pela floresta com um braço quebrado, eu...mas...como assim? Era para você estar morta!-disse Albert.

-Era para você estar morto também-ela respondeu.

Nesse momento Bela foi correndo e abraçou ela com força:

-Pensei que nunca mais veria você! Na verdade pensei sim, quando sua amiga nos disse que você estava viva, mas eu...

-Senti tanta falta sua! Onde está Rubi?

Bela olhou para trás, onde Rubi estava deitada. Meredith andou até Rubi muito assustada:

-Rubi...-disse ela se ajoelhando ao lado dela-Minha Rubi...-disse ela passando a mão no cabelo dela-Eu vou te salvar.

Meredith se afastou e colocou as mão sobre Rubi. Quando ela encostou em Rubi um pequeno brilho roxo apareceu, mas quando ela se afastou, não havia acontecido nada:

-Como assim? Eu não entendo! Era para ter funcionado!

Bela começou a chorar muito:

-Rubi! Eu não sei o que fazer! Eu sinto muito!

Então Bela abraçou Rubi e um brilho azul surgiu e fechou um corte. Meredith ficou impressionada:

-É você! Você que deve salva-la!

-O quê?-indagou Bela-Como assim?

-Você viu o que aconteceu com Albert. E agora aconteceu com sua irmã! Veja o braço dela!-disse Meredith.

Bela levou um susto, afinal, onde antes havia um corte, agora não havia nada. Bela olhou para sua avó e disse:

-Então você está dizendo que eu tenho magia, como você e a mamãe?

-Sim! E você pode salvar sua irmã! Você é a única que pode fazer isso!

-Mas como? Eu nunca fiz isso antes! Como vou salvar Rubi? Não vou conseguir!

-Você consegue Bela! Está dentro de você! Está no seu sangue! No seu coração! Basta você acreditar!

Bela olhou para sua avó que estava animada, depois para Dicky, que ainda estava olhando para o nada com uma cara confusa tentando ligar os fatos e depois para Albert, que estava com um olhar confiante, que lhe passava segurança. Ela ficou um tempo olhando para ele que fez um sinal de positivo com a cabeça. Então ela olhou para Rubi e colocou suas mãos sobre ela e fechou os olhos e então um brilho tão intenso quanto o que apareceu quando ela tocou o focinho de Albert, e quando ela apagou, Rubi estava completamente curada:

-Bela?

Bela sorriu em meio as lágrimas e abraçou Rubi. Mas quando Bela se afastou ela olhou para o lado e teve uma surpresa:

-Vovó!

Rubi se jogou nos braços de Meredith e as duas começaram a chorar. Quando Rubi olhou para o lado, ainda abraçada com Meredith, viu Albert que também estava chorando e o chamou para o abraço. Então Bela os abraçou também. Mas Albert parou de abraça-las e disse:

-Eu não posso ficar aqui! Matei muitas pessoas! Sou perigoso! Eu serei enforcado!

-Nós superamos isso-disse Bela.

-Ou podemos esquecer!-disse Meredith-Tem um feitiço que consegue apagar memórias! Podemos apagar de todos! E colocar novas no lugar!

Todos ficaram felizes com a ideia. Então Meredith se preparou para lançar o feitiço. Ela protegeu as memórias de Bela, Rubi, Albert, Dicky e dela mesma. Então ela colocou as mãos para o alto e um raio roxo de magia que percorreu a vila toda. Então todos receberam novas memorias e todos continuaram vivendo normalmente.


Notas Finais


Espero que tenham gostado. Até o próximo e último capítulo. S2


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