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História O Mendigo e a Princesa - Desejo 2


Escrita por: Vinilu

Notas do Autor


Desculpem pela demora, voltando às postagens normais agora o/

Espero que gostem, qualquer erro ou contradição me avisem!

Boa leitura a todos!

Capítulo 33 - Desejo 2


Ninguém está respondendo... Mas eles estão aí, certo? Será que...”, ao desconfiar, Lucy tornou a bater na porta, só que dessa vez de uma forma mais intensa, fazendo com que os sons das batidas na madeira ecoassem em um tom mais elevado por todo o cômodo.

Tal barulho irritante fez com que Natsu e a pequena tornassem a se separar, onde o rosado indagou próximos aos lábios da garota, de forma que a mesma podia sentir sua respiração:

—... Não seria melhor ver o que ela quer? – perguntou em um sussurro.

Com as mãos ainda presas ao cabelo de Natsu, Levy o respondeu:

— Se você a responder, terei certeza de não lhe dar outra chance de fazer algo parecido com o que estamos fazendo agora – a pequena falou no mesmo tom do rosado, de forma que apenas ele pôde ouvir.

Natsu nem mesmo precisou pensar. Naquele momento seus lábios, seus movimentos, todo seu ser estavam focados apenas no desejo e na curiosidade para com a qual tinha em relação a Levy. O mesmo então direcionou sua boca para o pescoço da pequena, onde distribuía chupões e pequenos beijos pelo mesmo enquanto podia sentir o cheiro que permanecia no corpo da garota.

—... C-Cloro... – Natsu murmurou ao reconhecer, mas tal palavra não escapou dos ouvidos de Levy, que apenas ficou sem graça com aquilo.

— N-Não tive tempo de tomar um banho... E acabei esquecendo também... – a pequena tentou se explicar, mas logo pôde sentir os lábios do rosado continuarem a correr por sua pele, passando por sua clavícula e então voltando para o seu pescoço, seguindo lentamente para sua boca.

Só que assim que retomaram o beijo, ouviram alguém quase derrubar a porta do quarto a base de porradas. Era como se a loira sentisse quando os lábios de Levy e Natsu se tocavam.

— NATSU! POR FAVOR, ME RESPONDA! – Lucy pediu já em tom de desespero do outro lado da porta, parecendo até mesmo que já estava a chorar.

Mais uma vez os dois pararam com o que estavam fazendo. De certa forma, o rosado pareceu ser afetado pelo jeito como a loira havia falado, acreditando que a mesma estava realmente chorando.

—... É melhor pararmos... – Natsu comentou em um tom mais sério após alguns segundos.

O rosado então tirou as mãos da coxa e da cintura de Levy, fazendo com que a mesma se desprendesse de seu corpo e voltasse ao chão.

— Está falando sério? – a pequena indagou ainda entre Natsu e a porta, mas não recebeu nenhuma resposta, entendendo que era uma confirmação.

Então, lentamente, Levy saiu da frente do rosado, caminhando a passos lentos em direção à cama. Ainda sentindo os beijos e os toques de Natsu por seu corpo, a pequena parou. Algo parecia ter invadido a mente da garota, fazendo suas mãos tremerem levemente.

Ambos permaneceram de costas um para o outro, aumentando a tensão entre eles. Natsu levou a mão até a maçaneta, mas hesitou em gira-la para abrir a porta. No fundo o rosado sentia que se fizesse aquilo, o “UP” que sua relação com Levy havia acabado de ganhar iria acabar se tornando em algo no qual não poderia nem mesmo mais dizer que eram amigos.

Ainda assim, seu coração, por mais idiota que fosse, quase o obrigava a abrir aquela porta. Mas seus sentidos foram desconectados de tal irracionalidade ao ouvir algo leve se chocar contra o chão.

Ao virar o rosto para ver o que era, os olhos de Natsu se arregalaram. A camisa que antes tampava a parte de cima do corpo de Levy, agora estava sobre o piso. Enquanto seus olhos admiravam a pele clara, as curvas, tudo aquilo que antes era coberto apenas pela camiseta, lentamente seus dedos desceram da maçaneta para a chave encaixada na fechadura. Ao invés de abrir a porta, Natsu acabou a trancando de vez.

O mesmo nem piscava ao ter Levy de frente para si. Fosse por ser a primeira vez em ver os seios de uma garota além da Lucy, de tamanho e formato diferentes, fosse pela face completamente avermelhada dela ou até mesmo a timidez estampada por todo seu ser. As mãos da pequena continuavam a tremer, enquanto seus olhos já estavam a se encher de lágrimas devido a vergonha.

Estar praticamente nua em frente a um garoto não era algo novo para Levy. Mas o medo de que mesmo após aquilo o rosado viesse a ignora-la ou então achar seu corpo feio, fazia com que a pequena simplesmente fosse tomada por uma extrema vergonha, vergonha de tudo aquilo ser inútil.

Levy já estava prestes a tampar os seios com os braços, quando viu Natsu dar dois passos curtos em sua direção. Os dois travaram por um único instante, mas no segundo seguinte a pequena não teve nem mesmo reação, quando se deu por si o rosado já estava a centímetros de si, prestes a afundar o rosto pouco abaixo de seu pescoço enquanto as mãos do mesmo já abraçavam sua cintura nua.

Não demorou muito e Levy sentiu suas costas baterem contra o colchão, tendo Natsu a cercando com as duas mãos.

Apesar de tudo que o movera até aquele momento, apesar de todo o desejo, naquele instante os dois apenas se encaravam. Seus olhos não se desviavam, pareciam se prender como se tentassem ler o que se passava na mente e no coração um do outro. Mas logo a mão direita de Natsu pousou sobre a cintura da pequena, passando a deslizar lentamente até chegar ao peito da mesma.

—... Não vai me bater de novo? – o rosado indagou sentindo o seio de Levy preencher sua mão, enquanto a face da mesma ficava ainda mais ruborizada.

—... Só se não fizer direito – a pequena o respondeu no mesmo tom.

Sem demorar mais uma segundo se quer, Natsu avançou sobre a boca da garota, lhe beijando ferozmente, fazendo até mesmo com que a cabeça da mesma desse uma leve inclinada para trás. E em meio àquela enorme demonstração de puro desejo e perversão, a pequena pôde sentir seu seio ser apertado, enquanto a mão esquerda do rosado acabara de pousar do outro lado de sua cintura.

Mas ao invés de seguir o mesmo movimento de sua mão direita, dessa vez ela desceu para o shorts de Levy. Prendendo o polegar contra o elástico, Natsu o descia lentamente, enquanto a pequena já levantava sua camisa.

Seus lábios então se desgrudaram por alguns instantes para que retomassem o ar. Mas o rosado não parou, desceu sua boca para o queixo de Levy e dali trilhou um caminho de beijos pelo pescoço da garota até chegar próximo a seus seios. E conforme descia, também abaixava o shorts da pequena.

Mas antes que qualquer coisa a mais viesse a ser feita, Natsu e Levy acabaram por serem interrompidos ao verem certa loira ofegante parada na janela.

—... Esquecemos de fechar a janela também – o rosado murmurou de forma que apenas Levy pudesse ouvi-lo.

— Eu percebi... – a pequena o respondeu no mesmo tom, vendo o garoto já sair de cima de si.

— EU SABIA! COMO VOCÊS OUSAM? – Lucy indagou completamente indignada, já saltando para o lado de dentro.

— Você é realmente difícil! Não desiste? – a voz de Levy ecoou em revolta e indignação enquanto já arrumava seu shorts e pegava a camisa no chão

Já Natsu não sabia o que dizer. O mesmo parecia irritado, mas também não conseguia disfarçar que estava perdido. Seus olhos miravam o chão, enquanto o volume em sua calça não cedia um centímetro se quer.

O silêncio então se instalou no local, como se as duas jovens esperassem pelas palavras do rosado. Lucy permanecia irritada com tudo o que vira, estando prestes a explodir, enquanto Levy ainda sentia seu corpo quente devido a todas as provocações de Natsu. O que estava fazendo com Natsu há poucos segundos era com a consciência de que Lucy estava bem perto, então ela ver não acabou nem um pouco com todo o fogo que queimava dentro de si.

—... Você me prometeu... Prometeu que me daria um mês! – a loira exclamou em um tom mais elevado enquanto encarava o irmão.

— Eu lhe disse que não daria esse mês... Eu lhe disse que continuaria com a Levy... Você pode levar o tempo que quiser para terminar com o Sting... Uma semana, um mês, um ano... Se ficaremos juntos ou não, vai depender de como minha relação com a Levy estará... E pelo que você pôde ver, estamos indo muito bem... – Natsu a respondeu seriamente.

Não posso dizer que isso me agrada, de certa forma me irrita... Mas ver ela quebrando a cara dessa forma me satisfaz, e muito! ”, Levy pensou ao ouvir tais palavras de Natsu e ver a reação de Lucy.

—... E que papo é esse de “como vocês ousam”? – a pequena indagou normalmente — Pelo que eu saiba, namorados fazem isso... E não creio que Natsu e eu tenhamos que dar satisfação alguma a quem quer que seja...

Levy apenas pôde ver o olhar frio de Lucy para consigo naquele momento.

Com o pôr do sol, o restante do grupo retornou para a casa. Um a um, ao adentrarem no local praticamente sentiram seus corpos congelarem devido à temperatura baixa do ar-condicionado.

— M-Mas o que...? – Jellal apareceu na sala apenas de bermuda, se encolhendo todo e vendo Lucy em um sofá, Levy no outro e Natsu no chão, todos tampados por cobertores.

— O-O que vocês estão pensando? – Erza surgiu logo em seguida, indagando indignada – N-Não viemos à praia para curtir o frio!

Rapidamente Mirajane pegou o controle do ar-condicionado e o desligou, enquanto Juvia correu para abrir as janelas e permitir que o ar quente viesse a permear pelo local.

—... Vocês só podem estar de brincadeira! – Lisanna comentou já pegando todas as cobertas no local, ouvindo Natsu reclamar ao ter a dele tomada.

Pelo menos aquele frio serviu pra algo...”, Levy pensou consigo mesma com a face levemente corada.

Enquanto todos seguiam para seus quartos, Erza foi a única que permaneceu na sala com Levy, Lucy e Natsu.

—... O que vocês três andaram aprontando? – a ruiva questionou após perceber a face avermelhada de Levy e o quão para baixo a loira estava.

— Desde quando lhe interessa o que fazemos ou deixamos de fazer? – a pequena a respondeu com uma pergunta, alfinetando a garota como sempre fazia.

— Desde o momento que estão de baixo do meu teto! – Erza falou em um tom mais elevado.

— Deixa de ser chata, que diferença faz se fizemos algo ou não? Não tem como você saber mesmo... – Lucy comentou em um tom mais baixo — Ou vai dizer que está com medo de uma de nós ter tirado a inocência do seu amado Natsu?

— O-O que? – Erza corou levemente, percebendo também a face levemente ruborizada do rosado.

Mas logo em seguida Natsu virou o rosto ao sentir os olhares frios de Levy e Lucy.

— De qualquer forma, não aconteceu nada... – o rosado resolveu falar, mas ao tentar se levantar do chão, acabou soltando um pequeno gemido ao sentir seu peito o incomodar.

No mesmo instante Erza estreitou os olhos, desconfiando daquilo. A ruiva então se aproximou de Natsu, e assim que sua mão deu alcance a mesma levantou a camisa do garoto.

Foi então que Lucy e Erza puderam ver o peito todo arranhado do rosado. Ambas as garotas então encararam Levy à espera de uma explicação, mas a mesma apenas abriu um sorriso sapeca, as irritando ainda mais.

— Acho que vou para o meu quarto descansar, sabe, hoje foi um dia bem cansativo – Levy fingiu um bocejo após dizer tal frase com segundas intenções, seguindo para seu quarto logo depois.

Erza apenas seguiu a pequena, a xingando e a enchendo de sermões, sem que a mesma se importasse. Dessa forma, Natsu acabou sozinho com Lucy na sala.

A loira deu uma última olhada no peito arranhado de seu amado irmão antes do mesmo tornar a ajeitar a camisa. Naquele momento queria poder falar com ele, falar sobre os dois, mas sabia que suas palavras já não tinham poder algum sobre o garoto. Depois de tanto repeti-las, finalmente sentiu que se continuasse apenas a dizê-las, acabaria por perder aquele que dizia ser seu maior amor.

Lucy finalmente compreendeu que se ela não contasse logo a verdade, de uma forma ou de outra ela acabaria por ficar sem Natsu. Então só lhe restava a aposta. Aposta de que se seria perdoada ou não após dizer ao rosado tudo que a prende ao Sting.


Notas Finais


Até o próximo!


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