História O Melhor Amigo do Meu Pai - Second Season - Capítulo 3 - You know you love me

Adentrei em meu antigo quarto e bati fortemente a porta, frustrada. Pensar que meu reencontro com Ian seria fácil e não teria efeito nenhum sobre mim fora algo idiota, muito idiota. Ian era o cara que eu amava, e só viera assumir isso depois de dois anos, então era óbvio que eu sentiria meu coração palpitar freneticamente ao vê-lo.

Apertei fortemente o travesseiro contra meu rosto e deixei o grito frustrado escapar de minha garganta. Eu era tola, tola até de mais. Como poderia pensar que tudo seria perfeitamente normal com a minha volta? Ian estava casado com Lucy. Nunca que eu o teria novamente. Mas algo em minha mente grintava para que eu não desistisse. Os dois anos longe de Ian havia acabado comigo, imagina o que aconteceria se eu fosse obrigada a viver o resto da vida sem ele?!

Franzi a testa quando senti uma mão gélida tocar minha cintura por baixo da blusa, puxando-me para fora de meus devaneios. Não era nenhuma das meninas, pois estava claro que o toque era de mãos masculina, mas também não era Steven, eu tinha certeza. Então o grande "será" se formou em minha mente obrigando-me a tirar o travesseiro do rosto.
Aqueles olhos azuis que me deixavam atordoada por sua intensidade observavam-me atentamente.

- O que... O que você está fazendo? - perguntei com a voz baixa e falha, mas sem me mover. Eu temia que se me mexesse ele pararia com os carinhos em minha pele.
- Eu senti sua falta, Cece. - ele aproximou seu rosto do meu e esfregou sua barba por fazer em minha bochecha. Arfei. - Por que você voltou?
- Eu... Eu... Eu não sei! - respondi com um suspiro. Eu estava confusa, não sabia o que estava falando ou fazendo. Ian tinha esse efeito sobre mim.
- Foi por minha causa? - deitou-se sobre mim e voltou a fitar meus olhos.
- Eu... Não seja tão convencido, Ian. - murmurei passando meus braços em volta de seu pescoço, o trazendo mais para perto. O sorriso que eu tanto amava, malicioso e debochado, surgiu em seu rosto.
- Bem, se foi por minha causa que você voltou, não ira se arrepender! - garantiu, subindo sua por meu corpo e parando em meus seios, os apertando levemente. Gemi baixo.
- Você esta casado, seu canalha. - fechei os olhos, sentindo suas mãos massagear meus seios, e ri fraco.
- Então você realmente voltou por minha causa! - aquilo não fora uma pergunta. Abri meus olhos e suspirei.
- Ian... Por favor. - pedi, sem ao menos saber o que eu estava pedindo. Oras, eu tinha voltado por causa dele e agora estava claro que ainda o tinha. O que mais eu iria querer?
- Você sabe que me ama, eu também sei disso, então para que tentar negar? - sussurrou próximo de meu ouvindo, fazendo-me arrepiar.
- Na verdade, eu te odeio. - sorri maliciosamente, trazendo seu rosto para mais próximo do meu.
- To vendo! - ele gargalhou, juntando nossos lábios logo em seguida.

O sorriso que surgiu em meus lábios no meio do beijo fora inevitável. Só Deus sabia a tamanha saudade que aqueles lábios faziam. E agora aqui estou eu, provando novamente esses lábios. Aparentemente, não seria tão difícil assim tê-lo de volta.

O beijo fora se intensificando a medida que deixavamos a saudade falar por nós. As mãos de Ian alisavam livremente meu corpo, como se precisasse de provas para ter certeza de que não estava sonhando, e minhas mãos puxavam e bagunçavam os cabelos de sua nuca. Como eu sentira falta de mexer nesses cabelos.

- Melhor pararmos por aqui! - Ian se afastou bruscamente de mim.
- Mas... - suspirei frustrada. Ele havia me excitado, apertado meus seios e quase tirara minha blusa. Ia realmente ficar por isso mesmo?
- Não podemos.- meus olhos se arregelaram e quando eu estava prestes a começar uma briga pelo fato dele ter me "usado", o mesmo continuou: - Não aqui e não agora!
- É, acho que você tem razão. - respirei fundo, ajeitando minha blusa.
- Nos vemos mais tarde? - sorriu maliciosamente, se retirando do quarto antes da minha resposta.

Respirei fundo e caminhei até o banheiro, onde observei meu reflexo pelo espelho. Tudo estava acontecendo rápido e fácil de mais, o que me deixava hesitante e temerosa. Mas o que poderia dar errado? Eu amava Ian e ele me amava. Era bom as coisas estarem acontecendo fácil, ou não...