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História O Médico Louco - Memórias


Escrita por: Almafrenz

Notas do Autor


Atualização chegando à área, (a internet amanheceu de mau humor por isso a demorar da postagem neste sábado...) boa leitura, pessoas amadas!

Capítulo 5 - Memórias


Fanfic / Fanfiction O Médico Louco - Memórias

Dr. John Watson nunca foi um homem impressionável, o que lhe possibilitou sobreviver aos horrores da guerra do Afeganistão sem perder completamente a sanidade como alguns de seus colegas que acabaram sendo recolhidos a hospitais de tratamento psiquiátrico. No entanto, sua quarta noite de pesadelos estava cobrando uma parcela de sua sanidade.

Ao despertar mais uma vez com os estremecimentos de morte da pessoa que morria degolada repetidamente diante dele, o médico passou a ter uma vaga sensação desagradável de que estava sendo observado e isso o fez decidir marcar urgentemente uma visita a sua terapeuta.

– Há meses não nos vemos, Sr. Watson. – comentou a terapeuta ao recebê-lo em sua sala fazendo um gesto para que se acomodasse na poltrona diante dela.

– Eu sei... é que eu estava me sentindo bem...

– Mas agora não está, o que mudou?

            John suspirou profundamente e discorreu sobre os acontecimentos dos últimos dias e os estranhos sonhos e visões que o têm perseguido desde então. O que ele conseguiu ao final de seus relatos e queixas foi uma receita de ansiolíticos e calmantes somados ao diagnóstico de transtorno delirante persecutório. Este último dado, claramente não foi passado de boa vontade ao médico que não teve nenhuma dificuldade em ler o diagnóstico de cabeça para baixo no bloco de notas da especialista sentada diante dele. O loiro sentiu-se murchar internamente com aquelas três palavras.

            Depois de passar pela farmácia a poucos quarteirões do consultório e comprar obedientemente os remédios prescritos, John seguiu para seu turno no Barts. A portaria estava calma e os corredores quase desertos, o final daquele outono em Londres estava sendo agradavelmente calmo para os plantões médicos e John estava dando graças a Deus por isso. Ele ia a passos pequenos refletindo sobre sua visita à terapeuta e seu diagnóstico quando esbarrou em alguém no canto do corredor no sentido dos vestiários, o impacto o fez desequilibrar-se de modo que o pacote de remédios sacou para o chão produzindo um barulho de comprimidos chacoalhando violentamente dentro de seus frascos.

– Oh! Me desculpe! – uma mulher ruiva implorou catando agilmente os frascos de remédios que rolaram para fora do pacote no piso.

– Sarah? – John perguntou surpreso quando a mulher se ergueu com os frascos.

– John? Oh! Que bom rever você! – ela declarou abrindo um largo sorriso que esmoreceu ao observar os rótulos dos remédios que mantinha em mãos – Você está tomando isso?

– É, estou... obrigado por juntar. – o médico respondeu sem jeito catando os frascos das mãos da mulher.

– Pensei que você não precisasse mais desse tipo de medicação, você tinha parado um tempo atrás, estava muito bem...

– É, eu estive mesmo, mas algumas coisas aconteceram e eu estou precisando de alguns comprimidos, vai passar logo. – John respondeu nada convicto e Sarah percebeu.

– Vai sim. Então você dá plantão aqui, não é? Faz tempo que a gente não se vê, perdemos contato desde aquele caso que seu amigo estranho estava investigando, o que mesmo ele estava buscando naquele tempo?

– Um palito de cabelo feito de jade, valia milhões. – o médico respondeu com um sorriso saudoso lembrando-se da proeza de Sherlock naquele caso.

– Quase morremos. – Ela riu. – Eu estou substituindo uma amiga no Barts por uns dias, ela precisou viajar para resolver problemas familiares.

– Oh, espero que ela consiga resolver tudo.

– Claro, torço por isso. Bem... já que seremos colegas de serviço no mesmo hospital por uns dias...a gente bem que podia ir tomar alguma coisa depois do expediente de hoje para lembrar aquela época do tal palito de jade, o que acha? – a médica convidou com um enorme sorriso simpático.

– Acho uma ótima ideia. – John afirmou subitamente animado com a perspectiva de sair para distrair-se.

– Maravilha, então depois do expediente a gente se encontra. – a ruiva disse com uma piscadela de olho deixando John seguir para o vestiário masculino.

            Minutos depois, um Sherlock muito irritado sacou pelas portas do necrotério desafivelando o cinto da calça e puxando-o com violência diante do olhar assustado da patologista que segurava um pote com um par de rins em formol.

– Um cadáver, Molly. – o moreno exigiu agitado.

– O quê? – a mulher indagou confusa.

– Quero um cadáver para chicotear, agora!

– Ok.  Dia ruim... – ela murmurou.   

            O detetive iniciou a sua sessão de golpes de cinto no corpo de um indigente deixado no Barts há poucas horas, enquanto Molly e Lestrade, que havia chegando com o detetive, assistiam a cena, um tanto horrorizados através da janela diante da sala onde o sádico suposto experimento de Sherlock se desenrolava com extraordinária energia.

– Você ficou sabendo? – Lestrade murmurou para Molly ao seu lado.

– Do quê?

– O John e o Sherlock...

– Ah, sim, fiquei sabendo. Eles brigaram.

– O Sherlock disse que foi só uma divergência de opinião.

            Molly olhou para ele significativamente como quem perguntava: “sério que você acreditou que foi só isso?”.

– E ele disse sobre o quê? – a mulher inquiriu.

– Não, mas a Sra. Hudson me disse. O Sherlock não quis casar. Se eu fosse levar minha experiência pessoal com casamento, eu também não ficaria muito animado em casar.

– Só porque seu primeiro casamento não deu certo, não quer dizer que um segundo não pode ser bom. – Molly pontuou.

– É, pode ser. Não estou dizendo que eu esteja fecho a essa possibilidade. – o inspetor disse encarando longamente a patologista. 

– Acho que o Sherlock sofre de gamofobia. – Molly disse voltando a olhar o detetive dar repetidos golpes de cinto no corpo estendido na maca de autópsia.

– Gamo o quê? – Lestrade franziu a testa tentando entender.

– Gamofobia, medo irracional de casamento. – Molly esclareceu.

– Você acha que o Sherlock está com medo de casar e por isso ele discutiu com o John?

– Mais ou menos isso. Sherlock realmente ama o John, ele só não conseguiu lidar direito com a questão. Ele é um gênio para muitas coisas, mas para o amor... ele ainda está aprendendo algumas coisas.    

– E como pode ter tanta certeza desse amor?

– Sherlock é um demisexual. – Molly afirmou como se isso explicasse tudo.

– Meu Deus, outro nome estranho... – Greg murmurou esperando a tradução.

– Um demisexual é uma pessoa que não sente atração sexual, a não ser que alguém  desperte e estabeleça com ele um forte vínculo emocional. E o desejo está voltado somente para essa pessoa com a qual ele estabeleceu essa forte ligação, ou seja, ele não se sente sexualmente atraído por mais ninguém além desse indivíduo, entende?

– Caramba, essa eu não sabia. – Lestrade admirou-se.

– Pouca gente conhece essa categoria. Devo confessar que o fato do Sherlock nunca ter demonstrado desejo sexual por quem quer que seja, me fez pensar por muito tempo que ele fosse assexual, mas depois que o John apareceu, vi que estava enganada. – Molly concluiu.  

– Quer dizer que, com ele, tem o lance de exclusividade e sexo só rola depois de se apaixonar?

– É por aí. Romântico, né? – Molly sorriu e depois acrescentou com expressão sonhadora. – Eu queria um desses para mim.

– Sei...  – Greg comentou observando Sherlock parar de atacar o cadáver e escorar-se na maca ofegante e suado pelo esforço físico empregado no ato de chicotear sucessivamente o morto.  

            O inspetor sabia muito bem que o detetive já havia realizado o experimento do surgimento de hematomas em um cadáver, já tinha feito uma detalhada catalogação de todos os efeitos dos golpes de chicote em um indivíduo morto e não havia nenhuma necessidade de refazer o experimento, além disso, eles estavam ali para experimentos químicos e não biológicos. Toda aquela agitação descarregada no defunto recém-chegado ao Barts era resultado da visão que o detetive teve assim que entrou no hospital: John conversando alegremente com a ex-namorada ruiva que quase foi atravessada por um arpão durante o caso do palito de jade que o médico tão pitorescamente intitulou de “O banqueiro cego” para publicar em seu blog. Para Lestrade, o detetive não estava reagindo bem à visão sorridente e descontraída do namorado junto a uma ex-namorada bonita e aparentemente disponível.

            Cansado e suado, Sherlock foi para o laboratório onde não produziu grande coisa, no mais, quebrou alguns tubos de ensaio e distraiu-se repetidamente dos seus cálculos de modo que, no final daquele dia, o detetive acabou sozinho na sala.

Lestrade foi o primeiro a dar o fora, a Yard o chamava, disse ele ao sair minutos depois que Sherlock entrou para o laboratório e quebrou o primeiro tubo de ensaio, Molly escapuliu meia hora depois e o homem não percebeu a saída ou ausência de nenhum deles. Sentia-se agitado e necessitado de algo para acalmar-se. Ele escorou as mãos espalmadas no balcão de exames e fechou os olhos buscando trazer centralidade lógica aos seus pensamentos. Repetiu os elementos da tabela periódica na ordem padrão e na ordem inversa, para equilibra-se como quem conta carneiros para dormir, repetiu mentalmente a extensa variação de fios de algodão cultivados em diversos países, recapitulou o composto químico de alguns venenos por ordem de letalidade e até reproduziu mentalmente uma área musical muito complexa, mas nada conseguiu lhe dar a calma que buscava.

Ele empurrou-se para longe do balcão e começou a caminhar de um lado para o outro como um tigre dentro de uma jaula pequena. Ele precisava de algo para se acalmar e o cigarro sempre tinha lhe ajudado nisso um tempo atrás, então, como a inquietação em sua mente parecia não ter fim, ele saiu para obter um pouco de nicotina.

            Depois de tragar meia dúzia de cigarros escorado na parede externa do lado leste do Barts olhando o céu limpo ficar pontilhado de estrelas e sentir-se meio tonto com a rapidez com a qual os consumiu, Sherlock continuou com a sensação de necessidade devorando sua mente e aquilo o deixou assustado. A dedução era óbvia, seu vício havia mudado.

            Era final de expediente e John estava animado com a perspectiva de um encontro alegre com sua ex-namorada. Sarah era uma pessoa legal e divertida, ele tinha a sensação de que dormiria melhor depois desse encontro. O médico recolheu o receituário da mesa e o guardou sorridente dentro da sua primeira gaveta no lado esquerdo e depois se ergueu pronto para ir ao vestiário deixar o jaleco, pegar seu casaco e encontrar-se com Sarah.

Ele estava no meio da sala quando sua porta abriu e um homem alto e agitado passou por ela trancando-a em seguida.

– O que você quer? – John perguntou surpreso com a visita.

– Conversar. – Sherlock respondeu dando um passo na direção do loiro que se manteve em seu lugar encarando-o de forma desafiadora.

– Não estou no clima para isso ainda, eu pedi um tempo, lembra?

– Está sendo infantil, John.

– Genial! Pronto, era só isso que queria dizer? Agora saia que eu tenho mais o que fazer. – John afirmou rodeando Sherlock para postar-se ao lado da porta apontando-a em claro convite para que o homem se retirasse.  

– Não, você não tem. Seu último paciente saiu há vinte minutos e você dispensou sua secretária assim que ele saiu porque ela disse ter uma hora marcada com o dentista que na verdade é amante dela, ele parece ter dinheiro, pois ela estava usando um caro cordão de ouro, e os dois devem estar transando em um motel qualquer neste exato momento.

– Certo, quer dizer que agora deu para espionar a mim e a minha secretária? Você deve estar com muito tédio mesmo... – John comentou esticando a mão para abrir a porta. – Bem, se você não vai sair, eu vou.  

– John, espere. – o detetive pediu agarrando o médico pelo braço fazendo-o parar.

– Sherlock, é sério, eu ainda estou chateado e esse não é o melhor momento para...

            John não pôde terminar sua frase, pois Sherlock o puxou e atirou na parede e pressionou seus lábios juntos roubando o fôlego do médico que tentou forçar o corpo para fora da pressão realizada pelo detetive, mas foi detido por duas mãos longas que prenderam seus pulsos com força na parede fazendo-o grunhir dentro do beijo.

– Me ouça... – Sherlock pediu desgrudando os lábios da boca do médico que buscou avidamente por ar ainda forçando os pulsos em busca de liberdade.

- Jesus! Já chega, Sherlock... me libere, já disse que não estou com espírito para essa conversa. Eu pedi um tempo! – o médico insistiu.

– E eu não vou te dar.

            Sherlock voltou a sufocá-lo com beijos fazendo-o sentir-se preso em tonturas que ameaçavam derrubá-lo. O moreno era persuasivo em seus movimentos, esfregando-se no corpo menor preso na parede enquanto afundava a língua por entre os lábios do médico, aprofundando seu beijo de forma voraz, possessiva e rude, fazendo John sentir o sabor desagradável de nicotina tomar seu paladar, dando-lhe a certeza de que Sherlock andava ansioso e tentou amenizar isso com cigarros. Por alguns segundos sentiu pena, mas logo depois a raiva voltou a ferver em seu sangue.

– Pare, Sherlock! – o loiro grunhiu forçando o rosto para o lado sendo perseguido pelos lábios do moreno. – ...oh, Cristo! – o loiro gemeu sob o ataque de lábios sedentos. –  Eu não quero isso... pare.

– Certeza? – O detetive soltou um dos pulsos do médico e deslizou a mão direita para um ponto notavelmente volumoso entre as pernas do loiro, destacando que o corpo do ex-militar gritava o contrário e John sentiu-se profundamente enraivecido pela resposta animada do seu pênis ao toque do moreno. 

– Isso não quer dizer muita coisa... Ereções também se formam pela pressão de uma bexiga cheia, então... é melhor você me largar, eu...

– Está mentindo, John. – Sherlock pontuou afundando o nariz no pescoço do médico aspirando seu cheiro e roçando os lábios na pele já bastante avermelhada enquanto massageava diligentemente a ereção do loiro por cima dos tecidos.

 John tentava bravamente sufocar os gemidos que se espremiam em sua garganta, sua mão livre se agarrou ao reboco da parede como se quisesse perfurá-lo enquanto a mão de dedos longos apertava-lhe diligentemente seu volume peniano fazendo movimentos de bombeamento ascendente, localizando e pressionando eventualmente sua glande espremida em suas calças.

O médico sentiu as pernas enfraquecerem e o corpo tremer de necessidade e quando pensou que perderia o equilíbrio, foi repentinamente arrancado da superfície vertical e atirado de bruços contra a maca de exames no canto da sala.   

            Antes que ele pudesse compreender o ocorrido e se erguer, sentiu o longo corpo de Sherlock capturá-lo por trás segurando-o na posição reclinada na beira da maca enquanto distribuía beijos abertos em sua nuca e alisava seu corpo fazendo-o sentir a necessidade de satisfação crescer como um monstro assustador dentro dele, um monstro que ele ainda estava disposto a expulsar.

– Pare... – o loiro engasgou espremendo os olhos sentindo a mão de dedos longos massagearem sua ereção túrgida por cima dos tecidos que a comprimiam. – Aqui não... por favor, pode aparecer alguém...

– Não vai aparecer. – Sherlock garantiu em um tom de voz grave e quente ao pé do seu ouvido enquanto desfazia o cinto e o zíper das calças do médico puxando e deixando-a cair até os joelhos do homem reclinado e ofegante sobre o colchão fino. 

As nádegas do loiro foram alisadas pela mão esquerda do moreno enquanto a direita se ocupava com a delirante tarefa de deslizar pela extensão do falo do parceiro curvado sobre a maca. John espremeu a boca sobre o lençol fino tentando abafar seus gemidos, mas os movimentos hábeis e excitantes do detetive em seu pênis estavam deixando a tarefa cada vez mais impossível. A masturbação somada a beijos na nuca e afagos em suas nádegas e testículos, estava levando o médico ao ponto de perda de sentidos, ele estava totalmente afogado em tanto prazer e necessidade que tinha a sensação de magma incandescente rasgando suas veias e ondas de choque delirante entorpecendo seu cérebro. Seu falo duro contraia-se pronto para libertá-lo do acúmulo de prazer quase doloroso, mas Sherlock parou suas ministrações deixando John ofegante, curvado sobre a maca.

Por alguns segundos, o longo corpo do detetive se afastou dele. John pôde ouvir os passos do homem em torno da sala procurando por algo. O médico sabia o que era e sabia que Sherlock não precisava da ajuda dele para encontrar. Instantes depois, Sherlock voltou a se colocar atrás dele. O loiro ouviu o zíper do detetive ser aberto com pressa, os tecidos da calça social e da cueca serem arrastados para baixo ao longo das pernas do homem e um som úmido e obsceno de vaselina ser esfregada sobre um pênis ereto.

Enquanto John sabia-se estar sendo observado pelo homem que lubrificava ansiosamente o próprio pênis atrás dele, o médico permaneceu ocupado em recuperar o fôlego repentinamente tão escasso para ele.

Foram doze segundos, esse foi o tempo para o homem atrás dele desnudar-se das calças e passar bastante vaselina no falo duro com intenção de concluir o ato com o médico. Doze segundos era tempo mais do que suficiente para John se erguer e sair da sala, frustrando as intenções do detetive presunçoso e arrogante que o enlouquecia com apenas meia dúzia de beijos e amassos. Doze segundos em que Sherlock aguardou John erguer-se da maca, rejeitando-o, ele respeitaria a decisão, mesmo tão necessitado. Doze segundos nos quais John pôde constatar o quanto estava perdido, pois não conseguiu sair da sua posição recurvada e ofegante... ele desejava concluir o que eles tinham acabado de começar, já não importava o quão chateado ainda estava, ele queria. Ele se tornou viciado nas sensações que o moreno lhe fornecia. 

Seus pensamentos entraram num turbilhão incoerente quando a ereção quente de Sherlock afundou-se em seu reto em um movimento fluído e profundo, dilatando febrilmente seus músculos internos. John soluçou apertando os lábios no colchão e Sherlock gemeu guturalmente apertando o quadril do médico forçando-se o mais fundo que pôde no corpo dele.

O detetive aplicou alguns golpes lentos buscando o ritmo que possibilitasse penetrações mais profundas e depois deu início a uma sequência alucinante de penetrações barulhentas que se misturavam com sua respiração pesada e os gemidos e grunhidos do médico que agarrava firmemente as laterais da maca de exames que sacudia e rangia metalicamente com os movimentos impostos pelo detetive.

Mesmo com penetrações rápidas, Sherlock era cuidadoso em proporcionar o máximo de prazer possível ao homem debaixo dele. A ponta de sua ereção amassava precisamente a próstata do médico que jazia curvado e esquecido do próprio nome. Enquanto afundava-se no médico, o detetive reclinou-se sobre ele e começou a dar pequenas mordidas e chupões nas áreas de pele que conseguia alcançar no pescoço do parceiro, fazendo John sentir-se lançado às bordas do precipício orgástico.

Não demorou muito e uma onda de magma orgástico rasgou o corpo do ex-militar acumulando-se de forma insuportável em seu baixo ventre e John ejaculou com um grito estrangulado, sujando o beiral da maca.  Seu corpo mole ainda foi sacudido com força por alguns segundos pelas penetrações do homem atrás dele, quando as investidas começaram a ficar irregulares e rudes, ele começou a sentir seu interior ser invadido por um material quente e pegajoso dando conta do orgasmo atingido pelo detetive sobre ele.

Após concluir seu orgasmo, Sherlock desabou seu peso sobre as costas do médico e os dois permaneceram por alguns segundos na mesma posição. John debruçado sobre a maca e Sherlock reclinado sobre suas costas respirando de forma descompassada em seu pescoço.

            Depois de alguns momentos tendo apenas respirações pesadas povoando a sala, Sherlock depositou um beijo sobre um pequeno hematoma na lateral esquerda do pescoço do loiro e afagou a lateral direita do seu corpo fazendo-o suspirar.

– Volte para o nosso endereço, John, traga suas coisas de volta ao 221B da Baker Street – Sherlock sussurrou para ele removendo seu falo úmido de entre suas nádegas. – Estarei esperando por você. – completou erguendo-se e arrumando as próprias calças para depois sair da sala.  

            Ouvindo a porta se fechar, John ergueu-se de sua posição sobre a maca sentindo-se zonzo pelo orgasmo e notando o sêmen do detetive refluir morno por entre suas pernas fazendo uma súbita raiva de si queimar suas veias. Tudo bem que o sexo foi bom e ele estava sentindo falta, mas isso não era o suficiente para lavar sua mágoa.

– Dane-se, Sherlock! – John praguejou rumando ao banheiro para limpar-se. – Pode esperar deitado.

            E Sherlock esperou sentado perto da lareira. Depois de duas horas de espera inútil, o homem apoderou-se de uma garrafa de uísque e pôs-se a tomar um copo a cada meia hora olhando vez e outra para a porta do apartamento aguardando o momento em que ela fosse abrir deixando John entrar com sua bolsa de poucas mudas de roupa, largando-a em um canto qualquer vindo compartilhar a bebida com ele. Sherlock faria amor com ele, deixaria uma lembrança sua em cada centímetro de pele dourada, mataria sua sede do sabor da boca do ex-militar e tentaria impedi-lo de fechar os doces olhos enquanto lhe dava prazer sem medida.  

Na madrugada fria, depois de consumir uma garrafa e meia do líquido âmbar de razoável teor alcoólico e deduzir amargamente a inutilidade da sua espera, o detetive cambaleou para seu quarto e atirou-se de qualquer jeito na cama com roupa e tudo, tentando detectar qualquer indício do perfume corporal do seu namorado antes de apagar murmurando o nome dele.  

            John não apareceu.


Notas Finais


O John está zangado, não é?Já temos grupos de aposta para quanto tempo esses dois irão ficar longe um do outro? E a Sarah está na área! E eu sempre imaginei que o Sherlock fosse demisexual e não assexual, acredito realmente que ele seja capaz de sentir desejo, desde que alguém consiga despertar sentimentos profundos nele, e nosso John certamente conseguiu isso!


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