1. Spirit Fanfics >
  2. Game Over >
  3. Um dia normal

História Game Over - Um dia normal


Escrita por: Pesadelo_Proxy

Notas do Autor


Opa! Voltamos com a história, dessa vez estou sendo cuidadoso na hora de escrever, tomarei a liberdade de até mudar a forma como os personagens vêem tais ocasiões e como lidam com elas.
Espero agradar vocês meus amados leitores e... me desculpem pela longa pausa que ela estava ;-;

Capítulo 1 - Um dia normal


Kessy Povs:

Tem uma semana que me mudei para cá, não fiz questão, na verdade não fiz nada contra a decisão dos meus pais. Abandonando minha antiga vida, os meus colegas e amigos da outra cidade sem nem saber qual era o meu destino. E por ser novata na área ainda não fiz amigos, quero dizer, somente uma outra criança chamada Ben.

Sinceramente, quando vim parar aqui, imaginei que seria um lugar chato por ser uma cidadezinha pequena e quase isolada, porém vem se mostrando ser bem interessante, apesar da pouca população. Meu tio me alertou que não haviam coisas surpreendentes por aqui, mas descobri através dele mesmo que sempre há desaparecimentos desde que as férias tiveram início, diminuindo ainda mais a população. Ele não é muito bom em guardar coisas para si, isso já percebi de cara.

Não há muitas crianças, por isso no máximo só devem haver umas duas escolas que só funcionam no horário da manhã para evitar que os estudante voltem tarde para casa. A população sem sombra de dúvidas é composta em sua maioria por adultos.

A família do Ben veio me recepcionar também, creio que por sermos vizinhos, eles moram na casa da frente e são bem legais pelo que pude perceber, trouxeram comida para me ver, se isso não é ser legal... então não sei o que seria. Mesmo que não precisassem. Os adultos disseram que estavam felizes em ver um novo rosto jovem por aqui enquanto eu tentava interagir mais com o loiro, eu passei os dias fazendo isso mesmo que ele parecesse meio distante e preso no mundinho virtual em suas mãos. No entanto, em determinado momento que não sei qual foi, consegui finalmente fazê-lo me dar a devida atenção! Foi difícil, mas me orgulho desse feito.

Quanto ao restante da vizinhança, eles não me parecem intrometidos ou ruins, são bem simpáticos mesmo que não muito comunicativos.

E falando sobre escolas... minhas aulas irão começar amanhã, não posso dizer que estou tão animada assim para conhecer meus novos colegas de classe, mas sim, quero ir logo.

Estive por um bom tempo observando as nuvens passarem pelo céu, sentada na calçada, talvez tentando contar quantas pessoas veria na rua durante a manhã de domingo. A luz do sol até mesmo chegava a ofuscar mina visão as vezes, mas também né... que espécie de idiota olharia diretamente para ele? Bem... esta lerda, aparentemente. Isso só enfatiza ainda mais o quanto estou desocupada até o presente momento.

Será que não há nada melhor para fazer? Que tal se... não, minha tia não iria gostar. E se eu... não, não tenho com quem fazer is... Já sei! Visitarei meu não tão sociável amigo Ben! Tenho certeza que ele não saiu de casa ainda, está perdendo um sol desses... quem sabe eu não o faça sair um pouco da toca para respirar ar puro?

Com isso em mente me levantei do meio fio limpando o short e arrumando os fios embaraçados do meu cabelo. Não faço isso porque me importo ou quero impressionar alguém, isso é coisa de adolescente! Eu só tenho dez anos, qual é... acontece que o Ben me passa a imagem de ser bem limpinho, então se eu aparecer toda suja e com o cabelo pra cima, é capaz de sua mãe nem querer me deixar vê-lo.

Chegando ao portão, olhei um pouco para as janelas, eles devem estar acordados, eu acho.

- Ben... - chamei alto encarando a janela do seu quarto. - Ben aparece aí!

Não demorou muito para ver um rosto branco espiar pelas cortinas da janela. É ele! Acenei indicando para onde deve olhar, e deu certo. Ele abriu a janela, em seguida se apoiou inclinando-se para frente ainda tendo cuidado com os óculos que me pareceram prestes a cair, ele deve estar meio grogue por causa de toda essa luz.

- O que é? - me encara. - Não seria melhor entrar logo?

- Não vou invadir a propriedade dos outros! -digo fazendo bico.- Vim te chamar, vamos brincar um pouco.

- Deixa de timidez, pode vir. - ele limpou seja lá o que pensasse estar na sua bochecha. - Mamãe não se importa!

O que eu tinha em mente era brincar como qualquer outra criança normal brincaria, porém ele tinha outros planos, Ben quer jogar... bom... fazer o qué né? Se não pode com eles, junte-se a eles! É realmente difícil fazer ele se divertir de outras formas, ele nem é bom com esportes.

Abri o ferrolho do portão entrando no quintal, depois bati na porta a abrindo.

- Tia Janete, vou jogar um pouco com Ben, espero que não se importe. - passei quase correndo pela sala.

-Tudo bem, se comportem. - ela fala sem tirar o olhar da tv.

Ela é uma mulher bem organizada, todas as vezes que venho aqui a casa está um brinco de limpa. Tudo no seu devido lugar.

Rapidamente subi ao quarto dele, Ben é um viciado em jogos mesmo... olha como se concentra nessa fase, parece que está tentando há duas horas passar dela, puxei um banquinho que tinha do lado da cama até a mesa do computador, e sentando do lado de Ben.

- Tem quanto tempo que está tentando?

- Muito tempo, mas parece que falta eu fazer algo... mas eu não sei o que é! - quase gritou a ultima parte.

- Posso jogar depois? - prevejo um "não" como resposta.

- Sim.

Ele estreitou os olhos cerrando os dentes. Fico encarando a expressão engraçada dele enquanto se concentra. Será mesmo que prestou atenção nas nossas palavras? Geralmente ele entra no modo automático enquanto joga, o que torna nossa conversa algo bem mecânico. É bem interessante se não fosse pelo fato de parecer que estou conversando com um robô com poucas opções de fala. Mas no geral funciona, o Ben sempre me responde, mesmo que com uma certa previsibilidade.

- Tem aquele da bolinha rosa? - Ben bate na mesa em alegria e alivio assim que vence.- Aquela que come os bichinhos e fica com os poderes.

- Kirby. - me corrige enquanto sobe os óculos.- Escolhe qual deles.- abre uma pasta. - Já sabe quais teclas, né?

Assenti, se eu não aprendesse, o Ben me faria ficar somente o assistindo jogar sozinho por horas e horas, mas agora é o momento de eu me divertir!

Depois de um longo tempo jogando no computador, fomos jogar UNO.

Ele estava quase com uma carta na mão, tenho que resolver isso ou ele certamente vai me vencer.

- Desculpe, Ben... - estreito os olhos.

Pus a mão na minha carta salvadora, com isso ele deve ficar tão descontente que vai estilar! Hahaha.

Dou um leve sorriso confiante a separando das demais que estão organizadas na mão mão direita.

- Kessy... - o olhar desesperado do meu amiguinho é tão divertido que mal consigo conter a risada que teimava em querer sair. - não me diga que...

Ben pousou as mãos sobre os joelhos quase mostrando as cartas que tinha, ri de empolgação segurando a carta que me garantia a vitória.

Quase consegui ver lágrimas nesses olhos azuis. Vamos lá, não seja um mal perdedor.

- Ah sim, Ben... - jogo a carta.- acho que já sabe o que tem que fazer.

- Não é justo!

Esqueci de mencionar que ele é muito competitivo? Assim que começa algum jogo, principalmente de tabuleiro, este entra de cabeça.

- Não quero mais jogar isso. - pegando as cartas.

- Não haja como uma criancinha, qual é?! - não consigo aguentar minhas risadas.

Ele me olhou com uma cara de poucos amigos.

-Ben, Kessy! - escuto a mãe dele nos chamar.

Ben correu até a porta, olhando para o lado direito do corredor.

- Sim, mamãe?

- Ben vá ao mercado, preciso que compre carne, seu pai esqueceu de fazer isso ontem de noite.

Ele me olhou como se pedisse para que eu fosse com ele. De qualquer forma, assim que ele fosse embora, eu teria que ir para casa. Apenas assenti dizendo que iria, afinal... não tenho o que fazer na minha casa também. Minha tia deve estar tirando o pó do sótão.

- Estou indo.

Descemos, antes de sair, Janete nos disse para ter cuidado, aquela coisa de olhar para os dois lados antes de atravessar a rua e não falar nem aceitar coisas de estranhos. Ela parecia muito preocupada conosco.

- Então... - comecei puxando assunto. - as aulas começam amanhã... como são as pessoas de lá?

- Hum... - sem me olhar.- os meninos são legais, mas as meninas são bem frescas e mandonas. - sorriu.

- Até imagino. - também sorrio.

- Kessy, posso saber por que veio para esta cidade? Tipo... eu sei que aqui é o fim do mundo.

- Nossa fico aliviada que pensa o mesmo! Mas até que acho aqui legalzinho. - pus a mãos na cintura. - Meus pais deram minha guarda para a família do meu tio. - mantive um sorriso.

- O que? - exclama, o encarei.- Por quê?

- Minha tia não pode ter filhos, como sou "mais fácil de educar"... acharam que seria melhor me darem pra eles. Mas não tenho do que reclamar, minha tia me trata muito bem e meu tio é bem brincalhão.

Minha mãe teve um menino a dois anos atrás, como meu irmão mais velho tem notas boas e está para entrar no ginásio, eu fui descartada. Não que também não tenha notas boas mas... realmente acho que é por ser menina que não me quiseram.

O caminho continuou calmo, então compramos a carne sem problemas. No caminho da volta tivemos a brilhante ideia de apostar uma corrida, posso dizer que é uma disputa acirrada mesmo que ele esteja a uns três passos atrás de mim. "Não vou dar meu braço a torcer!" é o que eu gostaria de dizer, contudo, vejo Ben parar aos poucos olhando para uma parte com densa vegetação.

- O que foi? - também parei.

- Pensei ter visto uma pessoa... - ainda encarava os matos quando se voltou para mim. - deve ter sido minha imaginação.

-Você precisa é jogar menos! - brinquei. - Vamos continuar ou vou te deixar para trás!

Ele sorriu voltando a correr, pois saí em disparada, corremos até chegar na casa, estávamos exaustos, arfando em cansaço, mal conseguimos respirar direito, mas acho que foi bom. Ficamos um tempo na rua para recuperar o fôlego e apreciar um pouco o vento fresco.

Vamos para a sala assim que entregamos a carne e o troco depois de beber muita água.

- Cara, isso foi bem cansativo! - disse ao se jogar no sofá.

- Você disse ter visto uma menina, não é? Mas eu não vi ninguém.

- Ah, isso não importa. Sabe de uma coisa mais assustadora? - me olha. - Dizem que nessa cidade tem muitos lugares onde as pessoas veem espíritos... só espero que ali não seja um deles.

Dessa vez ele parecia mesmo preocupado, até foi impressionante como seu rosto mudou agora.

- Haha que bobo, fantasmas não existem! - tento distrair seu pensamento do assunto.

Ele me parece preocupado, isso até que faz algum sentido... eu acho. Talvez a cidade seja amaldiçoada? Essa coisa de desaparecimentos, assassinatos e "fantasmas" é bem coisa de filme de terror. Ainda mais com todo esse cuidado que meus tios têm comigo. Devo perguntar ao tio?

Ontem foi um dia como qualquer outro domingo seria se estivesse com meus pais, mas graças a Deus que estou vivendo com pessoas melhores.

Acordei meio sonolenta sem ninguém para gritar comigo ou me puxar da cama a força. Tomei um banho cujo a água estava simplesmente congelante! Me arrumei e penteando meu cabelo loiro, ele te uma tonalidade meio de caramelo, eu gosto disso nele.

Peguei minha mochila, partindo rumo a cozinha onde tinha um delicioso café da manhã me esperando. Saí quase estufada, posso me acostumar com esse estilo de vida. Se abusos, sem gritos e sem tristeza.

Quando vi, Ben estava bem longe, bem que poderia ter me esperado para irmos juntos! Tive que correr gritando seu nome, somente assim consegui fazer com que parasse e voltasse o corpo em minha direção.

- Bom dia, Ben!

- Bom dia! - me olhando. - Vai ir comigo?

- E quem mais seria? Não vejo por aqui mais ninguém para isso. - impus um olhar intimidador.

Este desvia o olhar, acho que funcionou.

Fomos o caminho todo falando de coisas aleatórias até ele começar a contar sobre as novidades do mundo dos jogos.


Notas Finais


Estou me sentindo um pouco doente esses dias. Mas não há nada com que se preocupar.
Espero que estejam bem e... boa sorte com a estadia prolongada com suas famílias kkkkk eu não aguento mais as minhas irmãs.
Refazer a fic está sendo um processo lento.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...