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História O Melhor Amigo do Meu Irmão-ABO Universe. - Dois.


Escrita por: TaeTaeMozao e TaeilGermes

Capítulo 3 - Dois.


Fanfic / Fanfiction O Melhor Amigo do Meu Irmão-ABO Universe. - Dois.

O silêncio cortante do ambiente me dava calafrios. Olhava para o rosto de Ukwon, que fitava a brecha no esconderijo sem nem piscar, com um revolver na mão. Respirei pesado e tentei processar algumas coisas. De onde ele tirou aquele revolver?

Barulhos na escada me fez olhar ainda mais para o meu cunhado, que mantinha a arma nas mãos, pronto para atirar em quem quer que fosse aparecer. Barulho de passos pesados e despreocupados ecoavam pelo cômodo onde estávamos nos escondendo. Minha respiração era silenciosa e contida. Nem parecia que meu cunhado respirava de tão estático e alerta que ele estava. 

Um cheiro diferente estava no quarto, indicando que não era nem meu irmão ali e nem seu melhor amigo. Engoli seco, quando o toque de um celular ecoou por todo o cômodo. A melodia alegre e alta, fazia meu coração saltar e uma vontade e gritar se aglomerava em minha garganta. Eu queria gritá-lo para atender logo, gritar para que ele saísse dali e nos deixasse em paz.

"Alô?"-Uma voz grossa e penetrante diz a palavra, de maneira calma. Um arrepio percorreu a minha espinha.

"Cadê o Coelho Branco? Já está com ele?"-Uma outra voz, afetada pela ligação fala.

"Ele fugiu... O cheiro dele está impregnado aqui, a janela está aberta e..."-Ele não consegue terminar sua fala, um disparo é ouvido e meu coração salta ainda mais.

"O que está acontecendo ai seu idiota?"

Mais um uivo, e esse estava mais longe. Engulo seco, quando escuto barulho de que esse alguém estivesse revirando o quarto. 

"Um lúpus está ajudando ele... Fugiram para a floresta"-A voz fala bem perto do guarda roupas. 

"O que você está esperando? Vai atrás dele!"

"Ok chefe."-A voz fala e tudo fica em silêncio.

Ukwon e eu ficamos ali nos olhando por tanto tempo que eu já estava começando a ficar cansado e nervoso. Meu medo era o homem nos encontrar e fazer algum mal à ele. Kwon é bom demais para sofrer. Já eu, ele poderia me levar para onde quisesse, contanto que não machucasse ninguém...

-Já podem sair daí.-Uma voz bem grossa e baixa fala, batendo duas vezes no guarda roupas.

Ukwon suspira aliviado e abre a portinha, saindo e me estendendo a mão, me ajudando a sair daquele pequeno lugar. Já fora do guarda roupas, vejo minha mala revirada, a cama onde eu dormi estava da mesma maneira. Jihoon estava olhando a floresta, pela janela escancarada. A cortina dançava de acordo com o vento. O cheiro de rosas vermelhas estava impregnado no local.

-É bem fácil enganar esses imbecis.-O alfa fala e Ukwon bufa, parecendo desconfortável.

-Quanto tempo a gente tem?-Ukwon pergunta e o alfa dá de ombros.

-A gente achava que tinha 3 dias de vantagem, mas parece que temos agora alguns minutos ou segundos...-Pyo fala e eu encaro os dois, só observando e escutando a conversa.

-Vamos, não temos tanto tempo assim.-Ukwon fala me olhando. Assinto e me viro para arrumar minhas malas.

-Não mexa em nada.-Pyo fala e eu me viro, olhando ele tirar uma rosa vermelha do bolso. Pousando-a com cuidado sobre o apoio da janela.

-Venha Taeil... A gente compra roupas no caminho.-Ukwon fala e me puxa pela mão. Enquanto saia do quarto, observava Pyo de costas para mim, encarando a floresta.

Yukwon me leva para o porão, me colocando dentro de um furgão de coloração escura. Começo a me sentir em meio a um livro de ação, onde os bandidos estão atrás da donzela, mas o mocinho, não vai deixar... Vai protegê-la até o fim.

Me sento no estofado do automóvel e Ukwon senta-se ao meu lado. Pego em sua mão e sinto ele apertar a minha fortemente. Analiso seu rosto e ele estava com a aparência nervosa. Sorrio calmo e ele me sorri de volta, mas eu sabia que ele estava nervoso.

-O lúpus que o homem estava se referindo é o Minhyukie, não é?-Pergunto baixinho e ele assente com a cabeça.

-Seu irmão vai voltar... Confia em mim, ele sempre volta.-Ele me diz, como se estivesse tentando me convencer de uma coisa que ele mesmo estava em dúvida, apertando a minha mão.

O melhor amigo do meu irmão entra no carro, no banco do motorista. Ele liga o carro e abre uma espécie de portão, começando a dirigir com rapidez. Pyo dirigia o carro, colocando tanta velocidade que eu sentia que estava voando. A estrada estava escura e o carro estava com o farol baixo, não dando a visão clara de onde estávamos indo. Me sentia com medo e adrenalina. Nunca na minha vida imaginei que passaria por isso. Eu imaginava que minha vida seria calma e chata, vivendo de satisfazer um alfa e criar filhotes que foram feitos sem amor. 

Rio internamente com a reviravolta que a minha vida deu e sinto que Jihoon desacelerou o carro. Vi o clarão de um posto de gasolina e olhei pela pequena janela da parte traseira do local. Vendo dois lobos e um homem de terno, com uma mala pequena ao seu lado. Franzo o cenho e Jihoon para em frente a uma bomba do posto, desligando o automóvel. 

Ele desce do carro e Ukwon abre a porta traseira, descendo também. Eu continuo ali, olhando pela janela. Ukwon levava consigo um lençol branco e cobriu o lobo de pelagem escura, que voltou a forma normal e mostrou meu irmão. O outro lobo era de pelagem bem clara, quase branca, e estava ao lado do homem loiro de terno. Que me pegou os encarando e me sorriu. Sinto meu rosto queimar por ser pego bisbilhotando e abaixo a cabeça com rapidez.

-Olá! Eu sou o Kyung!-Uma voz alegre e energética fala bem do meu lado, me fazendo dar um pulo e colocar a mão na boca.

-O-oi... Eu sou...-Começo, mas sou interrompido pelo loiro de terno que me sorria.

-Você é Lee Taeil...-Ele me completa e eu sorrio assentindo. Estava começando a ficar com medo.

-Lee Taeil! Esse garoto vale ouro!-Um outro loiro chega falando.

-Cala a boca Zico!-Kyung fala e eu olho para o "Zico", e no mesmo instante fecho os olhos e tapo o rosto com as mãos.

O homem estava completamente nu, bagunçando os cabelos e sorrindo. Escuto risadas e um pedido de desculpas. Meu coração iria sair pela boca, estava mais nervoso e envergonhado do que pensei que um dia ficaria. Meu rosto estava quente, estava com uma vontade imensa de me enfiar numa caixa e nunca mais sair.

Seguimos viagem e o homem loiro estava vestido agora, no banco da frente, junto à Kyung. Minhyuk estava ao lado de Ukwon, bem em minha frente e Pyo estava do meu lado, brincando com uma faca pequena. O ambiente era silencioso e eu me sentia menos tenso que deveria estar. Pyo cutucou meu ombro e eu olhei-o, vendo-o sorrir enigmático para mim e apontar para meu irmão e meu cunhado.

Me viro e vejo os dois dormindo quase caindo em cima um do outro. Começo a rir da cena e Pyo me acompanha de maneira baixa, meu irmão estava com a boca aberta, quase babando, e meu cunhado está todo jogado e bagunçado em cima do marido. Era a cena mais fofa e mais engraçada de se ver.

Paramos num hotel de estrada. Kyung e Zico desceram. Eu e Jihoon ficamos em silêncio, olhando para o nada. As nossas respirações estavam sincronizadas e calmas. Jihoon transparecia uma calma e segurança, me contagiando em sua áurea rica de conforto e felicidade contida. Me viro lentamente e encaro seu peril mais uma vez naquele dia maluco. Ele olhava para a parede da van tranquilo. Ele realmente parecia ser uma pessoa tranquila, calma, feliz, alegre. Me senti mal mais uma vez por ter tratado-o tão mal na infância. Ele era incrível... Só que eu nunca tive a chance de realmente ver isso.

-Jihoon...-Chamo e ele me olha com atenção.-Sério, me desculpa mesmo por aquele dia...-Falo devagar e temeroso, olhando em seus olhos calmos e firmes.

-Eu já te desculpei...-Respondeu-me baixo.-Eu meio que te entendo agora... A gente não pode ficar com alguém que não ama.-Ele fala e olha para frente, fitando meu irmão e seu marido. Fiz o mesmo e suspirei. 

-Eu queria te agradecer por não me odiar e estar me ajudando... Junto dos outros, é claro... Eu realmente sou muito grato.-Falo e ele ri soprado, apertando minha mão de maneira rápida, soltando-a no banco logo em seguida. Meu corpo todo se arrepiou com nosso contato. Mesmo rápido, senti como se algo estivesse acontecido com meu corpo, ele se arrepiou e se aqueceu. Foi estranho... Mágico...

-Agradeça a Ukwon e Kyung... Depois a Minhyuk e Zico... Não me agradeça. Eu só vim para protegê-los, eles vieram para te proteger...-Ele falou e eu o olhei novamente, vendo sua face inexpressiva.

-Eu irei agradecê-los... Obrigada por protegê-los...-Falo e ele me olha, sorrindo e me dando a visão de seu lindo rosto com um lindo sorriso desenhado em seus lábios e uma expressão fofa neles presentes.

-É o que os amigos fazem... Proteger e todos os outros tipos de coisas loucas...-Ele fala e coça a nuca. Sorrio de volta para ele e a porta traseira da van se abre, revelando um Kyung nos olhando.

-Vamos, conseguimos dois quartos.-Ele diz e Pyo se levanta, dando dois tapinhas no ombro de meu irmão, que acordou e nos olhou.

Kyung me encaminhou para um quarto pequeno, com uma cama de casal e duas poltronas. O cômodo era escuro, mas muito bem organizado. No cômodo tinha uma porta que deduzi ser o banheiro. Minhyuk entrou junto conosco, com Ukwon e seu colo, dormindo. Ajudei meu irmão a colocar o marido confortavelmente na cama e sai do cômodo junto de Kyung.

Já fora, o ômega me olha e me sorri, abraçando-me apertado e segurando minhas mãos. Retribuía tudo sem entender muito do que estava acontecendo. Arrumo meus óculos no rosto quando nos separamos e ele me sorri mais uma vez.

-Eu nem sei o que te dizer...-Ele sussurra e eu sorrio.-Mas aconteça o que acontecer, nós vamos te ajudar... Vamos mesmo!-Ele fala e eu assinto. 

-Obrigada...-Sussurro de volta e abraço seu corpo. Não sei porquê, mas eu sentia muita vontade de abraçar alguém. Sentia vontade de me sentir incluso à algo...

-Você vai pegar Taeil germes Kyungie...-A voz do melhor amigo do meu irmão se fez presente e Kyung riu, separando-se de mim.

Encarei o alfa, que estava com uma bandeja cheia de comida na mão, nos olhando com a expressão debochada. Faço um bico e Kyung ri, apertando minhas bochechas.

-Ainda com essa cisma com o nosso pequeno?-Kyung fala e me abraça pelos ombros.

-Cuidado... Se os germes dele passar para você, você vai encolher e ficar assim... Todo fofo e bonitinho...-Ele fala e meu rosto queima instantaneamente.

-Meu Deus! Pyo Jihoon! Você acabou de falar que Lee Taeil é fofo e bonitinho?-Kyung fala e ri.

-Cala a boca seu retardado!-Pyo fala e o outro lhe dá a língua.-Falei mesmo... Estou mentindo? Acho que não.-Ele termina e eu abaixo minha cabeça, realmente muito envergonhado.

Kyung e Pyo continuam uma discussão boba e eu fico ali, parado, em pé, mais vermelho que um tomate... É sério... Vida... Por que?

-Com licença...-Falo baixo e volto para o quarto onde meu irmão e Ukwon estavam. Abro a porta cautelosamente e vejo meu irmão sentado na cama, Ukwon estava acordado, com a cabeça em seu colo. Eles conversavam alguma coisa que eu resolvi não ouvir.

Andei em passos rápidos e me sentei na poltrona, olhando para o chão. Sentindo-me estranho. Um tempo passa e meu irmão continuava a conversar com o marido, e desta vez, falavam sobre alguma coisa relacionada a pintar o cabelo de azul... Ou coisa parecida.

A porta se abriu de novo mas eu não tive coragem e nem forças para olhar quem era. E também a conduta de um ômega fugia disso... Na verdade, fugia de várias coisas que fiz e deixei de fazer hoje. Como por exemplo, pintar as unhas e hidratar os lábios...

-Taeil germes... Você tá fazendo cosplay de decoração de ambiente é?-A voz grossa e brincalhona de Jihoon disse, fazendo meu cunhado rir.

-Você deve amar muito meu irmão cara! Puta que pariu...-Meu irmão fala quando eu levanto a cabeça, olhando para Pyo sentado na cama com os dois, dividindo toda aquela comida.

-Vem Taeilie... Deve estar com fome...-Ukwon diz, me indicando para me juntar a eles.

Me levanto e sento na ponta da cama, pego um sanduíche e começo a comer devagar, silenciosamente. Enquanto os outros conversavam. Termino meu lanche e me levanto, agradecendo pela comida. Ando até o banheiro e lavo minha boca, dando falta de uma escova de dentes. Respiro frustrado e sinto vontade de tomar um banho, mas nem roupas eu tenho mais. Me olho no espelho e vejo a pior versão de mim possível. Cabelo desarrumado, rosto cansado e parcialmente sujo. 

Tiro meus óculos e lavo meu rosto, tentando parecer mais apresentável e "normal". Nem minhas maquiagens estavam comigo mais... Suspirei secando meu rosto e colocando novamente meus óculos. Saio do banheiro e o melhor amigo do meu irmão está parado em frente o mesmo. Ele me analisa e coloca a mão no bolso, tirando uma escova de dentes e um creme dental de dentro mesmo, me estendendo em seguida.

-Vai escovar esses dentes... Não quero correr o risco de você conter mais germes que o normal...-Ele fala e ri com a cara de desgosto que eu lhe devolvo. Mas eu não nego o "presente".

-Obrigado.-Falo e olho meu irmão que agora fazia carinhos no cabelo do marido.-Minhyuk, eu não tenho mais roupas... Eu quero tomar um banho...-Falo e inflo as bochechas.

Meu irmão me olha e pega o celular. Ele digita algumas coisas e me olha mais uma vez. Sorri para mim e aponta para a pequena mesinha que estava ao meu lado.

-Pega uma toalha ai e toma um banho, Kyung já está trazendo uma roupa sua que eu peguei antes de ir para a floresta.-Diz e eu assinto, pegando a primeira toalha da pilha e entrando no banheiro.

-Não tranca a porta... Pode acontecer qualquer coisa...-O melhor amigo do meu irmão fala baixinho, quando eu fechava o objeto de madeira. Assenti e fiz como o pedido.

Agora sim. Apliquei o creme dental na escova e escovei meus dentes alegre. Depois, tirei meu óculos e minha boina, colocando-os cuidadosamente sobre a pia. Tiro em seguida minhas roupas, dobrando-as cuidadosamente e colocando sobre o vaso sanitário com a tampa baixada. Ando até o chuveiro e ligo o mesmo, deixando a água morna cair em meu corpo e lavar todas as impurezas.

Fico ali curtindo a água, lavando meu corpo e me relaxando. Meus pensamentos vem e me fazem titubear. Meus pais faleceram... E eu nem tive a chance de os ver... Na verdade, eu nem me lembrava mais de seus rostos. Nem fazia a ideia de como eles estavam. E eu estava fugindo... Estava fugindo de meu noivo... Estou perdido em meio à um tiroteio e me sinto cada vez mais zonzo. Sinto-me frágil, como se eu necessitasse de alguém para cuidar de mim... Quero voltar a viver a minha antiga vida... Quero voltar para o colégio e nunca mais sair de lá... nunca mais.

-Realmente... Você não deve ter germes...-A voz do melhor amigo do meu irmão sussurra perto demais de mim. Quando penso em gritar, sua mão vai à minha boca, impedindo-me.-Não quer acordar seu irmão, quer?-Neguei com a cabeça.-Eu só queria te avisar que as roupas limpas estão na pia e as sujas eu vou levar para lavar...-Ele diz e eu assinto.-E a propósito... Bela bunda.


Notas Finais


Reviso logo mais.~


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