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História Game Over - Sufoco


Escrita por: Pesadelo_Proxy

Notas do Autor


A raiva que senti quando meu celular desligou na parte que a Sally aparecia foi fenomenal. Tive que reescrever de novo essa cena
(ノ`Д´)ノ彡┻━┻

Capítulo 3 - Sufoco


Ben Povs:

- Quer mesmo que eu acredite nisso? Não seja idiota! Pare de mentir para mim e saia daqui!

Ela recuou um pouco com a mão no peito, sem entender. Pude sentir que seus olhos me vasculharam por dentro... acho que ela esperava outro tipo de reação.

Ela está brincando comigo, só pode ser isso!

Logo em seguida isso a menina deu um largo sorriso, e se esticou um pouco mais pela cerca, permaneci imóvel no mesmo lugar.

- Por que duvida tanto? - ela abaixou as sobrancelhas. - Estou aqui para te ajudar, sei que devido sua atual condição não leva jeito para tomar as atitudes corretas.

Não sei o que quer dizer com "atitudes corretas", o que mais poderia ser feito? A minha atitude foi a certa devido as circunstâncias.

- Desejo que tenha uma ótima semana. - ela sorriu.- Olha só, sua mãe está vindo!

A menina apontou para a direção do portão, por instinto olhei, mamãe vinha com o rosto sério, preocupado. Porém quando voltei o rosto para a menina com quem discutia...

- Ué...?

É estranho... para onde ela foi? Deve ter aproveitado a escuridão para se esconder. Bom... isso não importa agora, eu preciso ir falar com a mamãe!

Kessy Povs:

Assim que a van parou olhamos um para o outro, será que chegamos no local da nossa morte? Não quero ser pessimista mas... não quero morrer, ainda sou muito jovem, nem estou no ensino médio ainda! Isso é injusto, muito injusto!

O menino do meu lado tremia, seu medo é desesperador, me dá a impressão que realmente não sairemos vivos daqui, logo o homem nos puxa para fora. Ele nos empurrou até entrarmos na casa, não sei onde estamos e o tempo parece ter avançado bastante.

- Entrem logo! - nos joga para dentro de um quarto frio.

Fedido e escuro, parece algo podre que esqueceram dentro da geladeira. Faz minha cabeça doer e a comida revirar na minha barriga, só espero que Ben tenha contado para a polícia, não quero ficar aqui.

- Nós vamos morrer. - escutei a voz do menino.

Me aproximei seguindo os soluços, provavelmente voltou a se encolher no desespero de antes. Até que consigo tocar alguma parte dele, acho que é o rosto, está molhado.

- Alguém virá, não se preocupe. - só falo isso para tentar acalmar ele e me dar alguma esperança.- Meu amigo deve ter avisado alguém.

O que vai acontecer conosco? Essa não, o medo desse covarde está me afetando! Xô, sai medo!

Bato com as mãos nas bochechas duas vezes na tentativa de voltar a calma anterior.

Durante todo o tempo ele dizia coisas que o estranho poderia fazer com a gente. Para piorar, meu corpo está começando a ser afetado pelo frio.

Olhei para os lados procurando o mínimo feiche de luz que pudesse aparecer, mas não tinha nada além da escuridão, uma sala fechada por completo. Provavelmente ninguém nos ouviria gritar também.

- Tem que ter um interruptor por aqui. - levantei decidida.

Fui tateando a parede, está um breu, sequer minhas mãos posso ver.

Minha respiração está pesada e o ar frio faz meu nariz ficar seco. O fedor está me deixando desorientada e me sinto tonta. Sério, o que diabos tem nessa sala?

Aos poucos fui notando que as pausas entre os soluços do meu companheiro de cela foram aumentando até pararem.

- Oi? - perguntei confusa.

Finalmente alcancei algo com o dedo, provavelmente posso apertar, assim o fiz e um estalo preenche onde antes só minha respiração e passos eram predominantes. Instantaneamente fechei os olhos por causa da claridade que tomou conta do lugar, eles doíam e conforme tentava abrí-los, uma incomoda sensação de queimação tomava conta.

- Que desnecessário. - deixei escapar.

Repetidas vezes fiz o movimento de abrir os olhos e falhei até me acostumar com a claridade. Contudo, isso tudo serviu apenas para ter a pior visão da minha vida até o momento.

Um grito de pavor escapou por instinto como um apelo para que alguém viesse.

Corpos estavam empilhados um sobre o outro no chão sujo e escurecido, havia um líquido que pareceria viscoso se não estivesse congelado. Provavelmente se acumulou ali sob os corpos. Aposto que é sangue podre.

Alguns daqueles corpos estavam em estado de decomposição, daí vinha o fedor que há tanto tempo se impregnou no meu nariz. Muitos desses corpos faltavam membros e estavam abertos.

- Alguém... - encostei-me de costas para a porta.- Socorro!

Desesperada comecei a bater na porta.

Esse pavor é algo que não consigo controlar, mas meu corpo felizmente se aqueceu pelos movimentos bruscos e repetidos.

Eu não quero acabar desse jeito! Ficar esquecida dentro de um freezer sem sequer receber um sepultamento. Isso é cruel.

Me virei para o menino desacordado.

- Acorda, pelo amor de Deus! - corri para ele.

O sacudi na esperança de que fosse acordar, mas nada aconteceu, para meu maior desespero.

Como se finalmente tivesse entendido no problema que me meti, um nó começava a se formar na minha garganta enquanto pensamentos sombrios tomavam conta da minha mente.

Ele vai nos matar, abrir nossos corpos e arrancar o que precisar, depois vai nos jogar aqui para apodrecermos junto com aqueles.

Olhei de novo para os cadáveres.

- Isso é tão... - sentei do lado do menino, abraçando meus joelhos. - não quero morrer.

Repentinamente o som da tranca soa.

Meu coração não vai aguentar mais do que isso, se ele se apertar um pouco mais, sinto que poderia sair pela minha boca. Meus próprios batimentos estão dificultando a minha respiração.

E lá estava a imagem do homem alto de semblante sério vindo na nossa direção com passos pesados, arrastados de quem está enfadado do trabalho de sempre, pelo seu olhar não seria difícil dizer que esse cara tem algum problema muito sério.

- O que aconteceu? - parou diante de mim.- Hum? - estes mesmos olhos se voltam para o menino.- Então é isso... melhor adiantar meu trabalho com esse daí.

Acompanhei seus movimentos com os olhos até que ele pegou a outra criança como um saco de cimento, o pondo sobre um dos ombros.

- Na-não. - idiota.

Deixei sair por mais baixo que fosse. Mantive as mãos encolhidas sobre o peito, apostaria qualquer coisa que estou com expressão ridícula de medo.

Ele me encarou alto, incrédulo pela minha suposta oposição.

- Não o que?

Me desafiava pelo olhar a dizer uma só palavra, ao mesmo tempo que um pequeno sorriso se formou.

- O que uma menininha fraquinha como você pode fazer? - sua sobrancelha é erguida como um sinal de deboche. - Quer salvar o amiguinho, que bonitinha!

A assustadora risada dele me faz encolher encostada na parede.

Olhei disfarçada por minha franja para a porta aberta, no entanto, meu corpo não se mexia.

Maldito medo que me faz estar aqui acuada! Que não deixa meu corpo reagir aos comandos de correr. Minhas pernas parecem presas no chão, e nos meus ouvidos a risada dele estavam sendo ultrapassadas por meus batimentos cardíacos.

Enquanto o homem me falava coisas em vão, a figura suja de uma menina surgiu do outro lado da entrada. Me fazendo crer que aquela não passava de uma alucinação causada pela minha mente. Uma mera telespectadora criada pelo meu medo somente para me dar mais arrependimentos, como um tipo de fantasma.

E mesmo que não fizesse sentido, ela manteve o olhar fixo em mim por alguns instantes, até que um sorriso manchado iluminou a feição sombria desta com sangue. Então a vi puxar uma faca grande de algum lugar, vindo na nossa direção.

Meus olhos poderiam saltar das órbitas de tanto que os abri, mas o homem pareceu não perceber até receber um chute por trás do joelho que o fez cair com o menino quase por cima de mim.

Ela não é uma alucinação, ela é real.

O raptor tentou contraatacar e se defender, mas já era tarde demais. Uma sequência de facadas foi feita, ele sequer conseguia se mover depois de ser pego.

A menina segurava firme o objeto enquanto a lâmina perfura e rasga tanto o tecido quanto a carne do homem.

Tanto as imagens quanto o som produzido por eles me fizeram petrificar horrorizada.

- Então você gosta de se aproveitar da nossa fragilidade? - disse com desgosto. - Com quantos de nós já não se satisfez nesse seu "trabalho ingrato"?

Sinto meus sentidos começarem a falhar. Mas não me entreguei até o ouvir implorar se engasgando.

Lentamente abri meus olhos quando escutei alguém me chamar, uma voz preocupada e desconhecida.

- Graças a Deus você acordou! - um homem me pergunta.

Depois de me concentrar pude ver que se tratava de um jovem policial. Eu já não estava dentro daquela sala fedida.


Notas Finais


Capítulo bonito, capítulo formoso, capítulo bem feito.

Tomei a liberdade de corrigir alguns comportamentos, mudanças e mais mudanças quero fazer essa fic entendível! Essa palavra sequer existe? [insira aqui emoji pensante]

Heya! Vocês viram que FNAF 9 tá parecido com a Fundação SCP em alguns quesitos? Show kkkkkkk estou empolgado mesmo que não vá jogar... Soy pobre

Dêem sua opinião sobre como a fic tá ficando ou só comentem para deixar um autor feliz :3


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