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História O lobo - Sem remetente


Escrita por: mistvnture

Notas do Autor


Oi! Alerta de Morte! Alerta de Morte! E mais ainda estão por vir! Espero que gostem!
S2

Capítulo 8 - Sem remetente


CAPITULO 13

 

Elas aceitaram o convite e foram para casa do aprendiz do pai de Dicky. Ele era um jovem magro, alto, de cabelos morenos, pele muito branca e aparentava ter uns dezessete anos de idade. Ele se chamava Rob. Era divertido e gostava muito de Dicky, que também o adorava. Eles passaram a tarde brincando nos montes de folhas. Bela e Rubi adoraram a experiência e o jovem disse que poderiam voltar quando quisessem.

Quando chegaram a casa de James, ele já estava lá, procurando pelas meninas. Quando ele as viu, disse:

-Graças a Deus, vocês estão bem! Pensava que...ah, sei lá. Coisas terríveis. Ah, Dicky, que bom que você está aqui. Seu pai me pediu para avisar que ficará na tenda do curandeiro até Helena ficar estável. Então, você pode dormir aqui.

James arrumou uma cama a mais na sala, para Dicky, e eles dormiram. Na manhã seguinte, quando acordaram, James já estava na padaria. Eles foram até lá tomar café da manhã.

Quando chegaram lá, eles sentaram em uma mesa e começaram a conversar:

-Gente, vocês acham que ainda devemos procurar por sua avó? Porque, já sabemos que ninguém em Westville sabe sobre ela, e Helena não poderá nos dar informações no estado em que está. –disse Dicky.

-O quê?! Você está falando para desistirmos?!-disse Rubi, cuspindo todo seu café, surpresa.

-É. Na verdade, até vocês já sabem que tudo que iríamos conseguir aqui, nós  já conseguimos.- completou Dicky.

-Rubi, ele tem razão. Já fomos até outra vila e só conseguimos a carta.

-Só?! Essa carta é a prova de que nossa avó está viva!

-Rubi, por favor! –disse Bela.

-Por favor, o quê?! Nós podemos ir para outra vila, ir para todas do país!

-Rubi! Você acha que bilhetes de trem nascem em árvores?! Eles custam dinheiro! E quanto mais longe, mais caro!

-Tudo bem. Tudo bem. Eu só acho que nós não devíamos desistir.

-Mas não precisamos, necessariamente, desistir. –disse Dicky- Nós podemos dar um tempo na busca e nos divertirmos.

Rubi assentiu com a cabeça e eles começaram a comer. Uns minutos depois, Rob chegou correndo na padaria e perguntou se Dicky estava lá. Dicky se levantou e Rob caminhou devagar na direção dele. Dicky não sabia o que estava acontecendo. Rob olhou para Dicky, e seus olhos se encheram de lágrimas. Dicyk começou a se preocupar e então perguntou:

-O que houve, Rob?

-Eu...eu...eu sinto...eu sinto muito, Dicky. –disse Rob, quase chorando.

-O que aconteceu, Rob?!-disse Dicky, com lágrimas nos olhos.

-Seu pai...seu pai...ele...ele-Rob deu uma pausa longa para conter as lágrimas- Ele se foi.

-O quê?!?!- disse Dicky, segurando as lágrimas.

Rob abraçou Dicky com toda força e Dicky começou a chorar:

-Não! Como assim?!

Bela encostou o rosto no ombro de Rubi, que estava com os olhos cheios de lágrimas, e começou a chorar. Todos estavam tristes, mas Dicky estava transtornado:

-Vo...você sabe...o que aconteceu?

-Lobo.

Todos se surpreenderam e começaram a falar ao mesmo tempo. Bela olhou para Rubi:

-Mas...mas ele atacou ontem, nunca houve uma onda de ataques tão seguidos e forte.

-Ele deve estar com raiva de algo.

-Como assim?

-Vai ver que o lobo também come para afastar seus problemas.

Bela parou e pensou, mas tudo aquilo impedia ela de pensar corretamente.

Dicky soltou Rob, enxugou as lágrimas e disse:

-Isso não vai ficar assim. Aquele lobo atacou Helena, matou dois amigos meus, matou meu tio, minha mãe, meu pai! Ele matou todos que eu amava! Aquilo não é só um animal! Existem outros lobos, e eles não atacam tão desenfreadamente que nem esse...esse...monstro!

Dicky saiu correndo pela porta. Rob tentou impedir, mas não conseguiu. As meninas saíram correndo atrás dele, chamando.

Rubi chegou à ferraria do pai de Dicky e o viu chorando. Ela chamou Bela, que chegou um pouco depois. Quando Bela o viu, se aproximou e disse:

-Dicky...

-Vão embora!

-Não. Nessas horas você pensa que quer ficar sozinho, que isso é melhor. Mas, não é. É melhor ficar com quem gosta de você e que vai te apoiar.

-Como você sabe?! Você nem andava quando seus pais morreram!

-Mas você acha que é fácil crescer sem ter pais? Nossa avó sempre ficou ao nosso lado, e então, foi bem melhor, porque não nos sentíamos sozinhas em uma situação tão ruim.

Dicky olhou para Bela e a abraçou enquanto chorava. Os olhos de Bela também se encheram de lágrimas. Rubi veio por trás e os abraçou também. Dicky parou de abraçá-las e disse:

-Mas, que eu vou vingar meu pai, eu vou!

-Dicky, pare com isso. Você ainda pode fazer alguma besteira com essa ideia fixa de vingança.

Ele concordou com Bela, mas a ideia de vingança continuava em sua cabeça, em um canto bem no fundo e escuro de seus pensamentos.

 

CAPITULO 14

Sem remetente

 

No dia seguinte, aconteceu o enterro do pai de Dicky, que não sabia se o que sentia era raiva ou tristeza.

Bela, Rubi e James foram uns dos primeiros a chegar. Lá, já estavam somente  Rob e o curandeiro. Quando Bela viu o curandeiro, ela ficou confusa: como é que o curandeiro estava lá se Helena ainda estava no hospital? Então, ela foi perguntar para ele, que respondeu:

-Bela, não se preocupe! Helena já está conseguindo até falar e pensar de maneira lógica.

-Você disse falar?

-Sim. Nós até conversamos hoje.

Bela parou, pensou, agradeceu o curandeiro e correu para falar para Rubi e James que Helena estava bem. Ela pediu a James para ir ao hospital com Rubi para ver Helena. James deixou, desde que elas voltassem antes do enterro começar.

Chegando ao hospital, elas foram direto para o quarto de Helena, onde ela dormia. Quando Bela viu que ela estava dormindo, disse:

-Droga!

-O quê?

-Ela está dormindo.

-Acorde-a!

Rubi foi em direção da maca e falou o nome de Helena alto. Helena levou um susto e acordou na hora. Ela olhou para as meninas e disse:

-Meninas? O que fazem aqui? Já está quase na hora do enterro. A propósito, de quem é o enterro? O curandeiro só disse que tinha um enterro para ir.

-Helena... humm... por onde começo? –Bela não sabia como contar a notícia.

-Bem, o enterro é do pai de Dicky, que morreu ontem à noite -disse Rubi- Sei que pode ser difícil, mas é a verdade. E estamos aqui para...

-Pai de Dicky?

-Sim, sim. Agora estamos aqui para...

-Não! Como assim?!-perguntou Helena, abalada

-Você era próxima dele?-perguntou Bela.

-Ele era meu sobrinho.

-Sinto muito.

-A culpa não é de vocês.

Rubi, que estava impaciente e ansiosa, disse:

-Está bem, continuando, nós estamos aqui para saber se você recebeu alguma carta ou noticia recente de nossa avó.

-Bem, da sua avó não, mas recebi uma carta sem remetente.

-Podemos vê-la?

-Claro. Está na primeira gaveta da cômoda, em minha sala.

-Obrigada. –disseram elas já saindo correndo do quarto.

-Boas melhoras!-disse Bela pouco antes de fechar a porta.

Elas correram o mais rápido que conseguiram até a casa de Helena. Uns minutos depois, elas encontraram a carta sem remetente. Rubi olhou e disse:

-Não é a letra da vovó. E é um quadrado de papel bem pequeno!

-Claro, foi feita na máquina de escrever! Bem aqui diz:

“Helena,

Não posso dizer meu nome, mas acredito que essa carta não vai ser em vão.

Toda vez que penso na hospitalidade de Westville, fico louca para

voltar. Agora estou pensando em como seria estar ai, mas estou em casa.

Ass: Desculpe, mas não posso.”

-Carta inútil!!

-Não é totalmente inútil. Olhe, disse que está “louca para voltar”. Indica que o remetente é mulher.

-Mas existem muitas mulheres no mundo!

-Mas nem todas conhecem Helena! Depois do enterro, vamos fazer uma lista das mulheres que conhecem Helena e depois vamos visita-las!

-James não vai deixar.

-Ele nos deixou ir até outra vila pouco tempo atrás.

-Mas era perto. E se elas morarem longe?

Bela parou. Rubi tinha razão. E se elas morassem longe? Então, Bela olhou para Rubi, que disse:

-Vamos, Bela. Não vamos conseguir nada com essa carta.

Rubi saiu da casa de Helena, mas Bela não se deu por vencida. Discretamente, pegou a carta, botou no bolso e saiu também.

Chegando ao velório, elas reparam que a vila toda já havia chegado. A vila toda estava presente, menos Dicky. Elas foram até James e ele perguntou:

-Como ela está?

-Bem. Cadê o Dicky?-perguntou Bela.

-Não sei, não apareceu até agora.

-Acho que é melhor procurarmos por ele.

Elas saíram do enterro e foram até a ferraria do pai de Dicky, mas ele não estava lá. Então, elas estavam voltando para o enterro, para ver se ele havia aparecido. Porém, no caminho, encontraram Dicky na frente do poço dos desejos da praça. Elas correram até ele e ouviram ele desejar:

-Quero meu pai de volta.

Bela caminhou até Dicky, botou a mão no ombro dele e disse:

-O poço não é mágico.

-Tem gente que diz que é.

-Depende do que você pede.

Dicky se virou, abraçou Bela e começou a chorar:

-Eu só quero meu pai de volta!

-Dicky você não quer vê-lo pela última vez?

-Não.

-O quê?

-Meu pai não iria querer fazer um evento só para as pessoas chorarem! Ele não iria querer fazer quem é próximo dele chorar!

-É como se fosse uma homenagem.

-Então o homenageie de branco e sorrindo porque é isso que ele iria querer!

-Dicky, por favor. Vá lá. Pelo seu pai, pela Rubi, por mim.

-Tudo bem. Eu só não vou usar preto.

-Está bem.

Então, eles foram até o enterro. Foram as piores duas horas da vida de Dicky. Mas com a tristeza, vem algum alento. No final do enterro, todos que estavam lá o abraçaram, e ele se sentiu bem melhor. Quando o enterro terminou, Dicky foi até sua casa, arrumou suas coisas e foi morar com James, até Helena melhorar.


Notas Finais


Então? Coitada desse criança, é tudo o que tenho a dizer sobre o Dicky. Espero que tenham gostado! S2


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