1. Spirit Fanfics >
  2. O Médico Louco >
  3. O lugar

História O Médico Louco - O lugar


Escrita por: Almafrenz

Notas do Autor


Capítulo novo na área meu povo, boa leitura! #Alma deseja suas impressões de leitura!

Capítulo 14 - O lugar


Fanfic / Fanfiction O Médico Louco - O lugar

Sherlock havia passado uma noite muito agitada no 221B, forçou sua mente a se concentrar no caso, ele precisava resolver o caso, agora não era mais por simples diversão ou demonstração de capacidade lógica e dedutiva, agora era por John, ele precisava de um resultado o quanto antes, por John.

Obrigou-se a pensar de modo objetivo e frio ao assinar a internação do namorado, era para o bem do seu parceiro, por mais que aquilo o cortasse por dentro, era o que devia ser feito. O detetive desejava ter podido trazer John para casa consigo e afagar seus cabelos até senti-lo relaxar e dormir em sua cama, mas as novidades reveladas por Lestrade o obrigou a tomar essa medida drástica que não estava lhe dando paz.

            Na manhã seguinte à morte de Horace e internação de John Watson, Sherlock ainda não havia conseguido encontrar qualquer sentido na última palavra que o moribundo pronunciou antes de morrer. As horas passavam e sua mente estava uma bagunça completa. Fungando de forma exasperada, o detetive sentou-se no sofá e olhou para o relógio pendurado na parede. Ficou encarando a peça por longos minutos e por fim decidiu que deveria fazer uma visita ao seu namorado na clínica, a essa altura era quase certo que já deveria estar fora dos efeitos do sedativo.

Ele precisava ver John.

O dia estava particularmente fechado e frio. A chuva desabou por longos minutos enquanto o táxi com Sherlock avançava vagarosamente pelas ruas enquanto o detetive esforçava-se para não saltar do carro e vencer a pé a distância que ainda faltava para o hospital onde John estava.

Quando o prédio antigo e amplo surgiu na linha de visão do moreno, a chuva foi afinando, mas ainda exigia pressa de quem quisesse saltar de um carro e entrar na recepção da clínica sem ficar encharcado.

Sherlock pagou o táxi sem esperar pelo troco e saltou correndo pela curta escadaria, levantando a gola do casaco para tentar se proteger da umidade que oprimia a rua.

– Olá, sou Sherlock Holmes, companheiro do paciente John Hamish Watson, eu estou aqui para visitá-lo. – o detetive falou tamborilando os dedos longos sobre o mármore frio do balcão da recepção do hospital Bethlem Royal.

– Oh, sim, um momento. – a recepcionista pediu agarrando o telefone para falar com alguém para depois completar. – O Dr. Elliott deseja falar com o senhor antes de sua visita ao paciente Watson, Sr. Holmes.

            Minutos depois, Sherlock fora atualizado do surto de agressividade pós tentativa de fuga, protagonizado por John e os métodos severos de contenção que os profissionais tiveram que empregar para acalmá-lo. Aquilo não agradou nada o detetive.

– Eu quero vê-lo. – Sherlock solicitou.

– Ele ainda está meio dopado, Sr. Holmes. – o psiquiatra informou.

– Não importa, eu quero vê-lo.

– Muito bem, acredito que vai fazer bem a ele de qualquer forma, seu companheiro tem chamado pelo senhor recorrentemente.

            Depois de alguns minutos caminhando por amplos corredores ladeados de quartos, Sherlock foi introduzido a um recinto quase no final do trajeto, sendo parado diante da porta para um último aviso:

– Não se impressione com o que vai ver, Sr. Holmes. Foi estritamente necessário fazer o que fizemos.

            Alarmado com o que o médico disse, Sherlock abriu a porta do quarto sendo recebido pela visão do namorado encolhido no canto do quarto encasulado dentro de uma camisa de força. Sherlock sentiu o ar fugir dos seus pulmões e avançou para onde seu parceiro estava.

– John! John! Você pode me ouvir? – Sherlock chamava enquanto dava pequenos tapinhas na face esquerda do loiro que mantinha a cabeça pendida numa postura totalmente sonolenta.

– Ele deve ter tentado fugir novamente, nós o deixamos deitado na cama. – o médico disse logo atrás dele.

– Por que usaram uma camisa de força? – Sherlock perguntou furioso.

– Ele estava muito agressivo, Sr. Holmes, representava risco à integridade física dos funcionários, demais pacientes e dele mesmo. Eu não gosto desse tipo de medida, mas foi necessário. – o homem justificou-se.

– Tire.

– Sr. Holmes...

– Tire, agora!

            O médico concordou com um gesto de cabeça se agachando perto do loiro dopado no canto do quarto e soltou as correias que mantinham o corpo contido dentro da camisa de contenção.

– Se ele se tornar agressivo novamente, não tente controlá-lo sozinho, nos chame. – o médico recomendou saindo do quarto.

            Sherlock não deu atenção à recomendação, puxou o corpo do namorado em seus braços e o arrastou de forma meio desordenada para a cama perto da janela, ajeitando-o confortavelmente para depois afagar seus cabelos bagunçados.

– Sherlock... – John murmurou grogue tentando abrir os olhos.

– Estou aqui, John. – Sherlock respondeu pegando sua mão.

            O loiro agitou-se na cama tentando sacudir o torpor para fora da sua mente obtendo um relativo sucesso, abrindo os olhos meio desorientados para encarar o detetive.

– Você não fez isso... eles estão mentindo, não estão? Você veio me resgatar, você veio me levar para casa... me leve para casa, Sherlock... por favor.

            O moreno sentiu-se ser fatiado por cristais de gelo com aquelas perguntas de fatos que ele não poderia negar, seguidas daqueles pedidos suplicantes que ele não poderia atender. Ele não queria ter que manter John dentro de um quarto de hospital, no entanto, considerava uma opção melhor do que permitir que ele fosse levado em custódia por suspeita de assassinato. O mandado de prisão havia sido expedido, mas seu cumprimento estava suspenso por conta da internação do loiro. O laudo médico e a guia de internação fornecida pelo Dr. Elliott foram muito úteis nesse sentido.

– Me perdoe, John.

            Watson fechou sua expressão e puxou sua mão do aperto de Sherlock e o encarou com profunda mágoa e incredulidade.

– Você não podia ter feito isso comigo, Sherlock, qualquer um, menos você!

– Foi para proteger você, era isso ou a cadeia. – Sherlock informou se afastando da cama para ir até a janela e olhar o amplo pátio ser engolido pelas tristes sombras que restaram após nuvens pesadas engolirem o sol tímido que havia aparecido no começo daquela manhã. Em breve choveria borbotões novamente.

– Que história é essa de cadeia? – John indagou sentando-se na cama meio bambo, mas subitamente mais alerta. A adrenalina estava varrendo o torpor do seu corpo.

– Greg me informou que você está sendo considerado suspeito pela morte de Rebeca Allen e, consequentemente, Charlie Patel.

– Isso é um absurdo! – o loiro declarou socando a cama.

– Concordo e é por isso que você está aqui e não em nosso apartamento. – Sherlock disse virando-se de frente para ele. – Há um mandado de prisão preventiva contra você e seu surto no arboredo próximo à casa de Horace foi providencial. Conseguimos suspender o cumprimento do mandado informando sobre sua necessidade de cuidados médicos.  

            John suspirou deprimido abaixando a cabeça para segundos depois sentir o lado esquerdo da cama afundar, percebendo que o detetive havia sentado para voltar a pegar sua mão.

– Estou me empenhando para resolver o caso e provar sua inocência. Mas enquanto isso, preciso que fique aqui e me perdoe por pedir isso.

– Eu sinto sua falta. – John afirmou apertando a mão do detetive que estava agarrada à sua.

– Eu também sinto a sua falta, John.

            O loiro puxou o detetive pelo braço e plantou os lábios ressecados no canto da boca do namorado sugando levemente aquele canto para se lembrar o sabor doce que aquela parte do corpo do seu companheiro lhe oferecia toda vez que era visitada. Esse pequeno beijo torto e delicado, esquentou suas veias e acelerou sua circulação, despertando uma súbita fome em seu corpo. Ele moveu a cabeça para centralizar o contato dos seus lábios, cutucando a boca do outro com a língua para em seguida obter passiva entrada naquele Oasis doce e morno que fazia seu peito cantarolar de felicidade.

            John gemeu enquanto aprofundava o beijo, totalmente esquecido de onde estava. Mãos quentes deslizaram lentas por debaixo da camisa do seu pijama hospitalar padrão, fazendo morosa massagem nos músculos laterais, arrancando dele sucessivos suspiros que escapavam por entre o encontro dos seus lábios com os do detetive.

            Em poucos minutos, John estava deitado em seu leito recebendo afagos lentos, tremendo sob o corpo de Sherlock que depositava beijos lentos, abertos e quentes por todo o seu rosto, descendo pelo pescoço, braço, pulsos e mãos, reduzindo o loiro a uma massa amolecida e suspirante sobre a cama. Aquela delicada atenção o fazia sentir-se no céu. Eram mais carícias para seu coração e alma do que para estímulo e satisfação do seu pênis já completamente desperto dentro das calças. John sentiu-se feliz aspirando o cheiro, ouvindo a respiração e recebendo o toque do seu namorado.

            Sherlock puxou a camisa do seu companheiro e plantou os lábios no mamilo esquerdo dele, sugando-o lentamente, rodando a língua quente e úmida no botão túmido, enquanto esfregava o polegar no mamilo direito, provocando uma miríade de suspiros e gemidos lânguidos por parte do homem sob ele.

             Depois de dar especial atenção aos mamilos do companheiro, o detetive soprou ar quente sobre o umbigo do outro, sensibilizando a área para depois plantar a língua na cavidade, ganhando mais gemidos e contorções do ex-militar que segurava com força os lençóis já revolvidos do seu leito.

            Disposto a trazer mais felicidade ao corpo do parceiro, Sherlock puxou as calças do seu pijama tendo cuidado para puxar a peça íntima junto de modo que um excitadíssimo falo balançou diante dele. Sherlock levantou os olhos para ver John, o homem ofegava ruborizado e era uma visão adorável para o moreno que lambeu os lábios e sugou a glande vermelha sentindo o sabor do pré-gozo se acumulando na ponta da ereção.

Depois de sugar vagarosamente a glande inchada do parceiro, Sherlock foi engolindo o falo excitadíssimo enquanto pressionava o músculo aqui e ali com a língua, fazendo o loiro sacudir os quadris para cima querendo foder sua boca.

            O detetive permitiu liberdade aos movimentos do companheiro acomodando o pênis do namorado o melhor que pôde na sua cavidade oral. John aplicou alguns golpes ansiosos em meio a gemidos necessitados, mas parou instantes depois.

            O detetive ergueu os olhos para entender a razão da suspensão dos movimentos, ele considerava que o ato estava sendo prazeroso para John, mas o que ele recebeu como resposta à sua pergunta silenciosa foi o sugestivo movimento das pernas do loiro se abrindo para ele.

            John queria senti-lo de uma forma mais intensa e o detetive não iria negar-lhe isso. Sherlock abriu o zíper da própria calça e puxou sua ereção quente para fora, cobrindo o namorado com seu corpo, abraçando-o de forma quase protetora enquanto movia seu quadril para habilmente conduzir seu pênis para a abertura entre as nádegas do companheiro.

– Vai ficar tudo bem, John, eu estou com você. – Sherlock murmurou ao pé do ouvido do loiro enquanto pressionava seu falo para dentro do homem.

            John grunhiu apertando o rosto contra o ombro do detetive enquanto sentia o movimento fálico queimar seu reto até topar em sua próstata que lhe enviara uma corrente quente de dor e prazer para o cérebro provocando uma antagônica explosão de desejos: elevar as ancas para ter mais contato ou fugir da intrusão volumosa que o fez perder um pouco a noção de individualidade e identidade.

            Sherlock permaneceu parado entre as pernas do loiro, sentindo a contração da cavidade onde afundara, apertá-lo de modo espasmódico.

– John?

– Tudo bem.

            O detetive começou a mover-se lenta e controladamente, estavam sem nada que servisse de lubrificante ali, penetrações sem lubrificantes poderiam ser particularmente dolorosas e, dependendo da força e velocidade das penetrações, o ato poderia render ferimentos ao passivo e ele não queria ferir John.

            O moreno manteve-se em pequenas e lentas estocadas, não permitindo que seu pênis saísse mais do que um ou dois centímetros de dentro do reto do namorado para em seguida empurrar-se para dentro dele novamente, buscando sempre alcançar sua próstata. John , um tanto imerso na sensação de queimação dolorosa e prazer envolvente que a penetração seca estava lhe proporcionando, buscou multiplicar seu prazer serpenteando sua mão direita por entre seus corpos até conseguir acessar seu próprio falo duro para masturbar-se enquanto plantava os lábios no pescoço de Sherlock, rendendo uma ligeira perda de controle das penetrações que tornaram-se um pouco mais exigentes enquanto o detetive soltava alguns gemidos e grunhidos ao buscar seus lábios e invadir sua boca com uma língua dominadora.

            Apesar de uma lâmina de dor ter atingido seu ânus por conta da aceleração das penetrações, John não perdeu sua excitação e continuou se masturbando e respondendo aos beijos de Sherlock, sentindo uma pressão quente e extasiante se formar em seu lombo e pressionar seu baixo ventre dando sinal de que muito em breve ele gozaria. Ciente disso, John soltou seu pênis já bastante estimulado e permitiu-se ser levado ao orgasmo apenas com o sexo anal.

            John segurou os lençóis sentindo a onda orgástica se aproximar para afogá-lo e fez questão de manter seus olhos abertos enquanto ela se aproximava, observando Sherlock mover-se acima dele, vestido em seu terno costumeiro que agora estava cada vez mais impregnado do cheiro dos dois e do que ambos estavam fazendo naquele leito de hospital. A visão do homem penetrando-o em ritmo crescente era erótica, fios de cabelo negro grudavam sobre a testa corada e úmida por uma leve camada de suor, a boca avermelhada por beijos famintos, estava esquecia semiaberta buscando por ar enquanto os olhos semicerravam-se  numa quase perda de sanidade enquanto os quadris estreitos aceleravam seus movimentos cada vez mais erráticos para dentro dele tecendo uma música estimulante com a mistura de respirações ofegantes, impacto de corpos e armação da cama rangente sobre a qual ambos caminhavam para o ponto da completa perda de sanidade. Sherlock Holmes era sua perdição e salvação, John pensou antes da onda gigantesca de seu orgasmo o espremer violentamente, arrancando dele um grito rouco e um arquear de coluna para em seguida cair semiconsciente na cama.

            Sherlock moveu-se com mais vigor enquanto assistia John gozar debaixo dele e segundos depois injetou seu sêmen dentro do namorado em profundos golpes que fizeram o esperma salpicar um pouco para fora enquanto ele se perdia em prazer.

            A exaustão psíquica do dia e o sexo satisfatório cobraram pedágio sobre o cérebro do loiro que deslizou para um sono profundo segundos depois de normalizar sua respiração.

            Sherlock se recompôs saindo de cima do namorado que estava uma completa bagunça sobre seu leito. O homem o limpou, ajeitou sua postura no colchão e cobriu seu corpo nu com o lençol. Pensou em colocar-lhe o pijama, mas temeu acordá-lo, desistindo imediatamente desse pensamento, dando-lhe um casto beijo na testa antes de empregar alguns minutos ajustando sua própria roupa amassada e torta, para depois sair do quarto.

– Olá, Sherlock. Como vai o John? – Lestrade perguntou ao ser avistado pelo detetive na recepção do hospital.

– Dormindo, o que está fazendo aqui?

– Incluir o aviso de mandado de prisão no prontuário dele, o departamento pretende por as mãos no John assim que ele receber alta. Preferi eu mesmo vir fazer isso para garantir mais discrição para o fato e não trazer mais problemas para ele.

– Obrigado. – Sherlock disse reconhecendo a boa vontade e esforço do inspetor em ajudar John.

– Disponha. Quer carona?

– Aceito.

            O detetive saiu do prédio do hospital ao lado de Lestrade sendo recebido por uma forte ventania na portaria, seguida de uma chuva grossa e desencorajadora. Sherlock recuou da metade da calçada para a portaria  sendo seguido por Lestrade que disparou um pequeno palavrão pelo súbito aguaceiro. O inspetor havia estacionado o carro um tanto longe e chegar até lá os deixaria ensopados.

Sherlock recuou na porta, mas continuou olhando para fora enquanto uma ambulância chegava com um paciente debaixo da chuva. O moreno ficou olhando para a lateral da viatura médica, encarando a superfície branca com letras azuis destacando a sigla e o nome do Hospital onde John estava internado: HBR – Hospital Betlem Royal. Por alguns segundos ele ficou ali, olhando o veículo manobrar para uma área coberta  e um enfermeiro descer para abrir as portas dos fundos do veículo, até que subitamente sua face ganhou uma expressão de surpresa.

– “Lugar”... – Sherlock murmurou com olhar brilhante de excitação.

– O quê? – Lestrade indagou ao seu lado.

– Era isso que Horace queria dizer... E.M.H não era “alguém”, era “algo”! . – o detetive continuou confabulando consigo. – Não se trata das iniciais de uma pessoa! É a sigla de alguma instituição ou empresa. Um “lugar”!

– Do que você está falando, Sherlock? – Greg perguntou franzindo a testa.

– Vamos lá, E.M.H , onde já vi isso? E.M.H... E.M.H ... – o homem murmurava andando de um lado para o outro na portaria do hospital gesticulando como se passasse abas imaginárias a sua frente.

– “E” pode ser de escola... – Lestrade sugeriu.

– Não, nada a ver, que impacto um atentado a uma escola teria?

– O de dezenas de crianças mortas? – o inspetor afirmou erguendo as sobrancelhas.

            Sherlock olhou para o inspetor ponderando que esse era o momento em que as pessoas normais esperavam que ele se sentisse constrangido pela sua extrema objetividade, muitas vezes taxada de insensibilidade ou desumanidade. Ele ignorou esse ponto e seguiu suas conjecturas.

– Não, não é isso. Esse trabalho todo para manter o esquema fora de qualquer rastreio eletrônico nos leva a crer que é algo realmente muito impactante, algo que traga prejuízos ao governo de alguma forma... – Sherlock parou subitamente de divagar como se assistisse a sigla se desvendar diante dos seus olhos. – Mas é claro, eles estavam escondendo a informação do próprio alvo, era tudo tão simples... E.M.H... Estação Menwith Hill! É isso! A base da Força Aérea Real localizada em Harrogate, no norte de Yorkshere. O centro de coleta e processamento de dados virtuais de noventa por cento do planeta!  Estamos falando de um prejuízo de milhões em equipamento e estrutura além de uma perda do controle de captação de dados cibernéticos em uma escala inimaginável. Um apagão do Grande Olho! Muita coisa pode ser feita na rede mundial de computadores enquanto o olho estiver fechado! Que fabuloso! É na Estação que vai ocorrer o ataque químico!

– Mas não pode ser, Sherlock, é a Base da Força Aérea, você acha possível alguém conseguir passar por esse pessoal para conseguir jogar um ovo que seja no portão? – Lestrade ponderou.

– Não só um ovo, Lestrade, mas uma quantidade razoável de VX para contaminar a tubulação anti-incêndio da central de captação de dados cibernéticos global que funciona lá. Era isso o tempo todo, tem alguém interessado em inutilizar a central de inteligência virtual do governo britânico.  

– Bem se for isso mesmo, pelo menos não estamos falando de bombas em um centro urbano para contaminar centenas de pessoas. – o inspetor comentou e ganhou uma forte encarada por parte do detetive consultor. – O que foi?

– A Estação Menwith Hill conta atualmente com uma média de quinhentos funcionários, ou seja, estamos diante de um cenário de centenas de mortos via intoxicação dérmica por VX, inspetor. – Sherlock respondeu severamente.

– Minha nossa! – Lestrade exclamou batendo na testa. – O que vamos fazer?

– Dessa vez, informar ao Mycroft que ele está dormindo em serviço.

            Dito isto, os dois se lançaram debaixo da chuva grossa e venceram às pressas os poucos metros que os separavam do veículo do inspetor que acelerou o carro e tomou o rumo indicado por Sherlock sentado ao seu lado.

            Enquanto isso, John Watson dormia calmamente em sua cama hospitalar tendo um leve sorriso satisfeito nos lábios. Sexo com Sherlock sempre possuíra um poder revigorante em seu sistema nervoso, ele poderia até mesmo afirmar sem sobra de dúvida que não havia melhor remédio para ele do que as carícias e atenções de seu namorado.

            A noite foi avançando e seu quarto calmo e morno recebeu a tranquila passagem de uma brisa fria que entrou pela janela entreaberta onde um vulto maciço e opressor observava atentamente o homem adormecido.

            John Watson estava verdadeiramente em perigo.


Notas Finais


O que mais pode acontecer com o nosso amado John?
Compartilhem suas impressões de leitura no setor de comentários meus amores – estou sentindo falta de um pessoal que deixou de compartilhar suas impressões comigo :(
Bem, hoje é véspera de ano novo! Quero desejar a todos muita disposição, esperança e boa vontade para construir e viver coisas fantásticas neste 2017 que se inicia, que nossos sentidos possam ver além do que está na superfície, que possamos não apenas ver, mas observar e viver profundamente as coisas, situações e pessoas a nossa volta. Limpemos a lente pela qual nossa mente capta o mundo, a bela imagem está no ângulo pelo qual ela é observada, a boa notícia está no foco que lhe é empregado, a paz está na decisão de se manter sereno e firme mesmo diante das adversidades. Felicidade a todos!
P.S.: Morrendo de ansiedade pelo primeiro episódio da quarta temporada da série!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...