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História O Menino da Casa ao Lado - Chapter VI


Escrita por: V1ckGomez

Notas do Autor


Boa leitura!

Capítulo 6 - Chapter VI


Greenville, New Hampshire

 

Madrugada de 15 de Julho de 2015

 

Ás 3:00 da manhã Ivie acordou. Não tinha o costume de acordar de madrugada, mas dizem que para tudo há uma primeira vez. Ao olhar ao redor de seu quarto, se espantou com Alissa aos seus pés. Quando virou para o lado e acendeu a luz de seu abajur, Ivie pôde notar o quanto os olhos da garota pareciam assustadores. Seus olhos estavam brancos, posicionados para trás em suas órbitas, e a jovem sussurrava coisas que ela não podia entender.

- Alissa? O-o que aconteceu com você? Seus olhos estão...

- Ele está atrás de você, Ivie. Há sangue em seus olhos. – a garota pronunciava com uma voz rouca e que não parecia a sua

- Ele? C-como assim?

- Ele está furioso. É melhor você correr...

- Você está me assustando, Alissa. Agora não é hora para esse tipo de brincadeira! Volte já para o seu quarto.

- Venimus quaerunt te. Omni die profectus est. (‘’Viemos buscar você. Todos partirão um dia.’’) - enquanto falava, Alissa abria um enorme e misterioso sorriso.

Subitamente Ivie desperta com as mãos tapando sua boca. Um grito estava prestes a escapar, mas ela o conteve quando percebeu que Alissa não estava mais ali. Na verdade, Alissa nunca esteve ali. Não daquela forma. Tudo não passara de um sonho. Ou melhor, um terrível pesadelo. Como que para constatar que sua mente não estava lhe pregando uma peça, Ivie se levantou e foi até o quarto da sobrinha. A jovem dormia como um anjo. Com um suspiro de alívio, Ivie sorriu, grata por tudo aquilo ter sido realmente um pesadelo e nada mais.

Ao retornar para seu quarto, Ivie se depara com uma figura branca e curvada em seu corredor. A figura tinha duas grandes órbitas negras no lugar dos olhos e arreganhou os dentes pontiagudos e amarelos em um enorme sorriso. Sem dizer uma palavra, A Coisa esticou seus dedos largos e cadavéricos na direção de Ivie. Esta, temendo que já estava á beira da loucura, fechou e esfregou os olhos, como se quando acordasse, aquilo não estivesse mais em sua frente. E deu certo. Ao criar coragem e abrir os olhos, Ivie notou que a aparição sumiu.

 

A jovem mulher permaneceu por um longo tempo estática, sem conseguir mover um músculo sequer. Enquanto procurava entender o que havia acabado de acontecer, um terrível calafrio percorreu sua espinha. Ivie sentiu longos e frios dedos tocarem seu ombro, mas quando finalmente conseguiu se virar, se deparou com um imenso breu à sua frente e uma janela aberta no canto direito do corredor.

- Tia?

Ao ouvir a fina e sonolenta voz do outro lado do corredor, Ivie sobressaltou-se.

- Desculpe se te assustei. Está tudo bem?

Alissa obteve um breve ? como resposta, sem saber exatamente o que aquilo poderia significar.

- Ivie? O que aconteceu? – tornou a perguntar Ivie enquanto observava com espanto a figura amedrontada à sua frente

Como se tivesse acordado de um sono, Iivie piscou e retomou a consciência de si.

- Sim. – sua voz não parecia mais que um mero sussurro – Está tudo bem. O que você está fazendo acordada a essa hora?

- Ouvi barulhos no corredor e decidi investigar.

- Da próxima vez que algo semelhante acontecer, permaneça em seu quarto e tranque a porta se puder, está me ouvindo?

Alissa apenas meneou a cabeça afirmativamente. Como se temesse que sua sobrinha pudesse se transformar em um monstro e a atacá-la a qualquer momento, Ivie aproximou-se, relutante, na tentativa de saber se era seguro permanecer perto da menina. A jovem mulher caminhou a passos hesitantes, pousou as mãos nos ombros da garota e a levou para o quarto onde a mesma dormia. Rapidamente acendeu as luzes e deitou a sobrinha na cama com cuidado, atenta a qualquer movimento inesperado. Enquanto Alissa permanecia quieta, apenas observando a estranha atitude da tia, Ivie casualmente olhava para trás, por cima do ombro.

- Está acontecendo alguma coisa que você não quer me contar? Você está agindo de forma diferente e me deixando assustada, tia. Por...

- Shh... – respondeu Ivie interrompendo a menina, colocando o dedo indicador nos lábios da sobrinha – Está tudo bem, querida. D-desculpe se te assustei, não foi minha intenção. Apenas tive um terrível pesadelo e acordei assustada. – enquanto falava, Ivie encarava atentamente os olhos de Alissa, na tentativa de encontrar qualquer sinal diferente

- Tudo bem.

Ivie beijou a testa de Alissa, que retribuiu com um breve sorriso. Após cobrir a sobrinha, Ivie falou pela última vez, antes de sair:

- Eu te amo, Alissa. Nunca se esqueça disso. Você sempre será a minha sobrinha favorita.

- Bem, sou a sua única sobrinha. – rebateu Alissa rindo

- Detalhes... – sorriu Ivie nervosamente – Você continuaria sendo a minha favorita mesmo se eu tivesse 10 sobrinhos. Boa noite, docinho.

- Boa noite, tia.

A mulher caminhou até a entrada do quarto a apagou a luz. Antes de fechar a porta, observou a sobrinha demoradamente. Enquanto olhava para Alissa, sentiu um leve aperto no peito, seguido de uma tristeza repentina. Mas não deu muita importância. Seja lá o que fosse, logo iria passar.



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