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História O manifesto da aliança rebelde - Episódio XXX


Escrita por: pcydreams

Notas do Autor


AOPKSAOKSPOASKPA EU DECLARO QUE SOU EXTREMAMENTE COMUNISTA SIM, KARL MARX NA VEIA
Meu plot dos sonhos finalmente se tornou real, tô tão orgulhosa de mim mesma que bate aquela vontade de me mudar pra marte e bolar minha própria sociedade igualitária <3 <3 <3
Enfim, espero que gostem e que apreciem mais um maravilhoso KrisMin feito por eu mesma, xofanna mello
Aliás, aviso logo a quem é de extrema direita (conservadores e etc.) que aqui tem muita, mais muita apologia ao comunismo, nem sei se deveria chamar isso de apologia pois tá bem explicito sim, e pra finalizar essa nota maravilhosa #FORATEMER <3
Beijão, espero que aproveitem!

Capítulo 1 - Episódio XXX


Há muito tempo atrás, numa galáxia muito, muito distante...

 

Episódio XXX

O MANISFESTO DA ALIANÇA REBELDE

 

A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas entre classes. Homem livre e escravo, Jedi e Sith, império e o povo, em poucas palavras, opressores e oprimidos, em constante oposição, têm vivido numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada. Uma guerra que terminou sempre, ou por uma transformação revolucionária, da sociedade inteira, ou pela destruição das duas classes em luta.

Kris Liten é um jovem jedi que entra para a aliança rebelde com o objetivo de vingar-se do Lorde sombrio dos Sith pela morte de sua mãe, porém sua intenção pode acabar prejudicando-o na realização de suas metas.

Enquanto isso, o Lorde sombrio dos Sith, Darth Verlet, está à beira da morte, e seu filho mais velho, Minseok, está prestes a herdar o título, mas o jovem Sith tem pensamentos muito opostos a filosofia de sua raça, isso poderia ser um fator para o fim do império, se ele não fosse um jovem que se preocupasse com a visão que o pai teria de si.

Minseok estava frustrado, as mãos tremiam, a ideia de finalmente entrar em combate lhe causava arrepios, ele era completamente contra toda e qualquer forma de violência, era um pacifista, um pobre inocente que não desejava nada do que possuía, os olhos gatunos estavam constantemente tentando controlar as lagrimas que estavam sempre desejando a liberdade, mas um Sith não poderia chorar, um Sith deve manter-se frio diante dos outros, seguindo ordens ou fazendo as suas próprias, contanto que essas oprimissem e prejudicassem os malditos Jedis, mas Minseok não tinha a mínima ideia do que os pobres Jedis haviam feito de tão ruim para serem oprimidos e julgados de tão cruel forma, claro, ele sabia que eles seguiam o lado oposto dos Sith, ao lado da luz, mas o que aquilo tinha de tão mal?

O jovem Sith encarava os Stormtroopers a sua frente com medo, não medo das criaturas sem vida que estavam à sua frente, mas sim medo do combate, daqueles que estavam tentando invadir a Estrela da Morte, pela décima terceira vez naquele dia, porém daquela vez o ataque parecia ser mais sério, não era apenas um grupo de Jedis com seus veículos espaciais atirando contra a nave, pois esses poderiam ser facilmente destruídos pelo superlaser, eram Jedis que estavam dentro da Estrela da Morte, eles haviam se infiltrado de alguma forma e estavam tentando destruí-la de dentro para fora, o caos era facilmente perceptível.

Dentre todos os rostos diversificados que estavam presentes no local, ele notou um em especial, era um rapaz de cabelos acinzentados e curtos, o rapaz era alto e magro, porém suas habilidades com o sabre de luz eram de certa forma admiráveis, ele acabava com os Stormtroopers com facilidade, eram como se fossem apenas bonecos inúteis bloqueando seu caminho, o objetivo daquele rapaz era outro, Minseok estremeceu só de imaginar a si mesmo enfrentando aquele gigante furioso. Minseok estava com suas vestes negras, era algo indispensável para um Sith, como se fosse um fator para reconhecimento além do sabre de cor vermelha, aquilo fez o rapaz de cabelos prateados encara-lo fixamente enquanto acabava com todo e qualquer inimigo que se aproximasse de si, Minseok gelou mais uma vez.

O mais novo não sentia medo o combate, apenas sentia-se desconfortável com o fato de que teria que enfrentar aquele Jedi por motivos fúteis que foram impostos por seus ancestrais, ele odiava toda aquela merda de opressores e oprimidos, em constante oposição, viver numa guerra ininterrupta, ora franca, ora disfarçada, ele queria gritar para aquele rapaz, queria dizer para todos que tudo aquilo era puro egoísmo regado a violência que estava manchado com o sangue de inocentes, ele queria chorar suas magoas e pedir perdão por estar metido em tudo aquilo e espalhar palavras de justiça, mas sua cabeça sempre estava voltada para o pai e o que ele pensaria de tudo aquilo, Minseok era apenas um medroso que se mantinha escondido na sombra do pai, seguindo ordens e fechando os olhos e a boca para toda aquela barbárie.

Ele sequer percebeu que o rapaz já se aproximara de si, e se surpreendeu com a velocidade na qual ele havia destruído aqueles Stormtroopers, afinal haviam muitos deles ao redor de Minseok, acobertando-o para que ninguém se aproximasse do mais novo lorde Sith, que assumiria o comando do império em breve, mas o rapaz de cabelos prateados foi rápido demais, ele estava prestes a atingir Minseok com seu sabre de luz quando de repente o menor reagiu e afastou-se dele num pulo, estava ofegante por conta do ataque surpresa, logo ambos deram início a uma batalha que Minseok nunca desejou travar, enquanto o rapaz avançava, Minseok apenas esquivava, tomando o máximo de cuidado possível para não feri-lo, os sabres de luz colidiam um com o outro e era possível escutar o barulho e visualizar o azul e o vermelho se misturando e se separando em poucos segundos, ambos estavam exaustos, mas aquela luta era necessária para os dois, porém cada um tinha seu motivo para estar lá.

— O que houve? Não vai me exterminar? Não é isso que todos vocês querem? – Bradou o mais alto, enquanto ainda dava investidas. — Não sabe lutar, é isso? Que vergonha!

— Cale-se! Não vê que estou livrando-te da morte? – Disse mais baixo para que ninguém chegasse a ouvir. — Se queres tanto uma luta, volte para seu treino, não me ameace sem razão!

— Como assim livrando-me da morte? Que tipo de Sith você é? – Disse indignado.

— Fale mais baixo! Não sabes falar naturalmente como uma pessoa normal? Qual a necessidade de tanta gritaria? – Minseok deu um salto e afastou-se do mais alto, ficando à uma distância segura. — Pare, por favor, apenas vá e finja que eu desapareci, não quero criar problemas para nós dois.

— Corta essa, você acha que eu sou tão idiota ao ponto de acreditar nisso? Não confio em seres como você, não passam de mentirosos de primeira linha, mentiram para conquistar o poder e agora mentem para nos manipular! – Disse enfurecido e logo avançou no rapaz mais velho, afim de cortar a garganta do mesmo com o sabre de luz para acabar com o futuro do império, mas acabou por fazer apenas um pequeno ferimento no rosto dele.

— Vá embora, miserável! Antes que eu acabe com você aqui mesmo! – Bradou Minseok, já enfurecido com a insistência do mais velho, logo esticou a mão e o corpo do mais velho se ergueu no ar, como se Minseok estivesse enforcando-o a distância. — Não ouse dizer mais absurdos! Apenas vá e nunca mais ouse se aproximar de mim!

Kris ainda resistia, então Minseok acabou largando-o no chão após ter encerrado seu acesso de fúria, percebendo que o mais alto estava quase apagando. Minseok se sentiu péssimo, a vontade enorme de chorar havia voltado, ele não poderia ficar ali parado na presença de Kris pois acabaria sendo atacado e com certeza morto, mas suas pernas não conseguiam se mover, ele estava chocado com o que havia feito, ele nunca faria nada como aquilo, era algo que alguém como o pai faria.

O pai, Minseok não era o pai, ele era muito diferente dele e de todos os outros Sith com quem conviveu durante todos aqueles vinte anos de idade, ele não se identificava e sequer concordava com nenhum deles, apesar de ter sido criado sob a filosofia Sith, ele nunca conseguiu aderir a toda aquela ideologia baseada na supremacia dos mais fortes e na opressão dos simplórios, os Sith e os jedi eram completamente diferentes em quesito de ideologia, porém no fundo eram todos iguais, todos sedentos por guerra, todos com ódio e tristeza em seus corações, Minseok não conseguia enxergar bondade em ninguém, não com toda a experiência de vida dele.

O lorde Sith estava tão perdido em seus próprios pensamentos confusos que acabou por se distrair demais, tornando-se vulnerável, aquilo foi o suficiente para que Kris se recuperasse e atacasse o mais velho, acertando-o na cabeça com o capacete de um dos Stormtroopers que estava espatifado no chão, o menor apagou imediatamente, e sua visão foi tomada pela escuridão, assim como seus pensamentos, que dentro da caverna, ainda buscavam um fio de luz.

YiFan tomou cuidado ao tomar o corpo ainda vivo de Minseok em seu ombro e carrega-lo até o caça no qual veio pilotando até lá, os outros já haviam ido embora da Estrela da Morte, apenas os mortos haviam permanecido, o objetivo não fora comprido, porém eles tinham posse de algo que poderia destruir o Império em um piscar de olhos se fosse utilizado com cuidado, e este algo era Minseok.

A visão do jovem lorde Sith estava turva, ele abriu os olhos devagar, pois a dor de cabeça era forte demais para que ele acordasse naturalmente, o forte incomodo vinha da parte de trás da cabeça, mais ou menos próximo a nuca, poderia ter sido fatal se o golpe tivesse sido aplicado com muita força, Minseok temeu a possível execução, afinal nada melhor do que usar o próximo lorde sombrio dos Sith para ameaçar o império, os Jedis eram muito inteligentes, haviam poupado o mais velho para algo muito além dos pensamentos dele. Ao finalmente acordar de verdade, o rapaz sentou na superfície macia na qual estava deitado, estranhou tal conforto, esperava ter sido mantido em um lugar imundo e duro, olhou ao redor e notou que era um, quarto fechado, não possuía sequer uma janela, o ambiente era iluminado por uma luz fraca, mas o menor pode ter uma ideia de como era o local, e não parecia nada com uma prisão e sim como um quarto simples com paredes arredondadas cujo a cor era amarelada como a areia do deserto, Minseok se levantou devagar, dando um passo de cada vez para que não acabasse caindo por conta da tontura que ainda insistia em permanecer ali, mas falhou miseravelmente ao tropeçar em suas próprias pernas, machucando o tornozelo e soltando um grunhido de dor.

Minseok nunca foi bom em lidar com a dor, então aquilo foi o suficiente para que ele entrasse em pânico e ficasse sem ar, a respiração tornou-se falha e ofegante, ele suava frio e começou a clamar por socorro.

— A-Alguém me ajude! P-Por favor, isso dói muito! – Gemia como uma criança desesperada, sentindo o desespero tomar conta de si.

Logo alguém abriu a porta, era um senhor de cabelos longos e castanhos, levemente grisalhos, os olhos dele eram de um azul cintilante, como se fosse uma espécie de figura celestial, muito bonito, muito calmo, e além disso era gentil, pois socorreu Minseok com cuidado e as pressas, colocando-o deitado sobre a cama.

— Você está bem agora? Tome cuidado, ainda estás fraco, meu jovem. – O homem sorriu de leve e deu leves tapinhas no ombro do menor, que corou e assentiu brevemente com a cabeça, afirmando que estava bem.

— O-Onde eu estou? Fui preso? Serei executado? – O turbilhão de perguntas atacou o homem, que acabou rindo e balançando a cabeça, achando graça no desespero do mais jovem, que exalava medo.

— Você está em Meccha, é um vilarejo do planeta Drall, mas você já deve conhece-lo. – Murmurou ainda ao lado do mais novo, logo levantou-se e abriu uma das janelas da qual Minseok desconhecia a existência. — E não iremos executá-lo, muito menos prendê-lo, a menos que seja algo realmente necessário, afinal você é parte do império, e nossa relação com o império não é muito boa, disso você já sabe, é obvio para todos.

— Quem és tu? E o que fazes aqui comigo? – Minseok não conseguia evitar tantas perguntas, afinal, dúvidas enormes lhe consumiam a mente, ele poderia estar perguntando muito mais coisas, mas apenas optou pelas mais simples. — Afirmo que não quero mal algum aos rebeldes, e que sou contra a filosofia Sith, é minha palavra de honra.

— Sim, estamos cientes disso, Minseok, andamos observando você a um bom tempo, conhecemos seus ideais e achamos seu pensamento muito bem formulado para alguém que foi criado sob a ideologia dos Sith, a qual eu considero egoísta e meritocrata. – Explicou com calma para que ele não se perdesse no assunto, afinal o jovem ainda estava um tanto grogue demais para prestar atenção em assuntos tão amplos. — E aliás, me chamo Hilo-Klein, mas pode me chamar apenas de Klein.

Minseok sorriu ao ouvir as palavras do homem, identificando-se com aquele pequeno resumo da ideologia dele, e era muito difícil Minseok encontrar alguém que pensasse como ele, pois foi sempre criado por Sith que estavam constantemente tentando impor aquela velha ideologia que foi basicamente criada por homens poderosos que acreditavam serem superiores aos homens simplórios que trabalhavam duro para conseguir seus lugares no universo.

— Eu adoraria conversar mais com o senhor algum dia, seria uma grande honra para mim. – Ele sorriu e logo suspirou. — Pode me explicar o que farão comigo? Sinceramente, não consigo ver nada de útil para se fazer além de me usar para manipular meu pai, e assim todo o império.

— Isso não é assunto meu, apenas serei seu cuidador por aqui, espero que se sinta bem, se precisar de algo, é só me chamar. – O homem se levantou e deu um breve aceno, logo se retirou do lugar, fechando a porta novamente. — Deixarei fechada pois é uma exigência da parte da maioria, questão de segurança, tudo bem?

— Tudo bem. – Minseok suspirou infeliz, porém não surpreso com a decisão da maioria, afinal, um Sith é sempre um Sith, independentemente de seus pensamentos e ideologias divergentes, ele sempre será um Sith e aquilo era um fato.

Minseok deitou de lado, deixando a perna machucada um pouco afastada da outra para não correr o risco de se machucar mais ainda, tentou dormir, mas aquele dia havia sido surpreendente demais para si, ele simplesmente não conseguia pensar em outra coisa a não ser a situação na qual a galáxia estava, era deplorável, e medidas eram necessárias, mas o que alguém como ele poderia fazer? Minseok não era forte o suficiente para lutar como os outros Jedis que estavam na batalha que havia ocorrido na Estrela da Morte, e não era corajoso o suficiente para gritar seus pensamentos em público, Minseok se considerava fraco e inútil para qualquer tarefa, ele apenas seguia ordens e mais ordens, um costume que lhe foi adquirido desde a infância, na qual cresceu apenas na companhia do pai. Minseok estava perdido em seus pensamentos até ser interrompido, ele animou-se, pensando que seria Klein para mais uma conversa calorosa, o sorriso se desfez assim que o rapaz de cabelos prateados entrou no quarto com a cara amarrada, ele parecia estar irritado o tempo todo, talvez fosse apenas uma impressão que aquelas sobrancelhas grossas e os olhos marcantes causavam, ou talvez fosse raiva mesmo, muita raiva, por sinal.

— Quero lembra-lo que não deve se acostumar com conforto e gentileza o tempo todo, nem todos vão ser simpáticos com você como Klein foi. – Disse como se sentisse prazer em esfregar aquela situação na cara de Minseok, um sorriso maldoso surgiu nos lábios do mais alto. — Espero que esteja ciente da sua posição aqui.

— Obrigado por deixar algo que já era claro mais claro ainda, você está sendo bem útil aqui, agora que já acabou, porque não me deixa em paz? – Resmungou enfurecido com o rapaz que insistia em fazê-lo se sentir cada vez pior, como se fosse divertido magoar as pessoas daquela forma.

— Se não fosse por minha boa vontade, você estaria morto ou seria castigado pelo seu amado lorde sombrio, quem achas que é para falar comigo de forma tão grosseira? Agradeça-me e ponha-se em teu lugar, opressor infame!

— Por que tanto ódio no coração? Desabafa teus problemas e livra-te deles, talvez assim passe a tratar os outros de forma honrosa. – Retrucou elegantemente, não queria perder a paciência novamente e agir daquela forma, Minseok odiava a violência, e estava constantemente tentando manter-se distante dela.

— Quem pensas que é para dar-me lições de moral? Tu não tens a mínima noção do que seja honra, olhe para si mesmo e verá sua natureza arrogante e fria, tu és como teu povo, um meritocrata violento que pensa apenas no bem-estar de tua raça.

— Não ouse falar assim de mim! Não sou como eles, jamais serei! – Minseok finalmente se levantou e pôs-se de frente ao maior, ergueu a cabeça e encarou-o sem medo. — Não julgue sem ao menos conhecer-me, eu jamais seria violento com alguém, muito menos apoiaria a meritocracia, eu clamo por igualdade, porém não tenho o direito de opinar sobre isso, eu seria destruído por todos eles. – Respirou fundo e fechou os olhos, sempre que imaginava a expressão de decepção e ódio na face do pai e de todos os outros, Minseok sentia dor no coração e seus sentimentos eram feridos, ele desejava chorar, mas aquilo não era possível para si sob circunstância alguma.

— És contra a violência, mas estava apenas observando quando meus companheiros atacavam seus clones malditos, sem contar aquele acesso de raiva que quase te fez tirar minha vida. – Kris encarava Minseok, sua raiva ainda era visível, ele não sentia que poderia confiar naquele rapaz, aquilo tudo era suspeito demais para si. — Tu és um Sith como todos os outros, apenas tenta esconder isso, mas tua natureza ainda é violenta como a deles.

Kris agarrou Minseok pelo braço, levando-o para fora do quartinho um tanto escuro e arrastando-o para o último andar do lugar, era um local aberto, onde era possível visualizar as mais diversas casas e seres que viviam naquele vilarejo, não eram apenas humanos, haviam rodianos, eopies e obviamente, muitos dralls, sem contar as outras raças e espécies que viviam naquele vilarejo, era possível ver Jedis também. Todos se ajudavam e aparentavam viver em harmonia uns com os outros, claro que haviam conflitos, mas não eram muitos.

— É tão... bonito. – Minseok apreciava tudo como se fosse o paraíso, não era perfeito, mas a simplicidade e a solidariedade que aqueles que viviam lá expressavam era admirável para alguém que nunca soube o que é viver em harmonia.

— É isso que a sua raça quer destruir, nosso modo de vida pacifico e igualitário no qual nós lutamos durante séculos para conquistar. – Kris explicou suavemente, deixando de lado o tom agressivo que usava anteriormente. — Foi aqui que eu fui criado, conheço cada um dos seres que aqui vivem, são todos esforçados e vivem felizes aqui, mas a guerra está sempre nos atormentando...

— Eu sinto muito, não é como se as decisões fossem tomadas por mim, todos são doutrinados desde jovens, poucos tem a possibilidade de se desviarem dos princípios do império. – Minseok suspirou e fitou aquele lugar com tristeza. — Eu queria poder impedir tudo isso.

— Você pode, mas não consegue, porque você não é um de nós, você está do outro lado da força. – Kris deu de ombros e saiu do local, deixando Minseok sozinho e perdido em seus pensamentos, o rapaz não conseguia confiar no mais baixo, por mais que quisesse, aquilo lhe parecia impossível.

— Se a aparência e a essência das coisas coincidissem, a ciência seria desnecessária. – Disse o mais velho, quase como um sussurro, ele desejava provar que era diferente, ele queria aderir a revolução e dar a felicidade que todos mereciam.

Dias se passaram, Minseok recebia conselhos de Klein diariamente, além de aprender um pouco mais sobre a filosofia dos Jedis e sobre a vida em uma sociedade igualitária, cada dia era novo para si, ele estava aos poucos se adaptando a vida simples e a rotina regada a trabalho comunitário e treinamento mental.

— Você é bem diferente para um Sith, não só no modo de pensar, mas na aparência também. – Disse Klein com um sorriso ao ver que o rapaz se esforçava lendo sobre a antiga república, ele parecia estar realmente interessado em aprender e modelar as ideias.

— Ah, sim, todos me dizem isso. – Minseok corou e deu de ombros, afastando-se do holograma com escrituras e voltando sua atenção para Klein que parecia curioso sobre sua origem. — Eles dizem que eu não sou puro, por isso minha pele não é avermelhada, sou como um Jedi negro, mas não quer dizer que eu seja completamente humano, ou talvez seja.

— Seu pai é puro-sangue, certo? Talvez seja a genética da sua mãe, você a conhece?

— Nunca conheci, não me falam dela e sempre que eu tentava tocar no assunto eles me repreendiam, nunca conheci minha mãe nem sei como ela era, talvez esteja morta, é bem mais possível. – Disse entristecido, afinal aquele assunto era difícil de lidar por ser basicamente intocado.

— Você conhece o Kris, certo? Bem, eu não sei se deveria estar falando sobre isso com você, é um assunto um tanto pessoal entende? – Explicou baixo para que mais ninguém escutasse, apesar de que a história já era conhecida por todos no vilarejo de Meccha. — Kris perdeu a mãe quando era jovem, ela era a única família biológica que ele tinha.

— Isso é tão triste, é por isso que ele é tão amargo? Pobre coitado! Jamais pensei que sofria tanto! – Disse surpreso, sentindo-se mal por ser grosseiro com o outro, mesmo que ele fosse grosseiro consigo também.

— Sim, mas há outro detalhe. – Murmurou devagar e com clareza, tentando buscar as palavras certas para explicar toda aquela situação para o mais jovem.

— Ela foi morta quando enfrentou um guerreiro Sith que tentou invadir a sede dos rebeldes contra o império, sendo assim, ela morreu com honra por ter sido corajosa ao tentar proteger todos nós das ameaças do império. – Kris disse com frieza enquanto encarava os dois a sua frente. — Quer mais detalhes? Esse guerreiro e as tropas foram enviadas à antiga sede por ninguém menos do que o seu pai.

Minseok sentiu o estomago revirar, ele sabia que o pai já havia causado a morte de muitos inocentes, aquilo não era novidade, mas saber que ele havia causado a morte da mãe de Kris lhe fez sentir-se culpado, Minseok jamais imaginaria que o ódio de Kris por si fosse além de um confronto entre império e aliança rebelde, era uma questão pessoal também, algo que o fez sofrer durante toda vida.

— Eu sinto muito, sinto muito mesmo. – Disse entristecido por não poder fazer nada para que o maior se sentisse melhor, afinal ele não tinha o poder de voltar no tempo e impedir aquilo. — Eu realmente não gosto que coisas assim aconteçam, mas não há o que ser feito....

— Ele não tem culpa Kris, era apenas uma criança, assim como você. – Klein tentava tranquiliza-lo para que não houvesse mais um conflito entre os dois. — Tu tens muita coisa em comum com ele, deveriam conversar de forma civilizada ao invés de trocarem farpas um com o outro o tempo todo.

— Não consigo entender sua empatia por esse tipo, mestre Hilo, é simplesmente absurdo defender um daqueles que causou tudo isso, nós deveríamos tê-lo matado logo e nos poupar de gastar tempo e mantimentos em vão. – Kris virou-se, afim de sair do local, mas foi impedido por Minseok que lhe segurou o pulso. — Você é mentalmente incapaz de nos apoiar na rebelião, apenas desista e mate a si mesmo.

—Não! – Minseok protestou, as bochechas estavam avermelhadas e os olhos marejados, ele engoliu seco e apertou o pulso de Kris, que possivelmente ficaria marcado pelos dedos pequenos do menor. — Eu não vou tirar minha própria vida para agradar ninguém, minha morte não será a solução para os problemas que estamos vivendo atualmente, eu sou apenas um peão que será substituído, se é que já não fui. – Riu fraco e sem humor, logo suspirou e soltou o pulso de Kris. — Me dê uma chance, uma única chance e eu lhe provarei o valor que tenho.

— Uma chance? – Kris pensou um pouco, logo olhou para Klein como se a culpa por toda aquela situação fosse dele, o mestre bonzinho que tinha piedade de almas sombrias. — Eu não sei se devo confiar na tua palavra, o que me garante que tu irás cumpri-la?

— Treine-o, Kris. – Klein disse com convicção e um sorriso no rosto, sentia-se confiante e acreditava no potencial do aprendiz, aquilo seria melhor para ambos os rapazes, inclusive para Kris, que simplesmente não conseguia desistir daquele princípio terrível de vingança. — Treine-o e ele lhe provará o valor que tem, ajude-o e mostre o lado da luz, só assim tu terás certeza de que Minseok não é um Sith igual aos outros. – Explicou com suavidade, achando graça nas expressões de surpresa e indignação dos dois rapazes. — E você ensinará a Minseok que ele é mais do que apenas um peão controlado pelos poderosos, eu acredito em ti.

Kris respirou fundo e encarou o mestre com um olhar de suplica, como um cachorro pidão, porem apenas recebeu um aceno negativo de cabeça da parte do mais velho, a ideia de passar o dia dando conselhos e ajudando Minseok a encontrar seu verdadeiro potencial lhe parecia terrível, o simples fato de estar com aquele lorde Sith lhe incomodava profundamente, era como se Minseok fosse um espinho que havia sido cravado na pele de Kris e que só sairia a força, ele odiou Minseok mais do que todos os Sith da galáxia naquele momento, mas não poderia desobedecer o mestre por um simples capricho.

— Tudo bem, mas se não der certo, eu nunca mais irei desejar ver o rosto dele por aqui. – Deu de ombros e bufou irritado. — Essa é minha única condição.

— Eu juro que irá dar certo! – Disse Minseok, empolgado com a ideia de adquirir a confiança de Kris, sorriu largamente e fez uma breve reverencia para o maior, aquela seria sua chance de lutar pela igualdade e pelos direitos dos oprimidos, Minseok finalmente teria força de vontade para enfrentar o império e o próprio pai. — Não irei decepcioná-los!

— Assim espero, jovem Minseok. – Hilo sorriu e bagunçou o cabelo do menor, logo deu alguns tapinhas no ombro do aprendiz e saiu do local, deixando-os a sós.

— Só ele para fazer com que eu me submeta a esse tipo de tarefa, jamais imaginaria que algum dia teria que lidar com gente como ti de forma pacifica. – Murmurou ainda incrédulo com a função que lhe havia sido designada, sem se importar se o modo no qual havia falado fosse um tanto rude demais com o mais velho, afinal, desde quando Kris se importava com os sentimentos de Minseok?

— Tu já disseste isto para mim mais de dez vezes, e não tem tanto tempo que estou a viver aqui junto ao teu povo, peço que evites esfregar tal fato na minha cara o tempo todo, é incômodo.

Kris deu de ombros e passou a observar Minseok com atenção, avaliando as pernas curtas e o corpo bem definido do mesmo, apesar dele estar coberto por roupas longas e quentes, Kris conseguia ter uma ideia de como seria o físico alheio, seria fácil ensina-lo a lutar, afinal o mais velho já havia aprendido, bastava apenas ajudá-lo a controlar a raiva e aprender novos golpes, o difícil seria ensiná-lo a ter mais autoconfiança e coragem.

 Minseok corou ao notar que o mais alto o observava, desviou os olhos e moveu-se para o lado timidamente, não estava acostumado com alguém olhando para si durante tanto tempo. — Quando começaremos?

— Amanhã, ao amanhecer, esteja do lado de fora assim que o sol surgir, estarei te esperando para darmos início ao seu treinamento, aproveite e leia mais um pouco, irá te fazer bem. – Explicava calmamente, porém mantendo seu tom firme. — Lembrando que não irei ser tolerante com você sob circunstancia alguma.

— Tudo bem, não precisa lembrar mais de uma vez, irei me preparar. – Minseok foi para a cama e passou a procurar as antigas escrituras da época da republica que Klein havia lhe emprestado. — Pode voltar para tuas antigas ocupações, não pretendo atrapalhar-te.

— De fato. – Observou o mais baixo por mais algum tempo e logo se retirou, deixando-o sozinho com seus pensamentos, e permanecendo com os próprios, tentando imaginar alguma forma de fortalecer o espirito do Sith, que sequer era um Sith de verdade aos olhos de Kris. — O livre desenvolvimento de cada um é a condição para o livre desenvolvimento de todos, sendo assim talvez ele seja realmente diferente dos outros...– Murmurou enquanto caminhava em direção ao local de treinamento, onde passava boa parte de seus dias.

No dia seguinte ambos se encontraram no horário combinado, Kris surpreendeu-se com a pontualidade de Minseok e ficou contente em não ter sido obrigado a acordá-lo pela manhã para que pudesse treiná-lo, foi um alivio para ambos, afinal Minseok odiava ser acordado. Ambos caminharam juntos, lado a lado, até o local de treinamento, não haviam dito grosserias em momento algum até então.

— Você nunca conheceu sua mãe? – Perguntou Kris, não afim de puxar assunto, mas tentando compreender a personalidade do mais velho, que para si, ainda era confusa demais. — Quer dizer, ela morreu quando você ainda era um bebê ou algo assim?

— Não sei dizer se ela morreu ou está viva, jamais me disseram algo sobre ela, o assunto é meio tabu, como se ela tivesse cometido algum tipo de crime ou algo parecido. – Disse calmamente, sentindo aquele aperto no coração ao lembrar-se que jamais havia dito a palavra “mãe”. — Mas eu acho que ela é, ou era, humana, afinal, todos da minha família paterna são Sith puro-sangue, exceto eu.

— E você se incomoda com o fato de nunca a ter visto ou sequer ter alguma ideia de quem ela era e porque te deixou com teu pai? – Fitou o rapaz para analisar a expressão do mesmo, porém quando ele falava da mãe, Kris lembrava do pai que nunca havia conhecido ou tido notícias, a mãe havia dito que era um caçador de recompensas charlatão, mas aquela história nunca pareceu verídica para o rapaz de cabelos prateados que se sentiu enganado durante todos os dias de sua vida.

— Para falar a verdade, me incomodo muito, mas eu sempre procuro esquecer o assunto e deixar para lá, costumo pensar que ela simplesmente não me quis e me abandonou com meu pai, isso me deixa ainda mais triste, mas me faz largar o assunto com facilidade. – Deu de ombros e forçou um sorriso, logo notou o olhar do outro sobre si novamente. — Wah, isso me deixa com vergonha!

— Isso o que? Olhares? Você é dramático demais. – Revirou os olhos e balançou a cabeça negativamente, porém passou a sentir o quão sentimental aquele baixinho era, coisa que era difícil de se ver em muitos Sith.

— Desculpa, é que as pessoas não costumam olhar para mim por muito tempo, ou elas me ignoram ou me olham com medo, eu nunca quis causar medo a ninguém, mas parece que o simples fato de ser um lorde Sith já me deixa com uma fama ruim.

— Você não me deixa amedrontado, é só uma criança perdida que não sabe nada sobre o próprio passado nem o destino que terá, não se sinta mal, sua imagem irá mudar diante de toda galáxia.

Ambos chegaram ao local de treinamento, Minseok observou o lugar desértico atentamente, buscando algum tipo de equipamento holográfico que simularia inimigos para tornar a experiência mais realista, mas não viu nada além de areia e uma espécie de casa pequena, que possivelmente estaria cheia de armas, mas não, era apenas uma casa vazia composta por apenas uma sala com um tapete grande cheio de ideogramas antigos que Minseok jamais saberia ler.

— Nós não vamos enfrentar inimigos holográficos nem nada do tipo? Pensei que estavas a falar sobre treinamento físico.

— E é treinamento físico, mas não algo que envolva apenas violência e habilidades de luta, será algo mais... interno, digamos. – Sentou-se no tapete e deu algumas tapinhas no lugar a sua frente para que o mais velho se sentasse ali. — Preste bem atenção, entendido? E faça perguntas caso tenha alguma dúvida.

Minseok assentiu brevemente com a cabeça e encarou o mais alto, afim de prestar bem atenção em tudo que aconteceria, sentindo uma pontada de medo de ser algo que envolva dor, afinal, Minseok era muito sensível a dor. Kris pediu para que Minseok fechasse os olhos e respirasse fundo até finalmente não visualizar nada em sua mente, ou seja, esvazia-la por completo para que o processo se tornasse mais simples, logo ele pediu para que Minseok deixasse o corpo mole e não tenso, afinal o menor ainda estava nervoso com relação a tudo aquilo e seu corpo estava rígido como uma pedra, Minseok apenas obedecia, se esforçando para não pensar em mais nada.

— Você sabe porque a filosofia Sith não funciona direito e eles estão sempre matando uns aos outros ou destruindo mais e mais para obter mais poder? – Kris perguntou suavemente, a voz rouca do rapaz causou arrepios em Minseok que apenas balançou a cabeça negativamente. — É porque nada ocorre na natureza em forma isolada, cada fenômeno afeta a outro, e é por seu turno influenciado por este, sendo assim, não pode ser livre um povo que oprime outros povos.

— Então é apenas um ciclo? – Perguntou Minseok, encontrando a verdade nas palavras ditas pelo rapaz de cabelos prateados a sua frente. — É como se todos estivessem presos a essa realidade por um erro cometido pelos antigos? Os Sith só serão detidos com violência ou será necessária uma revolução?

— Não adianta manter esta guerra que mata inocentes e destrói famílias, além de não ser algo pacífico e que não condiz com nossas ideologias, é um crime contra a sociedade, um crime contra a antiga república que foi tomada pelos Sith através de um golpe cheio de interesses individuais. – Explicou e em seguida pôs-se de joelhos de frente ao mais velho. — Agora fique em silencio.

Minseok apenas obedeceu, já não sentindo tanto medo quanto no início, talvez Kris fosse apenas falar mais um pouco sobre a forma na qual a sociedade funcionava ou sobre os pontos fracos dos Sith, porém o menor se assustou ao sentir uma força ser aplicada sobre seu corpo, empurrando-o para trás e fazendo-o deitar-se no tapete no qual anteriormente estava sentado, continuou de olhos fechados, temendo abri-los e levar uma bronca de Kris que havia dito inicialmente que não seria tolerante consigo. Mas a situação tornou-se ainda mais estranha quando Minseok sentiu algo lhe tocar no pescoço, causando-lhe arrepios, o menor choramingou e virou a cabeça para o lado, tentando afastar seja lá o que fosse de perto de si, em seguida ouviu uma risada maldosa que vinha de Kris, ele reconheceria aquela maldita risada de longe.

— Que idiota! – Empurrou o rapaz que estava com o corpo sobre o seu, fazendo-o cair para trás ainda rindo, Minseok bufou, mas logo passou a rir junto, mesmo que aquilo fosse algo de certa forma cruel e aproveitador da parte do mais novo. — Que merda de brincadeira é essa? Aish! Nunca mais faça isso!

— Por que? Isso te deixa vermelho e constrangido como quando eu olho para você? Que coisa mais lindinha, só por isso farei mais vezes. – Sentou-se novamente em seu devido lugar e deu uma piscadela para o menor que apenas revirou os olhos novamente e se levantou.

— Você está me enrolando, se queres que eu aprenda algo deverias estar a ensinar, não a brincar.

— Estou a ensinar, porém através dos meus métodos, se tudo se resumir em apenas fala, fala e mais fala, tu não aprenderás nada e ficarás disperso. – Explicou com um ar de riso por conta da brincadeira anterior, mas de certa forma tudo fazia sentido. — Aliás, tu já aprendeste algo, e este algo se chama contestar.

— Contestar? Como assim? Você apenas me assediou, o que contestar tem a ver com assédio sexual?

— Mentes pequenas sempre pensam pequeno. – Revirou os olhos, tentando imaginar uma forma adequada para explicar ao pequeno cabeça de vento o sentido de contestar naquela situação. — Preste atenção, eu lhe dei ordens que não faziam sentido algum para ti, certo? E você as obedeceu pois estava com medo de ser agredido verbalmente, porém quando aquilo definitivamente passou a não fazer sentido e você me afastou e reclamou, questionando meus métodos e atitudes, você estava contestando pois não acreditava na eficácia daquilo que eu estava a fazer contigo.

Minseok parou para pensar nas palavras do mais velho, demorou um tempo para que finalmente tudo fizesse sentido para si, o mais velho arregalou os olhos e sorriu por ter conquistado uma vitória, era mais um passo para que ele pudesse finalmente se unir aos outros na revolução contra o império Sith e as injustiças cometidas pelos mesmos. A característica particular dos rebeldes não é a abolição da propriedade em geral, mas a abolição da propriedade imperial. Mas a propriedade privada atual, a propriedade imperialista, é a expressão final do sistema de produção e apropriação que é baseado em antagonismos de classes, na exploração de muitos por poucos. Nesse sentido, a teoria dos rebeldes pode ser resumida nessa frase: abolição da propriedade privada.

— Me ensine mais, eu quero conduzir a revolução contra o império Sith, pois agora vejo que em toda parte os rebeldes apoiam todo o movimento revolucionário contra a ordem social e política vigente. Em todos esses movimentos põem em primeiro lugar, como questão fundamental, a questão da propriedade, não obstante o grau de desenvolvimento alcançado na época. Finalmente, em toda parte os rebeldes trabalham pela união e entendimento dos grupos democratas de todos os planetas. Os rebeldes não se rebaixam em dissimular suas ideias e seus objetivos. Declaram abertamente que seus fins só poderão ser alcançados pela derrubada violenta das condições sociais existentes. Que as classes dominantes tremam diante da revolução rebelde!

Kris sorriu ao ouvir a fala carregada de confiança e de cunho revolucionário e pousou a mão no ombro do mais velho, sentindo toda aquela energia e empolgação ser exalada, impregnando todo o ambiente, Minseok já não era mais um jovem medroso que se preocupava com a imagem que tinham dele, ele agora era um homem de verdade que tinha uma ótima base para participar da maior revolução que aquela galáxia jamais verá em toda história do universo. — Você está praticamente preparado para a parte mais difícil do seu treinamento, jamais pensei que seria tão fácil fazer-te adquirir confiança em ti mesmo, estou orgulhoso do teu rápido aprendizado, vejo que já não será difícil treiná-lo para a revolução. – Disse esquecendo-se de todo e qualquer problema que havia tido com o mais velho anteriormente, ele havia conquistado a confiança de Kris, finalmente.

— Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras, mas o que importa é modificá-lo, certo? Então irei me esforçar para realizar tais mudanças.

— Que comecemos por agora.

Kris se inclinou para o lado e tomou em mãos um copo com água, na qual a temperatura estava baixa e pôs o copo de frente para Minseok. — Use a força para que a água se movimente, não importa como, apenas faça com que ela se mova da forma na qual você acha correto, siga seus princípios e use suas habilidades para a água se render a ti.

Minseok encarou Kris, entendendo o sentido daquele pedido, logo focou toda sua atenção na água e fechou os olhos, usou a força, porém o feito foi malsucedido pois o copo rachou e simplesmente quebrou-se em diversos pedaços, o jovem Sith bufou e afastou aqueles cacos de vidro com a mão, enfurecido com a falha cometida, logo Kris agarrou-lhe o pulso, notando os diversos cortes que haviam na mão direita do mais baixo. — Você está se deixando levar pela raiva, acalme-se, é só tentar novamente.

Minseok afastou o pulso, saindo de perto do mais novo, logo se levantou e chutou uma das paredes arredondadas da casa, passou a dar socos na mesma e a manchou com seu sangue, deixando um mosaico vermelho na mesma, imediatamente Kris foi até o jovem Sith e o imobilizou, fazendo com que ele ficasse parado e não fizesse mais bobagens. — Pare! Oras, como achas que irás conduzir uma revolução se não sabes controlar a ti mesmo quando cometes erros? A vida é feita de erros e acertos, nada é perfeito, tudo o que era sólido se desmancha no ar, tudo o que era sagrado é profanado, e as pessoas são finalmente forçadas a encarar com serenidade sua situação real.

Minseok respirou fundo e fechou os olhos, logo desabou nos braços do mais alto e deixou as lágrimas saírem depois de anos sendo contidas, então ele chorou em silencio, logo depois chorou mais alto, seus suspiros e soluções eram facilmente audíveis, ele chorou alto e com vontade, as lagrimas lavavam o rosto preenchido de culpa e dor, tornavam-no puro, livre da tristeza, livre da opressão e do medo de ser conhecido como a vergonha do império, Minseok estava livre assim como as lagrimas que lhe banhavam o rosto e encharcavam as vestes do rapaz que lhe afagava as costas, transmitindo um sentimento de solidariedade e benevolência, Minseok sentiu-se em paz pela primeira vez em toda sua vida. Minseok finalmente encarou o rapaz, fitando aqueles olhos que carregavam tanta magoa quanto os dele, o mais alto sorriu e levou a destra até a face alheia, livrando-se dos resquícios de lágrimas que estavam concentrados nas bochechas rubras e fartas do mais baixo, eles sentiam a respiração um do outro e os lábios roçavam suavemente, em uma espécie de provocação, ambos riram e em seguida selaram os lábios um no outro, iniciando um beijo terno e suave, repleto de sentimentos diversos.

Eles se separaram após alguns minutos, as respirações descompassadas, ambos ofegantes e cansados, riram ao ver o tempo que haviam passado naquele beijo, se afastaram um do outro e saíram da casa, notando que já estava tarde para ficarem fora, caminharam lado a lado de volta ao lugar onde costumavam passar a noite, todos estavam dormindo, exceto aqueles que costumavam ficar de plantão para evitarem ataques surpresa que ameaçassem a população. Os dois jovens foram para seus devidos quartos, Kris encontrou Klein no caminho e compartilhou as experiências que havia tido com Minseok, exceto o detalhe do beijo, deixando claro que ele estava se desenvolvendo muito rápido, e que em poucos dias estaria apto para iniciar a revolução, Klein ficou muito feliz com a notícia e disse que concluiria os preparativos para o ato que estava próximo, Kris também alertou que Minseok estava ferido e precisava de cuidados, o mestre não pensou duas vezes e trouxe algumas ervas para tratar do ferimento do mais baixo.

— Kris me contou sobre o que fizeram hoje, fico feliz que as coisas tenham evoluído tão rápido e que a relação entre vocês tenha mudado. – Disse o mestre assim que adentrou o quarto do jovem Sith que estava a se preparar para dormir, o mesmo corou ao escutar a fala do mais velho, imaginando que ele sabia sobre o beijo. — Como está teu ferimento, meu jovem?

— Ah, ele está ardendo e um pouco vermelho. – Minseok riu fraco e pôs-se de pé, logo Klein fez um gesto para que ele se sentasse. — Ah, o que ele comentou com você sobre h-hoje? —Gaguejou por conta da vergonha e do nervosismo.

— Disse que você havia evoluído muito, que estava mais confiante e empolgado para o ato, é muito bom ver que os jovens desta geração se importam o com futuro do universo e das raças e espécies que nele vivem. – Klein sorriu e passou a tratar dos ferimentos alheios com cuidado para que não causasse mais dor ao jovem. — Você está vermelho, algum problema?

— Nenhum problema! Deve ser a temperatura, está tão frio não é mesmo? – Riu fraco e deitou-se assim que Klein terminou de cuidar da ferida que já não aparentava estar tão ruim como antes. — Muito obrigada, mestre Klein, por tudo, digo, afinal você já fez muito por mim.

— Meu objetivo principal e fazer bem a sociedade para que todos possamos viver bem e pacificamente, não fiz nada além do meu trabalho, jovem Minseok. – O mestre jedi sorriu e bagunçou o cabelo do mais novo. — Desejo-lhe um boa noite e espero que descanse para que estejas preparado para amanhã, até breve. – O homem saiu do quarto, deixando Minseok sozinho com seus pensamentos que já não eram mais obscuros, e sim claros como a luz.

O dia seguinte começou da pior forma possível, uma tropa de guerreiros Sith havia invadido o vilarejo de Meccha e assassinado três das sentinelas que estavam de tocaia na noite anterior, por sorte alguns dos moradores acordaram e conseguiram impedir que mais catástrofes acontecessem, cinco dos guerreiros Sith envolvidos foram capturados e o resto retornou de onde vieram, seja lá onde fosse, estavam bem longe de Meccha. Minseok acompanhava Kris, ambos procuravam por hilo afim de conseguir mais notícias, porém não conseguiam sair de casa pois uma multidão revoltada estava bloqueando qualquer passagem, impedindo-os de sair. Eles acreditavam que o acontecimento anterior era culpa de Minseok, desejavam vingança pela morte das sentinelas que eram apenas inocentes fazendo seus trabalhos, a multidão gritava palavras de ódio contra o jovem Sith, que estava trancado em um canto do quarto, sendo abraçado por Kris.

— Estava tudo indo tão bem, porque logo agora? Estávamos quase lá, Kris! – Minseok choramingava assustado e tremulo, não compreendia o ódio das pessoas, pensava que poderia confiar em todas elas após tê-los ajudado tanto, nunca passou pela cabeça do menor que elas se revoltariam do dia para a noite por um fato incomprovado. — Eles não podem me culpar! Eu não fiz nada, estávamos juntos o tempo todo, você sabe disso, diga a eles a verdade!

Kris ficou calado, Minseok encarou-o buscando por algum sinal de resposta, porém não havia nada além de um vazio na face do rapaz mais alto, aqui fez o mais velho se irritar e indignar-se com a falta de interação do outro. — Você vai se calar diante disso? Não confias em mim?

— Confio, mas temos que levar em consideração o fato de que você... – interrompeu a si mesmo, pois lembrou-se que anteriormente o mais velho havia pedido para que o assunto fosse encerrado.

— Eu o que? Eu sou um Sith? É por isso? Você também está do lado deles, não é? – Minseok respirou fundo e afastou-se de Kris, logo se levantou e encarou-o com indignação, estava devastado, desiludido, não acreditava que havia sido abandonado pela pessoa que acreditava ter uma forte relação, sentia-se desacreditado de tudo, os olhos estavam marejados e a face estática, ele apenas encarava Kris aguardando alguma reação, mas o mais alto apenas virou o rosto, ignorando-o por completo, era obvio que ele não fazia isso por querer ou por não gostar verdadeiramente de Minseok, apenas não conseguia deixar de fora os fatos. Kris estava agindo como um idiota, e aquilo magoou o pobre Minseok, que saiu correndo do quarto aos berros, chorando alto como uma criança que havia sido castigada pelos pais pela primeira vez na vida. O jovem achou uma saída que não fora coberta pelos revoltados e saiu correndo pela mesma, e ele correu, correu muito e correu rápido, chegou tão longe que mal sabia onde estava, perdeu-se no meio do deserto de Drall, e não havia ninguém que pudesse ajuda-lo a voltar, pois todos estavam contra si.

Minseok não sabia o que fazer para livrar-se da acusação, já era tarde e ele ainda estava sozinho no deserto, poderia ser ferido por seres desconhecidos ou até mesmo preso por Sith que cercavam o local, afinal se eles tinham conhecimento do esconderijo no vilarejo de Meccha, com certeza estavam por perto, Minseok temeu que fosse levado de volta a Estrela da Morte e ser castigado pelo pai, ele se sentou em meio a alguns montes de areia e passou a chorar em silencio, não sabia o que faria daqui para frente.

— A história se repete, a primeira vez como tragédia e a segunda como farsa... – Engoliu seco e olhou para cima, apreciando as duas luas de Drall e seu brilho incansável. — Quem somos nós em meio a este universo inacabável? Quem são eles para usarem poder para escravizar os pobres inocentes desta galáxia tão imensa? Quem pensão que são para determinar através das condições sociais como educarão seus filhos e os filhos alheios? – Clamou em voz alta, gritando para quem pudesse ouvir as injustiças impostas pelo império injusto que valorizava apenas o poder e o capital acima da sociedade e das pessoas que nela vivem, Minseok já não tinha mais medo de ser preso, castigado ou executado, ele lutaria até o fim para conquistar os direitos tão desejados daquele povo sofrido e oprimido, ele agradeceu por não ter seu sabre de luz em mãos, afinal a revolução deve ser pacifica, e não violenta, ou então seria apenas mais uma guerra.

Ele se levantou, e caminhou cambaleante na direção contraria em busca de Meccha, as pernas já doloridas clamavam por descanso, mas seria perigoso demais dormir a céu aberto em uma situação como aquela, Minseok era procurado, e eles não descansariam até encontra-lo e castiga-lo por ser fraco aos olhos deles e da ideologia maldita que carregavam nas costas durante eras, ele desejava falar ao povo oprimido que estava do lado deles e provar a própria inocência, mas se não encontrasse Meccha, nada daquilo seria possível. Minseok ouviu o som de um sabre de luz se aproximar, viu a cor vermelha perto de si e em seguida tudo escureceu.

Dor, cansaço, dor, sono, dor, fraqueza, dor, duvida. Este era o resumo das sensações que Minseok sentiu ao acordar, a visão estava turva e ele não conseguia se levantar, sentia as costas arderem, estava deitado de bruços, a dor era incomoda, mas era a prova de que ele estava vivo. O jovem não lembrava de nada do que aconteceu após o possível Sith ter se aproximado e atacado, não sabia se estava preso ou se foi encontrado por uma tribo perdida de dralls, o rapaz choramingou e gemeu ao tentar movimentar-se, moveu a mão e tateou o próprio corpo, notando que estava sem roupas, em seguida olhou para os lados e notou que estava em Meccha, não sabia se estava preso ou se a situação havia sido resolvida, não conseguia sentir medo de seu destino, estava calmo, porém com mais dúvidas e dor.

— A-Alguém está aqui? – Chamou com a voz rouca e fraca, sendo imediatamente atendido por uma jovem de cabelos azuis e pele negra, cujo ele nunca havia visto no vilarejo, a moça sorriu e se ajoelhou ao lado da cama na qual Minseok estava deitado.

— Estas bem rapaz? Teus ferimentos estavam feios, mestre Hilo pediu para que eu cuidasse de ti na ausência dele, estou ciente de teus problemas por aqui e tratei de mandar todos os revoltados para casa, tu não serás atormentado por enquanto.

Minseok suspirou aliviado e agradeceu a moça simpática, perguntou sobre Hilo, mas ela apenas respondeu que ele iria retornar em breve pois estava ocupado com a situação da revolução, Minseok sentiu um alivio enorme.

— Você teve bastante sorte em ter um amigo por perto, se não fosse por ele, estarias morto em meio ao deserto, ou até mesmo aconteceria algo pior contigo. – Murmurou a jovem enquanto pousava um lenço úmido nas costas feridas de Minseok, ele não sentiu incomodo. — Aliás, pobre coitado, está em uma situação mais complicada que a tua, quase morreu nas mãos daquele maldito guerreiro Sith, felizmente conseguimos deixa-lo estável, mas talvez ele não consiga fazer muita coisa por um bom tempo.

Minseok sentiu um aperto no peito e desejou que aquilo não fosse real, temeu que o amigo no qual a jovem estivesse falando fosse Kris, poderia parecer egoísta da parte dele desejar que outro alguém estivesse ferido no lugar do rapaz de cabelos prateados, mas quem conseguia pensar de forma justa em uma situação como aquela? Ele perguntou a moça quem era o rapaz e ela pareceu sentir-se desconfortável em dizer e mudou de assunto, dizendo que Minseok precisava descansar, ele acabou tendo um acesso de raiva e expulsou a mulher do quarto, atirando o lenço úmido nela e gritando grosserias das mais terríveis com ela, porém arrependeu-se logo em seguida e passou a refletir sobre aquela situação, ele estava preso na cama, e não sabia se o rapaz por quem tinha fortes sentimentos estava bem, assim como também não sabia se poderia perdoá-lo ou se seria perdoado. Minseok estava atordoado, e permaneceu assim durante três dias, até a chegada de Hilo no vilarejo, e ele trazia boas e más notícias.

— Está tudo pronto para darmos início a revolução da aliança rebelde, o primeiro ato será realizado em uma das sedes do império, em Coruscant, invadiremos o local exigindo o retorno da república, será como um ataque surpresa para finalmente derrubar o império aos poucos. – Disse animado e com um sorriso no rosto. — Bem, Kris está melhorando aos poucos, sinto muito por pedir para que ninguém te contasse sobre ele, era para teu próprio bem, jovem Minseok.

— Entendo, mas, ele já está acordado? Posso vê-lo agora? – Perguntou receoso e temendo não poder mais ouvir a voz do rapaz, ou sentir o toque dele e os beijos do mesmo, foi um alivio quando Klein disse que ele já estava acordado e que Minseok poderia ir vê-lo, mas que não demorasse.

E assim foi, Minseok adentrou o quarto do mais alto e sorriu fraco ao vê-lo deitado na cama olhando pela janela, seria difícil se movimentar com tantos ferimentos, inclusive com aqueles ossos quebrados, Minseok sentiu-se culpado pelo fato do amado estar naquela situação, porém todo e qualquer sentimento negativo se foi quando o maior sorriu ao vê-lo, e sorriu da forma mais alegre possível, claramente era sincero, Minseok imediatamente correu até o mais alto e abraçou-o com cuidado para não feri-lo. — V-Você é louco? Como foi que conseguiu me encontrar lá? – Riu fraco e um tanto choroso, engoliu seco e suspirou.

— Eu não poderia te deixar sozinho em um momento complicado como aquele, fui um idiota ao não o defender, me perdoe por ter agido tão mal... – o mais alto segurou a destra do mais novo com cuidado e beijou-a. — Jamais farei tal absurdo novamente, eu juro.

— Tu me salvaste e mesmo ferido me trouxeste para cá, não há como não te perdoar! – Riu fraco e beijou o rosto do mais alto, aliviado por ele estar vivo e em segurança, mesmo que ele vá obter sequelas futuramente por conta dos ferimentos aquilo não seria nada comparado ao simples fato de estar vivo. — Quem enfrentaste?

— O mesmo guerreiro Sith que assassinou minha mãe, foi isso que Kiara disse ao analisar o corpo que abandonei no deserto para apodrecer, ele era realmente muito forte, mas felizmente já não fará mal algum a mais ninguém. – Kris falava de forma calma, como se estivesse finalmente tranquilo, não por ter matado aquele que transformou sua vida em um inferno, mas sim por ter certeza de que ele não faria mal a mais ninguém na galáxia, a paz para todos era prioridade para si, a vingança havia sido esquecida. — Kiara me contou que você teve um acesso de raiva por minha causa, teremos que controlar tua raiva.

— Eu sei. – Suspirou envergonhando por ter agido tão mal com aquela moça. — Eu estive me esforçando esses dias, com copos com agua e tudo mais, estou me acalmando aos poucos, talvez seja aquele pequeno gene de Sith que ainda tenta me arrastar para o mal, mas já não me irrito com tanta facilidade, prometo. – Minseok olhou para a porta ao ouvir um barulho, era Klein que estava encostado na mesma e sorrindo, dando aquela leve impressão de que já sabia de tudo, ele era um cara bem esperto, e quando eu digo esperto, é muito esperto, Minseok deu um último selar em Kris e se despediu, indo até Klein que o guiou até a varanda onde dava para ter uma ampla visão de todos os povos que estavam reunidos ali, e eram mais pessoas do que os revoltados no dia anterior.

Klein deu tapinhas no ombro de Minseok e o mais jovem engoliu seco, sentindo uma pontada de nervosismo, ele fechou os olhos e respirou fundo até finalmente adquirir a coragem que tanto precisava naquele momento.

— Finalmente, estamos no período em que a luta de classes se aproxima da hora decisiva, o processo de dissolução da classe dominante e, de fato, de toda a velha sociedade, adquire um caráter tão violento que uma certa parte dessa classe se desliga, juntando-se à classe revolucionária, aquela que tem o futuro em suas mãos. Portanto, assim como outrora uma parte da nobreza juntou-se à imperialista, hoje uma parte desta passa-se para os rebeldes, principalmente o setor dos ideólogos imperialistas que chegaram a compreender teoricamente o movimento histórico em geral. De todas as classes que hoje se defrontam com a imperialista, apenas os rebeldes são uma classe realmente revolucionária. As outras classes decaem e por fim desaparecem com o desenvolvimento da indústria moderna, mas os rebeldes são seu produto mais autêntico. Os rebeldes não se rebaixam em dissimular suas ideias e seus objetivos. Declaram abertamente que seus fins só poderão ser alcançados pela derrubada violenta das condições sociais existentes. Que as classes dominantes tremam diante da aliança rebelde! Temos uma galáxia a ganhar! Proletários de todos os planetas, uni-vos!


Notas Finais


BIRRRLLLL EU TERMINEI ELA HOJE E MARINA ~NÃO SILVA~ BETOU RAPIDEX
Aqui é eficiência -qq
Enfim, obrigadx aos que leram, espero que realmente tenham apreciado a historia, independente de sua opinião politica vale a pena curtir uma boa história não é mesmo? <3
Obrigadx mais uma vez!


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