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História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Eu o Vejo


Escrita por: ThaN1 e Park_Stylison

Notas do Autor


Olá,
Sei que demorei, mas eu to com três fanfic's em andamento e tipo estou pilotando mais duas.
Vida de escritor não é facil.
Vou deixar os links nas notas finais quem quiser.
Esse é o penúltimo cap, sim o próximo é o ultimo, mas não se preocupe que tem o epílogo para vocês.
Qualquer erro me desculpe não consegui revisar, terminei o cap hoje.
Até
Saranghae<3

Capítulo 20 - Eu o Vejo


– Está pronto Kyungsoo? – Perguntou o médico. Estava ansioso para tirar aquela venda, estava ansioso para voltar a enxergar.

– Estou. – Falei animado.

Ele logo botou a mão na lateral do meu rosto, sinto seu toque desamarrando a venda, meu estômago começa a embrulhar de emoção, fazendo com que meus nervos apenas aumentem. Sinto meu coração acelerado, como se toda a adrenalina saísse correndo em minhas aveias e minhas emoções ficassem agitadas com o que estava acontecendo. Eu finalmente vou voltar a enxergar, não dava para acreditar que estava acontecendo, eu veria a minha mãe, meu pai, meu irmão, meu namorado e a minha senhora Heemin.

Quando o final da venda chegou ao fim, ele retira os dois tapa olho dos meus olhos. Um clarão cegante surgiu na minha vista fazendo eu piscar várias e várias vezes até me acostumar com a claridade, primeira pessoa que eu vi foi o médico e depois olhei para o lado e vi minha mãe, ela parecia mais magra e chorava de felicidade, ela estava mais velha do que eu me lembrava e parecia também um pouco mais cansada.

– Você envelheceu. – Falei rindo, sentindo as minhas lágrimas saindo, mas não de tristeza e sim da felicidade. Olha para o lado vejo meu pai que mantinha um sorriso grande no rosto, mas também um pouco mais velho. – Você também envelheceu, pai. – Percorro mais uma vez meus olhos dentro daquela sala até que para um menino alto e moreno. – Ravi?

– Oi irmão. – Ele sorriso e venho logo me abraçar, começo a chorar sentindo seus braços em volta de mim. Ele cresceu tanto que nem parece mais aquele menino pequeno que precisava de ajuda, acho que ele nem precisa mais disso.

– Você cresceu tanto assim? – Falei incrédulo da altura do meu amigo, nem sei como, mas sentir ele nos meus braços é muito bom. – Você está velho no sentido de crescido.

Ri, eu apenas ria, olhei para o quarto mais uma vez, procurando ele, eu sentia que ele estava ali, mas não vi, até olhar para a porta. Lá estava ele na janela, lá estava ele sorrindo e chorando ao mesmo tempo, eu tinha mentindo quando disse que ele era feio, pois é a pessoa mais linda que já vi. Meu coração para e tudo em minha volta para, no momento que ele sai correndo, no momento que ele desaparece.

– Jongin. – Falo tentando me levanta da cama, mas sou impedido pelo meu irmão. – O Jongin saiu correndo, ele estava ali na porta.

– Ele não está aqui irmão. – Falou Ravi chorando. – Ele não pode vir, mas você vai entender.

– Era ele. – Repeti desesperado. – Eu sei que era ele, era ele Ravi. – Falei tentado mais uma vez se levantado. – Eu era ele, era ele sim, eu sei que era ele.

Um desespero toma conta do meu corpo, ele correu, ele estava se afastando, meu coração está dizendo para correr atrás dele, como se ele afirmasse que aquele era o Jongin, era ele, eu tenho certeza disso. Minha mãe e meu pai tentaram me acalmar junto com o Wonsik, mas ainda estava desesperado, ele não poderia ter corrido, não agora que eu podia voltar a enxergar.

– Kyungsoo. – Olhei para meu irmão, ele tinha um pequeno sorriso no rosto. – Ele te deixou essa carta antes de sair.

Ele me entrega a carta, não saberia o que estava escrito nela, nem saberia, pois, minha memória para esse tipo de escrita evaporou. Quando abri, meu irmão me informou que estava toda em Braille e que seria mais fácil para eu ler quando eu acordar. Ele me explicou que o Jongin se preocupou comigo antes de parti. Fechei meus olhos e comecei a ler ela.

“Olá meu amor,

Sei que era para eu estar aí do seu lado, como sei também que queria me enxergar, mas isso infelizmente não foi possível, há várias coisas que queria fazer quando você acordasse, como mostrar todos os lugares que te levei e mostrar a beleza deles. Como também queria te levar para lugares novos e campos de camélia, mas infelizmente não posso estar aí, estou mais longe que você imagina.

Mas não se preocupe, eu vou voltar para você, vou voltar para seus braços e dizer que te amo infinitamente, até porque quando voltar iremos casar, espero que não tenha esquecido disso, já que você é meu noivo agora. O mais lindo noivo que alguém poderia ter, então nunca me esqueça noivo, pois nunca vou esquecer de você. Espere eu voltar, espere eu trazer o verdadeiro amor para você, eu sei que vou demorar para voltar, mas irei voltar, irei dizer que lhe amo e irei dizer tudo que eu tenho que dizer. ”

Nesse momento, lágrimas caiam de meu rosto, fazendo ele encharcar, mas em nenhum momento retirei as mãos da carta, com medo com aquelas lágrimas estragasse a folha fazendo ela ficar impossibilitada de ler. Volto a me focar, mas antes senti mãos em meu rosto, abro os olhos e vejo que é meu irmão, ele limpava com delicadeza.

“Sabe de uma coisa que nunca te contei, Kyungsoo? Você foi meu primeiro amor, eu sei disso, pois comecei a acreditar que uma pessoa só pode amar uma pessoa em toda sua vida, assim como eu amo você. Eu amo tanto você, você não sabe como está sendo difícil de partir sem você do meu lado, você não sabe como eu já chorei lembrando que ficarei muito tempo longe do meu pequeno. Por isso quero que você imagine uma coisa para mim, ok?

Imagine que tudo que aconteceu com nós, nunca aconteceu. Meio confuso, mas apenas pense que você nunca foi atropelado pelo pai do Minseok, eu nunca me apaixonei pelo Tao, tudo de ruim nunca aconteceu. Seria tudo diferente? Poderia sim ser diferente, mas nós certamente se encontraríamos no futuro, pois almas gêmeas sempre se encontram.

Talvez nós se encontraríamos quando seu pai ganhou a mesma promoção que teve, ou até mesmo em uma balada e algo parecido com isso, mas de alguma forma nós se encontraríamos. No começo nós íamos ser tímidos, pois não teríamos um assunto para puxar, como um típico casal de filme clichê. Talvez você falasse ‘Oi’ com aquele sorriso de coração, fazendo eu me apaixonar no primeiro momento, pois acredite sou muito apaixonado pelo seu sorriso de coração, depois eu já perdidamente apaixonado responderia se você queria sair comigo, em um cinema (nosso primeiro encontro se lembra?), depois riamos em um restaurante e por fim nós se beijaríamos.

Começaríamos a nos relacionar, você e a senhora Heemin virando mais que amigos, mas sim uma família, sempre conversando sobre seus gostos parecidos e por fim você e eu estaríamos loucamente apaixonados (como sempre fomos), mas o importante é que iriamos casar, não que não vamos, mas até chegar lá seria mais fácil do que está sendo hoje em dia, talvez nem faríamos esforços, nem choraríamos como estamos chorando hoje.

Mas como a senhora Heemin sempre diz, se a vida fosse fácil não daríamos valor a ela, nem ao amor que temos, pois isso acho que é uma prova para saber se somos capazes de nos amar mesmo à distância, acredite eu serei e você? Será? Eu espero que sim, pois amo muito você e sei que me ama e nunca me esquecerá como vai me espera voltar e nos casarmos e teremos um cachorro e talvez no futuro, podemos adotar filhos e sei que quer.

Com tudo isso, quero que não fique bravo por eu não estar aí e demorar em voltar para seus braços, mas lembre-se voltarei e os anos passarão rápido que nem mesmo vai perceber que nós estávamos separados. Sei que estou sendo muito gay com isso, na verdade sou gay por você e sempre serei gay por você, até porque hétero já chega meus pais, ‘ta foi uma brincadeira sem graça (pelo menos tentei).

Entreguei para o seu irmão uma aliança, essa aliança é do nosso noivado, mas também será do nosso futuro, quero que você use ela todos os dias e quando sentir saudades minha e da senhora Heemin olhe para ela e se lembrará dos momentos bons e de que nós estivemos sempre. Acho que já falei demais, aproveite um pouco com a família e compre um cachorro mais fofo que tiver e dê o nome de Nini, assim também matará suas saudades de mim.

Lembre-se te amo muito.

Eu te amo.

Nunca me esqueça.

Do seu grande amor, Kim Nini Jongin. “

– Eu... – Os soluços vieram forte, meu coração está doendo e tudo em meu corpo dói, ele foi embora, ele me deixou. – Eu te amo muito, Nini.

– Soo. – Escutei a voz do meu irmão e abri os olhos e ele me deu um sorrio, foi até sua jaqueta em cima da cômoda perto da porta e voltou com uma caixa na mão. – Ele pediu para entregar isso a você.

Abri aquela caixa, tinha um anel, com uma safira azul em cima e várias pérolas pequenas em volta da safira, em baixo no círculo do anel tinham desenhos como se fosse plantas, era lindo e especial. Dei um sorriso com aquilo, ele me ama e eu o amo, esperarei ele para sempre se for necessário, sei que ele irá voltar par mim e que ainda vai me amar como me ama agora, nunca o esquecerei na minha vida.

XX

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. – A voz da senhora Heemin saia do rádio, não sei quantas vezes escutei sua voz e lembrando como era, sinto muito sua falta, ainda quero reencontra-la, ainda mais agora ela contando a história do pequeno príncipe.

A porta do apartamento se abre, olho em sua direção vendo a pessoa que estava esperando chegar, lanço um sorriso que sou retribuído com o mesmo gesto e além também com um beijo na testa, ele larga seu casaco em cima do sofá que até agora eu estava. Tinha preparado uma janta para nós dois, como era de costume ele chegar esse horário, ele caminhou até o banheiro, eu me levanto e sigo em direção as panelas e começo a pôr tudo em cima da mesa.

– Estava esperando você. – Falei alto. Xiumin saiu apenas de toalha indo direto para o quarto com um sorriso no rosto.

– É mesmo?

– Sim, como você vai me deixar eu quis fazer isso para você. – Formei um bico nos lábios, ele riu e entrou no quarto.

Começo arrumar a mesa e aproveito também de dar comida para o Nini, comprei um cachorro da raça dálmatas, ele era muito fofo, quem escolheu foi o Luhan, ele disse que era um dos cachorros que o Jongin gostava. Ele já está comigo a sete anos e nunca saiu do meu lado, ele era o que me confortava e assim como Xiumin também me confortava.

Xiumin virou um amigo muito importante para mim, na verdade ele se tornou mais que um amigo para mim, ele se tornou um irmão. Ele passou a morar comigo um pouco tempo depois que Jongin me deu esse apartamento de aniversário de dezenove anos, eu no começo não queria viver nesse apartamento sozinho, como ele precisava de um lugar para ficar, ofereci para ele ficar aqui.

Desde então estamos morando juntos a cinco anos, nós conseguíamos nos entender bem, claro sempre tem aquelas brigas bobas, mas nada tão relevante em nossa convivência, agora que ele vai se mudar e casar, ele vai me deixar. Eu até chorei, pois me acostumei com sua presença e sempre me ajuda quando eu entro na depressão, ele sempre estava do meu lado, quem diria que no futuro estaríamos assim, colegas de apartamento.

– O que tento pensa? – Perguntou ele para mim, dou um sorriso para o mesmo.

– Que vai me deixar para casar com seu psiquiatra. – Falei rindo, mas com um pouco de verdade.

– Hey vem aqui, não estou te deixando, você sabe que pode ir comigo. – Ele disse me abraçando, não seguirei as lágrimas apenas confirmei com a cabeça. – Você sabe que não é um incomodo para nenhum de nós dois, ele mesmo te pediu aquela vez.

– Eu sei, mas não quero ser um peso para vocês. – Me sentia triste, como eu falei, me acostumei com ele e vou ter que trocar toda a minha rotina e tudo mais. – É até bom você sair, pois eu me sinto que estou te prendendo aqui.

– Não está, sabe que nunca vai ser um peso para nós. – Ele disse me confortando. – Me desculpe.

– Não peça desculpa por viver. – Dei um sorriso sincero para ele. – Quem tem culpa foi o Jongin que apresentou esse psiquiatra para você.

– Isso é verdade.

Chen ou JongDae foi o psiquiatra do Jongin também, para ser sincero Jongin foi seu primeiro paciente, já que o mesmo fazia apenas um mês que tinha aberto uma clínica. Pode parecer estranho, mas ele e o Xiumin tem nove anos de diferença, foi por causa disso que Xiumin foi parar aqui, já que seus pais não aceitaram essa diferença de idade, então Xiumin apenas não queria lagar o namorado e passou a morar comigo.

Eles começaram a ter um caso depois que JongDae encontrou o Xiumin em um bar bebendo, sendo que ele não tinha nem idade para isso, no começo ele apenas tirou o Xiumin de lá, mas no outro dia o Xiumin contou o verdadeiro motivo de ter bebido era porque ele era apaixonado pelo JongDae, com isso eles estão até hoje. JongDae pediu Minseok em casamento a mais ou menos um ano e o casamento deles ocorrem em menos de três meses, por isso Xiumin está saindo de casa.

– Por um lado vai ser bom. – Falei e ele focou sua atenção a mim, já que ele já se servia. – Eu não vou mais pegar vocês transando. – Ele começou a rir igual um retardado.

– Você fala assim, mas gostou quando nos pegamos transando e quase que transou com nós ainda. – Eu olhei espantado.

– Calúnia, nunca iria trair meu noivo. – Fiz bico ele chegou perto de mim, quase me beija, por sorte consigo desviar e pega na bochecha. – Se o Jongin descobrir que vi vocês transando e que o Chen convidou para participar tem certeza que ele arrancaria o que você gosta de sentar.

– Isso eu não duvido, ele era muito possessivo com você. – Ele riu terminando de pegar o que ia comer.

– Ele é. – Apesar de não ver ele e nunca tive como ver seu rosto, ele ainda me liga e às vezes até mesmo manda carta, mas ele gosta mais de ligar mesmo. – Não esquece que eu tive que escutar um monte só porque você veio morar aqui em casa, foi a nossa segunda briga, ele ainda ameaçou de vir para Coréia só para bater em você.

– Isso é verdade, mas hoje em dia ele aceita, só porque descobriu do meu namoro com o ChenChen. – Ele começou a rir. – Coitado se soubesse que o ChenChen quase comeu você e além também de ter beijado você.

– Aquilo foi um acidente. – Falei bravo. Foi realmente um acidente, eu estava saindo do banheiro e ele veio correndo escorregou em cima de mim e caímos nos beijando. Me senti tão culpado, tanto que Jongin me ligava eu evitava com medo de ele descobrisse. – Mas não foi eu quem fez troca de casal com o Lay e o Suho na despedida de solteiro deles.

– Eles que queriam uma aventura antes de casar, eu e o ChenChen apenas nos oferecemos para ajudar eles. – Ele falou como se não visse nada de errado nisso, na verdade não era, já que ambos queriam. – E foi muito bom se quiser saber, Suho quem diga aguentou dois de uma vez só, eu que foi fraco e pensar que o Lay tinha aquele tamanho e Suho também, o bom foi que consegui por três na boca.

– Isso foi desnecessário. – Falei com cara de nojo, era sempre assim nossas conversas. – Vamos comer.

– Não faz essa cara. – Ele olhou rindo de mim. – Até parece que é virgem, acha que eu não sei que você dava para o Jongin? – Fiquei um pimentão agora, queria enfiar minha cara no primeiro buraco que se tivesse. – Agora fica vermelhinho, mas quando andava todo errado na escola e fazia careta para sentar não ficava vermelho.

– Vamos comer, por favor. – Implorei e ele lançou um sorriso de vitorioso para mim, perdi essa pequena discussão, que não sei nem como começou, a gente entrava nuns assuntos estranhos, como esses.

Depois que jantamos fomos para sala ver um filme, escolhemos um de terror, como despedida dele aqui de casa, eu quase não tinha medo de filme assim, mas Xiumin era um cagão assumido e que provavelmente vai pedir para dormir comigo essa noite, obvio que não negaria. Quando o filme acabou, ficamos falando sobre sua festa de casamento, sobre eu ser padrinho com o Jongin, o Suho e o Lay também e além do Kris e Tao.

Depois de muita conversa e também insistência do Xiumin em dormir comigo, fomos para cama, mas antes ficamos falando sobre como a nossa vida mudou muito. Mudou muito mesmo, Suho e Lay já estavam casados e com um filho adolescente, na verdade eles adotaram o menino já adolescente, pois Lay fez um trabalho voluntário em um orfanato. Kris e Tao também já estavam casados e mantinha uma pequena empresa de turismo na China. Meu irmão e Taekwoon foram para o exterior e casaram lá tiveram dois gêmeos através da inseminação artificial, mesma coisa que Luhan e Sehun, mas diferente conseguiram apenas uma menina que Sehun botou nome de Heemin, ele me falou que a mesma pediu isso. Chanyeol e o Baekhyun também casaram, mas não adotaram um filho ainda, eles dizem que não acham ainda necessário, pois gostam de viajar bastante e quem sabe um dia.

Agora o Xiumin indo casar e eu esperando o meu noivo voltar, falando em Jongin, ele voltaria esse ano, não sei quando e nem o mês, apenas sei que ele irá aparecer e iremos casar. Eu sinto tantas saudades dele, da senhora Heemin que nunca mais a vi, quando pergunto em uma das ligações para ele apenas diz que ela está bem e nada mais.

– Jongin te falou quando ele vem? – Perguntou Xiumin caindo de sono.

– Não, a última vez que ele me ligou foi mês passado. – Falei um pouco para baixo, já que me liga toda semana, teve uma época que era todos os dias, ele afirmava que era para eu não sentir saudades o que foi em vão. – Tenho medo de ele ter desistido de mim.

– Posso te afirmar uma coisa, ele nunca iria desistir de você, não como eu já vi o que ele já fez por você. – Ele me abraçou e fez eu me deitar em cima de seu peito. – Ele nunca desistiria de você, acho que ele está demorando porque ele está preste a assumir a empresa do pai dele.

– Como sabe disso?

– Eu sou jornalista, sei de tudo que acontece com as pessoas ricas. – Olhei para ele, apenas deu um sorriso. – Não sei onde ele está.

– Você é mal. – Desfiz do abraço e recebendo uma risada dele.

– Eu prometi para ele que nunca iria entregar onde ele está. – Eu sabia disso, ninguém nunca iria entregar onde o Jongin estava. – Mas te digo que ele faria de tudo para estar do seu lado nesse exato momento, quando encontrei com ele no exterior, ele me fez prometer de você sempre estar bem.

– Espera aí, você encontrou ele no exterior. – Perguntei com a sobrancelha levantada, ele me olhou com aquela cara de que falou merda. – Me conta isso.

– Eu tinha ido a trabalho aquela vez se lembra? – Confirmei com a cabeça, ele iria cobrir um jornalista nos Estados Unidos. – Então ele foi ao meu encontro, perguntou como você estava e ficamos conversando bastante sobre você, ele só sabia falar de você.

– Claro, sou noivo dele. – Ele revirou os olhos e virou para o outro lado da cama. Eu apenas rir dessa atitude dele.

– Vamos dormir. – Ele falou por último.

XX

Caminhava pelas ruas calmas de Seoul, gostava daquele clima agradável, apesar de ser uma capital bastante perturbada, nesse horário era um pouco quieto de mais, gostava disso, sentia falta de quando morava no interior, onde agora meus pais moram. Depois que eu e meu irmão se mudamos de casa, meu pai se aposentou e junto com a minha mãe foi para nossa cidade natal, sempre que posso vou visitar eles, já que meu irmão era difícil de ir, já que morava no Canadá, às vezes ele vinha trazer os gêmeos.

Chego na escola onde trabalho, onde eu me formei, onde eu basicamente era dono, já que era da família do Jongin, minha sogra não era mais a diretora e sim o irmão do Jongin, me dava bem com ele, na verdade sempre dávamos bem e sempre riamos quando estávamos juntos. Eu era professor de Hangul, trabalhava o dia todo, quem trabalhava comigo era o Luhan, ele era professor de matemática.

Falando nele, ele chegou junto comigo, ele morava perto da escola, então vinha de a pé até aqui, eu também morava algumas quadras, apesar de eu ter um carro não gosto muito de usar ele. Eu tenho medo de andar, essa é a verdade, me acho incompetente com isso, eu nem ao menos ia de carro para ver meus pais, pensei que não tinha pegado trauma, mas acho que ele só surgiu quando comecei a dirigir, tinha medo de bater em uma criança ou adulto.

– Olá. – Diz ele com um sorriso, eu retribuo. – Dando graças, por hoje ser sexta-feira?

– Finalmente. – Falei rindo. – Mas até que hoje essa semana eles estavam mais calmos, primeiros dias de aulas são mais calmos na verdade.

Estávamos em agosto, o clima fica quente e os alunos ficam bem agitados, mas nada que um grito, ou ameaça de ir para diretoria não resolvesse, eles tinham medo do Hakyeon, por algum motivo.

– Verdade, espero que isso durante o resto e o começo do outro ano também. – Ele falou rindo e eu o acompanhei.

– Kyungsoo. – Olhei para atrás encontrando Hakyeon me chamando, foi até ele e fiz uma pequena reverencia. – Não precisa fazer isso, somos cunhados.

– Mas não significa que não tenho que ter respeito. – Falei com um sorriso no rosto. – Você queria algo?

– Sim. – Ele deu um sorriso. – Preciso que você vá na sala de reunião depois de fazer a chamada.

– Tudo bem, mas aconteceu algo?

– Não, apenas queria conversar um pouco com você. – Ele me dá um abraço, para me passar confiança? Estranho ele nunca me abraça.

– Estranho. – Falou Luhan quando o Hakyeon saiu. – Ele nunca abraça ninguém, ainda mais na escola. Estou temendo pela sua pele.

Rimos e saímos dali. Fui em direção a sala onde daria as três primeiras aulas, chegando lá todos já se ajeitavam na cadeira e sorriam para mim, como era normal tinha algumas cartinhas de amor em cima da mesa, dou um sorriso disso. Pego elas e coloco no bolso, consigo ver o rosto vermelho de quem me deu, sempre as mesmas, mesmos sabendo que sou noivo, na verdade nunca contei quem eu era noivo, só falei que era noivo.

Começo a fazer chamada, era uma parte que eu gostava, na verdade é a melhor parte que eu gosto, me sinto um verdadeiro maestro com isso, me dá liberdade de ser feliz com o que eu gosto. Depois da chamada, já estava me retirando, avisando que logo iria voltar. Confesso que até o caminho até a sala de reuniões, eu me sentia nervoso, nunca fui chamado para essa sala sozinho e quando ia era para reuniões entre professores e às vezes com pais de alunos.

– Com licença. – Digo entrando a sala, visivelmente nervoso com aquela ida. Uma cadeira estava virada para outra parede, estava estanho, mas nada falei. A cadeira vira e revela a mesma face que eu vi no hospital quando eu tirei a venda, olhei confuso, não podia ser. – J-Jongin?

– Oi, amor. – Ele falou, era ele, eu reconheceria essa voz a distância, eu corri até ele me prendendo em seus braços. – Senti sua falta.

Várias sensações vieram em meu corpo, vários sentimentos brotaram em meu peito, fazendo com que palavras se tornassem lágrimas de saudades, lágrimas de uma pessoa que estava angustiada de estar longe da pessoa que mais ama. Eu não conseguia falar, apenas chorava de felicidade, eu não estava acreditando, eu estava finalmente em seus braços.

Eu estava chorando, aquilo poderia ser imaginação, mas não era, ele estava ali, era ele e ele voltou como prometeu para mim. Eu sabia que ele iria voltar, eu fui bobo de duvidar dele essa noite, eu fui tão idiota sobre isso, ele voltou para mim, ele voltou. Eu estou com tantos sentimentos que nem sei nem o que decifrar, mas matar essa saudade era a que mais estava mostrando, o alivio de ter ele de novo do meu lado era o que eu mais queria.

Sonhei com isso todas as noites, pensei em todos os dias, ele finalmente voltou para mim, para meu mundo, eu estou me sentindo tão feliz, que quando olhei para ele a primeira coisa que eu fiz foi beijar ele. Nosso beijo intenso e muito bom, era um beijo de saudades e felicidade com mistura de lágrimas, ele apertou mais meu corpo e eu também fiz o mesmo. Aqueles toques são tão bons, era como se eu precisasse disso, eu ainda não estava acreditando.

– Você voltou. – Falei tentando recuperar meu ar com minha testa grudada na sua, sem abrir os olhos, quero escutar sua voz de perto e lembras faz sensações que ela me causava.

– Eu prometi que voltaria. – Ele falou, como eu amo aquela voz, como eu amo ele, eu estou em um sonho, só pode não consigo acreditar. – Voltei para ficar em seu lado para sempre, quero me casar com você o mais rápido possível, quero você como meu marido.

– Eu também quero ser seu marido e quero que você seja meu marido para sempre. – Falei ainda com os olhos fechados.

– Abra os olhos. – Abri olhando para ele que continha os olhos mais lindo que eu já vi. – O que você vê?

– Eu o vejo. – Dei um sorriso e ele apertou mais em mim. – Vejo a pessoa feia que eu me apaixonei e passei a amar.

– Não sou feio. – Ele falou fingindo ser bravo.

– Você é meu feio. – Falei com ênfase no meu.

– Só seu. – Ele voltou me beijar, ele me encostou na mesa e aprofundou naquele beijo, já estava arfando só com aquilo. – Senti tanta falta de te beijar.

– Percebi. – Ri. Ele me sentou e me encaixou em suas pernas, passando a mão em todo meu corpo. – Pelo jeito não só no meu beijo, como também meu corpo.

– Como adoro ele. – Ele beija mais vezes e logo encontrou as cartas que tinha recebido. – O que é isso? – Começou os ciúmes.

– É cartas que recebo das minhas alunas, porque está com ciúmes? – Ele riu e foi direto em meu pescoço me marcando ali.

– Isso responde sua pergunta? – Eu concordei com a cabeça e ele deu um sorriso de lado. – Vem que vou te levar até a tua sala e mostrar que eu sou seu dono.

– Você não tem limites. – Dei uma risada. – Vai fazer eles viajarem.

– Falando em viajar. – Ele se virou para mim. – Vamos viajar essa noite. – Eu ia falar outra coisa, mas ele me deu um selinho. – O Nini vai ficar com a sua mãe e não precisa se preocupar o Minseok já arrumou suas malas.

– Vocês estavam armando contra mim? – Eu perguntei e ele riu.

Seguimos até a sala onde eu estava dando aula, todos olhando surpresos quando entrei com o Jongin com as mãos entrelaçadas, não sabia como reagir, pois, ele tinha um sorriso vitorioso olhando para meus alunos. As meninas que me deram a carta estavam quase chorando com aquilo, pois Jongin fez questão de me beijar na frente de todos, mas eu não deixei prolongar nada.

– Bom pessoal, esse é o Kim Jongin. – Apontei para ele que tinha ainda aquele sorriso vitorioso que chega a ser infantil. – Ele é meu noivo e também o dono da escola e toda a companhia Kim.

– Olá. – Foi o que ele falou. – Te vejo na hora do seu intervalo, agora tenho que ir numa reunião com meu irmão.

– Ok. – Ele me deu um último selinho antes de sair. Não sabia onde enfiar a cara com aquela demonstração de ciúmes, quando eu contar para Luhan e Xiumin eles vão cair na gargalhada. – Bom pessoal, vamos continuar nossa aula.

A aula passou rápida, eles eram bons alunos e nem fizeram perguntas sobre o Jongin, na verdade, a única coisa que questionaram foi porque eu estava chorando, respondi com alegria que era pelas saudades. O sinal bate para o intervalo, depois eu ria para outra turma dar as duas últimas aulas, Jongin já estava na porta me esperando, mas acompanhado com o Sehun que tinha um grande sorriso no rosto.

– Demorou. – Ele falou com um biquinho nos lábios que não resisti e o beijei, pensei que seria apenas um selinho, mas ele me puxou para mais perto e quando menos esperei já estávamos em um beijo de língua.

– Vão para uma sala vazia. – Escutei a voz do Luhan, mas também deu um beijo no marido dele. – Que bom que voltou Jongin, essa pessoa aí, não parou de me perturbar perguntando onde você estava.

– Eu precisava saber de qualquer jeito. – Me justifiquei, fazendo o Jongin apertar mais em seu corpo. – Vai comer aqui?

– Não, nem você e o casal ali. – Falou ele me cheirando. Uma coisa que eu sentia saudades era esse jeito manhoso dele e também ele me mimando. – Vamos passar a tarde o resto da manhã e à tarde com eles.

Eu apenas confirmei com a cabeça e seguimos para o carro do Jongin, Sehun me falou que teve que brigar com o chefe para ele liberar, mas o que não foi difícil, já que Jongin era o dono da metade da empresa. Jongin contou que todos estariam lá, dizendo que íamos em um pequeno parque e ficar resolvendo sobre o nosso casamento. Ele disse que é o melhor jeito de ver quem vai ser os nossos padrinhos.

Luhan já avisou que vai ser um deles e que não tem como nós tirarmos ele dessa posição, pois ele era a pessoa que mais me ajudou entre todos, isso é verdade, ele quem fez acreditar todos os dias que o Jongin ia voltar, mesmo ele me ligando. Ele quem me ajudou a aprender a ler, ele quem teve a maior preocupação comigo, ele preferiu deixar um ano da faculdade só para nós estudarmos no mesmo tempo.

O local onde o Jongin escolhei foi em um parque bem amplo com muitas arvores e poucas pessoas, acho porque ser em um horário que a maioria está trabalhando ou estudando. Lá já estava o Suho, Lay, Kris, Tao, Xiumin, Chen, Baekhyun e Chanyeol, mas quem me chamou atenção foi alguém quem eu não via faz tempo, era alguém que eu morria de saudades.

– Wonsik! – Gritei e sai correndo em sua direção, ele largou os bebes com o Taekwoon e venho até a mim, me abraçando forte, eu já chorava. Quando ele foi embora, eu me senti tão sozinho e só ele me entendia, sempre foi só eu e ele, quando ele e o Leo se mudaram para o Canadá foi difícil para mim, eu quase não podia ir lá. – Você está aqui.

– Claro que eu estaria seu bobo. – Ele limpou minhas lágrimas e me levou até os seus filhos, que já conheciam.

– Olha como eles estão grandes e bonitos. – Falei como um verdadeiro tio babão, Jongin chegou do meu lado e sorriu para mim. – Olha seus sobrinhos, Nini.

– Eles são lindos.

– Claro são meus filhos e do Leo. – Falou meu irmão rindo.

– Quando chegaram? – Perguntei, pois tinha falado com ele ontem de manhã pelo telefone.

– Ontem de noite junto com o seu noivo. – Falou ele rindo. – Ele fez questão de buscar eu e o Leo em casa.

Fiquei surpreso com aquilo, foi então que descobriu que todos iam viajar junto com nós, Jongin disse que queria passar esse final de semana com os amigos e depois no domingo eles iam embora, eu e ele iriam ficar mais um tempo na sua casa do interior. Eu estava muito feliz de ver todos ali reunidos, estar com o Jongin de novo, estava muito feliz e ainda mais agora que vamos viajar juntos.

Jongin sempre consegue me deixar feliz.

Eu amo ele e sempre vou amar.


Notas Finais


Olá de novo.
Teve tudo nesse cap, o Soo enxergando, vocês sendo enganadas(os) em pensar que o Xiumin e o Kyungsoo eram casados sahuashsausah. Bom, mas não foi bem assim.
Queria falar tanta coisa, mas estou com uma preguiça.
Minhas outras fanfics:
Chanbaek e Kaisoo Long!Fic:
R.Evolution: https://spiritfanfics.com/historia/revolution-7499419

Kaisoo Short!Fic:
Tritão do Luar: https://spiritfanfics.com/historia/tritao-do-luar-7695167
Kai é um tritão amoo.

Kaisoo OneShot!Fic:
Hyung, o que é uma estrela?: https://spiritfanfics.com/historia/hyung-o-que-e-uma-estrela-7721722

Wontaek:
O Crescer do Amor: https://spiritfanfics.com/historia/o-crescer-do-amor-6128391

Acho que é isso, até mais.
Não sei quando irei att, pois viram tenho bastante fanfic em aberto e pilotando mais, fica dificil, mas não se preocupe que o ultimo cap vai ser grande. Quero voltar também com o Epílogo pronto.
Saranghae<3


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