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História O Lobo e o Cordeiro - Chuvas de Inverno - Prólogo


Escrita por: captaain

Notas do Autor


Esse é o primeiro capítulo, então vou tentar fazer ele bem curto... Ele vai ser bem enrolado.

Capítulo 1 - Chuvas de Inverno - Prólogo


O amontoado de nuvens cobria totalmente o céu azul, ninguém poderia dizer se era dia ou noite, apenas que uma tempestade estava para chegar. As folhas das árvores já estavam húmidas. A mata alta da floresta escondia os animais que procuravam abrigo para as chuvas de inverno que se repetiam a quase todo dia daquele inicio da estação. Os pedregulhos que ficavam a margem do rio estavam mais gelados e mais cortantes do que antes, como se quisessem impedir qualquer animal de beber apenas um gole da água fria que gelava até o coração do mais cabeça quente que vivia na floresta. O corregos e riachos aumentavam a cada dia que passava, muitos animais começaram a se afastar por causa dos boatos, ou apenas tinham medo de morrerem afogados ou congelarem até a morte. Os esquilos, ratos e camundongos cachichavam entre si, sobre o que falavam? Ninguém realmente parecia se importar. As corujas nem se arriscavam a sair de suas tocas para pegar um mizero rato magricela com medo de serem arrastadas pelo vento forte. Até mesmo a mais quente caverna não foi capaz de deixar os ursos aquecidos. Alguns peixeis boiavam no rio, mortos, pela falta de alimento. Com tanta pouca carne que nem os ursos pareciam se interessar até mesmo pelo maior deles. As lontras eram contrarias aos ursos, limpavam o rio pegando cada peixe, lutando contra a água gelada que as vezes fazia suas patas ficarem dormentes. Nenhum animal da floresta poderia falar onde estavem os cervos, pois nenhum deles sabia. Muitos dizem que encontraram um abrigo e que não querem compartilhar com os outros animais, outros falavam que era para manter os lobos afastados. Quando o primeiro relâmpago cortou o céu, a floresta ficou completamente silenciosa das vozes e cochichos que poderia se ouvir a todos os lados. Até mesmo o mais minúsculo camundongo se calou. Agora os únicos sons que estavam presentes ali eram o da chuva forte, o balançar das folhas, os trovões e o vento que cantava uma melodia de terror.

Não se passou muito tempo desde quando a tempestade caíra e os ventos ficaram mais fortes. Uma figura, esbelta e rápida, corria contra o vento e as gotas de chuva. Gotas geladas e cortantes, que pareciam ferir até a alma, gotas que nem a chuva parecia conseguir conter. Os olhos vagos da criatura magra fechavam quando seu rosto era atingido pela chuva ou vento, algumas vezes folhas e galhos o acertavam. Os olhos procuravam um abrigo, a cada canto daquela floresta, em cada árvore ou montanha. O corpo apenas continuava correndo, como se fosse escapar do frio que começava a dar cãimbra. Em um pequeno passo em falso, na frente de uma árvore, ele caiu. A árvore, pequena em altura, mas com muitos galhos e folhas brilhantes, que atraíam varios animais, principalmente roedores, ficava ao lado do lago, o único lago da floresta, onde o corrego parecia circular a mesma,  a maior fonte de água para os animais. A figura se levantou, tinha encontrado uma toca. Pequena, quase não a viu, a grama alta da floresta cobria ela, a camuflando muito bem. Não parecia nada confortavel, era pequena, húmida, e tinha terra molhada por dentro, mas, ele não tinha muitas opções. Quando colocou a cabeça na toca, foi recebido com uma forte dor no nariz. Ele deu alguns passos pra trás, se afastando da toca e voltando para a chuva, que gelou suas orelhas. De dentro da toca saiu um animal de pelos negros, com alguns detalhes brancos, seus olhos cheio de vida e coragem combinavam com o animal astuto, era um texugo. Os texugos não são os animais mais sociais da floresta, mas ninguém realmente parecia se preocupar com eles, sempre ficam no seu canto, emburrados, mas sem pertubar a vida de ninguém, a não ser que tenham o pertubado primeiro. A criatura de olhos vagos observou o dono da toca, ele podia lutar por ela, mas não seria uma boa ideia. Tinha que guardar forças, ou não sobreviveria a este inverno, que apesar de não nevar, era o pior que já tinha visto. O texugo pulou em direção a criatura, resmungando e grunhindo, ele iria lutar até a morte se fosse preciso. E não foi. Os olhos vagos se afastaram, voltando para tempestade, deixando o texugo emburrado e raivoso para trás.

De volta para a tempestade, que não dava sinal de acabar. A criatura magra jurou que tinha ficado mais forte, ou apenas estava cansado demais para continuar. Suas pernas estavam fracas e doloridas, ele estava considerando deitar ali mesmo e desistir de tudo, deixar o vento levar seus pensamentos. Mas a sensação da grama molhada não o agradava nem um pouco, estava gelada e cortante como a chuva. A terra ja tinha virado lama, mas na verdade, ele só queria criar algum motivo para não desistir agora. E sua espera e determinação valeu a pena, como se alguém tivesse atendido suas orações. Uma toca de raposa, agora na parte sem muitas árvores da floresta, aqui elas eram muito bem divididas, quando a luz do sol estava presente no céu, as brechas se enchiam de luz que iluminavam aquela parte da floresta, era um local muito agradavel quando não estava no inverno. A grama era rasteira e a terra era mais macia do que lamacenta. As folhas das árvores dali eram mais claras e ficava perto de um riacho, nem tão perto nem tão longe. A figura magra não pensou antes de entrar na toca, ficava entre duas pequenas árvores, com poucos galhos mas muitas folhas, que caiam e enfeitavam a toca que era pequena, mas maior do que a anterior. Estava vazia e seu interior era de pedra, pouco confortavel, mais um pouco aquecida. Não se preocupou se ela tivesse dono ou não, o odor de raposa não estava fresco e raposas não gostam de brigas, então estava seguro. As raposas são parecidas com os lobos mas agem como gatos, sempre sorrateiras, pequenas e rápidas, sempre a procura de um camundongo ou rato gorducho. Os olhos vagos, que se encontravam deitados no fundo da toca suspirou, seu focinho ainda manchado de sangue quente, mas seus olhos agora demostravam esperança. Observava a tempestade do lado de fora, agradecendo por ter encontrado um abrigo, ele finalmente podia descansar naquela toca escura. Seu corpo relaxou e sua respiração voltou ao normal, parou de arfar, fechou os olhos e se aconchegou para manter o calor. Antes de dar seu ultimo suspiro para começar a dormir falou com si mesmo.

-Vamos.... Dalibor.... Seja forte..-


Notas Finais


Eu realmente achava que seria melhor, e teve ter bastante erros de português, mas escrever no celular é dificil...


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