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História O Médico Louco - Um nome


Escrita por: Almafrenz

Notas do Autor


Capítulo novo, agora vamos descobrir o que o nosso amado John viu no parque, boa leitura e compartilhem comigo suas impressões de leitura!

Capítulo 12 - Um nome


Fanfic / Fanfiction O Médico Louco - Um nome

John estava sentado numa cama dura e encarando o chão da cela onde foi posto e desde então tentava inutilmente compreender o que ele havia visto no final da sua perseguição supostamente bem sucedida no Parque. Por mais que tentasse achar uma boa explicação para o resultado, nada satisfazia razoavelmente as suas perguntas. Suas reflexões estavam dando um nó em sua mente quando foram cortadas pelo movimento de alguém familiar encostando-se às grades de metal para liberar a trava de acesso e entrar.

– Pelo amor de Deus, John! O que você fazia no parque com arma em punho correndo atrás de um idoso? – Lestrade repreendeu o médico parando a dois passos dele, cruzando os braços na frente do peito.

– Eu não estava perseguindo um idoso! A pessoa fugindo à minha frente corria com o vigor de um homem na casa dos trinta! Tinha o rosto de um homem jovem quando tentou me matar debaixo de uma amoreira velha lá no parque, só não consegui olhar os olhos dele por conta dos enormes e ridículos óculos escuros! – John corrigiu irritado.

– O homem fugindo à sua frente tinha setenta e três anos e estava usando óculos escuros porque havia feito cirurgia de catarata recentemente, John, e ia prestar queixa contra você, mas eu o convenci a reconsiderar e não fazer isso, expliquei que você não estava bem. – Greg informou.

– Não estou bem em que sentido? – o loiro perguntou olhando-o com severidade.

– Ora, vamos... não me faça dizer isso...

– Acha que estou ficando louco?

– Não, mas...

– Sim, você acha isso. Meu Deus, será que ninguém viu o homem de trinta e poucos anos que eu estava perseguindo? Ele tentou me matar, foi legítima defesa!

– O que todos viram foi você perseguindo um velhinho no parque, John. – Lestrade respondeu.

– Cristo... – John murmurou exasperado olhando para o teto da sua cela, ele sabia o que tinha visto, mas parece que apenas ele havia visto e isso estava deixando-o muito nervoso.

            Lestrade o observou por uns segundos como se estivesse se decidindo a perguntar algo, depois olhou para os lados buscando jeito para lançar uma indagação que parecia corroer suas tripas, respirou fundo e inquiriu:

– Você conhecia Rebeca Allen, não conhecia?

– Conhecer não é o termo, mas ela não era uma completa estranha, foi minha paciente, uma pena que tenha sido morta antes de casar, ela parecia muito feliz com a perspectiva. – John respondeu.

– Você a atendeu no dia em que ela foi morta, não atendeu?

– Sim, atendi.

– Não notou nada de estranho nela?

– Não, como eu disse, ela estava muito feliz com a aproximação do casamento, ela até me incentivou a criar coragem para pedir o Sherlock em casamento. Devo dizer agora que esse foi um péssimo conselho. – John afirmou com amargura.

– Você voltou para casa logo depois que a despachou?

– Bem, não... eu fui ao mercado, a registradora do mercado me deu trabalho e eu atrasei meu retorno ao 221B, cheguei por volta das sete e meia da noite, mas da próxima vez vou tomar cuidado com código de barras amassados. – o médico disse com ar cansado.

– Esteve esse tempo todo no mercado?

– Espera aí. Por que está me fazendo essas perguntas? Por acaso virei suspeito sem saber?

– Não, nada disso, eu só quero adicionar a rotina do seu dia ao relatório assim como eu adicionei a rotina de todas as outras pessoas que tiveram contado com Allen naquele dia, estava faltando o seu relato, é o padrão, só isso. Relaxe. – Lestrade afirmou desconcertado.

– Entendo. – John respondeu meio desconfiado.

– Eu te daria uma carona até a sua casa, mas o Sherlock está vindo te buscar. – Lestrade informou olhando-o com expressão entre preocupada e cismada.

– Ok. Eu vou esperar por ele na recepção. Obrigado por me ajudar, Greg.

– Disponha, vou indo. Qualquer coisa, já sabe, me liga. – o inspetor disse se retirando.

            Dezoito minutos depois, Sherlock pegou John na delegacia e os dois seguiram em silêncio para o apartamento que compartilhavam.

– Eu não estou louco, eu sei o que eu vi. – John declarou assim que eles entraram no apartamento, sabia que Lestrade havia passado o resumo do ocorrido a Sherlock.

– Claro que sabe o que viu. – Sherlock respondeu inexpressivo afundando a mão no bolso do casaco puxando algo. – “Transtorno delirante persecutório”. – o detetive citou sacudindo levemente um frasco alongado de comprimidos diante dos olhos alarmados do médico.

– Onde achou isso?

– No banheiro hoje pela manhã, você esqueceu lá. – Sherlock respondeu colocando o frasco sobre a mesa postada entre os dois janelões da sala.

– E o diagnóstico? Como soube? Andou questionando minha terapeuta? – John perguntou tentando se sentir menos acuado.

 – Eu tenho olhos, John. Eu te observei nos últimos dias e não foi difícil adivinhar o diagnóstico óbvio a que a sua terapeuta iria chegar. – o homem respondeu com um brilho chateado no olhar.

– Eu voltei a precisar de remédios controlados. – John admitiu sem rodeios.

– Por que não me contou? – Sherlock indagou sério. – Você voltou para sua terapeuta e não me disse nada, está tomando remédios fortes para conter surtos paranoicos e não me falou a respeito. Por quê? – o detetive perguntou olhando-o de forma dura, mas mantendo a voz controlada.

– Eu não queria preocupar você com isso, a terapeuta achou que era algo leve, ia passar logo.

– Mas não passou, John, piorou. Piorou tanto que agora você deu para perseguir velhinhos indefesos no parque! – Sherlock falou num padrão crescente de voz.

– Eu não persegui um velho! Era um homem jovem e saudável, ninguém vai me tirar isso da cabeça! – John gritou com raiva.

            Os dois ficaram se encarando duramente alguns segundos até que Sherlock quebrou a batalha de olhares, dizendo:

– Conte-me como tudo aconteceu.

             E John contou tudo, a partir da obtenção da licença médica até o momento em que se colocou frente ao homem ajoelhado e ofegante no chão do parque constatando ser um homem de idade avançada e não o vigoroso assassino que o havia atacado debaixo da amoreira preta. Sherlock ouviu tudo em silêncio e não comentou nada ao final do relato, apenas esticou seu longo braço para alcançar seu violino ao lado e começou a tocar alguma área que John não conhecia, mas achava particularmente misteriosa e tensa.

            O médico ficou sentado em sua poltrona observando a figura elegante diante dele realizar lânguidos movimentos com a haste do violino, extraindo do instrumento delicado, sons misteriosos e inquietantes. Sherlock estava absorto em suas reflexões enquanto executava com virtuosa habilidade a melodia que deslizava pela sala do 221-B.

            A noite cobriu as casas da Baker Street e John achou que lhe faria muito bem ocupar-se de preparar algo para o jantar. Abriu a geladeira que, para sua dupla felicidade, não guardava nenhum pedaço de cadáver e possuía uma agradável lasanha na familiar travessa de porcelana floreada de gerânios que a Sra. Hudson costumava trazer-lhe com algo para animar-lhes o estômago e alegrar alma. Ele não perdeu tempo, sentiu-se repentinamente com um bom apetite. Esquentou a massa no micro-ondas e serviu-se de uma porção ciente de que qualquer esforço no sentido de fazer Sherlock sentar para jantarem juntos naquele momento, seria inútil.

            Ele terminou de comer e voltou para a sala. Não havia mais música, mas apenas o som monótono de uma única corda sendo eventualmente beliscada pelos longos dedos leitosos do detetive que estava sentado em sua poltrona ao lado da lareira, ainda totalmente absorto em reflexões. John suspirou internamente catando uma garrafa de uísque antes de ir para o quarto e lá sentou-se no seu lado da cama e pôs-se a consumir o conteúdo da garrafa diretamente do gargalo enquanto repassava incansavelmente cada minuto dos acontecimentos daquela tarde no parque numa frustrante busca por respostas.

            O médico nem percebeu em qual momento da noite a bebida o nocauteou. Quando acordou, percebeu que já era dia, estava abraçado à garrafa vazia de uísque, tinha um gosto azedo na boca, um peso no crânio e a consciência de que Sherlock não dormiu com ele, pois os lençóis do lado do detetive estavam intactos. Algo dentro dele quis se angustiar com isso, mas preferiu considerar isso perfeitamente normal, afinal de contas, não era raro Sherlock se perder por muitas horas em seu palácio mental, sacrificando nesse processo as necessidades de sono e alimento.

            Pensando neste último detalhe, John considerou ser seu dever arrancar o companheiro de suas perambulações mentais para fazê-lo comer algo. Levantou-se meio cambaleante, pegou uma roupa limpa, seus remédios e foi para o banheiro, finalmente depositando os frascos no pequeno armário sobre a pia depois de consumir a nova dosagem prescrita por sua terapeuta. Agora que seu parceiro sabia da sua necessidade médica, não havia mais razão para manter a medicação escondida.

Depois de completamente desperto por uma ducha de água fria, o médico foi para a sala e a encontrou vazia. Olhou para o cabide e constatou que o cachecol e o casaco do namorado não estavam lá. Sherlock havia saído cedo.  

            Sentindo-se um pouco deprimido por acordar e não encontrar o parceiro, John revirou o armário em busca do seu pote de chá verificando com desagrado que o pote estava vazio. Ele precisaria comprar mais. Resignado, o médico preparou e consumiu uma farta xícara de café, admirando-se com a incrível facilidade com a qual a bebida lhe despertou os sentidos até então entorpecidos pela quantidade absurda de álcool consumida à noite. Terminado seu desjejum, ele foi até o janelão esquerdo da sala e deu uma olhada na rua e sorriu. Havia movimento mediano nas calçadas banhadas por um sol dourado que o estimulou a sair do apartamento. Era seu primeiro dia de licença forçada, então, considerou uma ótima ideia ir passear, mesmo que sozinho.

            Colocou uma camisa leve por conta da temperatura agradável que estava fazendo, mas se precaveu levando um cachecol e um casaco de trama mais pesada para o caso do tempo virar, o que não era raro. Seu plano era caminhar pela orla do rio Tâmisa e assim ele fez, tomando uma bicicleta de aluguel na Canary Wharf e foi pedalando até a ponte-báscula Tower Bridge.

            A construção estilo neogótico de 65m de altura e 42 m de vão livre, inaugurada em junho de 1894, oferecia um bonito espetáculo ao partir-se ao meio, elevando-se para deixar embarcações grandes passarem em horários programados todos os dias. John gostou de parar a sua bike às margens do rio para ver a ponte dar passagem a uma grande embarcação que estava indo rio abaixo, era algo muito interessante de ver, principalmente se você tivesse alguém com quem fazer qualquer comentário bobo a respeito.  

Suspirando, o médico olhou para o seu entorno e, a despeito da sua sensação de solidão, observou a presença de várias pessoas, nacionais e estrangeiros, estes últimos em maior quantidade, às margens com a mesma finalidade, observar e admirar a rotina da ponte bipartível elevadiça, enquanto fotografavam incansavelmente a visão da ponte e teciam comentários risonhos uns com os outros.

            John sorriu para si mesmo de forma triste e resignada. Ele queria que Sherlock estivesse ali com ele, aproveitando uma manhã calma de outono às margens do Tâmisa, focados apenas na presença um do outro.

– Aproveitando o ar puro? – alguém perguntou se encostando à mureta de proteção às margens do Tâmisa.

– Sherlock! – John verbalizou sorrindo largamente incrédulo. – Como me encontrou?

– Simples dedução, meu caro. – o detetive respondeu observando o aglomerado de turistas tirando fotos de tudo que viam ao redor para depois voltar a encará-lo. – Esta é uma manhã particularmente ensolarada e sua licença começou hoje. A Sra. Hudson me disse que você saiu a pé usando uma camisa de tecido leve, isso somado ao sumiço das moedas sobre a mesa e ao fato de que você engordou meio quilo nos últimos dois meses e comentou necessitar de exercícios físicos, tornou óbvia a dedução de que você havia saído para pedalar. E qual é o bicicletário mais próximo da Bake Street? O da Canary Wharf, e qual a rota mais comum para quem aluga uma bicicleta no na Canary Wharf? A ciclovia às margens do rio Tâmisa. – o detetive finalizou quase que numa respiração só.

– Ok... Mas eu não engordei. – John pontuou.

– O recuo na casa do sinto que está usando afirma o contrário.  Eu diria que o aumento da circunferência da sua cintura é culpa da macarronada do Ângelo e que você deve reduzir o consumo de massas para pelo menos uma vez a cada quinze dias e comer mais vegetais e frutas.– Sherlock rebateu.

– Virou nutricionista da noite para o dia, foi?

– Não, eu li isso numa revista feminina semana passada e lembrei-me de você. – o moreno respondeu com um meio sorriso brincalhão.

– Tudo bem, você não teve o trabalho de vir atrás de mim só para me parabenizar por estar fazendo exercícios ou para fazer um passeio romântico às margens do rio.

– Claro que não, eu não podia esperar para lhe mostrar isso. – o moreno disse mostrando um pedaço de papel para o loiro.

            John pegou o papel e leu um simples nome escrito à mão na superfície: “Emanuel Martin Horace”.

– Quem é esse cara?

– Um especialista em sistema de prevenção de acidentes. – o detetive respondeu olhando-o com expectativa como se esperasse que dissesse algo mais.

– Certo. E por que me mostrar esse nome era tão importante? – John perguntou confuso com o olhar de expectativa que estava recebendo.

– Nada lhe veio à mente lendo esse nome? Não percebeu nada? – o homem insistiu.

            John voltou a olhar intensamente para o papel e nada lhe veio.

– Não, eu nem conheço esse homem.

– Céus! Você está vendo, mas não está observando!

– Tudo bem, o que é que eu não estou observando?

– Leia observando as iniciais. – Sherlock instruiu.

            John voltou a olhar o papel e suas sobrancelhas arquearam com o que ele viu.

– E.M.H... – O médico sussurrou compreendendo.

– Isso mesmo, E.M.H! Acho que finalmente encontramos o destinatário dos planos contidos no Deck Map encontrado na livraria. Tenho um palpite de que Emanuel Martin Horace iria ser o responsável pela instalação do ponto de dispersão da matéria química contaminante na encanação do sistema anti-incêndio que vimos na mensagem, ele certamente sabe onde será. – o detetive falou excitado.

– O que pretende fazer agora?

– Uma visitinha, claro. – Sherlock comentou sorridente.

– Nós vamos agora? É quase meio dia. – John disse enquanto empurrava a bicicleta para seguir os passos largos que o detetive começou a empregar para longe das margens do Tâmisa.

– Não. Tenho que passar em casa primeiro, deixei o Deck Map lá e então você pode aproveitar para comer alguma coisa, pois sei que nesse exato momento está preocupado em fazer uma refeição antes de me acompanhar.

– Não vou perguntar como chegou a essa conclusão, porque sim, pedalar me deu fome e saber que finalmente vamos resolver esse caso me deu muito apetite. – o loiro respondeu empurrando sua bicicleta ao lado do detetive.

            No princípio da tarde daquele dia o tempo virou completamente, nuvens pensadas fecharam o céu apagando qualquer vestígio de calor, ventos frios e cortantes varriam as calçadas e uma fina chuva começou a precipitar-se. Londres parecia imersa em um anoitecer prematuro.

            John espiou desanimado pela ampla janela do lado esquerdo da sala enquanto engoliu seus comprimidos controlados com o último gole do seu chocolate quente e pensou que talvez não fosse uma boa ideia ir atrás do tal E.M.H naquele momento.

– Vamos, nosso táxi está nos esperando lá em baixo. – Sherlock avisou vestindo seu sobretudo e ajeitando seu cachecol no pescoço.

            John depositou seu caneco de porcelana na mesa da sala e o seguiu pondo um casaco grosso sobre sua camisa de lã.

            Ele não havia perguntado ao detetive para qual endereço estavam indo e Sherlock não havia adiantado essa informação de modo que o médico espiava ansioso pela janela do veículo observando os prédios pelos quais iam passando enquanto o táxi avançava pelas ruas úmidas de Londres.

            Alguns minutos haviam passado quando Sherlock pediu para o taxista parar diante de uma casa localizada num bairro de classe média. A residência era bonita, tinha dois pavimentos, garagem e um bonito jardim de petúnias surpreendentemente floridas.

– O que pretende fazer para o homem nos receber? – John perguntou saindo do táxi.

– Bater na porta e me apresentar.

– Sério? Não vai rolar nenhum esquema do tipo: pular pela janela ou arrombar a porta e entrar sorrateiro? Nada disso?

– Claro que não, por que rolaria?

– Porque você fez isso nas últimas vezes que estivemos atrás de alguém. Isso responde sua pergunta?

– Você se esqueceu de que nas ocasiões citadas, eu bati na porta e não fui atendido.

– Certo, mas uma vez você não bateu na porta e entrou sorrateiro depois de arrombar a porta. – John corrigiu.

– Na ocasião citada, o homem estava fugindo, era óbvio que não iria abrir a porta para nós, não distorça os fatos, John.

– E o que faz desse caso diferente?

– O fato de que iremos bater na porta e o dono nos atenderá, bem como o fato dele não estar fugindo de ninguém, pois nem sabe que estamos atrás dele.

– Ah, é surpresa então?

– Exatamente.

– Certo, o cara recebe dois desconhecidos na sua porta num final de tarde escura e fria e nos convida para entrar e tomar um chá... você está muito otimista.

– Espere e verá. – o detetive disse com um risinho de superioridade.

            O detetive bateu na porta e esperou. Segundos passaram sem resultado e ele voltou a bater na porta. Nada. Insistiu demonstrando um traço de ansiedade na força que empregou nos golpes. Nada novamente.

– Acho que vai rolar arrombamento de porta. – o detetive disse puxando um estreito instrumento de metal do bolso do sobretudo.

– Imaginei que rolaria. – John murmurou num tom meio de vitória e meio que alarmado olhando para todos os lados para verificar se havia alguém observando os dois.

            Ao entrarem na casa, encontraram uma sala cuja mesa de centro mantinha um caneco de café meio consumido e um pedaço de torrada.

– O proprietário da casa deixou essa sala há pouco tempo. – disse o detetive tocando o caneco sentido-o morno ainda. – Tem que estar ainda dentro da casa.

– Certo, vamos dar uma olhada no local. – disse John tomando a frente sacando sua arma por precaução, assumindo automaticamente o seu modo soldado o que causou um ligeiro contrair de sobrancelhas por parte de Sherlock quando viu o namorado tomar a frente com uma arma em punho.

            John avançou por uma escada que levava aos quartos no segundo pavimento mantendo a arma defensivamente em riste para qualquer eventualidade hostil. Sherlock vinha mais atrás observando cada detalhe do ambiente por onde passavam, coletando pequenas informações e registrando-as mentalmente.

            Ao chegarem ao último degrau superior, os dois avistaram uma porta aberta no final do corredor com a luz acessa. Alguém estava lá e aquela tarde obscura que descera na cidade fez o indivíduo acender a lâmpada, mas o pesado silêncio que pairava no segundo pavimento da casa não augurava boa coisa, isso fez o estado de alerta de John Watson entrar em pico elevadíssimo e sua mão segurou mais firme ainda a arma que mantinha na defensiva.

            Antes que John desse o primeiro passo em direção ao quarto, Sherlock passou por ele em passos largos e decididos de modo totalmente alheio aos perigos que sua conduta impulsiva poderia estar expondo-o.

– Sherlock! – John sussurrou alertando o detetive para que não avançasse dessa maneira tão inadvertida.

            O detetive não lhe deu atenção e entrou no quarto com o médico logo atrás, pronto para reagir a qualquer ameaça. O que ambos encontraram lá dentro aborreceu enormemente a Sherlock e assustou terrivelmente a John.


Notas Finais


Nossa! O que será que eles viram?


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