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História O Médico Louco - O quarto


Escrita por: Almafrenz

Notas do Autor


Olá, pessoal! Este é o último capítulo. Preparem o leite com canela, porque lá vem pimenta!

Capítulo 17 - O quarto


Fanfic / Fanfiction O Médico Louco - O quarto

 

Depois de se despedirem dos convidados na festa de casamento, Sherlock e John rumaram cada um para o quarto que utilizara antes da cerimônia e trocaram os trajes formais por peças mais leves e esportivas para poder pegar a estrada. A via estava sem trânsito e isso possibilitou uma chegada em um curto espaço de tempo em Londres que já estava com um céu tingido com as primeiras rajadas do manto noturno estrelado.

            Quando John saiu do carro que foi incumbido de levar o casal para Londres, olhou para o céu e sorriu, era uma linda visão. Sherlock saiu e juntou-se a ele na calçada tocando-o levemente no ombro para que o seguisse para o grande hotel na frente do qual foram deixados. 

– Espera, esse é o Queen Mary? – John perguntou seguindo Sherlock pelo grande hall luxuoso.

– É claro que é. – o moreno respondeu encostando no balcão de mármore.

– Ele é o mais caro de Londres! – John murmurou ao lado. 

– Um presentinho de casamento do Mycroft. – Sherlock afirmou virando-se para a atendente. – Quarto reservado para o Sr. Holmes e Sr. Watson, recém casados. 

– Sim, Sr. Holmes, o quarto está pronto para o casal. Eis as chaves, tenham uma ótima estadia. – a moça respondeu educadamente.    

– Você acrescentou o detalhe pessoal do nosso status civil de propósito para a atendente, não foi? – John perguntou seguindo o detetive para o elevador.

– Claro, ela estava devorando você bem na minha frente. – o homem respondeu dando passagem para ele entrar no elevador.    

John riu do ciúme declarado de Sherlock e deixou o um agradável silêncio descer no elevador que em poucos segundos parou no andar desejado. Os dois caminharam alguns passos pelo rico tapete que revertia o piso do corredor do hotel de luxo até Sherlock parar no quarto de nº 347, destrancando a porta para ambos entrarem no amplo e aconchegante ambiente. 

John lembrava-se daquele lugar. O quarto era espaçoso e acolhedor, recebendo seus ocupantes com uma bela sala decorada com apuro e requinte, dominada por um luxuoso e confortável sofá de veludo marfim acompanhado de duas largas poltronas convidativas, atrás das quais havia um afável espaço para refeições montado com uma mesa média escura rodeada por duas cadeiras estofadas em tons terrosos. Sobre a mesa havia uma interessante seleção de frutas pães e geleias que formavam um colorido cativante.  

Ao lado, pela ampla porta aberta que dava acesso ao quarto, destacava-se gloriosa uma larga cama de casal com dossel, o piso era revertido por um grande tapete de tom fechado e as janelas amplas exibiam elegantes cortinas de seda que pairavam sobre a superfície vítrea com delicadeza reconfortante, deixando a brisa morna da noite primaveril de Londres deslizar pelo recinto. John entrou no quarto olhando em volta, reconhecendo cada detalhe enquanto Sherlock removia o blazer colocando-o sobre uma das poltronas próximas à cama, observando-o atentamente escondendo um pequeno sorriso conspirador no canto dos lábios.

– Sério? – John indagou fazendo um gesto amplo. – Vamos ter a nossa lua de mel na mesma suíte em que estivemos aguardando uma chance de interrogar aquele agente que acabou morrendo no quarto ao lado durante o caso da Mensageira?

– Ora, John, foi a primeira oportunidade que tivemos para dormir na mesma cama, achei que seria romântico ter a nossa primeira noite de casados na cama onde dormimos juntos pela primeira vez. – Sherlock respondeu.

– Não, você não pensou, não. – John disse rindo enquanto dava uma boa olhada para a enorme cama. – E não aconteceu nada naquela noite, nós éramos só amigos.

– Não aconteceu porque você não quis. – Sherlock disse se aproximando do médico – E tem razão, eu só reservei essa suíte para nossa lua de mel porque queria satisfazer uma fantasia de como seria ter você nesse quarto, uma vez que quando estivemos nele você ficou empacotado em um roupão de banho a noite toda e parecia não ser capaz de removê-lo nem por um decreto real!

– Espera um pouco. Naquela noite você me desejou sexualmente? Dormir só de cueca ao meu lado era uma provocação?

            Sherlock piscou rápida e repetidas vezes torcendo ligeiramente os lábios tentando fazer uma expressão de inocência, mas falhou miseravelmente.

– Meu Deus, Sherlock!  

– O quê? Vai me repreender? 

– É claro que não, é só que... Céus! Eu também estava louco para te agarrar naquela noite, não foi fácil dormir sabendo que você estava do meu lado na cama com nada mais do que uma cueca por baixo dos lençóis! – o loiro declarou pondo ambas as mãos na cintura do moreno, trazendo seus quadris juntos enquanto juntava suas testas.   

– Você ficou bem excitado naquela noite. – Sherlock afirmou de forma provocativa enquanto deslizava a mão pelos cabelos da nuca do médico realizando uma lenta massagem relaxante.

– Sim, eu fiquei. – John respondeu subindo as mãos para o botão do colarinho de  Sherlock. – O roupão era a única coisa que me protegia do constrangimento de deixar minha ereção muito evidente. Se eu soubesse que você não iria me dar um soco se eu avançasse em você naquela noite...

– Bem, isso prova que a falta de comunicação entre os humanos é um grande mal a ser combatido. – Sherlock respondeu beijando os cabelos claros do médico enquanto permitia ter a camisa desabotoada até o último botão.

– Quero fazer com você hoje nesse quarto tudo o que eu não pude naquela noite. – John murmurou deslizando as mãos quentes pelo peito nu do moreno, sentindo-o estremecer levemente sob seu toque.

– Não está cansado? – o moreno perguntou espremendo os lábios no topo da cabeça do loiro, fechando os olhos para se concentrar nas carícias que o outro realizava em seu peito e barriga.  

– Tocar em você é revigorante, Sherlock. – John afirmou com respiração ligeiramente instável de excitação enquanto esfregava o nariz no pescoço do outro, aspirando-lhe o cheiro estimulante e trazendo seus corpos mais juntos num abraço forte e cheio de promessas. 

– E me assistir tocando-me?

            John afastou-se do pescoço do moreno e o encarou entre espantado e animado com a perspectiva oferecida

– Sherlock... oh, Deus, sim! Isso seria bom, muito bom, se você estiver disposto, claro. – o loiro afirmou de forma meio nervosa e muito excitada.

– Sente-se confortavelmente, John e assista.  – o moreno disse empurrando-o para um assento enquanto catava de cima de um criado mudo um frasco de algo que parecia óleo essencial colocando-o na beira da cama.

            John lambeu os lábios e imediatamente sentou-se em uma larga poltrona de veludo terroso disposta de frente para a cama, olhando o detetive com grade expectativa e fome nos olhos. O show que estava prestes a começar era algo que ele achava extremamente excitante, mas ainda não tinha tido coragem de pedir para Sherlock fazer para ele.

            O detetive postou-se a três passos da poltrona do médico e removeu lentamente a própria camisa que já estava desabotoada, expondo seu peito e ombros claros que moviam-se com graciosidade felina enquanto ele atirava a peça para um canto sem se importar que a mesma caísse de qualquer jeito no tapete que revertia o piso do quarto. Depois suas longas mãos pálidas deslizaram provocativas pela própria barriga até esbarrar no cós da calça, esfregando-a por alguns segundos antes tocar a fivela do cinto para desprendê-la, puxando o acessório da forma mais excitante e sensual que John poderia imaginar.

            O cinto foi atirado no tapete junto com a camisa e John começou a sentir sua ereção apertar dentro das calças e o calor se elevar em seu corpo fazendo-o abrir dois botões da própria camisa e folgar sua calça desabotoando-a com um suspiro de alívio enquanto volta a passar a língua pelos lábios que estavam cada vez mais secos.

            O moreno também tinha um grande volume dentro das calças e deslizou a mão direita sobre sua ereção apertada pelos tecidos enquanto encarava incisivamente o loiro que mantinha sua total atenção para o ponto onde o moreno apertava entre as pernas.

            Os dedos longos subiram para o botão da calça social e o desabrigou da casa, em seguida, com lentidão provocante, deslizou o zíper revelando o tecido claro da peça íntima distendida. Sherlock deixou a calça deslizar por suas pernas e depois fez a cueca seguir o mesmo destino, chutando ambas as peças para o lado, livrando os tornozelos delas e expondo de forma imponente seu corpo nu diante do médico admirado e boquiaberto com a visão daquele corpo impressionante, formando nele um sentimento misto de contemplação divina devotada e de necessidade pervertida pecadora.  Era um anjo demoniacamente sensual oferecendo sua nudez de forma livre e desinibida diante dele.

            John grunhiu baixinho apertando os braços da poltrona para controlar o forte desejo de atacar Sherlock e jogá-lo no meio da cama, cobrindo aquele sedutor corpo pálido com o seu para tomá-lo da forma mais profunda e completa que fosse capaz, para reduzir aquele homem a uma completa confusão de balbucios incoerentes e gemidos gloriosos.  

            Sherlock sorriu silenciosamente e sentou-se de forma elegante na beira da cama, abrindo as pernas para dar uma perfeita e clara visão do seu sexo ereto. Essa visão notável fez a respiração do médico pesar em seus pulmões com a grande expectativa do que viria a seguir.

O detetive deslizou a mão direita pela coxa suspirando mornamente permitindo-se fechar os olhos por alguns rápidos segundos antes de abri-los novamente com uma luz febril nas esferas azuis de supernova. O ritmo cardíaco do loiro acelerou em seu peito fazendo-o respirar fundo para manter-se controlado.

 As mãos pálidas de dedos longos pegaram o frasco de óleo essencial sobre a cama, destampando-o para fazer um fio do líquido âmbar deslizar ao longo do membro duro entre as penas do detetive. John mordeu duramente os lábios assistindo o líquido viscoso passear por aquele músculo duro e quente.

Em seguida, Sherlock permitiu-se uma lenta e suave massagem com a mão direita, espalhando o óleo que deixou um suave cheiro de sândalo flutuar pelo quarto chegando às narinas do médico que se torceu na sua poltrona com um pequeno gemido, apertando com mais força os braços do móvel, tentando conter a fera excitada que começava a cravar suas garras ardentes em seu baixo ventre.

            A mão oleada fechou-se com pressão moderada no pênis túrgido do detetive, empregando lentos movimentos deslizantes da base para a ponta da ponta para a base fazendo o membro reluzente de lubrificação crescer mais ainda, ficando mais firme e grosso à medida que os movimentos ganhavam um ritmo mais constante e satisfatório.

            John não perdia um só movimento, manteve os olhos cravados naquela exibição extraordinária de masturbação feita especialmente para ele. O loiro observou o rosto de Sherlock embebido em prazer, as narinas dilatando-se levemente com a respiração entrecortada, os lábios fartos meio úmidos por conta da repetida visitação da língua devassa, o crescente subir e descer da caixa torácica, o lento movimento dos quadris másculos e o impressionante bombeamento do pênis enorme diante dele. O médico tinha certeza que seu cérebro iria gravar cada segundo daquela exibição a fogo em sua memória.  

            Sherlock mexeu-se um pouco na beira da cama com um suspiro entrecortado, inclinando o corpo para trás, utilizando-se do apoio da mão esquerda sobre o colchão, enquanto bombeava com mais força o seu pênis que começava a exibir as primeiras gotas de pré-gozo, sentindo seu corpo ser vencido pelo peso da auto-estimulação que começava a minar o seu controle. Ele precisava durar mais para atingir a sua finalidade. Com esse fio de raciocínio, mesclado com escaldante necessidade de concluir seu ato, o moreno desacelerou a masturbação com um suspiro profundo que foi um misto de gemido e grunhido e encarou John que havia aberto o zíper da própria calça e libertado o pênis que agora estava em riste, largo e vermelho mostrando o quanto a cena lhe era estimulante.

            Sherlock deslizou a ponta do polegar pela glande do próprio pênis espalhando pré-gozo enquanto ofegava sem tirar os olhos do homem sentado na poltrona adiante dele. John gemeu e seu pênis pulou tocando seu ventre. O detetive sorriu, seu esposo estava no limite. Era hora de cortar o último fio de sanidade que lhe restava. O moreno voltou a fazer um túnel com os dedos e retomou o vai e vem masturbatório permitindo-se gemer e arfar com liberdade, pronunciando o nome do médico entre um gemido e outro com crescente agonia de prazer.   

Os movimentos da mão direita no pênis oleado do detetive produzia suaves sons viscosos eróticos que misturavam-se com os gemidos de Sherlock e as respirações pesadas do John em uma crescente cacofonia estimulante que invadiu a mente do médico e transformou seu sangue em lava derretida que correu como um bando de cavalos selvagens rumo ao ponto túrgido entre suas virilhas promovendo uma pressão insuportável que estourou acompanhada de um grito rouco que arranhou sua garganta, exaurindo-o como se fortes descargas elétricas houvessem varrido impiedosamente o seu corpo inteiro.

            Na névoa do impressionante orgasmo por estimulação visual pelo qual estava passando, John ainda forçou-se manter os olhos minimamente abertos para ter vislumbres da gloriosa visão do corpo corado de excitação diante dele ser sacudido violentamente pelo gozo de uma boa masturbação, depois a névoa o encobriu e ele ficou reduzido a um monte de músculos pesados e ofegantes afundados na poltrona.

            Sherlock havia ejaculado na beira da cama aplicando-se fortes bombeadas enquanto sacudia os quadris, totalmente entregue à sensação irresistível da satisfação e caiu de costas no colchão respirando pesadamente, suado e trêmulo. Ele não havia antecipado que masturbar-se para John seria tão satisfatório e extasiante.

            Ele deixou-se ficar ali no colchão, exausto tentando normalizar a respiração até sentir um peso ao seu lado e uma morna carícia de dedos fortes deslizar por sua face esquerda. Abriu os olhos ainda meio enevoados e encarou John que estada sentado ao seu lado com um sorriso satisfeito e amoroso nos lábios.

– Obrigado, Sherlock. Isso foi realmente fantástico. – o loiro disse afagando algumas mechas de cabelo negro que estavam desalinhados na testa do detetive.  

            Sherlock apenas suspirou apreciando o afago que foi seguido pelos lábios do médico que pressionaram os seus com lentidão e carinho enquanto deslizava a mão esquerda pelo seu peito nu, provocando-lhe despretensiosamente um dos mamilos que depois de alguns segundos recebendo atenção das pontas dos seus dedos, teve a presença de lábios quentes que distribuíram beijos em volta do botão rígido antes de sugá-lo com pressão moderada e muito carinho. O moreno gemeu sentindo o corpo ser revisitado pelo ardor da excitação.  

John suspendeu momentaneamente suas atenções para remover sua roupa, realizando a tarefa com notável rapidez e precisão antes de caminhar alguns passos até sua valise deixada perto da poltrona do quarto, catando algo dentro dela. Nos segundos que o médico levou para remover suas roupas e ir até sua valise, Sherlock arrastou-se para deitar-se mais confortavelmente no centro da cama acomodando a cabeça sobre um dos macios travesseiros encostados na cabeceira.

                        John seguiu Sherlock engatinhando por sobre o seu corpo, deitando-se com cuidado sobre ele, apreciando a agradável sensação de pele nua, sentindo uma nova excitação rastejar morna por suas veias. O médico ergueu o tronco apoiando-se nos cotovelos para olhar Sherlock que parecia adorável com o rubor do orgasmo recém obtido por meio de auto-estimulação, sua lassidão pós-gozo era irresistível e lhe deu vontade de voltar a acender as chamas do prazer naquele corpo novamente e vê-lo queimar em suas mãos.

            O médico abaixou-se e voltou a beijar o detetive com redobrada devoção, pressionando a língua entre os lábios do outro solicitando entrada que foi imediatamente concedida dando início a uma molhada e morna dança de línguas que eram sugadas e provadas entre gemidos e suspiros de satisfação.

            John afundou a mão direita nos cabelos de Sherlock, afagando-os com força moderada e deslizou a esquerda pela barriga do parceiro até sentir os pêlos pubianos, grossos e encaracolados, iniciando um lento afago na região que começou a mover-se numa dança rítmica de quadril enquanto a excitação crescia e enchia o membro adiante daquela região.

            Aquilo era bom, pensava Sherlock com olhos fechados, derretido com as carícias e beijos. Era excitante e acolhedor e ele podia perder-se por horas naquilo sem queixa. Esse pensamento foi momentaneamente cortado pelo afastar das mãos que o afagavam, seguido do som de algo sendo destampado acima dele.

            Sherlock abriu os olhos intrigado e viu John afundar  os dedos dentro de um pote com uma pasta vermelho translúcida muito sugestiva. O cheiro picante e doce que atingiu suas narinas não lhe deixou dúvidas: era geleia de pimenta. Antes que ele pudesse fazer qualquer comentário a respeito, John já havia lambuzado seu pênis semirrígido com a pasta, aplicando lentos movimentos masturbatórios que enviaram faíscas incandescentes para seu baixo ventre fazendo-o gemer e agarrar-se aos lençóis. Rapidamente a mão do médico foi substituída pelas atenções quentes e molhadas de sua língua que foi passada provocativamente da base para a ponta e da ponta para a base, provando-lhe o membro com o doce picante. Depois de recolher todo o produto, John colocou mais dele, caprichando na glande, sugando-a com vigor e desejo, fazendo Sherlock afundar a cabeça no travesseiro, agarrando o lençol da cama com ambas as mãos com mais força, enquanto lanceava os quadris para cima buscando afundar na cavidade oral do loiro. 

            John soltou a glande e começou a sugar com força a base do pênis de Sherlock, alternando a forte sucção com pequenas mordidas na virilha do homem que se contorcia e gemia tateando a cama como se nenhum apoio fosse suficiente para segurá-lo no plano da sanidade. O médico deixou suas mãos deslizarem pelas pernas do marido, massageando-as, aumentando o prazer que rasgava o corpo do detetive, soprando para longe seu controle. 

– Deus! John! Oh!

            Aproveitando-se da completa entrega do homem sob ele, John, ainda dedicando-se a sugar o falo do outro, pegou o óleo lubrificante utilizado por Sherlock pouco tempo atrás e untou seus dedos, introduzindo dois deles na abertura entre as nádegas do detetive.

– Oh! John!

            Sherlock arremeteu os quadris contra o toque e John sorriu vitorioso buscando os lábios do moreno, invadindo sua boca com vontade, deslizando sua língua por entre aqueles lábios molhados e carnudos, fazendo-o sentir o gosto de geleia de pimenta, enquanto afundava mais um dedo dentro do homem que gemia em meio ao beijo. O médico estava muito satisfeito com sua competente dominação sexual, levando Sherlock à loucura na cama quando teve o corpo subitamente jogado contra o colchão sendo espremido de forma rápida e habilidosa pelo moreno que pairou acima dele.

– Já chega de provocação. – Sherlock disse respirando pesadamente como um tigre selvagem sobre ele. – Agora é a minha vez de mostrar o que eu poderia ter feito com você naquela noite, neste quarto.  

            Dito isto, Sherlock pegou o óleo lubrificante e derramou uma boa quantidade entre os dedos.

– Eu devia ter amarrado você. – John resmungou torcendo um sorriso enquanto aguardava ser sondado pelos dedos do esposo.

Sherlock sorriu e desceu a mão oleada para o pênis ereto do loiro que o encarou surpreso. O moreno bombeou o membro largo e duro do médico por dois ou três segundos, espalhando o lubrificante por todo o seu comprimento e depois engatinhou para posicionar seu traseiro acima do duro falo que acabara de lambuzar. John instintivamente segurou as coxas magras de Sherlock e o assistiu ajustar o ponto de encaixe perfeito para iniciar uma cavalgada sobre ele.

O detetive mordeu o lábio enquanto descia empalando-se lentamente, permitindo a grossa ereção abrir espaço em seu reto, dilatando os músculos e promovendo pequenas pontadas de desconforto suportável até sentir as bolas inchadas do médico, tocar suas nádegas.

– Oh, Deus! Sherlock! Isso é muito bom! – John gemeu apertando as coxas do marido incentivando-o a manter o plano de cavalgá-lo.

            O detetive tomou algumas respirações profundas enquanto acostumava-se com a posição que era um misto de dominar e ser dominado. Então ele ergueu-se devagar com um leve estremecimento, permitindo o membro duro deslizar para fora do seu reto apenas alguns centímetros para depois deixar-se empalar novamente. Ele nunca havia experimentado essa posição que se revelou duplamente estimulante, ele podia se impor sobre o corpo abaixo dele, ao mesmo tempo que o corpo sob ele se imporia, invadindo-o, lhe exigindo posse. O pênis recebido naquele ângulo penetrava perturbadoramente de forma mais profunda e completa sem esforço, o peso do seu corpo facilitava a invasão que deslizava inexorável dentro dele até esmagar sua próstata de forma impiedosa. Sherlock grunhiu apertando os olhos.

– Sherlock?

– Está tudo bem, John. – o detetive afirmou tocando as mãos do esposo que apertavam suas coxas.

            Depois da pequena pausa, o detetive voltou a se mover com lentidão e cuidado, estudando o melhor ângulo e forma para se empalar no homem sob ele. Aos poucos seu corpo se adaptou com a novidade e pegou um gostoso ritmo quicante que imitava perfeitamente um cavaleiro a galope pulando sobre a sela do seu cavalo correndo em campo aberto.

            John que havia se permitido permanecer passivo aos movimentos do marido sobre ele, começava a perder o controle da sua passividade enquanto arremessava progressivamente os quadris para o auto para enfiar-se o mais fundo possível em Sherlock, assistindo a estimulante visão do homem suado, ruborizado e ofegante pulando sobre ele, entregue, recebendo todo o seu membro, fazendo-o tomar as rédeas e guiar seu cavaleiro para um delirante passeio quente e erótico.

            Sentindo-se sem forças para continuar a erguer e baixar os quadris rumo à ereção do médico, o moreno permitiu-se ser dominado por sua montaria que o arremessava para o alto com cada vez mais força e celeridade, realizando uma invasão tão poderosa que, se fosse possível, as bolas que batiam repetidamente em suas nádegas avermelhadas, teriam conseguido invadir sua entrada. John era um amante vigoroso.

            Sherlock balbuciava incoerências enquanto o loiro aumentava o ritmo de suas penetrações abaixo dele, sentindo a aproximação do maremoto de um sufocante orgasmo se aproximando e a forma como as paredes retais de Sherlock contraiam-se em torno do seu pênis, lhe dava sinal de que o homem também estava na borda do gozo.

            Uma rápida olhada no falo túrgido do moreno fez John se apressar, a glande liberava o primeiro jato de esperma enquanto Sherlock arqueava-se para trás com um grito rouco derramando mais do seu sêmen sobre a barriga do médico.

            John apertou com mais força as coxas do marido e introduziu seu pênis para dentro do homem com mais rapidez, potencializando o orgasmo do parceiro que prolongou-se por mais alguns segundos até que ele mesmo sentiu-se dissolver dentro de uma onda ofuscante de orgasmo.

            Quando John voltou a si, havia um Sherlock ofegante esparramado sobre o seu peito e ambos tremiam pela força das sensações experimentadas há poucos instantes.

– Você está bem? – John perguntou afagando os cabelos desordenados e úmidos do detetive.

– Apenas exausto... – Sherlock murmurou com a boca meio amassada no peito do médico.

            John sorriu e continuou a fazer cafuné na cabeça do detetive até senti-lo adormecer.  

O loiro moveu-o cuidadosamente para o lado ajustando confortavelmente a cabeça do moreno sobre um travesseiro.  Realmente o homem estava exausto, pois não esboçou nenhuma reação à mudança de posição. O loiro sentou observando o marido dormir pesadamente, por mais que o casamento tenha sido um dia feliz para ambos sabia que participar de uma cerimônia daquele tipo podia ter exigido um pouco mais de Sherlock do que alguém poderia supor. Ele submeteu-se a uma festa de casamento cheia de pessoas e convenções, por John, para deixá-lo contente, e isso cobrou um pouco mais de suas energias do que das do médico.

            John levantou-se alongou o corpo e foi para o banheiro, pois precisava de um banho, estava coberto de esperma. Depois de uma ducha rápida, enxugou-se, pôs um roupão felpudo, pegou uma toalha pequena e foi para o quarto.

            Sherlock continuava dormindo profundamente e John dedicou-se a limpá-lo. Terminado o serviço, o médico olhou para as coxas do homem adormecido, constatando visíveis marcas nos locais onde suas mãos o apertaram. Ele tinha certeza que aquilo se tornaria doloroso no dia seguinte e esperava que Sherlock não se queixasse com ele por isso.  

            Ele não estava com sono, mesmo depois de dois orgasmos poderosos, sentia-se elétrico, cheio de uma felicidade esfuziante que o fazia querer gritar para toda a Londres que Sherlock Holmes era seu e o símbolo dourado disso reluzia em seu dedo anelar. Ele estava orgulhoso, e sabia que seria um problema lidar com esse orgulho por alguns dias, sabia que essa esmagadora felicidade iria fazê-lo parecer um bobo por várias semanas, mas não se importava, ele não via o menor problema nesse fato.

             Pensando em sua grande satisfação de haver se unido matrimonialmente ao seu melhor amigo, John se aproximou de uma das grandes janelas do quarto, um ponto envidraçado de alto a baixo com vidro cristalino e espesso que abria uma visão belíssima e impressionante do céu noturno. John perdeu-se por um prolongado tempo naquela visão com se a visse pela primeira vez.

– Ver você nesse roupão de banho me dá ideias sabia? – Sherlock afirmou chegando por trás, abraçando-o e dando-lhe um beijo na nuca.

– Você parece ter acorda bem animado. – John respondeu sentindo o corpo nu do parceiro tocar as suas cortas.  

– Não imagina o quanto. – o detetive respondeu esfregando as mãos na região traseira do loiro vestido no roupão, enquanto olhava para o céu através da vidraça. – apreciando as estrelas?

– Sim, elas são lindas vistas daqui, dá a sensação de estarem mais próximas.  

– Eu posso levá-lo mais perto delas. – Sherlock afirmou pretensioso dando o beijo no ombro do médico.

– É mesmo? Como?  

– Observe e sinta. – o homem disse deslizando as mãos para frente do loiro para desatar a faixa que mantinha o roupão fechado.

            Sherlock deixou a faixa cair e tateou a barriga do médico deslizando seu toque até ter acesso ao sexo do esposo que liberou um suspiro estremecido ao sentir a mão de dedos longos massagear seu pênis que foi ficando duro e ereto em poucos instantes.

            Lábios quentes aplicaram beijos abertos em sua nuca arrepiando-o por completo, fazendo-o sentir as pernas amolecerem o que o forçou a apoiar as mãos no espesso vidro da janela pela qual estivera observando o céu noturno de Londres.

            Quando ele estava reduzido a suspiros e pequenos gemidos de satisfação, Sherlock deixou de masturbá-lo e ergueu a parte de trás do roupão que cobria seu traseiro e esfregou sua ereção no vale formado pelas nádegas redondas, possibilitando John notar que o membro estava liso e o cheio de sândalo que ganhou suas narinas o fez ter certeza de que o homem havia passado lubrificante em seu pênis antes de abordá-lo na janela do quarto. Essa dedução o deixou terrivelmente mais excitado.

            Depois de esfregar o falo por alguns instantes entre as nádegas do loiro, Sherlock pressionou a ponta da ereção na sua entrada aprumando o encaixe, depois alcançou as mãos do médico que estavam espalmadas na vidraça da janela e entrelaçou-as com as suas firmemente e empurrou sua ereção para dentro do buraco, atravessando toda a sua extensão com um único movimento hábil e fluido.

 – Oh! Céus! – John arquejou contorcendo-se entre Sherlock e a vidraça da janela.

– Já está se sentindo perto das estrelas, John?   

– Ora, seu convencido. – John protestou ofegando.

– Oh, vejo que ainda não o suficiente, mas eu posso te levar mais perto. – Sherlock respondeu com sensual arrogância deslizando seu pênis para fora do loiro para voltar a estocá-lo profundamente.

            John gemeu apertando os dedos que o detetive entrelaçara nos seus pressionando suas mãos sobre a superfície vítrea transparente que lhes dava uma bonita visão da grande Londres pontilhada de luzes sobre a qual se abria um céu maravilhoso pontilhado de estrelas.

            Se houvesse algum funcionário de plantão no imponente prédio comercial à frente do Hotel Queen Mary, no andar que dava de frente paras a ampla janela onde o corpo de John Watson era pressionado contra o vidro repetidamente, o plantonista poderia afirmar que, apesar da distância, poderia jurar que havia dois homens transando descaradamente na vidraça de um dos quartos do hotel vizinho. Mas não havia ninguém e só as estrelas no céu de Londres testemunhavam John grudado e com o pênis amassado contra a vidraça daquela janela, sendo sacudido freneticamente pelas penetrações de Sherlock até um líquido branco e espesso estourar na superfície transparente.

            John quase deslizou para o chão, mas Sherlock o segurou, suspendendo as penetrações por alguns instantes, mas conservando-se encaixado profundamente no marido.  

– Então? Chegou perto o suficiente, John? – o moreno perguntou ao pé do seu ouvido.

– Muito... muito perto. – John murmurou ainda recuperando o fôlego.

– Bom. – o moreno respondeu removendo seu pênis de dentro do loiro. – venha para a sala comigo. – ele pediu.

            John aprumou-se, despiu-se do roupão e seguiu Sherlock para a sala admirando a sensual elegância com a qual Sherlock caminhava nu à sua frente.

– Sente-se no tapete.

            Havia uma bonita lareira a gás de frente para o espaçoso sofá de veludo e entre eles, espalhava-se um felpudo tapete. O moreno foi até ela e a acendeu e depois foi para a mesa de frutas separando e fatiando algumas.

– Está com fome? – ele perguntou trazendo um prato de louça com uma variedade colorida de frutos fatiados.

 – Não necessariamente, ainda estou digerindo a comida da festa do nosso casamento. – John respondeu rindo lembrando que há poucas horas ambos estiveram no meio de uma festa, rodeados por parentes e amigos em Bristol e agora estavam ali, pelados e sentados sobre um tapete confortável de frente a uma lareira acessa.

Seu coração aqueceu enormemente com a percepção clara da sua nova realidade. Ele estava casado com Sherlock Holmes. Ele sonhou esse sonho tantas vezes e tantas vezes tentou se convencer do absurdo desse sonho, e agora eles estavam ali, ligados por um laço a mais entre tantos que os costuravam juntos.

– Bem, eu estou com apetite – Sherlock disse pegando uma cereja escarlate entre os dedos. – na verdade, dois tipos de apetite, John. – o moreno acrescentou e John finalmente deu atenção à grande ereção que Sherlock mantinha entre as pernas. 

– Então sirva-se, meu caro. – John declarou deitando-se no tapete após ter agarrado uma almofada do sofá para apoiar sua cabeça.

            O médico sentiu, com um leve estremecimento, fatias suculentas de pêssego serem distribuídas sobre o seu peito e uma rechonchuda cereja ser depositada em seu umbigo, sobre suas coxas foram postas ameixas frescas e fartas bagas de mangostão equilibraram-se em seu baixo ventre. Sherlock pairou sobre ele lambendo os lábios com visível satisfação e desejo enquanto John mantinha-se relaxado e disposto a ser devorado pelo moreno.

            O detetive deu início a sua refeição. Baixou a boca para colher uma fatia de pêssego sobre o mamilo esquerdo do loiro, engolindo-o e depois lambendo o suco que ficara sobre a região, repetiu o mesmo processo no lado direito do corpo do parceiro e foi catando outras pequenas fatias na barriga até chegar à obscena cereja encaixada no umbigo.  Ele soprou ar quente sobre o local arrepiando John, depois catou o pequeno fruto com os dentes e o levou até a boca do esposo para compartilhá-la. O loiro mordeu metade da cereja e depois aceitou o beijo que o moreno pressionou em seus lábios e ambos partilharam o sabor do pequeno fruto em meio a uma dança erótica de línguas que durou alguns segundos, antes do moreno afastar-se para consumir as ameixas nas coxas do loiro e por fim pairar sobre as bagas de mangostão em seu baixo ventre.

            A boca morna e úmida baixou cuidadosa para sorver a iguaria, lambendo depois o suco que ficara na pele dourada que o servira.

            Um apetite havia sido satisfeito e as mãos de Sherlock deslizando pela cintura do parceiro dava sinal de que estava prestes a buscar satisfazer o outro. Ele ergueu os quadris do loiro, buscando um bom ângulo e afundou-se nele com ansiedade, arrancando um rápido gemido de surpresa por parte do médico. Sherlock penetrou-o ritmicamente enquanto se deixava envolver pela excitante canção do impacto da sua virilha nas nádegas do homem sob ele e os gemidos que este espalhava na sala totalmente entregue à sua fome.

            John era um bom homem, Sherlock pensava enquanto abalava aquele corpo compacto com repetidas e firmes penetrações. O médico era uma perigosa mistura de sujeito calmo e equilibrado com um soldado determinado e pronto para reduzir a ossos partidos e uma possa de sangue quem ousasse ferir seus sentimentos. John era como um vulcão adormecido por baixo de uma fina camada de grama verdejante no campo. Mistura alento e ameaça em um só, isso explica por que foi fácil viciar-se nele, John podia alentar e ser muito mais devastador que a cocaína em seu corpo. Ele podia se manter longe da cocaína e nunca mais voltar para ela, mas tinha uma certeza assustadora de que não seria capaz de se afastar de John Watson, isso era um fato, Sherlock pensou arremessando-se com mais força para dentro do médico que gritava e ofegava suado sobre o tapete, pronunciando o nome dele com reverência. John Watson nunca foi sua fraqueza, John Watson é aquilo que o faz verdadeiramente forte. O detetive concluiu aplicando golpes mais rudes e erráticos entre as nádegas do marido.  

– John! – Sherlock soluçou mordendo o pescoço do médico enquanto despejava seu esperma em longas e firmes bombeadas dentro do loiro que cravou as unhas nas costas dele com um grunhido áspero esvaziando-se também.

            Os dois permaneceram longos minutos esparramados no tapete equilibrando o ritmo cardiorrespiratório sentindo o calor das chamas da lareira acariciar seus corpos úmidos. 

– Acho que vou mancar um pouco por algumas horas depois dessa. – John murmurou depois de alguns minutos.

– Desculpe.

– Não se desculpe, foi gostoso e eu vou te fazer mancar também depois que eu te mostrar o que eu pensei em fazer com você no banheiro grandão que essa suíte tem. – o médico respondeu com um riso sacana nos lábios.

– Estou ansioso por essa demonstração, meu caro.    

– Meu Deus, nós somos dois insaciáveis pervertidos! – John comentou virando-se de lado para olhar Sherlock que continua olhando para o alto.

– Somos apenas um casal saudável e cheio de energia, John, não distorça as coisas. – o moreno pontuou e depois bocejou.

– Não podemos dormir no tapete, Sherlock.

– Por que não? Ele é confortável. – o moreno rebateu fechando os olhos.

– Tem uma cama enorme e muito mais confortável no quarto ao lado, é um crime trocá-la por este tapete.

– Tem razão. – Sherlock respondeu se levantando e ajudando John se erguer.

            Os dois foram para o quarto e afundaram na cama macia, cada um buscando automaticamente um encaixe no corpo do outro, para segundos depois adormecerem abraçados sob os lençóis, usufruindo o seu primeiro sono de casados.

            Na manhã seguinte, os dois tomaram banho bem cedo e John apresentou a Sherlock um enorme espelho que revertia uma ampla parede da espaçosa banheira de hidromassagem e, em poucos minutos, John mostrou qual fantasia havia se estabelecido em sua mente quanto esteve naquele banheiro pela primeira vez.

            A água na banheira espumava com o embalo da hidromassagem, enquanto Sherlock estava posicionado ajoelhado de frente para o espelho com John grudado em suas costas, segurando-o com força enquanto penetrava-o com vigor, apoiando o queixo em seu ombro para assistir o reflexo de ambos em volvidos em sexo matinal na banheira. John tinha que admitir para si que aquele reflexo era mais excitante e satisfatório que qualquer vídeo pornô que ele já tinha assistido até aquele dia. A visão dos dois era intoxicante. Sherlock gemia, ofegava e apertava os olhos com o ritmo forte de estocadas a que estava sendo submetido na banheira e tinha pequenos vislumbres de sua imagem desfeita em prazer no espelho diante dele enquanto se agarrava aos braços fortes que se mantinham firmemente enrolados sobre sua barriga. Em instantes, o moreno sentiu seu interior ser invadido por um calor viscoso, precedido de uma mordida em seu ombro. John o apertou grunhindo por alguns segundos antes de aliviar seu agarre e sentar na banheira pondo-o em seu colo ainda de frente ao espelho.

            O detetive descansou a cabeça no peito do médico e murmurou:

– Eu vou mancar depois dessa.

– Então estamos quites. – John respondeu divertido.

– Sim, estamos. – o detetive respondeu movendo-se um pouco no colo do médico, tateando a própria ereção ainda por satisfazer.

– Não. – John falou afastando a mão do marido. – Deixa que eu faço isso por você.

            Sherlock permitiu o toque, relaxando sobre o peito do loiro que começou a masturbá-lo lentamente enquanto distribuía beijos no ombro que havia mordido no momento do seu clímax. O detetive fechou os olhos e deixou-se embeber pela deliciosa sensação da mão do loiro em sua ereção. Em poucos instantes, ele arqueou com um suspiro trêmulo, ejaculando e amoleceu novamente no colo do parceiro.

            Terminaram o banho e foram tomar café. Sobre a mesa, além de lauda refeição, havia alguns periódicos do dia. John catou um deles e quase engasgou com o biscoito posto na boca. Na capa havia uma foto dele e de Sherlock diante do juiz de paz encimado por uma enorme legenda que dizia: “Dr. John Watson, o médico solteirão, matrimoniou-se com o detetive Sherlock Holmes – como ele conseguiu?”, no outro jornal havia uma foto dos dois e a legenda: “Não era só platônico, os rapazes da Baker Street casaram-se em Bristol!”.

– Meu Deus, Sherlock, você já viu como estão os jornais hoje? Não tem nem vinte e quatro horas que casamos e a notícia já está em toda parte. Nós nem deixamos jornalistas terem acesso ao nosso casamento!

– Mas não confiscamos os celulares dos convidados. – Sherlock respondeu calmamente tomando um gole de chá.

– É verdade...

– Não demora nada e uma turba de repórteres estará neste hotel se acotovelando por uma foto íntima nossa. – o detetive continuou.

– Jesus! – John exclamou jogando o jornal para o lado.

– Mas não se preocupe, já estamos de saída.

– Como assim? Se voltarmos para o 211B, os encontraremos acampados bem diante da nossa porta.

– É óbvio. Por isso mesmo reservei um quarto espaçoso numa pousada simpática em Cambridge, temos um passeio de barco às quinze horas de hoje no rio Cam, uma volta completa por alguns pontos muito interessantes da cidade universitária. O passeio está reservado só para nós dois. – o detetive pontuou levando mais chá aos lábios.

– Espera aí, quando foi que você fez essas reservas?

– Ontem antes de me vestir para o casamento. Continuaremos nossa lua de mel lá, nossas atividades aqui foram apenas para satisfazer algumas de nossas fantasias. Lembrei que você manifestou interesse de ficar mais tempo em Cambridge naquela vez que passamos por lá rapidamente para despistar os espiões russos no caso do vendedor de livros.

– Você é um romântico, Sherlock. Não negue isso. – John declarou rindo.

            Os dois terminaram o café, arrumaram-se e partiram para Cambridge para uma deliciosa aventura romântica e erótica que envolveu extensamente as habilidades de Sherlock no quesito despistar repórteres abelhudos e conseguir encontrar lugares interessantes e reservados para momentos íntimos com seu marido. John Watson e Sherlock Holmes irradiavam felicidade e serenidade quando voltaram para a Baker Street uma semana depois, para estabelecer a rotina de sua nova fase da vida, a de homens casados.

Fim.    


Notas Finais


Acabou a terceira temporada! Espero que tenham apreciado as aventuras desses dois fofinhos até aqui. Quero agradecer as pessoas que dedicaram alguns minutos para compartilhar suas impressões de leitura comigo, muito obrigada! Vou sentir falta de vocês!
Convido aqueles que ficaram tímidos ao longo desta temporada a manifestar suas impressões sobre “o médico louco” nesse fechamento de hoje, suas impressões sobre essa aventura que termina onde outra começa na vida desse casal fantástico, são muito importantes para mim.
Muitos beijos, um forte abraço e uma chuva de pétalas de flores de cerejeiras para a galera que acompanhou esta fanfic! Já estou com saudade!
Alma ama vocês <3 :D


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