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História O Menino e o Palhaço - Alissa


Escrita por: Vam_pirina

Capítulo 4 - Alissa


Após o acontecimento Bernardo estava diferente. O velho cabelo "capacete" que lhe acompanhava desde o início de sua vida deu lugar a um cabelo reto, pequeno, com topete, parcialmente levantado. A sua roupa, típica dos retraídos, deu lugar a uma roupa mais descolada. Ele, que sempre andava curvado, tímido, endireitou o seu corpo, andando sempre reto. Tornou-se temido pelo interior dos corredores do colégio onde estudava sendo conhecido como o único sobrevivente da chacina do orfanato. Alguns, entretanto, temiam o garoto por acreditarem que foi ele o assassino. De uma forma ou de outra, ele tornou-se temido e respeitado por todos os colegas de turma. E agora, mais do que nunca, o garoto tinha vários amigos e apesar de saber que muitos desses novos amigos eram falsos, ele se sentia feliz por lhe adorarem. Além dos amigos, muitas garotas da sua classe passaram a observá-lo com outros olhos.

Todos os dias, Bê ao entrar pelos corredores do colégio onde estudava e via vários alunos correndo dele.

- Isso é tão bom. - disse em voz baixa.

Adorava ver os outros alunos passando pelo mesmo problema que ele teve, mas dessa era por causa dele. Ao entrar em sua sala de aula. Uma garota, de idade semelhante a sua, com um belo sorriso branco e com os cabelos loiros, passou e sorriu para ele, deixando-o admirado.

- A Alissa é realmente linda, não é? – perguntou Geraldo.

Como ele olhava para a garota que saía da classe, de costas para ele, acabou por assustar com a chegada repentina de seu amigo.

- Não me assuste. Ela é realmente linda. – disse. 

- É impressão minha ou tem alguém apaixonado? – perguntou Matheus.

- Não estou apaixonado. Só admirei a beleza dela. – disse o garoto.

Aqueles três garotos ainda não se deram conta, mas estavam agindo como adultos que não eram.

- Realmente a garota é muito bela. – disse Geraldo.

- Com certeza a Alissa vai querer alguma coisa com você, Bê. – disse Matheus.

- Com certeza. Concordo com o Matheus. – disse Geraldo.

O menino percebe algo do lado de fora da sala de aula. Era como se tivesse enxergado Penny olhando atentamente os seus passos e, ao perceber que o garoto percebeu sua presença, saiu do local. 

- O Penny? Aqui? -  perguntou.

-  Quem é Penny? Seu amigo imaginário? - zuou Matheus.

- Não, cala boca cara. - respondeu.

- Silêncio. – disse o professor.

Era pouco mais de meio-dia. As aulas do turno da manhã havia recentemente acabado. O garoto andava furioso pela cidade. Chutou latas de lixo, lançando-as longe.

- Você me paga, Matheus. - gritava o garoto.

Veio à mente dele a imagem de Geraldo e Matheus saindo do colégio, conversando, animados. De repente, apareceu Alissa. Ela passou pelo trio, com um sorriso no rosto. E Matheus comentou sobre o suposto amigo imaginário de Bernardo, então a menina que estava olhando com o rosto parecendo um tomate para ele desvia o olhar ao ouvir esse comentário. O que o derrubou por completo. Mas, o mais o deixou furioso foi que, Geraldo não o protegeu. Aquilo irritou-o e o  deixou transtornado. Sentiu-se traído pelo melhor amigo, ou até mesmo pelos dois, quando a garota mais bonita da classe os cumprimentou com delicadeza e virou o rosto por causa de um deles. Ela poderia rejeitar qualquer um. Menos ele.

- Você me paga, Matheus você também, Geraldo. Não era para vocês terem falado o que não sabiam. Seus imbecis, vocês me pagam. Alissa, sua vagabunda. Eu sou o maior do colégio. Você não tem o direito de me renegar. – gritou rapaz.

Este não percebeu, mas, atrás dele, estava Penny, que ouvia atentamente todas as palavras ditas pelo rapaz. Geraldo e Matheus caminhavam por uma rua larga e arborizada do centro da cidade, em direção às suas respectivas casas. Moravam no mesmo bairro e sempre iam juntos para o colégio e para suas casas. Conversavam animados, rindo e falando alto.

- Nossa, cara, aquela guria... a Alissa... – disse Matheus.

- Então... Nossa, aquela garota ainda me mata do coração – disse Geraldo.

- E o Bernardo, coitado... Ela realmente não gosta dele...

- Também... não é para menos... ninguém mais está suportando ele, o amigo imaginário dele e aquela arrogância... fiquei feliz quando ele começou a ter atitudes e deixou de ser o ameba de sempre, mas... aquilo já é demais...

Geraldo ameaçou abrir a boca para falar alguma coisa, porém os garotos escutam um assobio atrás deles. Foi um assobio rápido, de poucas notas, porém bastante assustador. Os dois viraram para trás, sincronizados. Assustaram-se. Visualizaram um palhaço, portando uma faca.

- Vem brincar, vem brincar com o Penny. – disse o palhaço.

Os garotos paralisaram de tanto terror. Gritaram, um pavoroso grito infantil.


Notas Finais


CONTINUA...


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