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História O Menino que não enxergava (Sendo Revisado) - Aprender a andar de bicicleta


Escrita por: ThaN1 e Park_Stylison

Notas do Autor


Olá, tudo bem?
Coisas que precisa saber sobre o cap. Leia de vagar para apreciar.
Quando chegar na parte que o Soo descreve o Jongin, leia e fechem os olhos para imaginar como ele.
Sem mais.
Qualquer erro me desculpe, terminei o cap. Agora, não faz cinco minutos, nas notas finais conto o motivo.
Saranghae<3

Capítulo 7 - Aprender a andar de bicicleta


Sabe quando você está sentado na mesa com sua família e tem aquele clima horrível, principalmente quando está todo mundo sem falar nada. Você fica com aquele constrangimento e nem ao menos sabe o que fala? Pois é eu não tenho, mas provavelmente meu irmão e o Leo devem estar, pois já estamos a mais de meia hora jantando e ninguém fala nada.

Eu até queria falar nada, mas se eu falasse era capaz de piorar a situação dos dois e se nem meu pai falou nada quem sou eu para falar. Queria ver muito a cara do meu irmão e cunhando, seria engraçado ver isso, ainda mais quando consigo perceber sua inquietude.

– O que você faz? – Meu pai perguntou sério, sabia que a pergunta era direcionada para o Leo.

– Eu sou estudante. – Respondeu ele firme nas palavras. – Pretendo me tornar um médico.

Isso foi uma surpresa para mim, na verdade eu nem sabia direito sobre o Leo, acho que nós só conversamos poucas vezes diante de tudo. Foi muito chocante saber que ele queria ser médico, eu nunca pensaria nele desse jeito e para mim ele iria apenas ser mais um delinquente da vida.

– Interessante. – Falou meu pai. – O que pensa no futuro com meu filho?

– Senhor Do, eu pretendo fazer ele muito feliz, mesmo que seja difícil, mas prometo que irei fazer ele sorrir todos os dias. – Respondeu Taekwoon. Ele está me impressionando, mesmo que não seja eu que escolho o raciocínio do meu pai, eu faria com que ele aceite o namoro dos dois. – Se o senhor deixar.

Outro silencio teve início, agora eu estava como meu irmão, sei que ele deve estar muito nervoso e por isso a única coisa que eu fiz foi segurar sua mão. Ele estava sentando do meu lado e não foi difícil fazer, quero transmitir toda confiança que eu poderia passar para ele.

– Gostei de você. – Aquelas palavras foram ditas pelo meu pai. Dei um suspiro aliviado e não foi só meu. – Mas tenho regras para vocês e para você também Kyungsoo.

– Eu? – Perguntei confuso.

– Sim quando começar a namorar precisa dessas regras. – Eu apenas confirmei com a cabeça, eu não sei bem se isso poderia acontecer. – Nada de chegar depois da meia-noite. Se for dormir um na casa do outro tem que pedir. Nada de fazer coisas quando alguém tiver em casa. – Nesse momento eu apenas comecei a rir igual um retardado. – E por último se magoar meu filho vai ter suas bolas arrancadas. Está de acordo?

– Sim senhor, prometo que farei o possível para que o ultimo não aconteça. – Todos riram do comentário do Leo.

– Isso é bom, muito bom. – Falou meu pai em meio a risada. – Vamos terminar de jantar.

Assim se seguiu o jantar com o mesmo silêncio, mas a diferença é que não tinha mais aquele desconforto na mesa e sim às vezes tinha até piadas para poder rir um pouco. Conseguia sentir meu irmão mais aliviado com sua risada e isso me alegra, sei que ele teve medo da rejeição do meu pai, ainda mais quando eu mesmo rejeitei no começo. Ainda me sinto mal por isso, eu fui muito duro com ele, na verdade com os dois.

Depois do jantar fomos para sala, ficamos vendo filmes e conversando sobre tudo, fizeram piadas de mim por eu não conseguir ninguém. Eu não só não achei ninguém que eu goste ainda, tipo eu acho o Jongin fofo, pera como assim? Deixa para lá.

Assim que o filme terminou meu irmão levou até uma parte o Leo e o mesmo até chamou meu pai de sogro e eu minha mãe de sogra. Eu fiquei na sala enquanto minha mãe terminava de arrumar tudo e me levar para cima. Eu podia subir sozinho, mas minha mãe ainda tinha medo de eu cair da escada, pois como eu falei, eu amo a escada e ela me ama, um amor entre tombos e roxos.

– Não escutou seu celular tocar? – Falou meu pai me entregando o aparelho.

– Desculpa pai, eu estava distraído. – Indago com um pequeno sorriso. – Alo?

Você não escuta? – Lay falou do outro lado.

– Desculpa, mas eu tenho coisas para fazer. – Respondo. Quando Lay fala assim é porque algo aconteceu. – O que foi Yixing?

Estou com saudades. – Falou ele manhoso. – Não vi o Xiumin hoje também.

Eu apenas ri, provavelmente de nervosismo, pois eu escutei o Xiumin hoje. Eu ainda não acreditava que aquela coisa venho da nossa antiga cidade só por causa de mim, logo eu, não sei o que ele vê em mim se nem eu me vejo – Piada de meu gosto, mas gosto de fazer bullying comigo mesmo –, eu sinceramente acho que ele não bate muito da cabeça.

– Eu escutei. – Quando falei isso, apenas escutei um “O QUE? “. – Ele vem até Seul atrás de mim, hoje ele chegou e falou um monte de coisas para mim, uma delas é sobre não viver sem mim. Eu ainda quero saber o que eu tenho te tão especial para ele.

Eu vou matar esse guri. – Yixing falou um pouco alterado do outro lado. – Já estava louco para matar alguém mesmo.

– O que foi? – Perguntei, sabia que ele não estava bem, eu conhecia meu amigo, mesmo através do telefone. – Brigou com o Suho?

Não, melhor você nem saber o que aconteceu. – Ele falou e deu um suspiro. Duas situações para o Lay ficar assim é, quando Suho e ele brigam, ou quando algo de família que ele prefere não me envolver.

É o Kyungsoo? – Perguntou uma voz do outro lado. Aquela voz que eu tanto gostava e amava, não dava para acreditar que era o Kris. – Deixa eu falar com ele.

Não. – Lay respondeu de forma firme e séria. Eles brigaram e era bem evidente.

Ele vai entender, deixa eu falar com ele. – Falou Kris, sua voz não demonstrava nenhuma emoção, além da preocupação. – Por favor Yixing. Eu sei que ele vai entender.

Já falei que não. – Falou um pouco mais alto que até um me assustei com essa forma.

– O que está acontecendo? – Perguntei, era curioso da minha parte saber, já que disseram que eu iria entender.

Nada, vou ter que desligar. – Falou com a voz um pouco triste e logo em seguida desliga.

Fico ainda um pouco pensando no que aconteceu, não nem por onde começar a entender o que aconteceu. Sabia que Lay estava me protegendo, mas queria saber o que ele queria me proteger, mas quando Lay bota algo na cabeça é difícil de tirar. Sempre era assim, odeio essa personalidade dele, mesmo que seja uma coisa boa, às vezes ele exagera, ou sempre.

Fico com aquela confusão mental até sentir alguém sentar do meu lado, eu não falo nada, na verdade não consigo nem raciocinar direito, estou confuso ainda. O que o Kris fez para deixar o Lay com raiva e ainda querer esconder de mim, coisa boa não deve ser. Aigoo porque tenho que me importar com isso se eu não tenho mais nada a ver com o Kris.

– O que tanto pensa? – Perguntou meu irmão.

– O Lay acabou de me ligar. – Ele deitou sua cabeça em minha perna. – Ele estava preocupado com algo, mas não quis me contar.

– O que você tem a ver com isso? – Pergunta ele. Comecei a acariciar seus cabelos, como sempre que ficávamos assim.

– Era sobre o Kris. – Falei um pouco cabisbaixo.

– Você gosta ainda dele.

– Não... – Falei de um jeito como se fosse um sim.

O que meu irmão fez, ele era tão legal que deu um grito que acho que até os vizinhos escutaram e eu? Fiquei batendo nele até ele parar de rir da minha cara. Eu não gostava mais do Kris, já gostei mais dele, mas hoje em dia nem sinto nada por ele, mas meu irmão e Lay insistem em dizer que eu tenho algo por ele ainda.

– Mas me fala. – Falou ele.

– Falar o que? – Perguntei sério. Eu realmente não tinha nada para falar sobre isso, muito mesmo opinar algo que nem eu sei. – Eles não me contaram nada, você conhece o Lay.

– Verdade, tem algo vibrando. – Falou ele, logo senti meu celular vibrando do meu lado em baixo do meu irmão. Era estranho, porque Lay não fazia muito que me ligou e sabia que ele não iria me retornar.

­– Alô?

Oi, sou eu o Jongin. – Eu congelei, porque eu congelei?

Eu não falei, apenas fiquei sem reação por um bom tempo, queria falar algo, mas nada dizia. Não era normal, na verdade não era nada normal alguém me ligar e ainda mais alguém que eu conheci a pouco tempo e por que meu coração está tão acelerado?

– Oi. – Falei sem graça.

Bom... Você... – Ele parecia vergonhado? – Quer sair comigo amanhã?

Isso me pegou de um jeito, ninguém me pede para sair, além do Xiumin e Kris – que nunca mais me chamou –  me chamam para sair. Ok, se acalme, ele deve apenas querer te conhecer e saber um pouco sobre sua via e ainda talvez para se tornarmos amigos. Porque fiquei um pouco magoado com essa hipótese, é porque faz tempo que não tem ninguém é isso. Será? Ok apenas aja naturalmente e deixe que a conversa leve até onde é importante.

– Posso sim. – Falei com um sorriso no rosto. – Não posso. – Lembrei que estou de castigo.

– Quem é? – Perguntou meu irmão, ainda deitado no meu colo.

– Jongin. – Falei, na mesma hora ele dá um pulo e sai correndo, parece louco.

Mas será que ela não deixa? – Perguntou ele para mim.

– Não sei. – Falei um pouco triste.

Minha mãe não iria facilitar, queria ir tanto sair com o Jongin, ele parecia alguém legal apesar de ser um pouco fechado, não falar muito além do “Vamos”, mas mesmo assim queria saber mais sobre ele e até me tornar amigo dele. Queria ser tanto seu amigo, quem saber algo a mais. Como assim a mais? Nada disso.

– Pode sim. – Gritou Wonsik. – A mãe deixou. – Chegou em uma euforia.

 – Minha mãe deixou. – Falei um pouco sem graça, estou envergonhado.

Ok. – Falou ele do outro lado. – Te busco de tarde.

– Ok. – Respondi. Bem que poderia ser aquele Ok, de A Culpa das Estrelas. E eu falar Ok e ele responde Ok Hazel Grace, seria a pessoa mais feliz desse mundo.

Assim que ele desligou, eu não sabia esconder meu sorriso, meu irmão apenas tirava com a minha cara dizendo que eu estava apaixonado e que teria um cunhado. Não era bem assim, nem mesmo sei se ele era gay, é normal dois amigos saírem, isso é muito normal.

Subi aquelas escadas ainda sorrindo, não estou acreditando que vou ter um encontro, ainda mais com o Jongin, ele a pessoa que eu menos falei desde que eu cheguei. Tanto que falei mais com o Sehun do que ele, mesmo assim era o Jongin, o menino da voz grossa e única e que tinha as mãos únicas que ninguém tem.

 

 

XX

– Acorda. – Odeio Wonsik às vezes, ele consegue me tirar do sério, mas é meu irmão eu tenho que perdoar. – Você tem um encontro hoje, vamos.

– Primeiro de tudo, não é um encontro. – Falei tentando achar sua localização. – Segundo, ele é um amigo.

– Ah sim, um amigo que faz você sorrir como um bobo. – Falou ele rindo da minha cara. – Vamos logo, porque a mãe quer lavar a louça do almoço.

– Almoço? – Perguntei confuso.

– São quase uma hora da tarde. – Acho que nunca dei um pulo tão grande que bati com a minha canela na porta quando tentei sair.

Nunca fiz nada tão correndo na minha vida, como eu fiz hoje, eu me arrumei correndo e desci as escadas correndo – com ajuda do Wonsik – e almocei ou tomei café correndo. Eu estava ansioso, nervoso e outro sentimento que nem eu mesmo sei o que estou sentindo apenas faz meus estomago embrulhar.

Não sabia que horas o Jongin chegaria, mas passou do meio-dia já é de tarde e ele disse que me buscaria esse horário. Estou nervoso, meu Deus me ajude a não passar vergonha perto dele e que não tenha escadas, porque aí fica ruim de não passar vergonha em público e ainda mais quando eu me apaixono pela escada.

Não sei quanto tempo eu fiquei esperando até meu irmão me levar até a porta dizendo que ele já está lá fora me esperando, eu apenas abri o sorriso mais grande que alguém podem ter na vida, ainda mais quando está indo para um encontro – ou não. Ainda pedi para meu irmão escolher a melhor roupa que eu tinha, o que não é difícil para mim. Já que segundo é tudo preto como eu gosto.

– Oi. – Falou timidamente.

– Oi. – Dei um pequeno sorriso.

– Vo-Você está bonito. – Falou e eu apenas ri, era a segunda vez que ele me fala assim e foi a primeira vez que ele gaguejou

– Obrigado. – Falei sem graça, acho que estou muito vermelho, pois sinto minhas bochechas esquentarem. – Você deve estar também.

– Obrigado. – Falou, não sabia falar se ele está vermelho ou não. – Vamos?

Eu apenas confirmei com a cabeça, me surpreendi quando descobri que iriamos de bicicleta, ele me colocou num banco atrás de si e me pediu para segurar mais forte que eu pudesse. Foi o que eu fiz, tinha medo de cair e passar vergonha, perceberam que a minha maior preocupação é a cari e passar vergonha.

Ele seguiu em silêncio o tempo todo e eu nem me importava com aquele silêncio, eu já estava acostumado com aquilo e seria estranho se ele falasse algo que não seja “Vamos”, mas eu queria saber como era ele falando o tempo todo, gostava de sua voz e como era única, calma e grossa. Eu nunca confessaria para ele, mas poderia passar o dia todo só escutando ele falando, queria poder ver como ele é, queria saber coisas sobre ele.

Era confortante ficar abraçado nele, se eu dissesse que não queria ficar daquele jeito era mentira. Mesmo o vento vendo contra nós ele conseguia me proteger e ele seria a única pessoa que deixaria cuidar de mim e ser mimado por ele, não sei o porquê desses pensamentos, mas se um dia a gente ficasse juntos, eu ficaria feliz, posso ser um bobo, mas estou ficando apaixonado.

Para mim era estranho se apaixonar por ele e ainda mais quando sei tão pouco dele, eu queria saber como era seu rosto, como era sua família e tudo que eu mais quero era ter ele. Sei que é pouco tampo que nós se conhecemos mas para mim é como se fosse seu corpo me conhecesse com o meu e se comunicasse. Eu não sei bem se isso era possível, mas queria que ele sentisse o mesmo que eu e nem ao menos questionar o porquê.

– Chegamos. – Falou ele, eu consegui sair sozinho da bicicleta. – Espero que goste de cinema, porque é onde nós vamos.

– É engraçado dizer isso para mim, mas eu gosto sim. – Falei sem graça. – Eu na verdade só fui uma vez no cinema e foi antes de eu ser portador de deficiência.

Caminhamos em silêncio pelo local, pela quantidade de vibrações que identificava as pessoas, sabia que era um shopping. Não demoramos para pararmos e ele pedisse para eu esperar, fiquei ali até ele me chamar para entrarmos que já ia começar a sessão. Ele me falou sobre ser um filme do livro que eu estava lendo, eu ri um pouco, porque sabia que ele não tinha lido.

– Ela está com uma roupa toda colorida, é engraçado. – Falou ele rindo, eu apenas escutava o que o filme passava. – Agora ela descobriu que está demitida e está com uma cara de surpresa.

– Ela foi demitida, pois o patrão dela vai para a Austrália. – Eu avisei e ele fez um som de confirmação com a boca.

Eu conseguia imaginar a cena que se passava, ainda mais quando a Louisa Clark estava, ela era uma personagem bem ousada e também sentimental, eu queria ser igual a ela, ainda mais quando ela tentou com todas as forças fazer o Will tentar tirar essa ideia da cabeça.

Para ser sincero, eu chorei lendo o livro, espero que escutando o filme não aconteça o mesmo e nem mesmo possa passar essa possibilidade em minha cabeça. Pobre eu, tentando não segurar o choro quando ele fala que não pode mudar algo que ele decidiu, eu entendia o que ele quis dizer ainda, mais quando você se sente um peso para as pessoas.

Eu me sentia assim, mas não tinha essa coragem, ainda tinha esperança de poder enxergar de novo e poder ser feliz, não que eu não seja, mas poderia ver quem eu sempre gosto. Toda vez que o hospital liga dizendo que um doador ia dor eu ficava mais feliz que qualquer coisa nessa vida.

– Eu pensei que ela ia conseguir convencer ele a não fazer isso. – Falou assim que saímos do cinema, sua voz parecia mais solta. – Vamos tomar sorvete.

Ele me puxou pela mão, eu fiquei sem reação apenas deixei ele me levar, ele parecia animado demais por quase correr em minha frente, eu não consegui enxergar, mas sabia que ele estava sorrindo, eu mesmo estava rindo daquela situação engraçada.

Mesmo depois que chegamos na sorveteria ele não largou minha mão, ele pediu para eu escolher que ele pagaria para mim, eu nem hesitei, só escolhi de chocolate com creme. Ele pediu a mesma coisa para ele, ficamos em silêncio até os sorvetes chegarem e sentamos em uma mesa, não sei bem onde, pois estava ainda perdido nas minhas coordenadas e apenas sabia que ficava uns cinco passos da porta da sorveteria.

– O quer fazer depois? – Perguntou ele.

– Não sei andar de bicicleta e eu sempre quis aprender. – Falei um pouco tímido. – Se você não quiser não me importo.

– Não, vou te ensinar a andar de bicicleta. – Falou ele animado, eu estava feliz, pois ele está se abrindo para mim.

– Você está diferente. – Falei sem pensar. Odeio falar coisas antes de pensar. – Quero dizer, gosto desse jeito seu.

– É. Você está com sorvete... – Antes mesmo de ele terminar sua frase, eu sinto sua respiração próxima a minha, ele põe sua mão perto do meu queixo e alevanta um pouco meu rosto. Meu coração está acelerado de mais, minha respiração está falhada, ainda mais com esse contato tão próximo um do outro. – Deu limpei.

– O-Obrigado. – Encolho meu rosto e coro fortemente.

Estou com muita vergonha, eu não sei nem o que está acontecendo comigo, apenas quero sair daqui antes que meu coração comesse a falhar junto com minha respiração. Eu estava muito envergonhado, odeio ficar envergonhado, mas com ele era impossível não sentir essa vergonha.

Terminamos o sorvete e seguimos em busca de usa bicicleta, ele me contou que ele me levaria depois de me ensinar a andar de bicicleta, pois tinha um compromisso e se não fosse seu pai ia xingar ele. Eu até insistir em deixar isso para outro dia, mas ele é cabeça dura e disse que iria me ajudar a aprender, não deixei de sorrir com esse comentário.

Seguimos para uma praça que ele falou que tinha um campo de futebol, eu não sabia onde estava ainda, mais quando não enxergo os lugares. Eu tinha medo de me perder, mas tinha coragem de explorar, o que fazia que eu sempre vagava pela cidade toda a vez que me batia a coragem, nesses momentos era em brigas ou quando me sentia solitário.

– Pode sair. – Falou ele, eu apenas obedeci ao que ele falou. – Espera aqui.

Fiquei lá por um pouco tempo até ele votar e me pôr em cima da bicicleta. Eu estava com medo, sim eu estava com muito medo de andar de bicicleta, pensa eu andando de bicicleta e com medo de cair ou se machucar. Como eu já falei, o meu maior medo é cair e passar vergonha, mas precisava ter coragem ainda mais quando tem o Jongin me ajudando.

– Bom vou andar com você por algum tempo. – Falou ele e eu apenas confirmei com a cabeça. – E depois vou largar.

– Não. – Falei um pouco desesperado, ele apenas riu de mim. – Não me larga.

– Calma vai dar tudo certo, a única coisa é você seguir sempre em frente. – Falou ele com a voz calma com aquela situação, quanto eu estava desesperado. – Eu estarei logo atrás de você.

– Tudo bem, mas não deixe eu cair.

– Não prometo isso, mas você vai ficar bem. – Falou ele, o que fez eu não ter calma nenhuma. – Vamos começar. Pedala devagar.

Comecei a pedalar devagar e tremia o guidom com o pequeno desespero que eu estava. Porque eu tinha que dizer que queria aprender a andar de bicicleta.

– Isso está indo muito bem. – Indagou Jongin, eu estava com pouco mais de confiança. – Agora pedala mais rápido.

– Ok. – Falei um tanto confiante.

– Isso, está conseguindo. – Eu estava feliz, eu estava conseguindo. – Agora vou te largar. – Tentei falar algo, mas ele me impediu. – Vai dar tudo certo.

Comecei a pedalar rápido, assim que senti seu corpo sair do meu lado, eu tremi um pouco, mas estava confiante, eu estava conseguindo andar sozinho. Queria que meu irmão tivesse visto isso, ele sempre fica feliz quando eu consigo fazer algo sozinho e que sou capaz de fazer algo.

– Eu estou conseguindo. – Estava animado, eu nem sei o que estou sentido agora. – Eu sei andar de bici... – Nem terminei a frase que já estava rolando no chão junto com o Jongin.

Foi tudo muito rápido, mas quando ele viu que eu iria cair ele tentou me segurar, nós dois caímos um por cima do outro, o que resultou em nossas risadas assim que paramos de rolar. Ele ficou em cima de mim, eu senti sua respiração perto do meu rosto, meu coração, mais uma vez acelerou, meu corpo gelou.

Involuntariamente minhas mãos, subiram em seu rosto. Eu queria enxergar como ele era e como era a pessoa por que eu me apaixonei, sim acho que estou apaixonado por ele. Quero poder dizer se ele é bonito ou feio, não me importava com isso e muito menos com nada, apenas queria sentir seu rosto, não da mesma forma que meu irmão e sim de uma forma mais intima.

– O que você está fazendo? – Perguntou meio preocupado.

– Quero ver como você é.

Ele nada respondeu e eu interpretei como um sim, botei minha mão em seu rosto, comecei a sentir todos detalhes que ele tinha. Comecei pela sua bochecha quer era fina, mas um pouco grande, desci até seu queixo que era um pouco quadrado. Sua boca era grossa igual a minha, eu acabei sorrindo disso, logo em seguido subo em seu nariz que era um pouco grande para o lado.

Seus olhos eram menores que os meus – pesar que a maioria eram menores que os meus – e bem fechado, passando para sua testa pude sentir que era grande e com cabelo nela, pois estava soado correndo atrás de mim. Desço de novo para bochecha, mas passando a contornar pela sobrancelha e do lado de seus olhos.

– Você é feio. – Declarei, e comecei a rir.

– Eu não sou feio. – Falou um pouco magoado. – Sou a pessoa mais bonita da escola.

– Não você é feio. – Falei de novo. Na verdade, ele não era feio, não para mim, ele em minha imaginação era um anjo e que queria para mim.

– Não sou feio.

– Você é...

Não consegui terminar minha fala, apenas senti seus lábios nos meus, meu estomago revirou e meu corpo congelou. Eu estava sem reação, mas sentir seus lábios nos meus era bom e macios e não demonstrava desconforto nele. Ele pegou meu lábio de baixo, mas não pediu passagem para a língua e não seria eu que ia pedir.

Meu coração estava descompassado, meu estomago revirado e tudo em mim estava pedindo mais e mais, eu não queria só aquele beijo, mas mesmo assim eu queria aquele beijo calmo. Eu queria ele, meu corpo dizia que era ele, meu corpo está com borboletas não só no estomago e sem nas minhas veias distribuindo todo por todo meu corpo.

– Desculpe. – Falou ele se afastando de beijo.

– Não precisa se desculpar. – Falei, sabia que ele estava confuso, porque eu também estava. – Eu gostei. – Assim que declarei corei.

– Preciso te levar para casa. – Ele saiu de cima de mim e me ajudando a levantar do chão.

Seguimos pelas ruas em silêncio e nada eu falava, eu não queria quebrar aquele silêncio e muito menos sabia como fazer aquilo. Que apenas seguia sem questionar e nem nada, mas eu estava feliz por dentro, pois sei que ele me correspondeu.

Eu nunca tinha sentido aquelas coisas por ninguém e nem pelo Kris sentia meu corpo daquele jeito, eu apenas queria sorrir, mas não sabia se podia, eu estava feliz, confuso e nervoso ao mesmo tempo. Eu não acredito que ele me correspondeu, mesmo sabendo que eu estava apaixonado por ele, meu corpo disse isso no mesmo momento que nos tocamos.

– Você está entregue. – Indagou e me desceu da bicicleta. – Até segunda.

– Até. – Ainda estava envergonhado com o que aconteceu.

Entrei em casa sem muita dificuldade, nem sei se tinha alguém na sala, apenas subi a escada com cuidado para não cair e entrei meu quarto. Eu ainda estava com uma confusão mental que nem eu mesmo sei como tirar ela, eu estava feliz com aquele beijo, toda vez que eu parava para lembrar meu estômago embrulhava e eu ficava envergonhado.

Fiquei um bom tempo tentando entender o que aconteceu, algo em mim dizia que ele gostava de mim e que era por isso o beijo. Meu Deus ele gosta de mim, eu preciso falar com alguém, eu não acredito que o Jongin gosta de mim, logo eu. Eu sei que me rebaixo muito, mas ele me beijou, há algo melhor do que o seu beijo, ainda queria provar seu beijo de língua para ver como era.

– Como foi? – Wonsik entrou igual policial entra e depois pergunta se pode entrar.

– Foi bom. – A única coisa que eu consegui dizer.

– O que fizeram? – Meu irmão era igual a mim quando se trata de ser curioso um com outro. Nós não tínhamos segredos mesmo.

– Nós fomos no cinema. – Falei com um sorriso bobo no rosto. – Fomos tomar sorvete e depois ele me ensinou a andar de bicicleta, só que nós... se... – Eu não consegui terminar a frase, já estava envergonhado de mais.

– Vocês?

– Nóssebeijamos. – Falei tudo de uma vez só, não queria passar aquela vergonha, e me joguei na cama.

– Não creio. – Ele falou surpreso e se sentou do meu lado. – Eu sabia que isso ia acontecer.

– Sabia? – Perguntei confuso.

– Que vocês iam se beijar, acha que eu não vi vocês se olhando um para o outro? – Ele passou a mão em meus cabelos. – Você sentiu algo no estomago?

– Como você sabe?

– Porque eu senti a mesma coisa com o Leo. – Confessou ele e eu mesmo com a cabeça tapada sorri. – Isso quer dizer que vocês são especiais um para o outro.

– Não quer dizer nada. – Falei rápido. – Só foi um beijo diferente que eu tive... – Deixei minha voz morrer.

– Tudo bem então, vou lá que vou sair com o Taekwoon. – Falou se levantando de minha cama e indo para fora do quarto fechando a porta.

Não queria acreditar no Ravi, mas era impossível dizer que não era, como eu tinha falado nem com o YiFan eu senti isso, olha que eu gosto muito dele, gostava Kyungsoo, gostava. Preciso contar para o Lay, ele tem que saber o que aconteceu, ele é meu melhor amigo e precisa saber.

Será que o Jongin sentiu a mesma coisa que eu, ele não falou nada depois daquilo, não que eu esperava uma chamada dele, mas queria saber se ele sentiu a mesma coisa que eu. Pego meu celular e consigo ligar para o Lay.

– Lay? – Pergunto.

Kyungsoo? – Perguntou ele. – Aconteceu alguma coisa?

– Não, na verdade sim. – Falei, acho que estou nervoso de mais para falar algo para ele. – Bem eu preciso te contar algo.

Eu também. – Falou ele, será que a mesma coisa que ontem? – Mas fala a sua primeira.

– Não fala você.

Kris está noivo. – Aquilo me pegou de jeito, eu não sabia reagir aquilo. Eu precisava, eu não gostava mais dele mesmo.

– Sério que bom. – Falei, mas no fundo estava magoado, não sei porque.

Mesmo?

– Sim. – Repeti de novo, bom não preciso magoar ele agora. – O que eu tenho que falar é que eu fiquei com o meu ajudante de uma semana.

Sério? – Não foi a voz de Lay que falou agora, meu coração paralisou. – Oi Kyungsoo.

– Oi Kris.

Isso é bom, fico feliz que você achou outro. – Senti sua voz um pouco magoada. – Assim sei que não te machuco.

– Eu também. – Falei sem jeito.


Notas Finais


Olá de novo.
Sobre o Cap. Nada a declara, to sem ar que beijo foi aquele, nem eu consegui aguentar.
Achei muito fofo esse cap. Espero que gostem
E esse final, muita coisa em um cap. To tremendo Rosana como assim o Kris ta noivo e ninguém avisa, entendi o porque o Lay estava evitando de contar para o Kyungsoo.
O Jongin foi fofo nesse cap. Imagina como ele ficou com esse cap. Será que ele vai começar a mudar seu pensamento sobre o Kyungsoo? Espero que sim porque quero esses dois juntos.
Tava escrevendo aqui me perdi nos pensamentos, desculpe. to parecendo a Clarice Lispector, quem conhece as obras delas sabe o que eu estou falando, a louca que eu amo suas obras.
Continuando, eu queria dizer que eu acabei o cap agora tipo não faz 5 min. Pois como sabem meu aniversário foi segunda e tive que fazer muita coisa e para ajudar tive um bloqueio que desfez ontem de noite por sorte, eu adorei esse cap, como eu gostei de escrever ele. Só digo uma coisa minha escritora de fanfic favorita está lendo minha fanfic, to Berrando, foi notada pela Senpai <3 Se tiver errado, me desculpe eu não consegui ler direito e corrigir, na verdade corrigi só o que era visível.
Ah, comecei a estudar português de novo por causa de vocês, para deixarem a minha escrita boa, acho que até o final da fanfic, meu problema com a escrita já esteja acabada. Espero que gostem, ah já estou pensando em uma fanfic Chanbaek de comédia, pois quero testar todas as minhas habilidades na escrita e nunca escrevi nada de comédia, essa vai ser a primeira. Antes que pergunte, não essa não está próxima de acabar, está muito longe, vamos dizer que nem chegamos na metade da fanfic ainda.
Até quarta que vem<3
Saranghae <3


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