1. Spirit Fanfics >
  2. O lobo >
  3. Um amigo

História O lobo - Um amigo


Escrita por: mistvnture

Notas do Autor


Oi! Eu vou criar um padrão para postar a história, então a partir de hj ela será diariamente lançada! E com esse novo capitulo, vem um novo personagem (ele é meio inútil, mas a gnt releva) e tlvz esse shipp que eu mencionei nas notas do capítulo anterior! Espero que gostem! S2

Capítulo 4 - Um amigo


CAPITULO 6

Em uma cabana no meio da floresta

 

            O homem correu até uma clareira. Lá, ele viu um caminho aberto na floresta e correu até lá. Ele estava estranho, estava fungando. De repente, um berro seguido de um uivo espantou os animais. Subitamente, tinha apenas um lobo correndo.

Ele se dirigiu para a cabana de Meredith e das meninas. Parecia procurar alguma coisa, mas não encontrou nada. Ele parou sua agitação quando viu uma carta, a carta que Bela havia escrito para o tio Antônio. O lobo derrubou a carta e ficou observando. Parecia estar lendo. Depois de olhar a carta, ele sentou. Não estava mais agitado. Parecia que antes ele estava preocupado e agora, estava aliviado, feliz. Ele dormiu um pouco lá. Depois, saiu da casa e foi até a vila. Deixou a carta de Meredith no balcão da loja que ela havia dito, e voltou para a floresta. Quando chegou lá, estava quase amanhecendo e Meredith estava acordada:

-Onde você estava? Um animal poderia ter me atacado! É época do lobo! É perigoso ficar na floresta!!

-Época do lobo? É assim que vocês chamam?

-Chamamos o quê? A lua cheia?

-É, a lua cheia.

-Sim. É que em toda a lua cheia um lobo, sempre o mesmo, ataca. Foi ele quem matou minha filha e meu genro.

-Ele matou a sua filha? Como era o nome dela?

-Tina, por quê?

-Apenas por curiosidade. E você quem é?

-Meredith. E você?

O homem olhou para o chão e disse:

-Não, você não precisa saber!

-Você não vai me dizer? Então, apenas me diga: por que saiu da vila?

-Bem, eu...eu...eu fiz coisas erradas...muito erradas.

-Então, você estava com medo de ser enforcado?

-Não. De uma coisa muito pior. Preciso saber de uma coisa: você morava em uma cabana de madeira na floresta, de dois andares, com algumas plantas e uma horta ao lado?

-Sim. Como você sabe?

-Você escreveu uma carta, recentemente, para Antônio?

-Pensando bem, sim, eu escrevi há algum tempo.

-Hum... e suas netas estão bem? Você sabe se elas escreveram uma carta para esse Antônio?

-Desde que um lobo me pegou, e depois, você me prendeu, eu não tive mais noticias delas. Mas, provavelmente – disse ela, começando a chorar- elas estão mortas. Duas crianças sozinhas, na floresta, na época do lobo, não iriam conseguir sobreviver. Os poucos recursos e os animais selvagens...

O homem saiu andando muito abalado. Ele subiu em uma árvore e permaneceu lá por muito tempo.

 

CAPITULO 7

Um amigo

 

As meninas acordaram e foram tomar café da manhã na padaria. Enquanto elas comiam, James se sentou com elas e disse:

-Meninas, vocês estão aqui há quase uma semana. Provavelmente, irão ficar por mais um bom tempo, pois, se sua avó não está morta, desculpem, mas é a verdade, ela vai morrer. Ela é uma senhora de idade, provavelmente machucada e sozinha na floresta. Com a época do lobo, não sabemos o quanto ela vai aguentar.

-Está bem, mas, por que está dizendo isso?-perguntou Rubi.

-Meninas, a questão é: por que não fazem amizade?

-Amizade? Bem, será que você não entendeu que nós não estamos aqui a turismo, estamos aqui para achar nossa...-Disse Rubi, mas foi interrompida por Bela:

-Parece uma boa ideia.

-Boa ideia, Bela?! Como assim?!

-O que James disse antes era verdade. Não vamos poder voltar para casa quando descobrirmos que a vovó morreu. Precisamos de segurança.

-Ótimo! Que bom que entenderam. Agora podem comer em paz, tentem passar um dia de gente normal.

James se levantou e foi para o balcão atender os clientes. Rubi disse para Bela:

-Boa ideia?! Jura?! Como vamos fazer amigos?! Somos estranhas cujos pais morreram por ataque de lobo e, por isso, fomos criadas durante 10 anos numa cabana de madeira no meio da floresta. Você acha que alguém iria querer ser nosso amigo?!

-Eu iria. -disse um menino sentado na mesa atrás da mesa delas. –Deve ser divertido morar na floresta.

-Divertido?! E na época do lobo?! E as cobras?! E os insetos peçonhentos?! Sinceramente...

-Rubi! Não implica com o garoto! Desculpe, ela é meio estressada de vez em quando. -disse Bela com um ar de timidez.

-Gostei de vocês! Meu nome é Dicky.

-Bela- disse, apertando a mão de Dicky.- Ah! E aquela é a Rubi, minha irmã.

-É um prazer te conhecer, Rubi- disse ele, estendendo a mão.

Rubi olhou para a mão dele, se virou e continuou a comer. Bela continuou conversando com ele:

-Então Dicky, medo do lobo?

-Medo? Ah, que nada. Medo é coisa de idiota.

-Viu Rubi? Ele pensa igual a você.

Rubi apenas revirou os olhos e depois se virou para ele e perguntou:

-Você tem medo de alguma coisa?

-Não!

-Tem sim.

-Você já está enchendo minha paciência.

-Sabe como eu sei que você tem medo?

-Como?

-Eu era igual a você. Pensava que não tinha medo de nada. Queria ser a mais corajosa. Até que um dia, eu percebi que eu era a menos corajosa de todos. Sabe por quê? Porque eu tinha medo da coisa mais idiota de todas: medo de sentir medo.

Dicky se calou. Ele não aguentava Rubi, mas sabia que ela tinha razão.

-Ah, e só mais uma coisa. –completou Rubi- Você também tem outro medo: o medo de admitir que tem medo. Então, não fique se achando o cara sem medo, porque você já tem dois medos que só você não consegue ver. –Rubi se virou e tomou o café.

Bela estava com vergonha da irmã, então disse:

-Desculpe, Dicky. Não sei por que, na lua cheia, ela fica tão irritada.

-Não, você não me deve desculpas. Ela está certa. E se não fosse por ela eu iria achar que não tenho medo ainda. Bem, mas mudando de assunto, onde vocês moram agora?

-Na casa do James.

-Dicky!!!! –uma voz de fora da padaria gritou.

-Tenho que ir! Aonde nós podemos nos ver de novo?

-Na fonte.

-Está bem. Amanhã de manhã! Tchau!

Dicky saiu correndo porta afora. Bela se virou, pegou o garfo, e começou a brincar com ele, com um sorriso tímido. Rubi olhou para ela:

-Bela, que olhar de peixe morto é esse?

Bela nem prestou atenção, só ficou olhando para o relógio, como se quisesse que o tempo passasse mais depressa.  Rubi ficou olhando para Bela e se perguntando por que ela estava com aquela cara estranha. Até que a resposta veio em sua mente.

-Bela, você está apaixonada?

Bela se assuntou e respondeu sem jeito:

-Apaixonada?! Eu?! Não!! Nem pensar!!

-É, você está apaixonada.

-Não estou não! E mesmo que estivesse, por quem seria?

-Dicky, é claro.

-Eu, apaixonada pelo Dicky?! Conta outra! Eu acabei de conhecer o garoto!

-Nunca ouviu falar em amor à primeira vista?

Bela não disse, nem fez nada, apenas começou a brincar com o garfo de novo. Rubi olhou para o prato de Bela e perguntou:

-Você vai comer isso?

Bela empurrou o prato para Rubi, e ela comeu como se não visse comida há um ano. Depois de terminar, ela falou para Bela que era melhor elas voltarem a procurar a avó.


Notas Finais


E então? Muitas coisas ainda vão acontecer, não percam os proximos capitulos! S2


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...