História O lobo e a ovelha (NejiHina) - Vamos jantar

    – Esse é o seu quarto.

    – Hai *Hinata respondeu sem entender muito porque o seu quarto era tão distante do dele, tinha um quarto separando-os, ela riu por um momento "ele deve roncar"

    – Eu ainda não tive tempo de contratar uma empregada aqui para casa,faço minhas refeições fora, a única que vem é a faxineira 2 vezes na semana mas não é trabalho dela preparar a comida ... * o moreno foi falando* – Vamos comer fora hoje , se estiver tudo bem pra você e amanhã eu providêncio uma cozinheira

    – por favor, Neji, não me deixe ser mais inconveniente do que eu já estou sendo, eu posso cozinhar sem problemas , não se preocupe, até você vai gostar da minha comida. *ela desceu as escadas indo para a cozinha enquanto ele colocava o resto das malas no quarto dela.*

     – Nii-san... * ele bufou ao ouvi-la chamando ele assim.* – Nii-san

–estou ouvindo! *ele desceu as escadas*

   – Vamos ter que comer fora pelo menos hoje, sua dispensa está vazia , só tem guloseimas e...bebidas *ela sussurrou a ultima palavra.*

    – Como eu falei, eu não tenho hábito de comer em casa. *ele corou um pouco com o olhar de reprovação da pequena.* – Então vamos

    – Deixa só eu tomar um  banho , nii-san.

                  ...

Depois do banho ela desceu as escadas, Neji a esperava sentado no sofá, quando a viu tentou acalmar as batidas nervosas do seu coração ,ela deixou os longos cabelos soltos e delineou os olhos perolados, estava com um vestido um tanto curto, o moreno pensou , rodado da cintura para baixo, de alças finas e com um decote em V bem composto , era azul escuro. Ela corou com o olhar fixo do rapaz.

    – E.está curto? Q.quer que eu vá trocar?

  "Eu quero que você tire agora mesmo, bem aqui!"

   – Não precisa, Hinata. Só acho que você pode sentir frio. * eles estavam um frente ao outro.*

   – E.eu vou trocar. * quando ela deu as costas apressadamente ele a segurou pelo braço.*

   – se isso acontecer, meu paletó está a sua disposição. * ele tentou parecer gentil e o seu sorriso saiu torto e sem jeito.*

    – obrigada, nee-san *ela o abraçou *

   – vamos * ele a afastou*

Neji parecia ser grosso e insensível , mas não era fácil tratar a única mulher que ele desejava de verdade como uma irmã e ainda pior quando a garota chegava perto, abraçava ou até mesmo o tocava sem querer , aquilo era uma tortura.

                 ...

Quando chegaram ao restaurante Neji não deixou de sentir-se incomodado com os olhares que Hinata recebia. Konoha não era uma cidade grande e bem era normal os moradores ficarem curiosos a respeito da nova moradora mas para o Hyuuga, não! Aquilo não era nem um pouco normal nem muito menos aceitável , para ele aqueles homens não passavam de um bando de leões esperando um vacilo da pobre ovelha para ataca-la.

    "Pervertidos, um bando de pervertidos !" ele pensou "Ora, quem sou eu pra falar, eu morro de desejos pela minha própria irmã, não sou melhor que eles, não passo de um doente, de um monstro."

  – O que desejam? *o jovem e magro garçom perguntou*

   Neji não ouviu a pergunta, apenas olhava os homens com ira, o que ele queria era apertar a garganta de um por um.

    - N.neji, o seu pedido?

     – pode escolher o meu, Hina

     – hai.

     – e acrescente uma garrafa de saquê. * ele se levantou* – eu vou até o lavatório, volto em um instante.

    – hai, Neji. *ela sorriu doce e o coração do moreno palpitou depressa*

       Ele caminhou até o banheiro com os olhos cerrados, olhando para os mesmos  caras que observavam Hinata. Quando voltou , estava tudo aparentemente em ordem, os pedidos já estavam sobre a mesa e Hinata estava lá, intacta e sem nenhum abutre por perto.
    "Graças a Kami"

   – está tudo bem? * no mesmo instante ele percebeu que ela estava um pouco nervosa.*

   – n.nada demais ...

   – senhorita * o garçom se aproximou sem jeito* – o senhor de agora pouco mandou essa garrafa de vinho por conta dele.

   – e.eu n.não...

   – Como é que é? "Senhor de agora pouco"? *o Hyuuga se alterou e levantou com a garrafa nas mãos.* – onde está? *o garçom apenas mostrou a mesa onde o homem se encontrava sozinho.*

   – Tome sua garrafa. * ele pôs a garrafa na mesa de forma ríspida .* – Espero que isso não se repita. * ele foi acalmando a voz* – caso não notou , a dama está acompanhada. * ele se virou e foi até a mesa onde sua irmã o esperava em pé e segurando as mãos, nervosa.*

   – Nii-san ...

    – sente-se, isso não foi nada. *ele pôs o paletó sobre ela na intenção de cobri-la.* – vamos jantar e ir pra casa, pequena.