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História O Mago das Espadas - Livro 0: Os Escolhidos - A Fúria do Dragão


Escrita por: AshDragonHeart

Notas do Autor


Boa noite magos e magas! Estamos de volta com o ultimo capitulo da introdução de Alex e Luna! Foi uma longa caminhada até aqui e finalmente mais esta parte da historia esta contada, preparassem para se impressionar e se emocionar com o desfecho desta saga, desde já uma boa leitura para todos e vamos ao capitulo da semana!

Capítulo 30 - A Fúria do Dragão


Fanfic / Fanfiction O Mago das Espadas - Livro 0: Os Escolhidos - A Fúria do Dragão

Enquanto isso um pouco afastado de Burg, mais precisamente no calabouço onde Ramsus estava com Elsa, Astrid e o resto do grupo de Berk.

O velho Arauto podia sentir a aura de seu velho amigo que não ressoava daquele jeito há anos.

– Essa Aura e essa intensidade... – Murmura o Arauto que se vira para a única janela daquele fúnebre aposento. Seus olhos verdes se arregalaram em espanto e ao ver o faixo de luz que vinha de Burg. – Por Althena e pelos seus Dragões Sagrados... o que está acontecendo?

Pergunta-se o velho cavaleiro em dúvida enquanto uma sensação de nostalgia e sentimentos reprimidos há anos voltava a brotar de seu coração.

– Essa sensação que me preenche é idêntica a daquele dia quando...

“Quando Dyne despertou.”

Diz uma voz imperiosa na mente do cavaleiro que se sobressalta.

– Quark?! – Exclama o cavaleiro ao ouvir a voz de seu velho amigo.

Os Dragões Sagrados eram normalmente chamados e intitulados pelas suas cores, no entanto isso não quer dizer que eles também não tenham nomes próprios. Cada Dragão possuía seu nome, porém só revelavam a aqueles mais dignos de confianças, aqueles que eles realmente consideravam como amigos e irmãos.

Quark era o nome do velho Dragão Branco. O primeiro Dragão que Dyne e Ramsus conheceram em sua jornada, seu primeiro mestre, guia e grande amigo.

Quark... Esta Aura que emana de Burg... o que está havendo? –Pergunta o cavaleiro a seu amigo. Não demorou e logo em seguida a voz do Dragão ecoou em sua mente.

“Meu velho amigo, tu já deves imaginar o que está acontecendo em vossa ilha natal.”

Ramsus arregalou os olhos e para logo depois colocar a mão direita sobre e o peito.

– Não me diga que Alex...

E com sua grande sabedoria o velho Dragão responde:

Sim velho amigo... seu filho... despertou.

Ao ouvir aquela afirmação de seu velho amigo o cavaleiro não conseguiu mais esconder seus sentimentos, suas pernas fraquejam e seus joelhos se dobram o levando ao chão, pesadas lágrimas escoriam por seus velhos e cansados olhos.

– Eu... esperei... quinze longos anos... achei que não viveria para ver este momento... mais aqui estou... e mesmo tendo sido esquecido pelo mundo, vocês meus velhos amigos e nossa amada Deusa... – E Ergue os braços em direção a grande luz que iluminava o céu de ébano. – Não se esqueceram de mim... ou melhor... DE NÓS!!!

E não contendo mais sua felicidade o velho cavaleiro cai em prantos ali mesmo, pois seu maior sonho foi realizado...

– O... o que tá acontecendo? – Pergunta Elsa assustada ao ver aquela cena.

– Eu não sei El! Mais essa Aura que estou sentindo é anormal!

E sem imaginar as amarras que prendiam seus pulsos e pernas se rompem. As duas piscam antes de caírem no chão.

– Ahhhhh!!! – Gritam as duas ao caírem.

– Aí que merda!!! – Reclama Astrid se sentando.

– Asty... estamos livres! – Exclama a princesa olhando seus pulsos e pernas.

A guerreira pisca várias vezes, olha para seus pulsos, pernas, depois para o teto e para o chão, se bélicas para ver se não estava sonhando e confirma.

– É... estamos... – E olha para o Arauto e seus olhos brilham. – Agora... VINGANÇA!!! – Se ergue e corre dando uma voadora no Arauto que segura seu pé com a mão esquerda sem sequer olhar para ela. – Ué! – E cai no chão de costa. – AAAAAAÍÍÍÍÍÍÍ!!!

– Asty!!! – Elsa tenta ir até onde a amiga caiu, mas estava sem forças até para caminhar, foi quando com medo olhou para o Arauto, pensando no que ele iria fazer com elas agora, porém ao ver sua face, a princesa se surpreende ao velo. – Chorando?

O Arauto derramava pesadas lágrimas de seus cansados olhos encanto olhava para a janela entoando uma melodia em um idioma que ela não conhecia, mais que conseguia tocar seu coração de tal forma que conseguia até esquecer as dores que sentia.

Astrid por sua vez ao ver aquilo diz:

– Aí caramba, ele ficou maluco.

– Acho que não Asty, pessoas insanas não cantariam desta forma e... olhe para aquilo! – Diz a princesa apontando para a janela.

– Olhar o... – Mas ela se cala ao ver o intenso brilho lá fora. – Mas o que é aquilo?

Elsa se senta abraçando o corpo e criando coragem pergunta a o Arauto.

– Senhor... o que é essa luz?

E para sua surpresa e para de Astrid ele responde.

– Essa luz, marca o início da Decima Quinta Era Draconiana. Significando que O Decimo Quinto Dragon Master acaba de despertar!!!

As duas meninas se entre olham.

– Ô Elsa... eu tô maluca ou esse velho acabou de dizer que o novo Dragon Master acabou de despertar? – Pergunta a guerreira apontando o dedo indicador para o velho cavaleiro.

– Asty... ele disse! – Responde Elsa.

Cinco segundos depois.

– QUÊ?! – Grita a guerreira.

– Se isso for verdade nós... estamos presenciando um momento único! – Exclama a princesa cobrindo sua boca.

– Sim vocês estão. – Responde o Arauto visivelmente emocionado. Ele se vira para as duas ficando de pé, Astrid recua ficando ao lado da amiga que por sua vez a abraça esperando por mais alguma tortura do Arauto, mas não foi isso que veio e sim uma brisa que cobriu ambas e em segundos todos os machucados causados pelo cavaleiro sumiram como se nunca tivesse existindo.

As meninas se olham, tocam-se e vêm que não estão mais machucadas e não só elas, seus amigos também estavam curados. Heather que estava pendurada como elas teve as amarras rompidas e seu corpo desceu ao chão lentamente e com todos os seus ferimentos curados, as algemas de aço que prendiam Perna-de-Peixe, Melequento e os gêmeos também caem por terra.

Elsa e Astrid ficam pasmas com o que presenciaram, se levantam perfeitamente bem, já o Arauto cai de joelhos ao chão abaixando sua cabeça até o chão deixando ambas sem ação.

– Humildemente peço seu perdão... princesa!

– Ah?

E Ramsus continua:

– Minha conduta foi terrível convosco e vossa amiga... acreditava que estavam juntas com o mago que atacou meu filho... mais pelo visto... eu é que fui enganado!

As duas arregalam os olhos em espanto.

– Peraí, você achou que o mago que atacou seu filho tinha vindo com a gente? – Pergunta Astrid incrédula.

– Sim... acreditem ou não, tenho muitos inimigos e muitos conseguem se esconder tão bem que podem passar despercebidos aos olhos até do mais atento dos magos. – Explica o Arauto.

– Mas isso é...

– Impossível!!! – Brada Astrid cortando a frase de Elsa. – Nós nunca daríamos guarida para um mago das trevas durante uma missão tão importante, somos a guarda de Berk, sacou?!

O Arauto ao ouvir a explicação dada pela guerreira ergue sua cabeça as fitando. Depois estende ambos os braços e abre as duas mãos em forma de concha que começam a brilhar formando o que parecia ser uma esfera de luz.

– Mas isso é...

– Uma “Esfera de visão”, um item magico! – Diz a princesa ao olhar a esfera na mão do cavaleiro.

Esferas de visão eram itens que permitiam que as pessoas vissem as imagens gravadas de uma mermoy box, tinham várias formatos, indo desde esferas até a telas de cristal líquido.

– Quase isso. – Explica o Arauto. – Porém essa esfera é diferente, pois é uma projeção de algo que um outro ser viu, mais precisamente do meu velho amigo o Dragão Branco.

– AH?! – Exclamam as duas em surpresa.

– Os dragões com sua visão aguçada conseguem ver coisas que alguém normal não consegue, eles enxergam magias ocultas e de disfarce sem dificuldade e sem gasto de Aura, é uma habilidade natural deles.

A guerreira ao ouvir aquilo arregala os olhos em espanto.

– Caramba!

– E... o que o Grande Dragão Branco viu? – Pergunta a princesa com cautela.

– Isto! – Exclama o cavaleiro erguendo a esfera para mais próximo a elas e o que as duas veem é a cena em que ambas estavam voando em direção a Burg com os outros.

– Peraí, isso ai somos nós chegando a Burg!!! – Exclama Astrid surpresa.

– Exato... agora quero que vocês duas olhem e vejam, são vocês sete voando juntos em seus wervyns e a princesa em seu cavalo alado.

As duas olham impressionadas para a esfera.

– Parece uma peça de teatro ao vivo. – Comenta a princesa. – É incrível!

– É estranho, isso sim! – Diz Astrid em reprovação. – Mais o que, que tem de diferente aí, somos só nós!

O Arauto olha bem para elas, fecha os olhos e passa a mão esquerda sobre a esfera que muda de cor tornando a verde.

– E agora? – Pergunta o Arauto. – São só vocês mesmo?

Ao ouvirem aquilo as duas amigas se aproxima mais da esfera e reparam em algo, quando ela estava branca não havia nada, mais logo após o Arauto passar sua mão sobre ela algo ficou meio que visível para elas. Os olhos azuis da princesa e da guerreira se arregalam ao verem uma massa negra voando junto com eles em pleno céu!

– Minha Deusa! – Exclama Elsa cobrindo parte do rosto.

– QUE PORRA É ESSA!!! – Grita a guerreira pegando a esfera da mão do velho e olhando bem para seu conteúdo.

Uma massa de energia negra seguia o grupo, era difusa e impossível de ver seu conteúdo.

– Eu... não consigo ver direito... o que é essa massa negra?! – Pergunta a guerreira ao cavaleiro que responde:

– Permita-me. – E passa sua mão direita sobre a esfera a tornando dourada, a massa negra que Astrid viu se solidificou e a menina larga a esfera em susto ao ver o que vinha atrás deles.

Um homem usando um manto escuro como a noite, montando em um cavalo negro com asas de fogo, cada galope do cavalo criava um rasto de chamas, uma cena realmente nefasta e agorenta de se ver.

– Mas... o que é... ISSO?!

– Asty o que você viu? – Pergunta a princesa amparando à amiga.

Astrid tentava recuperar o folego, após aquela visão medonha.

– Algo horrível e difícil de descrever El... era como uma...

– Besta saindo de um pesadelo, não é? – Pergunta o Arauto que tem um menear de cabeça da guerreira em afirmação.

– Como, nós não vimos isso?!

– Asty...  – A princesa murmura o nome da amiga.

– El isso é sério! Se essa figura for o mago das trevas que atacou o Alex ele podia ter nos abatido no ar mesmo!

Os olhos da princesa se arregalam em espanto.

–Minha nossa... mas então... porque ele não fez isso?

– Por que vocês não eram o alvo dele. – Diz o Arauto atraindo a atenção das meninas que se aproxima e recolhe a esfera, para logo depois a pressiona-la entre as mãos a fazendo sumir. – Provavelmente o alvo dele era... eu!

– O QUÊ?! – Exclama a duas ao mesmo tempo.

O Arauto se levanta e caminha dando as costas para as duas.

– Achei que tinha conseguindo me livrar dessa maldita perseguição, que eu poderia viver em paz com minha família depois de anos de luta, mas não! O Mundo tem sempre um jeito de me fazer lutar! – Ele serra seus punhos em fúria.

– Senhor? – Elsa chama o cavaleiro.

– Eu não tenho como pedir desculpas a vocês meninas pelos meus atos, eu fui impertinente, estupido, burro e nem percebi o óbvio!

Brada o cavaleiro sem perceber que a princesa se levantava.

– Eu machuquei vocês, descarreguei meu ódio nas pessoas erradas, eu...

E a princesa caminhava para mais perto dele, nem ouvindo as advertências de sua amiga.

– Não tenho como pedir...

Só que antes que o Arauto conseguisse terminar sua frase ele sente um pequeno corpo junto a suas costas, dois magros braços envolvendo seu corpo e uma voz fina e triste dizendo.

–Eu entendo senhor Arauto...

Ele não conseguiu dizer uma só palavra.

– El o que você tá fazendo? Esse cara torturou a gente! – Brada a guerreira.

– Eu sei! – Exclama a princesa sem se virar. – Mas o que nós sofremos foi pouco comparador ao que esse homem sentiu!

Ele arregala os olhos em surpresa.

– O-QUÊ?! – Brada a guerreira e a princesa continua.

– Eu pude sentir... cada um de seus golpes era repleto de amargura e dor... o senhor... não queria fazer nada daquilo conosco, não é?

O Arauto sem dizer uma só palavra abaixa sua cabeça, aquilo para a princesa já era sua resposta.

– Então eu não tenho motivos para ter ódio e nem desejar vingança contra o senhor e a sua família... eu... te perdoou... – Responde a princesa com lágrimas nos olhos.

Tais palavras atravessam o coração do Arauto, ele tinha ouvido mesmo tais palavras da filha de um de seus maiores inimigo?

– Você... me perdoa?

Ela solta o cavaleiro que se vira a encarando a tempo de ver a princesa enxugando uma lágrima.

– Quando o senhor disse, “seu pai torturou a minha esposa” eu me recordei de um fato, de quando era bem pequena. – Diz a princesa fugando. –Meu pai tinha o costume de interrogar pessoalmente os prisioneiros da masmorra, na época eu não sabia o significado da palavra “interrogar” eu só tinha cinco anos, mais com o tempo eu percebi... era algo ruim e muito doloroso.

– Sim... muito... – Responde o Arauto de cabeça baixa.

– Um dia, uma mulher foi trazida até a sala do trono, eu nunca tia visto meu pai tão feliz, achei que era uma conhecida dele, uma amiga, mas logo me dei conta de que meu pai não sorria de felicidade, mais de prazer, então ele levou pessoalmente a mulher para algum lugar e nuca mais a vi. – Diz a princesa se abraçando. – Era sua esposa não era?

Um silencio imperou no ambiente, as duas meninas esperavam a resposta do Arauto que infelizmente foi um...

– Sim... era ela...

Astrid ao ouvir aquilo arregala os olhos em espanto.

– Não... creio...

– Mas é verdade. – Responde o Arauto. – Quando soube que seu pai havia capturado Saria, invadi o reino de Arendelle com alguns amigos no intuito de salva-la, óbvio que era uma armadilha, mais nenhum de nós nos se importava, Saria era minha amada e mãe de meu primogênito... eu não iria deixá-la morrer... NUNCA!!! – Brada o cavaleiro serrando os punhos.

– Nossa... vocês invadiram um dos mais poderosos reinos da magia na cara e na coragem?! – Pergunta Astrid agora interessada na história.

O Arauto sorri.

– Sim, afinal estavam comigo meus dois grandes amigos, O Sábio da Magia Ghaleon e o próprio Dragon Master Dyne... acho que vocês devem ter uma ideia do que aconteceu.

Astrid caiu pra trás ao ouvir aquilo.

– Aí, minha Deusa!!!

– O reino foi atacado. – Completa Elsa. – Choveu fogo, água afogou o exército, trovoes destruíram torres e partes do castelo e uma grande luz tomou conta de tudo, cegando quem olhasse para ela.

– Isso foi feito pelos quatro Dragões Sagrados. – Explica Ramsus. – Dyne os convocou para mostra que não importava o reino, seu tamanho, status ou poder, mexeu com um de nós... mexia com todos!!!

A guerreira engoliu seco ao ver a declaração do cavaleiro.

– Caramba... eu é que não queria está na pele do inimigo de vocês!

– Depois invadimos o reino e libertamos Saria, Ghaleon a tratou ali mesmo, mais seu estado era crítico e o bebe corria perigo.

– ESPERA!!! – Astrid interrompe o cavaleiro. – Sua esposa já estava gravida nessa época?

E com pesar ele responde:

– Sim... e não tiveram pena dela... ela quase morreu, mais nós conseguimos, a salvamos e ela deu à luz a um lindo menino... meu filho, meu herdeiro, meu...

– Alex... – Sussurra a princesa se contendo para não chorar. Sabia que seu pai havia feito coisas horríveis no passado, mas nunca imaginou ele torturando uma mulher e ainda por cima gravida!

– Sim... meu único filho... pois depois de sofre tanto, Saria teve seu útero ferido a tal ponto que... não conseguiria mais engravidar. Então vocês devem imaginar como eu amo meu filho e como fiquei quando ele se feriu?

As duas se calaram ao ouvir a declaração do Arauto, Astrid se sentiu resignada. Logico que estava com ódio por ter sido torturada pelo cavaleiro, mas agora, depois de ouvir sua história e seus motivos.

– Acho que agora te entendo.

– Asty? – Elsa se surpreende com as palavras da amiga.

– É difícil pra mim admitir isso, mais tivemos culpa pelo mago das trevas ter entrado em Burg, se tivéssemos sido mais cautelosos, nada disso teria acontecido. Como o Soluço costuma dize;

Às vezes uma ação imprudente tem serias consequências”.

O Arauto meneia a cabeça em confirmação.

– Sabias palavras, só que neste momento a mais sabia aqui agora é você minha cara. – Diz o Arauto fitando a guerreira.

– Ah?

– Somente um guerreiro de verdade reconhece seus erros e faltas e tentar corrigi-los, isso sim é ser um guerreiro honrado!

Tais palavras ditas pelo Arauto fazem com que a menina fique vermelha de vergonha.

– Asty... seu rosto tá vermelho!!!

– VAI À MERDA EL! – Grita a jovem toda sem graça.

– Hi, hi, hi, perdão senhor ela é meio tímida. – Brica a princesa.

– NÃO SOU NADA!!!

– HÁ, HÁ, HÁ!!! Está tudo bem, mais agora... – Se aproxima da princesa e diz olhando bem em seus olhos. – Para demostra meu arrependimento e minha falta gostaria que viessem até Burg comigo, lá vocês poderão contar sua história e o que lhes trouxe aqui, o que acham?

A princesa fez um bico e mais lágrimas caíram de seus belos olhos azuis celestes.

– Serio?

– Seríssimo! – Responde o Arauto. – No entanto irei na frente, pois tenho que impedir o Alex. – Diz o cavaleiro soltando as mãos da princesa.

– Impedir... de que? – Pergunta Astrid.

E o Arauto responde com frieza:

– De que ele mate o desgraçado! Preciso de respostas e morto ele não seria de utilidade! – Exclama caminhando até a porta de aço a abrindo. – Seus amigos alados estão no saguão à esquerda, lá encontraram seus equipamentos, assim que saírem voem a nordeste, ou melhor, sigam a luz da Brave Vesperia, em baixo dela estará Burg, agora se me permitem. – E correr até a mesa de madeira, pega seu elmo o colocando e correr para fora da sala deixando a princesa e sua amiga a sós com seus amigos desacordados.

– Olha devo admitir... essa viagem está ficando beeem mais interessante! – Exclama Astrid.

– De fato... pensei que conhecia meu pai, mas pelo visto... – Diz a princesa abaixando a cabeça.

– El... – A guerreira se aproxima e a envolve em um abraço. – Você acreditou em tudo o que ele disse? – Questiona a guerreira e para sua surpresa Elsa responde:

– Sim minha amiga, porque eu estava lá... e meu pai me separou de minha irmã, se isso não é ser cruel... o que é então?

E a princesa se desvencilha dos braços da amiga e caminha para fora da sala seguindo as orientações do Arauto deixando sua amiga pensativa.

– Acho que você está mais machucada por dentro do que por fora minha amiga e isso... eu não sei se vou poder te ajudar. – E ajeita uma franja que caiu em seus olhos. – Bom ficar aqui parada não vai ajudar em nada, BORA CAMBADA, VAMO ACORDAR!!! – Grita a líder do grupo acordando seus amigos e chutando Melequento.     

Em Burg...

A parede de madeira da casa explode e por ela um corpo e arremessado, ele gira no ar cravando sua espada na terra tentando se desacelerar. Quando viu que só a espada na bastaria finca ambos os pés que não suportaram e seu corpo e acaba rolando pela terra. O homem trajava um manto negro já rasgado, por baixo vestia uma armadura também negra com detalhes em dourado, seus cabelos negros e lisos estavam bagunçados e seu rosto suava em pânico.

– Isso só pode ser um truque!!! – Brada o mago das trevas.  – Não pode ser real, NÃO É REAL!!!

E de dentro da casa uma figura híbrida entre dragão e humano sai correndo com uma bela espada em sua mão direita e em questão de segundos já estava à frente do mago que serra os dentes, segura sua espada negra com ambas as mão e bloqueia o golpe do menino dragão.

Faíscas brotavam do atrito das lâminas, o menino mesmo pequeno conseguia pressionar o homem adulto.

– Essa força é descomunal!!!

O mago encarava os olhos verdes do menino que ardiam em chamas. Sua mente não conseguia conceber aquilo.

“Era para ser uma missão fácil, matar o filho do Arauto e depois me divertir com a princesa e com alguma outra garota, mas tudo mudou! Esse menino acabou com meu plano!!!”

E em fúria emana sua Aura.

– ISSO NUNCA!!! – E consegue afastar o menino que é jogado alguns metros de distância, porem abre sua assas o fazendo planar e pousando em segurança no chão.

O menino rosnava, queria causar o máximo possível de dor aquele homem e sem pensar avança novamente contra o mago que grita.

– Não pense que será tão fácil garoto!!!

O mago passa dois dedos sobre sua lâmina negra, relâmpagos correm por sua extensão e apontando para o menino grita:

Trovejara!!!

A magia de nível dois do elemento trovão cruza o ar em direção ao menino que ao ver aquilo fecha seu punho esquerdo e simplesmente dá um soco com as costas da mão esquerda jogando a magia para outra direção onde explode abrindo uma cratera.

– MAIS O QUE!!!

– GGGGRRAAAAAHHHHH!!! – Alex grita, salta segurando sua espada com ambas as mãos e desse com tudo sobre o adversário que é obrigado a se defender, o impacto foi tão forte que o chão embaixo deles afunda. O mago tenta conjurar um feitiço de proteção, mas não tem tempo, pois o menino simplesmente larga sua espada caindo à frente do mago que ainda estava com os braços erguidos e com seus olhos em pânico vê o menino fechar seu punho direito que brilhou na cor branca o desferindo em seu estomago.

Seu corpo é erguido no ar, ele larga sua espada e junta abas a mãos sobre a parte acertada e vomita sangue, parecia que tinha sido acertado pela cauda de um T-Raux, mas não, foi apenas um simples soco do menino que ergue seu pé direito e chuta o queixo do homem o arremessando no ar.

– UUUUUUAAAAAAAHHHHHH!!!! – Grita o mago que voa pra longe caindo na praia de Burg. – Cof... cof... moleque maldito!!! – Ele se levanta atordoado, olha para sua armadura que estava trincada. – Senão fosse minha armadura de ébano eu teria morrido nos primeiro golpes, como esse menino pode ser tão forte?!

E olha para o mar.

– Preciso sair daqui! Se o filho tem essa força, não quero nem imaginar o quanto o pai dele deve ser! – E junta dois dedos perto da boca e assovia. – Venha Nightmare!!!

Ao ouvir o chamado de seu mestre um aureola de fogo se forma sobre o mar, de lá uma imagem negra começa a galopar e em instantes uma tenebrosa criatura na forma de um cavalo voador negro atravessa a aureola parando na praia perto de seu mestre.

– Hora de darmos o fora da...

Só que ele não terminou sua frase, pois viu incrédulo sua montaria ser acertada por uma espada muito família bem no flanco direito. A criatura relincha em pânico abre suas asas e começa a dar coices no ar e a soltar rajadas de fogo pelas ventas.

– Não, seu animal estupido acalme-se!!!

Foi quando o mago se aproximou e viu incrédulo que a espada que estava fincada em seu cavalo era...

– Minha própria espada!!!

– Você...

O homem paralisa.

– ...não vai...

Se vira lentamente.

– ...fugir...

E a sua frente estava o menino que pousara perto dele.

– ...de mim!

Ele recua alguns passos caindo para trás enquanto uma poderosa Aura branca irradiava para fora do corpo do menino.

– SEU COVARDE DESGRAÇADO!!!

E ergue sua espada e um turbilhão de ar envolve toda a extensão da lâmina do menino que golpeia o ar. O ar se propaga para fora da espada cruzando o espaço entre ele e o mago que ao ver aquilo pula para o lado esquerdo escapando do ataque, porém sua montaria não tem a mesma sorte, a lâmina de ar passa pelo animal que para de se mexer e poucos segundos depois o anima cai dividido em dois.

– NÃÃÃÃÃOOOOOO!!! – Berra o mago ao ver o anima morto e evaporar em uma fumaça negra só restando sua espada fincada na areia. – Seu vermezinho maldito você matou meu Nightmare!!! 

O menino ergue sua lâmina que reluz.

– E você é o próximo!!!

Aquilo foi demais para o mago.

– Seu verme, agora você conseguiu!!! – E corre até sua espada. – Vou te mostrar a diferença entre alguém da realeza e um plebeu como você!!!

O mago das trevas empunha sua espada de ante ao rosto. Aperta forte o cabo da espada e grita:

Enchanted... MAGIC ARMOR!!!

– Ah?

O que Alex presenciou ao ouvir o mago dizer aquelas palavras foi ver sua armadura reluzir na cor roxa, fazendo os trincos e rachaduras desaparecerem e sua armadura ficar mais rígida e aquilo não foi tudo.

– Segundo... Enchanted... MAGIC WEAPON!!!

Ao som de suas palavras a espada do mago e envolvida por uma cor azul escura fazendo sua lâmina dobrar de tamanho.

E por fim o mago abre os braços e ri como um louco.

– HÁ, HÁ, HÁ, agora sim, com esses dois feitiços combinados nem você será pareô para mim moleque!

E avança contra Alex, porem seus movimentos eram lentos e com toda sua força desse sua espada sobre o menino que simplesmente pula para trás se esquivando do golpe, no entanto o impacto levantou uma torrente de arreia impossibilitando o menino de ver o mago.

– Huh?

– MORRAAAAA!!! – Grita o mago bem atrás do menino que é acertado na altura esquerda do abdômen.

O menino dragão sentiu o terrível impacto, abriu sua boca, mas não teve tempo de gritar, pois seu corpo foi arremessado para longe e o mago já estava na sua frente rindo como um louco acertando suas costas com a espada envolvida por magia.

Alex foi jogado de novo e o mago repetiu o movimento mais sete vezes até o brilho de sua espada se evaporar e ele sessar seu ataque. Alex por sua vez jazia jogado ao chão imóvel.

O mago transpirava, mais mantinha seu sorriso sádico no rosto. 

– He, he... mesmo um dragão não é páreo para dois feitiços de fortalecimento combinados. – E olha para o menino estirado no chão. – Esse é o resultado obvio de alguém que desafia a verdade. – Caminha até o menino. – Daqueles que governam e aqueles... – E chuta o rosto do menino. – ...que rastejam para viver!

Se agacha segurando o cabelo do menino o erguendo do chão.

– A magia é digna somente a nós nobres escolhidos pela chama e não por uma vadia como Althena! – E ri. – Hi, hi, e como escolhido eu posso tudo! Inclusive escolher com quem vou me deitar! Alias... a sua amiguinha cantora realmente me tirou o folego! Muhhh... HÁ, HÁ, HÁ...

Só que sua risada foi interrompida, pois sua face esquerda foi esmagada provavelmente pelo soco mais forte que já levou em toda sua vida. Seu corpo rola pela areia da praia até se chocar com algumas rochas que se partem no processo.

– GUAAAAHHHH, CO... COMO!!!

Ergue a cabeça e vê o menino de pê.

– M-MAS COMO?! Você está...

– Você me dá nojo! – Responde o menino.

– Ah?

– Quer dizer que esse é o tipo de pessoa que usa magia, esse são aqueles que ouvi em histórias que usam os dons dados para o bem e em prol dos outros?! – Pergunta o menino em fúria. – Essa é a verdadeira face do mundo de aventuras e fantasia que meu pai me contou?

Começa a caminhar em direção ao mago que tenta se afastar.

– Um mundo onde pessoas que tem poder, humilham e menosprezam os mais fracos!

O céu que estava aberto começa a ser coberto por grossas nuvens.

– Um mundo como esse em que cretinos como você imperam!!!

Larga sua espada, enquanto trovoes rasgavam o céu.

– Esse mundo em que eu quero me aventura e desbravar está repleto de gente assim?!

E para a poucos metros de distância.

– Tudo foi uma mentira? Tudo foi uma fantasia?!

O corpo de Alex começa a brilhar, pequenos flocos de luz branca brotam de seu corpo. Suas asas se abrem e várias partículas de Mana que vinham do chão, da terra, do mar e do céu se juntam ao menino e o mago pode ver atrás dele uma imagem translucida gigantesca com assas e com quatro patas. Seus olhos se juntaram com os do menino e uma grande mandala com glifos draconicos se forma atrás dele e abre sua boca gritando:

– Não vou perdoar... NINGUÉM!!!

E a mandala brilha, o menino finca seus pés na areia abre sua boca e uma esfera de luz surge a sua frente.

Sem que os dois percebessem um faixo branco surge atrás deles e Ramus surge dele a tempo de ver a cena.

– Oh, não... ALEX PARE!!!

Mas ele não ouviu.

– Alex! – Luna corre até a praia com Nall ainda desacordado em seus braços e junto dela vinha à mãe do menino e a velha carpinteira da aldeia.

– Meu filho!!!

– Pela Deusa ele vai liberar o sopro!!! – Exclama a velha em pânico.

Ramsus tenta correr até seu filho, mas já era tarde demais, pois com toda a sua ira o menino grita:

BREATH OF FIRE!!!

Uma rajada de fogo branco irrompe da esfera, o mago só tem tempo de gritar encanto é engolido pela imensa torrente de aura flamejante que o desintegrava no processo, ele que tanto amava a chama foi consumido por ela.

Quando acabou, uma trilha carbonizada restou após o golpe, nada do mago havia sobrado, ele foi completamente desintegrado pelas chamas de Alex que cai de joelhos na areia esbaforido. Todos ficaram em silencio, após a demonstração de poder do menino, ninguém conseguia dizer uma só palavra e o Arauto se aproximou devagar do filho.

– Alex...

Ao ouvir aquela voz o menino fica de pé e ao virar o rosto seus olhos se comprimem em fúria, lá estava ele, o homem que lhe contou diversas histórias trajando uma armadura que ele nunca tinha visto, se aproximando.

– Vai ficar tudo bem filho, se acalme. – Diz o cavaleiro pedindo para seu filho se acalmar.

– Pai? – Pergunta o jovem.

– Sim sou eu. – E retira seu elmo mostrando sua face. – Posso estar um pouco diferente do normal, mais sou eu! Tenho tanto a explicar, tanto a dizer, tanto a...

– NÃO SE APROXIME!!! – Brada o menino pegando o pai de surpresa.

– Alex?

– Você me enganou! Mentiu pra mim, disse que um mundo de aventuras me esperava e que ele era um lugar maravilhoso!

– E é filho!

– Mas não é!!! – Responde o menino em fúria. – Aquele homem disse que iria causar uma guerra entre nossa ilha e o mundo e depois... ia se divertir com a Luna e com outras meninas... VOCÊ TEM NOÇÃO DISSO?!

Ramsus se calou na mesma hora ao ouvir aquilo, olhou para sua afilhada que chorava abraça sua esposa, depois para seu filho que também chorava... mas de raiva.

– Alex... eu tive motivos para esconder minha identidade e a sua, mais isso não quer dizer que o mundo ou eu somos...

–NÃO ME IMPORTA!!! – Brada o menino. – Olha pra mim pai... eu sou um monstro!!! – Aponta para si mesmo. – Era isso que você queria esconder, que tinha criado um monstro, é isso?!

O pai do menino estava perplexo com o que ouvia, achou que estava fazendo bem em não contar a ele o que eram, mas ao ver a reação de seu filho viu que cometeu um grande erro.

– Filho, me escute eu posso...

– EU NÃO SOU SEU FILHO!!!

– Alex!

– Não ouse me chamar de filho novamente! Eu estava bem antes disso tudo, eu era um sonhador, mais me diga? Como posso continuar sonhando se sou um monstro?!

– Você não é um monstro! – Brada Ramsus. – Você só está confuso, só isso, me deixe te ajudar, eu prometo que tudo vai ficar...

– SE AFASTA!!! – Dispara um raio contra o cavaleiro que não se esquiva sendo jogando a alguns metros, um jorro de sangue sai da boca do Arauto enquanto ele tosse.

– RAMSUS!!!

– TIO!!!

Gritam Saria e Luna que entrega Nall para a velha anciã e corre junta a mãe do menino. Desceram a encosta e correram até o cavaleiro, tudo isso assistido pelo do menino.

– Querido vocês está bem, diga alguma coisa?!

– Cof... eu vou ficar bem... mas o Alex...

O menino da passos para trás, olhava suas próprias mãos em pânico.

– Alex!

O menino ergue o rosto e vê Luna olhando para ele.

– Porque você fez isso, porque atacou o tio?

– Luna... – Ele murmura o nome da menina, ergue suas mãos para a jovem, mas ela se afasta e o menino arregala os olhos. – Você... está com medo... de mim?

A cantora não responde, apenas chora e aquilo foi à resposta que o jovem nunca pensou ou sonhou em ver, ele serra seu dentes se afasta e olha para o mar vendo um grupo de criaturas voando até Burg.

– Caramba, o que é aquilo?! – Pergunta Heather.

– É um monstro? – Pergunta Melequento.

– Tá parecendo. – Diz Cabeça Dura.

– Vamos pegá-lo!!! – Grita Cabeça Quente e comandam seus wyverns a atacarem o garoto que se protege cruzando seus braços.

“Eles estão me atacando, por quê?”

Ele é resistente! – Grita Melequento.

– Pessoal não atirem ele pode ser uma espécie nova! – Grita Perna-de-Peixe.

“Uma espécie nova?”

Espera ele me é familiar. – Diz Astrid olhando para ele. – Não acredito!

“Me deixem...”

– Mas é o...

“Parem...me deixem...”

O ALEX!!! – Grita a guerreira ao ver o menino mais de perto.

– ME DEIXEM EM PAZ!!! – Brada o menino que libera uma poderosa Aura que deixa os wyverns do grupo confusos.

– Ahhhh, vamos cair!!!

– Cuidado!!!

– Abondar o navio!!!

Dizem o grupo ai caírem no mar. O menino ao ver o que fez, fecha os olhos e se abraça.

– Já chega... já chega... – Chorava o menino que abre suas asas, as bate e seu corpo é tomado por uma aura branca.

– ALEX! – Grita Luna vendo o garoto flutuando.

– NÃO SE APROXIME!!! – Berra o menino e ela para. – Eu não quero te machucar!

– Alex...

– Adeus... Luna...

E o jovem sonhador abre suas asas, seu corpo brilha na cor branca e abre voo sumido no céu sem deixar vestígio, a menina cai de joelhos, lágrimas brotavam sem para de seus olhos azuis. Perto dela estava à espada que ele ganhou naquela manhã, a espada com que ele a defendeu com tanta bravura estava trincada devido aos fortes golpes desferidos pelo menino. Ela a recolhe com cuidado para depois abraça-la enquanto soluçava o nome de seu amado amigo.

– Snif... Alex...

O céu limpava, só que a Brave Vesperia já não brilhava mais e olhando para ela a jovem cantora grita o nome de seu amado que havia partido.

– ALEXXXXX!!!!    

E assim mais um arco desta saga se finda.


Notas Finais


E assim se encerra mais um arco desta historia, para onde Alex foi? E o que Luna fara agora? Essas e outras respostas ficaram no ar por algum tempo, pois no próximo capitulo conhecêramos a irmã mais nova de Elsa... Anna e sua introdução nesta historia! Desde já uma boa semana para todos!!!

Musica para a batalha entre Alex e o Mago das Trevas: https://www.youtube.com/watch?v=stWae6r7Blw


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