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História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Briga


Escrita por: ThaN1 e Park_Stylison

Notas do Autor


Olá, vou postar agora pq tenho que fazer muita coisa hoje.
Se falamos nas notas finais.
Saranghae <3


*Revisado

Capítulo 3 - Briga


Acordo com o barulho do meu celular em meus ouvidos, eu queria jogar ele pela parede, mas me lembrei que meu pai pagou uma fortuna por um aparelho de cego para mim. No começo eu tentei negar o presente, mas minha mãe insistiu tanto que não pude negar – el ameaçou dizendo que não ia me deixar sair sem esse celular. Eu tinha os números que mais precisava em toda a minha vida, seria o primeiro da minha discagem rápida o da minha mãe, o segundo meu pai, o terceiro o Ravi – apelido que dei para ele desde pequeno – e o ultimo o Lay.

O Lay não me ligou desde que cheguei aqui, o que é estranho já que ele é aquele tipo de amigos que sempre te liga e pergunta como você está, mas até agora nada. Eu sabia o que ele estava sentido, já que seu melhor amigo se mudou e lhe deixou para trás, não que eu deixasse ele, mas não foi uma escolha minha e nem nada, fui apenas forçado a fazer isso.

Me lembro que  antes de Lay conhecer o Suho, ele gostava de mim, mas não como amigo, mas sim como amantes e eu nunca vi ele dessa forma, tanto que eu não sabia o que falar quando ele confessou seus sentimentos, eu na verdade apenas ri e nada mais. Quando Suho chegou nós voltamos a ser irmãos de novo, ele foi o primeiro a entender como eu era, ele dizia tudo que eu sentia, apesar de que ele nunca passou o que eu passei para sentir a mesma coisa.

Eu agradeço por ter o Lay como amigo, espero que ele nunca se afaste de mim por estarmos longe, ele é especial para mim, assim como o Ravi, os dois são meus irmãos. 

Hoje o Ravi e o Lay são amigos, mas antigamente eles disputavam quem iria me levar nos lugares, um tinha ciúmes do outro, era engraçado de escutar eles discutindo por minha causa.

Com o tempo me acostumei com as brigas dos dois, já que tinha que escolher em uni duni te para saber quem me ajudava ou me levava para algum lugar. Quando eles pararam de brigar eu achei estrando, tanto que nem eu mesmo acreditei quando Lay abriu a mão de me levar no parque – E olha que para o Lay o parque é sagrado. Depois passaram a dividir as tarefas para não terem brigas, meu irmão deve estar todo feliz agora já que só ele vai poder me levar nos lugares  sem se preocupar com o Lay. Eu sempre me sinto amado quando disputam por minha presença.

Me dirijo ao banheiro, agora era fácil achar já que memorizei os passos e as referências que levava até ele, a única coisa que ainda tinha que me acostumar era saber a localidade da escada. Eu tenho um sério problema com escadas, vamos dizer que eu me atraio por elas e saio rolando sobre elas como uma bola. Sei que é estranho, mas virou um amor tipo do celular com o chão, um amor entre tapas e beijos.

Entro no chuveiro, sempre boto o chuveiro no quente, ele faz com que meus músculos e nervos relaxem de forma que nem mesmo a melhor massagem pode fazer. Meus pensamentos conseguiam ser posto em ordem naquela água quente que cai na minha pele e desce por ela fazendo sair cada sensação ruim do meu corpo.

Quando eu estive que passar no processo de aceitação da minha cegueira, o meu médico sempre dizia que a melhor coisa para poder se relaxar era tomar um banho quente, só assim seus músculos conseguem ficar relaxados.

 Acho que a melhor sensação do mundo é tomar banho, eu particularmente poderia tomar banho todos os dias sem muito pedir em troca, lá você está seguro de qualquer coisa, você está protegido de tudo e de todos.

Quando terminei de me arrumar no meu quarto, meu irmão já me chamava para irmos tomar café, minha mãe tinha conseguido um emprego em uma galeria aqui em Seul, ela era uma artista plástica renomeada onde nós morávamos. Minha mãe podia fazer lindas telas e esculturas, mas eu nunca poderia ver com meus próprios olhos aquela linda pintura que é julgada ser feia pelo meu irmão.

Com esse problema, minha mãe achou uma forma de fazer isso mudar e eu poder enxergar como todos visse suas pinturas. Ela passou a fazer a pintura em auto relevo, fazendo com que eu consiga identificar cada detalhe e fazendo escritas das cores em código de Brailler*.

Apesar de eu ser cego, eu podia enxergar tudo que era possível eu ter visto antes do meu acidente, ou seja, eu podia ver cores, poderia identificar cada objeto que já vi antes do acidente e o principal eu podia enxergar rostos de pessoas que eu não conheço, fazendo a chamada montagem visual. Você pega características do que a pessoa tem e compara naquilo que você já conhece e monta a pessoa como você acha que ela é.

Meus sonhos também têm imagens aleatórias, como sempre eles não fazem sentido. Como sou portador de deficiência a 10 anos, meus sonhos começaram  a parar de ter imagens e começaram a ter vozes em um plano escuro, eu não gosto muito delas, pois os meus sonhos eram a única coisa que me deixar forte e normal.

– A donzela vai demorar para comer? – Perguntou meu irmão impaciente, era de costume eu demorar para comer e como sempre era de costume ele me apressar. – Se demorar mais vai sozinho para a escola e nem pense que eu vou ter pena.

– Não tem pena do seu Hyung? – Faço um bico, tentando identificar onde ele estava, já que ele se movimentava pela cozinha toda e para ajudar minha mãe estava terminando de limpar o que tinha sujado.

– Não tenho. – Com aquelas palavras formei um bico mais grande ainda, só recebendo uma risada dele. – Parece que eu que sou seu Hyung.

– Então vem aqui Hyung. – Estico meu braço, o mesmo entra no meio deles e ficamos abraçados, era de costume sermos assim, nós somos  unidos de forma que nem eu entendo. – Obrigado por deixar eu limpar a boca na sua blusa. – Me levanto rindo, pude sentir seu desespero e os sons de sua voz fez de desaprovação. – Vamos agora.

Andamos em silêncio, eu queria perguntar onde ele esteve desde ontem, pois depois que ele me deixou em casa ele saiu sem me dizer nada o que não é normal. Talvez ele saiba da minha dúvida, pois sinto seu olhar em cima de mim, como também seu corpo virando em quanto caminha.

Eu sempre tentava deixar meu irmão confortável, tudo que eu queria era sua felicidade, pois se ele tivesse feliz eu sempre ficaria feliz. Desde pequeno nós sempre fomos unidos independente se nós brigamos ou não, sempre se damos bem.

 É uma coisa que eu gosto nele, mesmo toda vez que nós discutimos, o que era raro ultimamente, ele sempre pede desculpa ou eu, mas nunca ficamos mais de dois segundo bravos um com o outro.

Me lembro quando ele foi a primeira vez no hospital me visitar, acho que foi o dia que mais me doeu na vida. Quando escutei sua voz, minhas lagrimas automaticamente desceram em pleno desespero, pude sentir seu abraço como um ato de conforto. Eu apenas repetia o meu desculpe várias vezes, eu tinha quebrado a promessa que iria cuidar dele, mas agora sendo cego nada podia fazer.

No fim daquele dia, ele que prometeu que iria cuidar de mim, e nunca deixaria eu me machucar de qualquer forma. E assim ele fez, sempre que eu precisava ele estava lá do meu lado, nunca me deixou e sempre se preocupou comigo. Eu sempre fui grato por ter um irmão igual a ele em minha vida, e amo ele demais, para ver seu sofrimento e mesmo cego eu ainda tinha o direito de proteger meu dongsaeng.

– Sei o que você está pensando. – Falou ele, eu apenas fiz um som que nem eu entendi. – Por que eu fui em algum lugar ontem sem te falar? – Eu apenas confirmei com a cabeça. – A mãe me botou num curso preparativo para entrar em uma das SKY* e conhece a mãe, ela não queria que te contasse.

Sabia muito bem como era a minha mãe, ela sempre queria esconder as coisas de mim para eu poder ficar mais feliz. Isso não me atingi tanto como antes, quando meu irmão falava que fazia algo que eu não podia, eu acabava entrando na depressão.

Teve uma vez que meu irmão entrou para o judô e ele me contou, eu fiquei tão depressivo que minha mãe teve que achar um lugar onde eles davam aula para pessoas deficientes. Por incrível que parece tinha um perto de casa, e eu me tornei faixa preta em judô e agora sei lutar, isso me ajudou a manter a promessa do meu irmão, não que ele não seja faixa preta também.

– Conheceu alguém legal? – Perguntei, minha curiosidade ainda era grande.

– Conheci um menino, ele era diferente de todos na aula. – Ele fez uma pausa, sabia que era para se lembrar do menino. – Ele parecia rebelde, e ninguém chegava perto dele. Quando eu estava voltando para casa, tinha um grupo de guris e eles vieram para cima de mim, foi quando ele chegou e conseguiu expulsar eles. – Falou e pude escutar seu sorriso bobo. – E disse que era para eu ter mais cuidado e que depois de ontem ele sempre me traria para casa todos os dias.

– E você ficou apaixonado? – Perguntei.

– Não! – Murmurou como se fosse um sim junto.

– Qual é o nome dele? – Sei que parece ser estranho fazer muita pergunta, mas era meu irmão e preciso proteger ele.

– Não sei. – Ele deu uma risada e eu fiquei confuso, como ele não sabe o nome? – Eu me esqueci de perguntar e ainda também não peguei seu celular, mas posso pegar ele. – Falou ele. – Quero dizer o número dele.

– E ele também. – Provoquei e recebi um tapa. – Aigoo, porque me bateu?

– Para parar de ser idiota. – Falou.

Me lembro quando meu irmão se assumiu gay para meus pais, foi uma barra, pois eles não aceitaram de primeira. Acho que aceitaram mesmo quando eu falei que era bissexual, assim foi mais fácil para o meu irmão e foi quando eles passaram aceitar. Tanto que minha mãe e meu pai perguntam quando vamos trazer um namorado para eles conhecer, se dependesse de mim só quando achar alguém que vale a pena.

Eu já tive um “namorado”, mas nenhum foi para levar meus pais para conhecer, já tive um que foi digno, mas ele acabou indo embora para China; Kris o primo do Lay e meu primeiro amor, com ele dei meu primeiro beijo e com ele soube que poderia amar alguém na vida.

Quando paramos, ele avisa que já estávamos na frente da escola, eu tinha lhe questionado porque ele me trouxe hoje sendo que sua escola era distante da minha, ele disse que era no mesmo caminha e ontem era o primeiro dia dele na aula. Ainda na frente apenas rimos de tudo que ele contava, uma habilidade que meu irmão tem é de fazer eu rir de tudo que ele fala.

– Ele está vindo. – Eu olhei para o mesmo confuso. – Não faz essa cara, estou falando do Kim Jongin. – Falou ele e eu apenas sorri.

Eu não sentia nada por aquele menino, mas ele me intrigava sobre quem era Kim Jongin, além de ser filho da diretora e presidente de classe. Ele foi o primeiro que não perguntou como fiquei cego ou por eu não querer sua ajuda depois de uma semana. Ele era misterioso e até mesmo não falava nada mais do que o necessário comigo, eu até agradeço, mas ao mesmo tempo me sento curioso, algo que nem sou.

Depois que meu irmão foi embora, eu e o Jongin seguimos pelos corredores em silêncio, apenas podia escutar seus movimentos já que estava concentrado no mesmo. Ele o caminho todo ficou quieto, nem mesmo perguntou como eu estava, ele era estranho e isso me deixa cada vez mais curioso sobre seu ser.


[...]


Hoje a aula foi o melhor que eu pensava, até porque era literatura e era a minha área, amo muito literatura e ainda pretendo ser professor de literatura. Ele nos entregou livros para fazer um resumo, o que me impressionei foi que não foi um romance qualquer e sim da Jojo Moyes, Como Eu Era Antes de Você*, para mim foi a edição especial escrita toda em código de Brailler, no momento recusei, pois já tinha essa edição especial em casa, mas como o professor insistiu tive que pegar ele.

Depois que a aula acabou Jongin me leva para a lanchonete e lá fico sentado sozinho não por muito tempo, já que logo se sentam Baekhyun e Chanyeol, os dois eram extremamente falantes, o que era bom para mim já que precisava me distrair um pouco. Eles me contaram como se conheceram e como foi enfrentar o preconceito naquela escola, mas eles conseguiram vencer com a cabeça erguida como eu também conseguiria vencer.

Depois do intervalo fiquei esperando o Jongin, o casal até me convidou para eu ir junto com eles, mas eu simpaticamente recusei, eu ainda não queria tirar a confiança do Jongin. O mesmo não demorou muita a chegar, mas já não sentia ninguém perto de nós, ele informou que iria no banheiro me deixando na porta do mesmo.

Sinto uma mão pegando a minha, mas não era a mão de Jongin, era totalmente diferente dela, parecia mais áspera e como se tivesse suja, tomei um susto no momento. A pessoa tentou me puxar, mas eu hesitei, quem quer que fosse não deixaria ele me tirar dali e apenas puxei meu braço e me afastei um pouco.

– Quem é você? – Perguntei, apenas escutei sua risada.

– Eu? Seu um amigo. Deixa eu te ajudar. – Falou ele tentando pegar na minha mão de novo e afastei de novo, quando bati em mais duas pessoas. – Nós não vamos te machucar aqui.

– Que estranho eu pensei em não machucar você. – Ironizei, eu bem que poderia bater neles, mas era muito arriscado, mas não consigo controlar minha boca. – Melhor vocês se afastarem estou esperando o Jongin. – Avisei.

– Acha que ele vai fazer algo? – Perguntou ele, um calafrio passou pelo meu corpo quando senti sua respiração no meu ouvido. – Melhor vim com nós agora.

Quando ele botou a mão no meu ombro, no mesmo instante minha área do judô ativa, pego sua mão e torço seu corpo fazendo ele cair para frente, ao mesmo tempo me afasto para ele não me agarrar. Quando sinto outra mão sobre meu braço faço mesmo derrubando o segundo, tento controlar minha respiração, assim como meu professor tinha ensinado.

– Você não tem medo de morrer. – Foi o que ele falou para mim, senti seu peso sendo erguido do chão. – Acha mesmo que pode com três?

– Posso dizer que sim. – Dou um sorriso debochado.

– Você é muito abusado para um cego. – Falou ele, consegui identificar sua localização com distancia que sua voz propõe no local.

Quando sinto que tinha mais alguém perto, me virei no mesmo instante e o derrubei, mas dessa vez recebi um soco na boca do estomago, tudo que eu tinha comido minutos antes parecia querer sair. Eu tossi um pouco, até me concentrar na minha respiração e tentar focar nas presenças, mas logo sou atingido com um chute atrás do joelho fazendo eu cair.

– O que está acontecendo aqui? – Escutei uma voz, era familiar. A voz era do Baekhyun. – Kyungsoo. – Gritou ele.

Senti mais uma presença além da dele e sabia que o maior estava com ele, quando senti que me largaram pude me levantar e tentar localizar qualquer um que vinha em minha direção. Quando dei outro golpe de judô botando o corpo no chão pude escutar a voz de surpresa do Baekhyun.

– Vamos embora. – Falou aquela voz que parecia ser o líder do bando de babacas. – Isso não vai ficar assim ceguinho de merda.

Pude sentir ele se afastando e apenas dei um sorriso de canto, sinto umas mãos pequenas do Baekhyun sobre meu ombro, que me virou, sabia que estava me analisando para ver se estava machucado. Ele deu um suspiro contatando que nada de grave ocorreu comigo.

– Você foi o primeiro a enfrentar o Leo assim. – Escutei a voz dele perto de mim. – O Taekwoon é o mais temido de todos aqui na escola.

– Não para mim. – Dei um sorriso para o mesmo que consegui localizado do meu lado.

– Onde aprendeu a lutar assim? – Escutei a voz do maior, eu apenas sorri com seu comentário e me virei para o mesmo.

– Eu sou faixa preta em judô. – Comuniquei. – Para no caso de babacas iguais a ele querer me incomodar. – Conclui a fala, quando escutei a porta sendo aberta atrás de mim, eu estava confuso na localização de onde estava.

– O que houve? – Perguntou a voz séria de Jongin, mas pude perceber seu tom de frustração.

– Bom o Kyungsoo bateu no Leo e seus capangas. – Falou Baekhyun animado. – Nós já vamos Kyungsoo.

– Obrigado por me ajudar. – Agradeci e recebi um abraço do mesmo, antes de se afastar.

XX

 

 

Estava deitado quando escutei o meu celular começou a tocar, para achar ele no chão depois que derrubei quanto minha preguiça fez derrubar, assim que acho tive a capacidade de bater minha cabeça no bidê do lado da cama. Hoje meu dia estava tão bom, primeiro a briga que me deixou com dor na barriga e nas pernas.

– Alo? – Pergunto atendendo o telefone, a pessoa ficou um pouco quieta e escutei seu choro. – Zhang Yixing?

Oi. – Falou sua voz rouca de choro.

– Como você está? – Falei. – Por que está chorando?

Estou com saudades D.O. – Falou ele, me doeu? E muito, eu amava Lay como um irmão igual o Ravi e me sentia obrigado de cuidar dele.

– Eu também Lay, mas prometo te visitar. – Falei com um sorriso no rosto.

Promete?

– Prometo.

Lay ele era assim, dramático, mas um amigo que todos precisam ter, ele sempre foi companheiro e me ajudou nas horas difíceis. Nós tínhamos uma consideração um pelo outro muito grande, tanto que ele dava mais atenção a mim do que do Suho. Suho teve ciúmes de mim por um tempo, pois ele sabia que Lay gostava de mim da mesma forma que ele gostava do Lay.

– Como você está? – Repeti a pergunta que ele ignorou.

Estou bem, quando você foi embora o Su cuidou de mim. – Falou e dei um pequeno sorriso, agradeceria Suho depois. – E esses dias quase chorei na frente de todos.

– Por quê? – Falei.

Nosso presidente de classe. – Ele respirou e continuou. – Agora, meu presidente de classe, não para de perguntar de você, já tentei de tudo desviar o assunto, mas ele incite.

– Não contou né? – Pergunte. Não queria mais no meu pé.

Claro que não, apenas disse que você foi embora sem me contar. – Falou, senti sua frase triste no embora.

Sabia que meu amigo estava sofrendo com minha ida, mas nada pude fazer, o tempo todo que minha mãe falou que íamos se mudar eu fui extremamente contra. Eu não queria deixar o Lay, mesmo sabendo que ele tinha o Suho, ele ainda sofreria a minha despedida.

Foi difícil no dia que eu contei que iria ir embora, ele e Suho estavam na minha casa, eles iam dormir lá – iam –, mas quando contei, Lay teve um ataque de choro e dizendo que eu era mal e o pior amigo, foi quando eu comecei a chorar e quando vimos estávamos todos chorando abraçado. Minha mãe tinha decidido que era melhor os dois irem embora que não faria bem para mim e não ia fazer mesmo, mas precisava lutar para vencer a tristeza.

– Diz para o Xiumin que eu fui embora para inferno. – Falei e nós dois começamos a rir, ele sabia que Xiumin era possessivo por mim e sempre que ele vinha me incomodar eu mandava ele ir para o inferno, ele sempre dizia que só se eu tivesse lá.

Ele disse que vai contratar um detetive particular em sua busca. – Eu fiquei surpreso com a possessão desse menino, não sabia que ele era capaz dessas coisas.

Xiumin ficou assim comigo, no mesmo momento que entrei na escola de sua família, na verdade no começo ele era bem parecido com Jongin, mas no segundo dia quando nós estávamos na aula de canto, ele disse que se apaixonou pela minha voz e que queria casar comigo. Desde então era assim, ele nunca me deixava em paz por nada, nem mesmo podia namorar, pois quando eu fiquei com uma guria ele fez questão de fazer a mãe dele expulsar ela da escola.

– Mas ele não vem atrás. – Falei, mas sabia que era possível ele vir, mas seus pais não deixariam isso acontecer. – E você e o Suho?

Transando como sempre. – Esqueci de avisar, meu amigo é assim liberal comigo, era a forma de falar que está bem no relacionamento.

– Babaca. – Falei no meio de uma gargalhada que eu dei. – Estou com saudades Zhang Yixing.

Eu também Do Kyungsoo. – Falou de uma forma mais manhosa que eu. – Como é a escola aí?

– É normal, nada fora do comum. – Digo com um pequeno sorriso no rosto. – Hoje uns babacas tentaram mexer comigo, mas acabei dando uma lição neles.

Esse é meu menino. – Falou ele animadamente. – Fez amigos?

– Fiz sim. – Me ajeito mais na cama e me encosto na parede. – Conheci um casal de namorado Baekhyun e Chanyeol e também meu ajudante de uma semana.

Eu queria ser seu ajudante. – Falou ele, sabia que era ciúmes.

Escutei vozes atrás da parede, minha audição era aguçada e com isso podia escutar em longas distancias do que uma pessoa normal. Às vozes não eram estranhas, uma identifiquei que era do meu irmão, mas a outra eu não conseguia identificar, mas sabia de quem era, mas são vinha ninguém em minha cabeça.

Você está me ouvindo?

– Oi? – Perguntei confuso e nem mesmo saberia dizer o que ele falou.

Perguntei se posso te visitar qualquer final de semana.

– Pode, não faço nada de interessante mesmo.

Então vou nesse. – Falou, senti um gemendo baixo do outro lado da linha. – Ky-Kyungsoo tenho que desligar. – Falou com dificuldades meu amigo. – Suho... Eu estava... ah. – Eu fui mais rápido e desliguei, pois sabia o que se tratava.

Me deito, um pouco envergonhado do que eu acabei de escutar, eu merecia amigos assim, não pode nem conversar direto que já estão se pegando. Na mesma hora que me viro, para pôr o celular em cima do bidê escuto a porta sendo aberta.

– Você está acordado? – Perguntou meu irmão entrando no quarto, meu pai ainda não tinha desocupado o seu quarto, então ele dormia ainda no meu.

– Sim, estava conversando com o Lay. – Respondi, me virando de barriga para cima.

– Como foi?

– Dramático como sempre, você conhece meu amigo. – E como ele conhece, pois até chorou junto com nós do dia que falei que iria ir embora. – Como foi com o menino rebelde?

– Foi legal. – Ele suspirou, meu irmão estava diferente, não sei o quanto diferente, mas ele estava posso sentir isso nele.

Conheço bem meu irmão, ele pode até tentar me enganar mas sei muito bem quando ele está feliz ou triste. Sabe quando dizem que gêmeos sente o que outro sente, bem eu não era gêmeo dele, mas sentia o que sentia de alguma forma e acredite é estranho sentir.

– O que foi? Parece diferente. – Falei e ele se sentou na beira da minha cama, perto do meu braço, ele não era pesado, mas pude sentir meu corpo ir um puco para o lado e pegou meus cabelos.

– Nós se beijamos. – Falou animado, eu dei um pulo que até ele se assustou, tentei localizar seu olhar. – Não me olha assim, apenas aconteceu.

– Mas você não sabe nem o nome dele. – Falei ainda tentando acreditar.

– É Taekwoon. – Eu paralisei com aquele nome, não poderia ser o mesmo babaca da escola, e nem podia cogitar nessa hipótese, mas sabia que era, pois conhecia aquela voz. – Eu estou tão feliz.

– Você não pode ficar com ele.


Notas Finais


Código Braille: Ele é como as letras dos deficientes visuais, assim eles conseguem escrever, exitem maquinas de escrever com código Braille onde a pessoa pode escrever, durante a fanfic eu vou por características dele. Aqui vou deixar um Link explicativo. http://brasilescola.uol.com.br/portugues/braile.htm
Como eu era antes de você: É um livro romance escrita por Jojo Moyes, ele conta o amor de uma jovem que cuida de um deficiente físico onde ele também sofreu um acidente, mas diferente do Kyungsoo, ele teve paralisia, onde ele não mexe a maior parte do tronco. Eu recomendo ele, e para quem quiser algo mais rápido tem o filme que não muda muita coisa. Eu escolhi esse livro, por causa mesmo do Will e por ele ser deficiente através de um acidente. Aqui vou deixar o Link do Skoob do livro: https://www.skoob.com.br/livro/312435#_=_
Olá de novo.
Sobre o cap. que isso em Lay...
Mas adoro o Kyungsoo, sério eu amo de mais ele, vocês não tem noção. Sobre aquela "curiosidade" sobre o Kai, nada a declarar. Vocês não esperavam essa do Kyungsoo saber lutar judô, eu me inspirei nas paraolimíadas para isso, na verdade entrei em um canal onde deficientes visuais estavam lutando Judô e eu achei um máximo e quis por na fanfic.
E esse final acabando na parte boa, senhor fiquei sem ar. Ah eu já estou com o outro cap escrito, pois é, eu estava com esse desde a semana passada, e terminei o cap 4 ontem, se tiver bastante comentário, vamos dizer uns 5 eu posto ele no sábado.
O Cap. 4 ele vai fazer a transação do momento nada acontece para o momento Fluffy <3
Acho que é isso.
Saranghae <3


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