História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Perdoe meu passado.

Nunca pensei que estaria nessa situação, mas tudo por minha culpa, essa dor que causei não só em mim como no meu pequeno, eu fui um idiota em fazer aquilo com o meu Soo. Eu quero que ele me escute, quero que ele entenda meu lado e que vai voltar para mim, eu sei que não mereço, mas é algo que eu quero, pois ele foi a melhor coisa que aconteceu comigo e preciso dele para continuar vivendo.

Preciso tanto dele que essa semana, comida para mim não era essencial, que viver já não era essencial. Ele se transformou no sol que aquece minha vida, que faz com que tudo em mim se ilumine, mas esse sol que desceu e nunca mais subiu, com tudo ele vai subir. Eu ainda vou dar a minha versão dos fatos, mostrar a minha história para ele e demonstrar que eu era apenas uma pessoa machucada.

Sem ele era ter um espaço vazio da vida, tanto pessoalmente quanto mentalmente, ele fazia falta ainda, mais quando eu acordo e lembro que não o verei na frente da escola me esperando. Me dói saber que ele também está sofrendo, sei que ele pode parecer durão, mas é frágil e precisa dos meus cuidados.

Ando pela sala depois de me arrumar para ir à escola, minha vó tinha saído cedo dizendo que iria visitar uma amiga de anos e que provavelmente demoraria. Ela tinha saído na verdade bem mais cedo, talvez ela já esteja voltando, pois ela nunca deixa de tomar café da manhã comigo, muito menos deixa eu tomar sozinho e sabendo ainda da minha briga com o Soo.

Quando chego na sala tem um papel com um emblema de um hospital, devo imaginar ser os resultados da minha vó, já que a mesma disse que iria pegar um tempo atrás. Pego o papel e leio “Formulário de doação”, começo a ler todas as partes, até mesmo o que minha vó iria doar, o que me chama atenção é que são os olhos, me fazendo pensar no Kyungsoo.

Me lembro de uma vez que o mesmo tinha me dito que apenas pessoas que morrem podem doar os olhos, tem exceção de pessoas que se sente culpada por um acidente que transformou uma pessoa em cego. Dessas opções, me dói acreditar na primeira, já que minha vó não tem culpa pelo o que aconteceu com o Kyungsoo e isso me resta apenas a morte.

– É feio mexer nas coisas dos outros. – Escutei minha vó, a mesma está parada na porta me olhando com cara de indignação e ao mesmo tempo preocupada.

– Vó pode me explicar isso? – Perguntei sério. Ela vem caminhando até mim e pega o papel de minha mão, dando um pequeno sorriso para mim.

– Um formulário para doação? – Perguntou ironicamente.

– Eu sei disso. – Revirei os olhos e me sento no sofá. – Quero saber porque tem seu nome.

– Porque eu vou doar os meus olhos para o Kyungsoo. – Ela falou como se fosse óbvio.

Minha vó é aquele tipo de pessoa que te enrola até você desistir, mas eu como um neto nato dela, sei sua estratégia de enrolação e fico encarando ela até poder receber uma resposta adequada. Ela senta do meu lado, pegando minha mão e dando um longo suspiro de cansada e me olha.

– Eu iria te contar, mas não era a hora certa. – Ela deu um longo sorriso. – Eu tenho câncer no pulmão, em um estado avançado, assim terei poucas chances de sobreviver mesmo com tratamento. – Eu a encarei em busca de uma brincadeira, mas tudo em seus olhos só via a verdade. – Então eu decidi que vou doar meus olhos para o Kyungsoo.

– Por que não me contou antes? – Perguntei já com as lágrimas nos meus olhos, pois em pensar em perder minha vó já me dói.

– Porque você está passando por um momento difícil com o Kyungsoo, não queria ver você mais mal que já está. – Dá um sorriso tentando passar confiança. Ela limpa minhas lágrimas e me abraça. – Não conta para o Kyungsoo, pois sei que ele vai ficar bastante arrasado se descobrir a verdade.

– Mas eu vó? – Perguntei já com os soluços grandes e tentando me concentrar no que eu pensava. – Eu não sei se vou suportar perder a senhora.

– Ei, olha para mim. – A olhei e tudo que eu via era uma pessoa serena. – Você terá o Kyungsoo e protegerá ele de qualquer maneira.

– Vó eu não quero perder a senhora. – Insisti.

– Meu filho, a vó já viveu muitos anos, ela está cansada. – Ela passou a fazer carinho em minhas costas, me confortando. – Sinto saudades do seu avô todos os dias, está na hora de eu reencontrar ele. E eu vou sempre estar olhando para você lá do céu.

– Porque minha vida tem que sempre ser assim? – Perguntei agora em prantos com o choro, eu não queria acreditar, mesmo vendo a verdade. – Porque eu não posso ser feliz?

– Filho, sei que é difícil e você vai ser feliz, você vai ter o Kyungsoo para isso. – Ela tenta me acalmar, mesmo sabendo que seria difícil. – Pensa no meu lado, eu já vivi tudo que tinha que viver, já amei, já te criei e agora preciso descansar e matar a saudade que sinto do seu avô. Não quer ver sua vó feliz? – Eu apenas assenti. – Então, você precisa me compreender.

Pode ser egoísta da minha parte, mas não quero perder ela, não quero que ela se vá, pois foi a única que sempre esteve do meu lado e nunca saiu dali e agora estava me deixando para sempre. Foi a mesma coisa que meu avô, ele dirá para a família que estava morrendo pouco tempo antes de morrer, fazendo com que nossa vida caísse de uma forma tão profunda de tristeza que levou anos para se acostumarmos sem ele.

– Quanto tempo? – Perguntei, sabendo que ela já tinha planejado tudo.

– Não tem data especifica. – Ela respondeu. – Pode ser uma semana, um mês ou um ano, tudo depende de como vai ser o processo de avanço do câncer. – Ela passou a mão em meus cabelos. – Por isso vou te ajudar a voltar se falar com o Kyungsoo, consegui falar com uma amiga que é crítica em artes para ver as obras da mãe dele e isso fará com que vocês podem ficarem sozinho, eu também vou falar um pouco com ele e convencer com que ele converse com você.

– Tudo bem. – Tento me conformar, mas sendo que nunca vou me conformar com isso, por isso vou fazer de tudo para ser os últimos momentos de minha vó felizes.

– Agora vamos tomar café, pois se não vai se atrasar para a escola. – Eu apenas assenti para ela e a sigo. – Não falei nada para o Soo, deixa que com o tempo ele se acostume e conte você mesmo para ele. E não fique de mal com o Sehun, ele é um menino ingênuo e não sabia que iria acontecer isso.

Eu descobri mais tarde que foi o Sehun que tinha contado do meu plano para o Minseok, ele mesmo me procurando e pedindo desculpas, mas uma raiva que nem eu sabia que tinha surgiu de uma forma que fez com que eu desse socos nele e só ser separado pelo Luhan. Desde então não se falamos mais, mas por minha parte, pois ainda tinha raiva dele e sabia que ele se culpava por tudo, mesmo nós se vendo todos os dias, eu o evitava e passei a me sentar com o Leo no recreio.

Parece engraçado, mas o Leo é o que está do meu lado, desde aquele dia que teve a briga ele nunca mais me deixou sozinho na escola e sempre tentava conversar comigo, que muitas vezes não dava certo. Ele até bateu no Minseok por mim, fazendo que o mesmo se desculpasse pelo que fez, senti pena do mesmo, pois a escola inteira se revoltou contra ele, mas não conseguia ter raiva dele e tanto que o protegia.

Ele me perguntará porque eu o protegi, eu apenas respondi que não desejo mal para ele, muito pelo ao contrário, eu desejo o bem, pois sei que o mal vem em duas partes um para quem sofre e o outro para quem deseja. Ele me pediu desculpas por tudo que ele fez, ele não sabia que isso podia fazer com que o Kyungsoo sofresse, ele tinha pensando que o mesmo o procuraria e que não aconteceu.

Depois que tomei café com a senhora Heemin, sigo para a escola, que sempre estava cada vez mais triste e mais escura para mim, já que o meu sol não estava lá. Como nessa última semana o Leo estava me esperando com o Wonsik, o mesmo também está do meu lado, ele e seu pai estão na verdade, tanto que ele sempre me dá algo para comer quando vou para frente de sua casa.

Lá estava ele junto com o namorado, meu cunhado parece um pouco abatido, se eu não o conhece poderia dizer que alguém de sua família tinha morrido, mas sei que é por causa do Soo. Os dois tem uma ligação muito forte um com o outro, uma coisa que eu acho lindo nos dois, pois sei que um sempre está ajudando o outro sem mesmo pedir para isso, ou cobrar mais tarde, pois sei que se amam para fazer isso.

Não sei o que deu em mim, apenas o abracei tentando confortar ele, talvez o Leo sinta ciúmes ou não, mas sabia que ele precisava de um abraço, ainda mais pelo o causador de tudo isso. Eu me sinto muito mal, pois se o Wonsik está assim, imagina o meu pequeno como está, me dói saber que ele está bem mal, tanto que ele nunca mais veio para aula nesses últimos dias, o que me preocupou de mais.

– Como está meu pequeno? – Foi a única coisa que saiu da minha boca.

– Ele está indo, continua chorando. – Ele deu um logo suspiro com isso. – Eu vou fazer ele falar com você hoje. Não quero mais que meu irmão sofra, mesmo sabendo que ele é orgulhoso vou quebrar esse orgulho dele.

Eu dou um sorriso fraco o mesmo que apenas retribui, não demoro muito ali e entro, mesmo sabendo que meu dia seria horrível, eu tinha fé que o Kyungsoo vá me escutar hoje, como todos os dias que fiquei em sua casa, eu tinha fé para manter meu amor por ele. Eu ainda vou mostrar que posso amar ele sempre e sempre, vou tentar o máximo para fazer ele feliz.

XX

A hora do intervalo não é a mesma coisa sem o meu pequeno do meu lado, além também que não sento mais na mesa que antes, para evitar de falar com Sehun. Mas hoje vou o perdoar, pela minha vó, pois sei que ela gosta muito do Sehun e não quero que ela fique triste nos seus últimos dias de vida – toda vez que lembro me machuca.

Ando até a mesa onde está o casal sentado, Sehun tinha sua face triste e como também sei que o Luhan não está de bem com ele. Chego perto suficiente para ele ver que estou indo na direção deles, me sento no mesmo lugar onde sempre sento, os dois me olham surpreso pela minha atitude e eu apenas dou um sorriso fraco, porém sincero.

– Oi. – Digo e os dois se olham como se não acreditassem.

– Oi. – Respondeu Sehun sem graça. – Pensei que nunca mais iria falar comigo.

– Não consigo ficar sem meu melhor amigo. – Dei um sorriso para o mesmo e uma luz surgiu de seus lábios. – Como tem passado? – Perguntei preocupado com aparência dele.

– Bem mal, não queria ter feito aquilo. – Falou ele com grande culpa no peito, o que me doeu muito. – Me desculpe, eu sei que fui um idiota por tem contado ao Minseok. Eu não sabia que ele iria fazer isso, muito menos pensei por mal, nunca quis teu mal. – Ele deu um longo suspiro. – Depois que você e o Kyungsoo se separam, percebi que um foi feito pelo outro e que não deveriam sobre como estão.

– Tudo bem. – Dei um sorriso para o mesmo e ele o retribuiu, Luhan estava emocionado, tanto que tinhas os olhos cheio de lágrimas. – Te perdoou e sempre vou...

– Jongin, corre que sua sogra está aqui querendo tirar o Kyungsoo da escola. – Falou Minseok.

Um desespero bateu em mim, não sabia o que aconteceu com meu corpo, pois comecei a correr como um louco por aqueles corredores, não me importava de bater nas pessoas, muito menos se iam cair se machucar, apenas me importei com o meu pequeno. Quando cheguei vi o Wonsik com uma cara pior que já estava e sua mãe do seu lado falando com a minha mãe, as duas pareciam estar em um acordo.

– Não quero que meu filho sofre. – Falou a mãe dele com raiva. – Por causa Do seu filho, o meu está sem ânimo para nada e vou sim tirar ele dessa escola.

– Entendo, mas isso será difícil já que nenhuma escola aceitará ele no meio do ano. – Falou minha mãe calma com a situação. – Deixa ele terminar o ano e depois trocamos ele de escola.

– Desculpa, mas para o meu filho sofrer mais? – Senhora Do, olhou indignada para minha mãe. Eu chego já em lágrimas e ela me olha.

– Omoni não tira o Soo, por favor. – Digo já chorando, ela me olha com desprezo como se fosse algo de ruim. – Por favor, Omoni.

– Para que? Para você brincar com o meu filho de novo. – Falou alto e eu me senti destruído com aquilo. – Eu confiei em você Jongin, mas você fez meu filho chorar.

– Omoni, eu não queria ter feito o Soo chorar, eu amo ele. – Falei e ela me olhou de forma debochada.

– Ama? Você sabe o que é amar? – Ela disse. – Amar é nunca magoar a pessoa, amar é sempre proteger a pessoa que você ama, mas isso você não fez.

– Eu errei e reconheço meu erro. – Me ajoelhei em sua frente, fazendo todos que olhavam fazerem um som de surpreso e a olhei. – Omoni, me perdoe, não tira o Soo, não faz isso com ele. Eu amo muito, se eu não amasse nunca estaria aqui chorando e pedindo para ele ficar. Eu não quero perder ele.

A mulher ficou me olhando, ela passou a olhar para os lados e percebendo todos ali e eu nem me importei, a única coisa que eu quero é a felicidade do meu pequeno e sei que ele vai me perdoar. Ela assentiu e depois me olha, não consigo desvendar seu olhar, mas posso chutar que é pena e compreensão.

– Vou deixar ele esse ano. – Ela falou e olhou para minha mãe, depois voltado a me olhar. – Se ele quiser voltar com você é por conta dele, mas se magoar de novo meu pequeno eu não respondo pelos meus atos.

Ela saiu me deixando lá ajoelhado, chorando como uma criança, pois a dor que eu sinto é grande. Depois sinto uma mão em meus ombros, olho e vejo minha mãe, eu apenas a abraço e choro ainda mais, eu apenas queria um conforto naquele momento, não queria mais nada além do seu carinho.

XX

Ficar na frente da casa do Soo nesses dias foi uma experiência única, pois comprovou meu amor por ele, porque nunca faria isso para ninguém. Nessa uma semana, me aproximei do pai do Soo, ele é quem me dava comida e tudo mais, às vezes ele sentava do meu lado e conversava comigo sobre as coisas. No começo ele quis ouvir minha parte, para assim não arrancar minhas bolas, então eu expliquei tudo a ele e o mesmo entendeu a situação.

Mesmo ele do meu lado, ele tinha dito que falaria uma vez com o Kyungsoo, mas será a única vez que ele faria isso, pois sabe que o filho acharia que o mesmo estaria do meu lado. Leo também ficava com nós durante esses dias, descobri muita coisa sobre o Leo, que achei que não fosse possível descobrir.

Descobri que ele era de uma família bem-sucedida e que tudo que contava dele era mentira, pois ele só queria manter aquela pose de durão as pessoas. Ele me contou que quer seguir o ramo do pai em hospital, já que o mesmo gostava desse tipo de coisa e isso só se fortaleceu com o Wonsik, que foi bem aceito pelos pais do mesmo e que ele tinha certeza que casaria com o Wonsik.

Hoje eu estava sozinho na frente da casa, o senhor Do foi viajar a negócios a dois dias atrás, Leo teria um jantar com os pais e o Wonsik e eu esperava minha vó sair da casa do Soo com o mesmo. Eu estava ansioso, pois sabia que minha vó conseguiria fazer ele falar comigo e que fez eu meu sentir assim, hoje contaria tudo para o mesmo e ser completamente transparente. Logo minha vó sai com a senhora Do, depois em seguida sai o Wonsik e o Kyungsoo, os dois se despediram e Kyungsoo ficou ali parado, eu cheguei mais perto dele, esperando ele falar algo.

– Você tem uma chance para se explicar. – Falou ele de forma firme e dura. – Vem comigo.

Eu o segui até entrar em sua casa, que confesso que parece mais quente que a minha. Seguimos para seu quarto, ele se senta em sua cama desorganizada e eu de frente pare ele em um banco. Dou um suspiro alto e tento me acalmar, pois vou contar uma parte difícil da minha vida, algo que eu quero esquecer para sempre e viver meu presente com o Soo.

– Fale do começo. – Ele quebrou o silêncio.

– Eu tinha 12 anos quando...

– Eu quero saber sobre porque queria fora da escola e não do seu passado. – Falou impaciente, o que fez eu me encolher.

– Mas esse é o começo de tudo, não adiante eu explicar algo sem essa parte, pois você não vai entender nada. – Continuando. Eu tinha 12 anos quando o conheci, eu era muito rebelde aquela época, queria sempre chamar atenção dos meus pais e que sempre acabava em briga e eu corria para a praça. – Suspirei lembrando. – Aquela vez eu tinha batido em um menino, pois ele tinha me chamado de infeliz, mas isso fez com que meus pais botassem a culpa um no outro depois que confirmei minha infelicidade. Como sempre corri para a pracinha, que por sua vez tinha um menino, lindo que nunca tinha visto. – Falei lembrando da cena que tanto odiava naquele momento – Ele se apresentou com Huang Zitao através do celular, já que o mesmo era mudo, ele tinha vindo da China com a família. Ele foi a melhor pessoa aquele dia e nos outros e por fim me dei conta quando eu me apaixonei por ele. Quando tinha 13 anos nós oficializamos nosso namoro para nossas famílias e tudo. Eu fiquei um bobo apaixonado por dois anos, quando ele estava fazendo aniversário de 17 anos, ele me pediu de presente uma cirurgia para voltar a falar. – Lembrei do Zitao chorando e fazendo a língua de sinais que queria falar e não aguentava mais isso. – Eu no momento fiquei muito feliz, então tive que implorar para meu pai, que demorou a aceitar, já que a cirurgia era cara. Um dia antes de ele fazer a cirurgia perguntei se ele me amava, ele apenas falou que amar tinha tanto significado e que não conseguia identificar e eu apenas sorri com a minha resposta. Depois da cirurgia fiz a mesma pergunta e ele respondeu de forma diferente e dolorosa. – Fiz uma pausa, pois podia sentir aquela dor. – Eu não te amo, foi o que ele falou.

Eu fico em silêncio, pois lágrimas desciam de minha face, eu nem percebi a aproximação do Kyungsoo, pois tomei um susto quando o mesmo botou a mão e meu rosto. Ele sabia que eu estava chorando, talvez por causa da minha pausa, mas ele sabia, pois ele limpou minhas lágrimas.

– E depois?

– Ele me falou que eu era apenas um plano para ele, que era apenas para me usar e jogar fora, o que deu certo de certo modo. – Disse com um sorriso amargurado. – Ele ameaçou meu pai de pôr notícias no jornal sobre mim, todas falsas e além também de publicar fotos minha, pelado, que ele tirou escondido. Em troca de dinheiro, para ele ir embora, meu pai temendo outro escândalo na família aceitou e deu o dinheiro para o Zitao. Desde então eu nunca mais o vi, meu pai fez de tudo para jogar na minha cara o quanto eu fui idiota por ter caído naquilo, que tinha vergonha de ter eu como filho. Com isso eu comecei a odiar pessoas deficientes, tive medo de todas serem iguais, de serem interesseiras e que apenas quem eu por causa do meu dinheiro. – Falei triste. Kyungsoo que estava em minha frente, se sentou na cama de novo e me puxou para seu lado. – Quando você pareceu, eu não nego que queria tirar você da escola, mas o Leo falhou no primeiro plano. Quanto te vi chorando por cauda do seu irmão e me contou sobre o tal do Kris, eu percebi que tinha uma chance de tirar você de lá, mas não esperava me apaixonar por você e muito menos te amar.

– Eu te mudei? – Ele perguntou.

– E como me mudou. – Falei rindo. – Você foi a única pessoa capaz de fazer isso, me perdoe por ter descoberto daquele jeito, eu deveria ter contado para você, mas não tive coragem. Me perdoa, por favor.

– Sabe Jongin por essa semana eu te odiei no começo, mas por últimos eu senti sua falta. – Ele suspirou de forma pesada. – Eu sentia saudades de você, a todo momento que lembrava de você e as lágrimas desciam. Pensei que nunca iria te perdoar, mesma sabendo dessa saudade, depois de escutar isso, eu decidi, eu vou te perdoar.

Ele disse com um sorriso no rosto e logo chega mais perto de mim, eu me senti muito nervoso e feliz. Então seus lábios encostam no meus, o que fez eu perder a cabeça e beijar ele de forma desesperada pela saudade e logo deitado ele na cama com o beijo. Ele arfa um pouco com aquilo, pois sabia que ele estava com saudades e o beijo só encerrou com a falta de ar.

– Espere, não podemos. – Falou e eu entendi o que quis dizer.

– Não faremos, amor. – Disse de forma tranquila para ele e o mesmo suspirou quando mordi seu pescoço. – Eu te amo, Soo.

– Eu te amo mais, Nini. – Falou de forma fofa, o que me fez sorrir.