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História O Manto Escarlate - Companheiro de quarto


Escrita por: Yukirinn

Notas do Autor


Olá novamente!!
Primeiramente Feliz dia das Crianças, não sei se tem alguém lendo essa história, mas vou continuar a postá - la!!
Estou começando a me apegar a ela :)

Bom, fiquem com o capitulo!!

Bjs :)

Capítulo 7 - Companheiro de quarto


Estava feliz, realmente feliz, o meu humano me defendia de forma tão feroz, sim, MEU HUMANO...passei a gostar dele, pois além de cuidar de minha ferida, me deu comida e agora parecia até que iria atacar o outro humano, estava extremamente orgulhoso dele, mas sério...não entendo a atitude do outro humano, até tomei uma nova forma para enganar sua visão e parecer uma criatura mais dócil, que poderia facilmente se misturar com humanos, mas ele me olhava de uma forma extremamente irritada, como se minha magnifica presença o irritasse. Este humano, que parecia ser o chefe, me desagradou profundamente, vou arrancar sua mão para ver se ele para de ser tão insolente, arreganhei os dentes, estava pronto para fazer isso, quando meu humano gritou desesperado.

- NÃO FAZ ISSO! VOCÊ VAI MACHUCA – LO!

Olhei pra ele confuso, o humano chefe estava claramente irritado com minha bela presença, e parecia querer ferir meu humano, que descobri  se chamar Thomas, era óbvio que precisava de uma lição, nada que uma mão a menos o fizesse entender que estava sendo desagradável, encarei o novamente, me preparando para rosnar em forma de aviso, quando fui bruscamente empurrado para fora do lugar, por causa da minha pata machucada cai de forma desengonçada na terra, grunhi de dor, pois caí justamente em cima daquela pata. Fiquei mais irritado ainda com o humano chefe, me levantei com dificuldade e o olhei com raiva, rosnando de forma feroz novamente.

- VIU ESTE ANIMAL É PERIGOSO! ELE PODE TE MACHUCAR SE QUISER!

- Ele não vai fazer isso, ele só agiu daquela forma por que você foi agressivo com ele! Se era pra ele me machucar ele já teria me mordido antes!

Olhei indignado para o humano, era óbvio que eu NUNCA iria machucar Thomas, ele é meu humano, meu salvador, tenho uma enorme dívida com ele, jamais irei feri – lo. Me atentei as suas palavras novamente.

- Por acaso você está pensando em ficar com ele?

Era mais que óbvio que irei ficar com Thomas, pelo menos é minha intenção, mas fiquei em dúvida se Thomas vai querer o mesmo, olhei para ele esperançoso.

- E se eu estiver?

Arregalei os olhos com esta declaração do Thomas, olhei pra ele com os olhos brilhando da mais pura felicidade, estava quase pulando de alegria quando senti ele por a mão em minha cabeça e começar a acaricia – la, fechei meus olhos e aproveitei o carinho, eu nunca mais irei sair de perto deste humano, de nome Thomas, que conseguiu capturar minha afeição.

 

                                                                                                                                                                                                  *

 

Estava extremamente furioso com meu pai, como ele pode fazer isso com um animal ferido? O dragão estava calmamente sentado ao meu lado aproveitando o carinho que eu estava fazendo em sua cabeça, percebi que assim que desafiei meu pai, o animal me olhou de um jeito que deu a entender, que ele estava extremamente feliz de eu o estar defendendo, sorri pra ele tentando tranquiliza –lo , tentando lhe transmitir que eu iria defende –lo do meu pai e de qualquer outro que ousasse lhe fazer mal. Tentei perguntar novamente o porquê do meu pai não querer ficar com um “cão”.

- Qual o problema de eu querer ficar com um “cachorro”? Ele não vai te trazer problemas pai, prometo que vou cuidar dele!  - Falei de forma decidida.

- Eu não gosto cães, e você sabe disso! Onde vamos meter um animal deste tamanho? Aqui no meu celeiro ele não fica!  - Disse meu pai extremamente raivoso.

- Mas pai, ele pode ficar aqui dentro, ficou a noite toda e não fez mal aos cavalos... - Comecei a justificar que o dragão poderia sim, ficar no celeiro, mesmo ferido, ontem a noite ele teve energia o suficiente para me machucar se tivesse vontade, mas não o fez, por que o acalmei lhe dando um pouco de carne para enfim poder tratar de seus ferimentos, e se ele quisesse realmente ferir os animais já o teria feito.

- Como você sabe que ele não vai ferir os cavalos? Ele pode ser um animal agressivo, por que outro motivo ele estaria tão machucado? Provavelmente se envolveu em alguma briga com outro cão, ou tentou machucar alguém e por isso se feriu! – Disse ele desconfiado, e ainda irritado.

Bom, realmente não tinha como eu retrucar essa afirmação. Com certeza ele pode ter lutado com algum outro animal, ou até mesmo com outro dragão, pois não duvido nada que não existam outros por ai... ou ele pode ter sido caçado por alguém... mas eu nunca vou saber realmente o que aconteceu. Suspirei cansado e olhei para o dragão, ele me olhava de forma curiosa, concluí que ele realmente é extremamente inteligente, pois ele não rosnava mais para meu pai, e se aconchegou ainda mais ao meu lado e deitou no chão, olhou para meu pai de forma calma e tranquila, como se dissesse que realmente não faria mal nenhum aos cavalos ou qualquer outra pessoa, sorri para o dragão e me abaixei para acaricia –lo, ele suspirou e começou a ronronar satisfeito, meu sorriso ficou ainda maior e encarei meu pai, e o questionei novamente.

- Olhe bem para ele pai... parece que vai realmente fazer mal a alguém? Ele está mais calmo, agora que o senhor não está gritando mais aos quatro ventos! E realmente parece que está coisa fofa deitada aqui no chão vai machuca –lo, ou aos cavalos? Ele só estava agressivo antes por que você gritava feito um maluco... – Continuei dizendo isso para ver se meu pai se convencia a ficar com o dragão, ele olhou pra ele, e olhou pra mim novamente, e deu um suspiro longo e irritado.

- Você me respeita garoto que eu sou seu pai! Quem você pensa que é pra me chamar de maluco? E eu grito sim, pois essa casa é minha e eu grito se quiser e quando me der vontade! E volto a repetir, ESSE BICHO NÃO VAI FICAR AQUI! ELE TA SE FAZENDO DE VÍTIMA AGORA, MAS ANTES ELE IA ARRANCAR MINHA, OU ACHA QUE NÃO PERCEBI? – Gritou raivoso.

- MAS PAI... POR FAVOR...DEIXA ELE FICAR... EU PROMETO QUE ELE NÃO VAI MAIS FAZER ISSO... – Gritei desesperado. O dragão não ia fazer mal, eu podia ver isso em seus olhos, mas meu pai é muito cabeça dura quando quer, e parece que nada que eu possa sequer pensar em dizer, vai fazer alguma mudança naquele cérebro fechado.

- NÃO É NÃO! E VOU LEVAR ESSE BICHO EMBORA AGORA!

- PAI, NÃO FAZ ISSO, POR FAVOR, ELE ESTA FERIDO...PENSA DIREITO... – Nem percebi que tinha começado a chorar, mas já podia sentir o rastro quente e molhado das lagrimas que escorriam fartas pelo meu rosto, estava irritado, frustrado e desesperado, por que meu pai não podia aceitar que o dragão ficasse ali?

Eu garanti a ele que o animal não faria mal algum, mas nada do que eu dizia fazia efeito no meu pai, ele sempre me ignora em casa, fala comigo só quando precisa da minha ajuda com algum serviço, ou pra me questionar das minhas notas, foram raras as vezes que ele falou de forma amigável comigo, sempre me xinga que passo mais tempo no meu quarto, do que fazendo alguma coisa ao ar livre com meus “amigos”, se ele falasse mais comigo iria saber que tenho apenas um amigo, mas este mora na cidade, longe demais de onde moramos. Funguei, e olhei pra ele, implorando com o olhar, mas ele se mostrava irredutível quanto a esta situação, desviei meu olhar para o dragão, ele olhou pra mim e arregalou os olhos, parecia estar triste enquanto me observava, aproximou seu rosto do meu e lambeu algumas lágrimas que escorriam livremente pela minha face, sua língua era áspera, como a de um gato, fiquei feliz com seu gesto e afaguei seu pescoço, ele pareceu satisfeito com o carinho, mas logo  abaixou a cabeça e virou- se para meu pai, com os olhos semicerrados, olhava para meu pai com raiva e rosnava baixo.

- Não se atreva a rosnar pra mim, bicho estúpido... Vamos Thomas se afaste logo dele... – Disse meu pai em voz baixa.

- NÃO. – Gritei em retorno e desafio.

- MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – Minha mãe gritou. Dei um pulo quando ouvi sua voz, olhei para ela assustado, ela apareceu do nada do meu lado, o dragão parou de rosnar e olhava para ela  surpreso, ela olhou pra mim, para o dragão e depois para meu pai, e balançando a cabeça de um lado para o outro em negação, pareceu entender a situação.

- Primeiro, alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? – Disse ela em tom ameaçador.

- O Thomas pegou esse cachorro gigante pra cuidar, mas eu não quero ele aqui em casa, esse bicho é extremamente agressivo... – Começou ele, falando manso, quando minha mãe falava em tom baixo, ele ficava pianinho do lado dela, mas minha mãe o cortou.

- Ok, já expressou sua indignação, ouvi o quanto você é contra la de dentro da casa, deixe eu escutar o lado do Thomas agora... – Disse ela naquele mesmo tom.

Fiquei aliviado, como minha mãe por perto, as chances de convencer meu pai sobem muito, mas muito mesmo, se antes as chances eram de 1%, agora elas são de 80%, mamãe sabia ser muito persuasiva quando queria.

- Lembra que ontem à noite comentei de um animal ferido, pois então é este cachorro aqui! Eu cuidei de seu ferimento, e o alimentei, ele tentou me machucar, mas era por que estava com dor, pode ver que agora ele está bem calmo ao meu lado, ele até lambeu minha mão e me deixou acaricia –lo, se ele fosse agressivo ele jamais deixaria eu sequer tocar nele... – Despejei pra fora todas as palavras que giravam pela minha mente. Mas fui interrompido por meu pai novamente.

- Ele tentou me atacar, ele é perigoso, e Ellena, você sabe que não gosto de cães e... – Disse meu pai apressado, tentando convencer minha mãe.

- Ele só fez isso por que o senhor o jogou pra fora do celeiro e começou a gritar comigo, ele só estava me defendendo... – Cortei meu pai, ele estava sendo injusto com o dragão.

- Os dois quietos, me deixem pensar, vou decidir o que fazer e não quero ninguém contestando minha decisão! – Disse ela irritada.

Paramos de discutir neste exato momento e a olhamos atentos e receosos de que ela fosse nos dar um soco, de tão nervosa que estava, minha mãe é uma pessoa extremamente gentil e delicada, mas quando se enfurecia, colocava medo até no capeta, parecia até outra pessoa. Ela se aproximou lentamente do dragão, e estendeu sua mão, o dragão olhou para ela com curiosidade, e por incrível que pareça ele demonstrava respeito em seu olhar, olhei para o dragão e fiquei de boca aberta, sério, este animal não parava de me surpreender com sua inteligência. Ele deixou que minha mãe o acariciasse, ela passou a mão por sua cabeça e um olhar de compreensão se espalhou por seu rosto, e ela sorriu abertamente para o dragão, o dragão por sua vez fechou os olhos e ronronou satisfeito. Olhei para a cena, fiquei surpreso com a reação do animal, até agora a pouco ele só se aproximava de mim, mas agora estava sendo amigável com minha mãe. Resolvi perguntar como ela conseguiu isso.

- Como fez isso... esse bicho se aproximar de você tão calmamente...agora a pouco ele queria arrancar minha mão... – Meu pai tirou as palavras da minha boca, claro que disse isso de forma bem mais rude, mas ele estava tão surpreso quanto eu.

- Apenas mostrei que ele pode confiar em mim... E Thomas ele é muito fofo! – Disse minha mãe, agora mais calma e extremamente animada.

- Então mãe.... Já se decidiu? – Perguntei receoso, ela estava mais calma, e chamou o dragão de fofo, talvez ela...

- Claro que ele fica! E não aceito objeções! Certo Jhon? – Declarou ela.

Meu pai ficou de boca aberta, qualquer argumento que ele tivesse para mostrar sua indignação caiu por terra quando ela o olhou com os olhos semicerrados, e perguntou mais uma vez.

- Certo Jhon?

- Claro querida, sem problemas! – Disse ele nervoso.

- Enquanto ele está ferido, você pode leva-lo para o seu quarto Thomas, assim você pode cuidar melhor dele lá! – Decidiu ela.

-Ok...

Eu fiquei tão surpreso com a reviravolta dos fatos, que apenas resmunguei a primeira coisa que me passou pela cabeça, comecei a me afastar dali, ainda desorientado por tudo que acabou de acontecer, logo o dragão começou a me seguir, quando ele chegou ao meu lado acariciei sua cabeça, é...certamente eu não iria mais fazer nenhum serviço hoje, suspirei e dei um leve sorriso, pelo visto acabei de ganhar um companheiro de quarto.


Notas Finais


Bom... espero que tenham gostado!!
Acho que comecei a pegar o jeito para escrever :D

Até a próxima!!
Bjs:)


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