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História O Médico Louco - Algo oculto


Escrita por: Almafrenz

Notas do Autor


Olha capítulo novo, meu povo!

Capítulo 8 - Algo oculto


Fanfic / Fanfiction O Médico Louco - Algo oculto

O dia amanheceu muito frio para a estação outonal em Londres. Os termômetros apontavam incríveis 7Cº e as nuvens cor de chumbo que bloqueavam o sol no firmamento emprestavam um aspecto depressivo às ruas e fachadas dos imóveis na Rua Baker Street, mas nada disso reduzia a agradável sensação de aconchego que John sentia embolado na cama com Sherlock em seus braços.

            Era domingo e John sentia vontade de ficar o dia todo na cama apreciando o calor do namorado. Mas justamente esse calor o pôs desperto e alerta. A febre de Sherlock ainda estava presente e queimando como nunca, deixando um rubor lânguido em suas bochechas magras e um tremor leve em seus lábios, dando-lhe um ar quase infantil e frágil.

            O médico afagou cuidadosamente os cabelos desgrenhados do companheiro e depositou um beijo em sua testa morna para em seguida levantar-se e ir até a cozinha onde preparou um chá com antitérmico mais forte trazendo-o junto com um desjejum reforçado. Tinha quase certeza que Sherlock havia driblado a fiscalização da Sra. Hudson e não se alimentou direito desde o seu desmaio recente.     

            Quando ele voltou para o quarto com a bandeja de café da manhã, Sherlock ainda estava embolado em um casulo de cobertores tremendo levemente.

– Se você sair desses lençóis por alguns minutos, tomar o chá que eu fiz para você e comer decentemente, seu corpo vai ganhar uma boa melhora, Sherlock, garanto. – John falou sentando na beira da cama ao lado do homem e puxou uma ponta das cobertas.

            O detetive suspirou dentro do seu casulo e segundos depois emergiu sentando-se meio desajeitado com as costas no encosto da cama para dar início ao seu desjejum. Enquanto o homem comia, sentia um crescente desconforto causado pelo olhar culpado que o médico lançava para ele enquanto assistia-o comer.

– Pare de se culpar pela minha febre, John.

– Eu expus seu corpo ao frio e chuva ontem à noite e...

– E antes dessa parte do nosso encontro, eu escolhi sair correndo debaixo de uma chuva torrencial atrás de você. Antes de ser jogado na grama molhada do parque, eu já estava ensopado até a alma, por minha própria escolha, então não se culpe.

– Certo. – John concordou olhando em volta percebendo que o ambiente parecia bem pouco mexido desde a última vez que estivera ali. – O que você andou fazendo, Sherlock? Parece que não parou muito no apartamento.

– Estou com um caso novo. – o detetive respondeu sorvendo metade do seu chá.

– Nossa, quando surgiu?

– Na noite em que você saiu de casa, quando eu voltei para te contar, descobri que você não estava mais aqui. 

– Eu estava de cabeça quente... não se leva um não a um pedido de casamento e fica-se de ânimo leve. A nossa discussão depois não ajudou em nada, eu precisei esfriar a mente. – John comentou observando Sherlock pestanejar repetidamente dando sinal de que estava se sentindo empurrado para um beco sentimental sem saída, então o médico foi rápido em tentar evitar desgaste para ambos e completou: – Mas, ok, não vamos mais tocar neste assunto, me fale sobre o caso.

            A expressão de Sherlock pareceu mais animada e ele relatou resumidamente os acontecimentos dos últimos dias até a noite no Pub Camel.

– Eu atendi Rebeca Allen em meu consultório uns dias atrás. Quer dizer que ela morreu pouco tempo depois que deixou minha sala?

– Na verdade, ela morreu pouco depois de deixar o mercado onde você comprou o seu chá. – Sherlock corrigiu.

– Nossa, nem lembro dela no mercado naquele dia, acho que a briga com a registradora me estressou muito para notar, se não fosse o rapaz atrás de mim, eu teria desistido da compra.

– Claro que teria. – Holmes concordou.

– Como ela foi morta?

– Tem uma cópia do relatório do homicídio de Allen sobre a mesa da sala, quando tiver tempo, dê uma olhada nos detalhes. No momento temos que nos focar no motivo da morte.

– E qual foi o motivo?

– Um Às de Copas e além dele, temos também um Rei de Espadas que estava sendo guardado pela segunda vítima, o Sr. Patel. – o detetive respondeu rindo da expressão confusa do médico.

– Ok, os dois baralhos certamente não são comuns, senão não teriam causado a morte dessas duas pessoas, onde estão? Quero ver. – John pediu sentindo-se muito curioso.

– Ops! – Sherlock murmurou lembrando-se de algo.

– O que foi?

– O Rei de Espadas ficou no meu casaco e eu o deixei no encosto de uma cadeira no Pub ontem... – o detetive respondeu pensativo – Bem, não há problema, voltarei àquele bar, devem tê-lo guardado, quanto ao Às de Copas, eu o coloquei no bolso do meu blazer ontem à noite pouco antes de você chegar ao Camel. – Sherlock comentou franzindo a testa. – Acho que deve estar se desfazendo em pedaços no meu bolso agora. – concluiu ao lembrar que ensopara-se de chuva carregando o baralho consigo.

– Oh! – John exclamou compreendendo que uma importante peça para compreensão dos dois assassinatos poderia ter se estragado por conta do que tinha ocorrido na noite anterior e mais uma vez sentiu-se culpado.

– Preciso ver se sobrou alguma coisa dele no meu bolso. – Sherlock disse tentando se levantar da cama.

– Não. Fique quieto, eu vou pegar o blazer para você, eu pendurei-o ontem no banheiro para escorrer. Volto já. – o loiro disse saindo.

            Segundos depois, John voltou com o blazer preto de Sherlock. A peça ainda estava úmida, mas já não pingava como antes. O detetive apalpou o bolso interno onde havia deixado o baralho e o removeu com cuidado. Realmente a quantidade de água a que estivera exposto fez o cartão enrugar, Sherlock notou com certa curiosidade e interesse ao tomar o Às de Copas na mão, que a carta não estava se esfacelando como era de se esperar. Ao contrário do esfacelamento esperado, o homem percebeu que os cantos da peça separavam-se revelando ser um cartão composto de duas lâminas finas e resistentes de papel que coladas formavam a peça de baralho.

            Sherlock puxou cuidadosamente a ponta úmida que se curvava para cima separando as duas partes para verificar, com olhar brilhante de curiosidade, que no verso do desenho de copas havia uma série de números e palavras.

– Então minha suspeita estava certa. – Sherlock disse sorrindo observando atentamente as inscrições no verso do cartão úmido. – Tratava-se o tempo todo de uma velha técnica militar de ocultação de dados.

–– Do que está falando? Você já imaginava que o baralho escondia algo dentro dele?

– Era só um palpite, mas eu não tinha certeza. Ainda não havia feito testes para provar o meu ponto. Mas eis que nossas atividades na chuva resolveram esse problema para mim. – Sherlock falou olhando de forma divertida para John que ficou sem jeito, então continuou. – Allen e Patel estavam guardando um Deck Map cada um.

– Nunca ouvi falar nisso.

– Na verdade não poderia ouvir falar, era um baralho especial e sua existência era ultra-secreta. Durante a Segunda Grande Guerra a Agência de Inteligência Britânica se uniu aos Estados Unidos para desenvolver esses cartões para auxiliar prisioneiros aliados a fugir de campos de concentração alemães. As cartas desse baralho ficaram conhecidas como Deck Maps, pois escondiam mapas de passagens secretas entre duas folhas de papel. Quando o portador do baralho imergia a peça em água, as partes coladas se soltavam para revelar o mapa oculto permitindo uma fuga eficiente e segura. Era uma maneira muito engenhosa de contrabandear rotas de fuga e outras informações naquela época.

– Interessante, mas qual o significado da mensagem desse Deck Map? – John perguntou olhando de forma confusa para o verso do cartão na mão do detetive.

No papel enrugado destacavam-se as seguintes inscrições: C11H26NO2PS - Gamma/8.182 – p1/2. Sherlock ficou observando seriamente os dados por uns dois minutos até seu rosto se iluminar como se algo muito óbvio e extraordinário houvesse saltado diante dele e então respondeu animado:

– O primeiro dado trata-se obviamente de uma fórmula química, mas não é qualquer fórmula, trata-se da receita de uma dos gases mais letais já produzidos para fins militares. É o XV, elemento trezentas vezes mais potente que o fosgênio, ou “gás de guerra”. Dez microgramas dele no organismo e a morte é certa e dolorosa. Foi criado em 1952 pela equipe de cientistas da Unidade Experimental de Defesa Química de Porton Down em Wiltshire.

– Está dizendo que isso é criação britânica?

– Estou. Os ingleses compartilharam a receita com Estados Unidos, França e Rússia no passado em troca de informações tecnológicas e depois abandonaram todos os projetos de seu uso militar por considerarem-na devastadora demais.

– Que alentador... entendem que o produto é perigoso demais só depois que já compartilharam a receita com os coleguinhas estrangeiros... Onde vamos parar com a criatividade letal e a esperteza desses cientistas? – John reclamou revirando os olhos.

– Cientistas não criam apenas fluídos coloridos para divertir os olhos dos curiosos, John, eles também testam as possibilidades humanas de se auto-exterminar.

– Tudo bem, mas por que Allen estava escondendo algo que não é segredo para ninguém?

– Talvez os outros dados do Deck Map possam nos dar uma pista disso. – Sherlock disse apontando uma determinada área do pedaço de papel. – Além da fórmula, nós temos um protocolo de inteligência cibernética: Gamma/8.182, diz respeito coleta de dados sobre troca de tecnologias criptográficas, aqui temos uma palavra-símbolo distintiva: “Gamma”, significa “interceptação de comunicações russas”, e p1/2 é uma simples referência de página, o que nos mostra que esses dados estão incompletos, tem uma segunda parte que dá sentido a tudo isso.

 – Ou seja, o Rei de Espadas. A outra carta certamente tem a segunda parte da informação. – John concluiu.

– Exatamente.

– Não soa estranho que estivessem carregando essa informação dentro de cartas de baralho nos tempos de hoje? Tudo bem que antigamente essa era a melhor maneira de carregar dados de forma oculta, mas atualmente temos o celular, pen drive, e-mail... por que usar algo tão antigo para guardar uma informação?

– Para evitar que o rastro virtual da informação seja interceptado pelo Grande Olho, meu caro.

– O Grande Olho? – John perguntou franzindo a testa.

– Já mencionei isso antes, John. Nenhuma informação na rede é privada. Tudo pode ser captado pelo “Grande Olho”. – Sherlock voltou a citar o nome vendo John parecer mais confuso ainda. – “Grande Olho”, é assim que chamam a estação de Menwith Hill. Nunca ouviu falar? É a instalação britânica de coleta de dados a nível de inteligência. Resumindo: espionagem global via satélite e cabos de fibra ótica. Diga olá para alguém durante uma ligação e eles saberão em tempo real. Tenha algo do interesse deles em qualquer dispositivo de armazenamento e processamento de mídia e estarão respirando em seu pescoço em um piscar de olhos.

– Meu Deus. – o médico exclamou olhando instintivamente para o ponto onde deixava seu notebook.

– Não se preocupe, John, a inteligência britânica ainda não está interessada em seu histórico em sites de pornografia. 

– Eu não...

– Visita sim, mas não mais com a mesma finalidade de antes de nos relacionarmos. Você os visita para aprender coisas e aplicá-las em nossas interações de quarto. Não se sinta envergonhado. Eu também pesquiso à vezes. – o detetive confessou como quem afirma que também gosta de leite com canela, deixando John meio boquiaberto e com um leve rubor no rosto.

            Em um cenário impuro na mente do médico, Sherlock apareceu nu, desleixadamente enrolado em um lençol branco, sentando em sua cama diante do seu notebook ligado numa página de pornografia. Em sua imaginação o detetive observava com grande interesse algumas fotografias explícitas de posições e carícias eróticas auto aplicando-se algumas delas, testando o efeito em seu corpo e fazendo a expressão que lhe rastejava pela face quando estava realizando uma anotação mental muito importante, registrando o que pretendia experimentar em John. Esse devaneio o fez ficar imediatamente duro.

– Parece que a informação que acabei de dar foi muito estimulante para você. – o detetive comentou olhando para o ponto entre as pernas do médico

– Você é muito estimulante, Sherlock. Fique sabendo disso. – John declarou puxando imediatamente um travesseiro e cobriu seu colo.  – Mas vamos voltar ao caso. Então, Allen usou um método antigo para proteger essa informação de possíveis Hackers do governo?

– Não tenho certeza de que ela sabia o que estava portando.

– Está brincando? A mulher morre por guardar uma carta de baralho cujo significado não fazia à menor ideia?

– Não é um absurdo de se pensar quando se está falando de um espião da categoria agente aliciado, John.

– Ah e essa gente tem categorias?

– Claro que tem. São três categorias básicas de espiões: os oficiais, os ilegais e os agentes. Os espiões oficiais são cidadãos do país de origem do grupo de inteligência, comumente empresários ricos e diplomatas que viajam regularmente ao estrangeiro para receber informações confidenciais, os espiões ilegais, são estrangeiros treinados no país aliciador para espionar outras nações, fazendo-se passar por um perfeito cidadão do país espionado e, por último temos os agentes, que são nacionais do país espionado, seduzidos por uma boa recompensa financeira, para coletar e transmitir informações confidenciais, eu diria que aliciar seu próprio povo é a forma mais eficaz de penetrar nos segredos de um país. Nacionais não costumam desconfiar uns dos outros.

– Então você acha que Allen era uma agente espiã e que recebia dinheiro para traficar informações?

– Exatamente, estive investigando o passado recente dela. – Sherlock respondeu.  

– Arquivos da Scotland Yard? – John perguntou.

– Não, no entanto, algo muito mais rico de pistas interessantes: as redes sociais. Hoje em dia pode se descobrir qualquer coisa através delas!

– Você está acusando uma professora de ser contrabandista de informações, só pela análise do facebook dela? – John indagou incrédulo.

– Não seja exagerado, sabe que não é tão simples. – o detetive disse pegando seu notebook da gaveta do criado mudo do seu lado da cama e o ligou abrindo a página pessoal da morta. – Allen era professora pesquisadora da Universidade de Westminster e fez viagens regulares para a Universidade Internacional de Westminster filiada no Tashkent, Uzbequistão, a cidade principal da Ásia Central. – o homem disse apontando várias fotos postadas em épocas regulares na área geográfica mencionada. – Essa localidade foi o centro de espionagem durante o Grande Jogo político, financeiro e militar do século XX, entre Rússia e Reino Unido e continua sendo.

 – Mas isso não é o suficiente para acusá-la, Sherlock. – John insistiu.

– Tem razão, é só a ponta do fio que amarrado ao fato de que a cada retorno de viagem de Tashkent, Allen fazia aquisição de artigos de luxo e os exibia em sua página, nos leva a indagar de onde uma professora universitária tiraria dinheiro para comprar, em uma manhã, alguns pares de Pumps Chanel feitos em pele de cordeiro, por nada menos que três mil e trezentos euros cada um. – disse apontando fotos da mulher com itens caros. – ou de onde ela tirou dinheiro para adquirir meia dúzia de bolsas Louis Vuitton, custando entre sete e trinta e cinco mil cada, em uma única tarde? Como explicar o gasto do equivalente ao triplo do salário anual de uma professora em uma única visita ao Shopping? Temos uma resposta bem simples para isso: tráfico! Ela traficava informações e ganhava bem para utilizar sua fachada de professora pesquisadora universitária para zanzar entre esses países levando e trazendo informações secretas.

– Tudo bem, você me convenceu. Tem algo muito entranho nas viagens dela, realmente. Mas ela não foi a única a aparecer morta, tem o tal do Charlie Patel, você disse que ele guardava uma carta também. Ele também é suspeito de ser espião?

– Óbvio. Encontrei o mesmo padrão de comportamento suspeito na página dele também. Veja – o moreno disse acessando a página de Patel. – um historiador sem emprego fixo não teria meios para bancar esses itens – Sherlock apontou roupas, jóias e sapatos de grife, ostentados por um homem sorridente na tela. – e verifique que a aquisição foi feita sempre alguns dias depois de visitas feitas a Tashkent. O que me faz deduzir que ambos usavam a fachada acadêmica para camuflar a atividade de contrabandistas de informação.

– Que tipo de informação?

– Qualquer uma que possa dar lucro, John. O tráfico de informações atualmente é muito rentável. Informação é uma mercadoria muito valiosa e por sua natureza imaterial é extremamente fácil de portar e contrabandeá-la. Hoje, quem tem a informação certa, na hora certa, tem poder e consequentemente, muito dinheiro.

– Então eles se conheciam? – John indagou e ficou encarando o detetive permanecer despencar em súbita introspecção encarando o nada com olhar totalmente ausente.

            O estado introspecto do moreno prolongou-se por alguns segundos inquietando o médico que conservou-se na expectativa esperando o homem voltar de seu súbito mergulho em seu palácio mental do qual Sherlock emergiu murmurando como quem acabara de lembrar de algo muito importante de repente:

– “Quem são os outros?”...

– Do que está falando? Você ouviu alguma palavra do que eu disse agora há pouco? – John destacou pondo a mão na testa do namorado para ver se a febre havia aumentado, mas ela tinha passado totalmente.

– Sim, eu ouvi, você fez uma pergunta, mas isso não importa agora, o que importa é que eu recordei de algo que agora parece fazer sentido! “Os outros”! “Quem são os outros?”, John! é isso... – o detetive disse se levantando para trocar de roupas às pressas. – Eles perguntaram isso, repetidas vezes!

– Eles quem?

– Andrei Logovoi e Ivo Koutun, os espiões russos ilegais que se faziam passar por jardineiros em Alnwick, lembra-se? Eles me sequestraram depois que eu descobri os planos terroristas para ataques urbanos no 4 de novembro.

– Lembro, foi no caso do “vendedor de livros”, eles quase mataram você.

– Exato, mas você os matou antes de concluírem a tarefa. No entanto, antes de você chegar eles insistiram em perguntar o nome dos outros espiões duplos. Eles desconfiaram da traição de Oscar Hall e o mataram, mas depois mantiveram a desconfiança de que havia outros trabalhando no mesmo esquema de via dupla que Hall trabalhava. Eles queriam nomes para eliminá-los.

– Então Allen e Patel estavam sendo caçados?

– Sim, quem quer que se manteve na tarefa de rastrear os espiões dissidentes, conseguiu descobri-los.

            Observando Sherlock terminar de se trocar, John também começou a trocar o pijama por algumas roupas que tinha deixado no seu lado do guarda-roupa, o que o fez lembrar que precisava voltar ao lugar onde esteve hospedado para buscar os poucos pertences que levou consigo dias atrás.

– Preciso ir pegar minhas coisas onde me hospedei. – John informou ao terminar de abotoar a camisa enquanto era aguardado pelo companheiro que parecia muito animado.

– Tudo bem, passaremos por lá no caminho.

– Estamos de saída?

– Claro, ou você acha que eu troquei de roupa tão rapidamente para ficar em casa?

– Pensei que ia querer sentar-se na sala e conversar mais sobre o caso.

– Impossível. Tenho que recuperar meu casaco com urgência.

– Oh, é claro! O Rei de Espadas está nele. – John compreendeu a razão óbvia da pressa do moreno.

            John tinha adormecido na noite anterior planejando empregar algumas horas da manhã daquele domingo recuperando o atraso sexual com Sherlock. Muitas ideias pulavam animadas no setor pervertido da sua mente e algumas novas haviam surgido muito coloridas e quentes em sua cabeça depois da conversa sobre sites pornográficos, mas então veio a notícia de um novo caso e isso significava que suas ideias impuras teriam que esperar.

            O médico esperaria, afinal, ele também havia sentido falta da adrenalina de estar na investigação de um caso novo com Sherlock e estava bastante curioso para saber o que a segunda Deck Map lhes revelaria, o rei de espadas poderia ser o ponto final no mistério.

            Mas Watson não poderia estar mais longe da verdade...


Notas Finais


E aí? Já sabemos o que são as cartas de baralho, e o que Allen e Patel faziam de fato. Alguma teoria sobre o que haverá na segunda Deck Map?


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