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História O Menino feito de Espinhos - Pétalas.


Escrita por: Greysun

Capítulo 5 - Pétalas.


Fanfic / Fanfiction O Menino feito de Espinhos - Pétalas.

-Acho que você não deveria ter medo disso, - o moreno falou do outro lado dá cerca se levantando e o Park se assustou um pouco com a movimentação do menino. - Porque eu sei que você não vai me ferir se me tocar.

-Eu não iria te ferir, mas meus espinhos eles.. - o Park tentava falar, mas se atrapalhou e suspirou pesado era complicado para si explicar aqui sem se magoar.

-Eu não me importo se você tem espinhos,(*) - olhou entre uma brecha dá cerca vendo o pescoço do menino que agora estava sem muitos espinhos, como na última vez que se viram e estranhou, mas optou por não perguntar. - Eu só me importo se você parar de falar comigo.

-Nunca faria isso, - Jimin sorriu para si se levantando também e encontrando os olhos azulados e vendo o tom diferente de azul que estavam. - Nem que você se afaste de mim, eu vou atrás de você.

-E eu atrás de você Park, - o Jeon riu falho com a afirmação do menino, sentindo uma pontada de insegurança na voz do menor. - Promete?

-Eu prometo Jungkook.

O menino de espinhos estava sentindo novamente aquela formigação estranha enquanto continuavam a conversa, era como se o Jeon trouxesse um bombardeio de novas sensações a qual não estava acostumado a sentir, aquelas singelas borboletas que cresciam a ansiedade em encontrar com o menino e até a curiosidade que o atingia para saber como ele era pessoalmente. Jimin queria saber, era curioso, queria descobrir como seria se pudesse trocá-lo, queria poder ver os olhos dos meninos mudarem de cor a cada horário diferente e queria saber qual a sensação de poder abraçar alguém sem ter medo de machucar.

Ele queria sentir como uma pessoa normal.

Ele estava perto de saber qual era a sensação, mas precisa de mais tempo para senti-la de verdade.(*)

-Como é poder tocar em alguém? - perguntou enquanto acariciava as próprias mãos vendo os espinhos e estranhando a falta de alguns deles em seus pulsos, mas ignorou.- a sensação de poder tocar..

-Eu não sei explicar Jimin é como, - olhou para rosa em sua mão lembrando-se que teria que colocar em um vaso para não murchar, tocou novamente em suas pétalas e algo brilhou em sua mente infantil. - Já tocou em uma pétala de rosa?

-Já, hoje mesmo toquei e senti vários aromas. - falou sorrindo bobo pela lembrança que ainda estava fresca em sua memória.

-A flor que você mais gostou de tocar tem a mesma sensação que tocar alguém, - suspirou ajeitando os cabelos negros tocando na rosa. - Então tocar você para mim é a mesma sensação que eu tenho em tocar uma rosa como essa que você me deu.

-Tocar você tem a mesma sensação dá pétala dá rosa mais bonita a que tem mais espinhos, - sorriu para si mesmo e fechou os olhos lembrando dá sensação que seus dedos sentiram ao tocar a flor. - A que tem o melhor aroma do roseiral.

-Acho que gosto dessa sensação Jimin, - sorriu mostrando os dentes branquinhos e acariciando a rosa em mãos. - A sensação de tocar você.

Mais uma vez o Park sentiu algo novo, algo florescer em seu peito, sentiu seu coração doer, mas em um ritmo bom, suas costas formigaram e ele não estava percebendo, mas os seus espinhos, os que tanto o incomodavam estavam saindo aos poucos. O menino feito de espinhos estava florescendo, seus espinhos estavam dando lugar a uma pele lisa que tanto ansiou ter, mas precisava de tempo para se curar ainda tinha que esperar muitos espinhos o incomodarem, tinha que aprender mais sobre as pessoas e sobre o preconceito que corria entre elas, ele precisava ver o mundo com seus olhos para poder ver as pétalas sensíveis de sua própria rosa.

Mas até lá, ele floresceria no coração do Jeon que estava aprendendo a amar uma flor feita de espinhos(*), estava sentindo o florescer de algo que no começo parecia estranho para si, mas depois perdeu seu medo. Ele queria mais que nunca saber como era o toque de sua rosa.

-Jimin! - O Park ouviu a voz do pai gritar por seu nome. - Jungkookie! - uma das mães do Jeon chamava pela janela dá cozinha.

-Estou indo. - os dois gritaram em conjunto depois se olhando pela brecha dá cerca riram.

-Então, Jimin, - escutou o outro falar um "oi" baixinho. - Quer ir tomar sorvete comigo algum dia dá semana?

-Sim Kookie, - falou com um sorriso largo no rosto e com a voz embargada de felicidade. - Quero muito.

-Então depois até amanhã? - o Park se levantou novamente do chão batendo a mão na roupa de seda tirando alguns matinhos que estavam grudados nela.

-Até amanhã Jiminie. - Se levantou e correu para dentro de casa ao ouvir novamente uma de suas mães o chamar para entrar.

Quando o Jeon entrou em casa procurou por um vaso e quando encontrou não pensou duas vezes em por água e levar para seu quarto colocando próximo a janela e depois indo falar com uma de suas mães que havia o chamado.

-Conseguiu falar com ele? - sorriu para o menino que acentia com a cabeça com as bochechas rubras.

-Ele só queria sentir Omma, apenas sentir. - Sorriu para a mãe abraçando a mesma e a mais velha sentiu o coração do pequeno bater rápido e sorriu sabia quando alguém estava apaixonado e entendia seu filho melhor que ninguém, melhor até que seu pai que não visitava mais o menino desde que completará seus 13 anos.

-Filho você... - pensou melhor na pergunta que iria fazer e decidiu afirmar outra coisa aquilo era novo para o pequeno esperaria ele ir com calma. - precisa dormir está tarde.

-Boa noite Omma. - Sorriu para a mais velha beijando suas mãos e abraçando com força.

A mulher sorriu e imaginou como seria para seu filho estar apaixonado, lembrou-se de como foi para ela quando se apaixonou por JiHyun ficou dá mesma forma, tinha acabado de passar por uma fase difícil em sua vida que era a separação com o pai de seu pequeno quando se viu gostando de uma de suas amigas, a única que não havia abandonado a menina durante sua gravidez de risco e durante o divórcio a qual prometeu amar e respeitar enfrente a um juiz a qual deu seu coração mesmo sabendo de todas as dificuldades e diferenças que encontrariam em suas vidas, agora juntas, e principalmente qual seria a reação de seu filho que já estava cansado de ver a mãe se lamentar pela separação ele só queria ver novamente um sorriso nos lábios dá Jeon mais velha.

Queria voltar a ver a mesma sorrindo enquanto cantava uma música sem jeito, gostava de admirar a mesma cozinhando docinhos para si enquanto sorria sem preocupações era uma vida cheia de pétalas até que vieram os espinhos, as brigas que presenciava, os conflitos do casal e por fim a dor de tocar em espinhos a separação, todas as lágrimas de Sonyeon machucaram o coração do pequeno que assistia a mãe chorar no quarto enquanto o pai recolhia seus últimos pertences dá casa deixando para trás uma mulher em pedaços e uma criança de três anos que chorava por ver seu pai correndo para um táxi, perder de alguma maneira seu pai foi uma das coisas que mais machucou o coração do pequeno era o primeiro espinho que teve que enfrentar.

Todos nós devemos enfrentar nossos espinhos uma hora, para que por fim a flor floresça em nossas vidas.

Enquanto o pequeno Jeon já estava enrolado em seus lençóis dormindo calmamente o Park se olhava assustado percebendo algo estranho em seu corpo, alguns espinhos estavam sumindo as elevações avermelhadas e afiadas estava virando pele como a de seu rosto pensou que era algum efeito dos remédios que tomava para anestesiar a dor e depois pensou em ser algo de sua imaginação fértil e ignorou abaixando a blusa de seda que cobria seu abdômen que não estava totalmente coberto por espinhos. Sentiu medo, não mentiria para si mesmo, aquilo era tão estranho era como se estivesse sobre efeitos de remédios, mas não era os remédios não poderiam tirar seus espinhos nada poderia tirá-los e do nada isso muda completamente algo estava acontecendo e passou despercebido pelo jovem que, resolveu ignorar depois falaria para seu pai o que estava acontecendo por hora resolveu pensar em como Sunhee estava, se perguntando se a menina que brincou pela tarde estava bem e depois mudou seus pensamentos para o Jeon, sorriu bobo se mexendo na cama e rindo de si mesmo, parecia uma menina apaixonada igual as dos doramas que assistia as vezes riu com aquilo.

-Será que eu estou...- pensou um pouco auto demais e acabou falando sozinho. - não, não é possível, ou será que é?

Estava com algumas dúvidas, nunca tinha se sentindo assim antes era algo muito novo para si algo que queria descobri com o tempo, queria aproveitar cada detalhe daquela "coisa" nova que nascia em si, estava gostando daquelas sensações diferentes em seu corpo e pensou em conversa com seu pai sobre isso, mas deixaria para depois no momento só queria descansar, estava com sono e amanhã iria com seu pai comprar mais tecidos e sabia bem o que enfrentaria só não estava preparado para aquilo.

Nunca esteve preparado para ser rejeitado.

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O dia havia começado ruim para o Park e já estava se preparando para o que iria escutar assim que colocasse os pés na cidade, sempre era a mesma coisa: olhares enojados em si e críticas e mais críticas. Estava ficando cansado de tanto preconceito em volta de si, era um menino com problemas como todos os outros, tinha apenas um problema que era visível, todos tinham espinhos na concepção do Park, apenas alguns que eram visíveis.

Ele era um menino feito de espinhos, mas tinha seu interior completamente florido e não se importava com eles, afinal seu coração era bom diferente das outras pessoas que não tinham espinhos em sua pele, mas em seus corações.

O Park não estava muito animado com a ideia de ir a cidade, por si ficava deitado o dia todo esperando anoitecer para poder falar com o Jeon e fazer seu dia feliz, sentiu uma cutucada junto com uma formigação enquanto pensava no moreno já até estava acostumado com essa sensação e ignorava sempre que sentia, mas achava estranho que ela só acontecia quando falava de JungKook.

-Appa é normal ficar pensando muito em alguém? - perguntou coçando a nuca, enquanto andavam na rua para a loja de tecidos.

-Depende, como você se sente pensando nessa pessoa? - olhava para o filho de soslaio se perguntando internamente sobre aonde o menino queria chegar com aquela conversa.

-Uma formigacão estranha, fico meio bobo sabe é estranho, mas tão... - parou um pouco e suspirou ao lembrar dos olhos do menino. - Tão bom.

-Acho que você está gostando de alguém meu pequeno. - riu passando a mão nos cabelos do pequeno e entrando com ele dentro dá loja.

-Não sei se é possível, você sabe das minhas condições Appa, - falou sorrindo triste, mas ficando feliz ao ver um tecido azul bebê. - Mas eu acho que eu vou esperar.

-Filho, o amor vem em momentos que nem imaginamos, - falou se ajoelhando e ficando na altura do filho. - Nunca esqueça disso, quem te amar irá amar todos os seus espinhos até suas flores.

-Certo, agora vamos olhar os tecidos. - sorriu para o pai e voltou a procurar os tecidos que o agradasse.

-Você gosta dessa cor? - apontou para um tecido cor de leite e o menino concordou pediu a dona que já conhecia os dois e ela cortou o tecido entregando ao pai e indo até o pequeno Park.

-Quais cor você gosta meu pequeno? - falou doce ajeitando os óculos no rosto gordinha. - Gosta de clores claras?

-Gosto sim, - sorriu doce para a mulher e acompanhou ela até um local dá loja que tinha tecidos de seda claros. - Queria um rosa.

A mulher mostrou vários tons de rosa e o menino sorria com a gentileza dá mulher se alegrando pela delicadeza dá mulher para com o menino, ela não sentia medo de se aproximar dá criança sabia que não faria mal a ela nem a sua pequena que trabalhava no caixa. As pessoas estavam começando a sentir menos medo de se aproximar do menino feito de espinhos, elas estavam começando a aceitar os espinhos dele e reparar em todas as suas pétalas.

A flor mais rara estava achando seu lugar entre a multidão de espinhos e veneno, o mundo só é um lugar frio para quem não consegue admirar a beleza em coisas raras e pequenas como o pequeno Park.

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“Eu me pergunto se as estrelas se iluminam com o fim de que, algum dia, cada um possa encontrar a sua.”

-Pequeno príncipe.


Notas Finais


-As mães do Jeon tiveram o nome revelado dkdjsksksks vocês gostaram?

-Desculpe pela demora em atualizar e eu queria dizer que babys a fic não vai ser tão longa, vai ser curta, porque é uma história simples com um significado bonito por trás, estão gostando? Quero saber babys.


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