Parte um
Gênesis
Prólogo
- ... E eis que veio uma forte chuva, arrasadores furacões, enchentes devastadoras, terremotos destruidores, ondas gigantescas... - contava um velho senhor empolgado, sob a luz de uma fogueira fumegante, para uma pequena plateia de crianças. - ... Vulcões entraram em erupção simultaneamente, como se tivessem combinado. Meteoros atingiram nosso planeta e fizeram dele uma bola de papel. O nível do mar subia sem parar, fazendo metrópoles litorâneas desaparecerem do mapa. A economia se desestabilisou. Governos cairam. Poderosos países viraram vilas pós-apocalípticas. Democracias viraram anarquias. Uma absurda sequência de desastres naturais abalou a frágil Terra...
- Você estava lá quando tudo isso aconteceu, senhor Guliver? - interrompeu uma garotinha, se mostrando interessada na história.
- Não - o homen riu -, não sou tão velho. O ano em que tudo isso ocorreu foi 2.020. Foi uma época difícil, um caos. O mundo estava em colapso total. Não houve um país que não registrou um desastre em seu território. Muitas pessoas morreram. - Após tomar um tempo para respirar, ele continuou: - Uma forte chuva começou a cair, no mundo inteiro. O clima estava maluco. Temendo um dilúvio, as pessoas procuravam subir os montes mais altos. Seria aquilo o fim dos tempos? Não. Claro que não, senão eu não estaria aqui lhes contando essa história. - As crianças, as que estavam acordadas, riram. - Puxa vida, já está tarde. Acho melhor vocês irem para suas casas. Vamos, acordem, vou levá-los até suas famílias. O velho homen cumpriu sua palavra e levou as crianças a seus respectivos lares. Minutos depois já se encontrava em seus aposentos.
Após a queda da antiga sociedade perante desastres naturais, em 2.020, o mundo foi, independentemente, divido em vilas. Os escolhidos para governarem as vilas eram chamados de "reis". O ano agora era 2150 e Joséh Guliver, o velho contador das histórias desastrosas, já beirava os 70 anos. Seu filho, Gabriel, era o atual líder da vila em que moravam, chamada de Vila Maresia. Vila Maresia era um local bem agradável, na beira da praia. Havia casas e pequenos prédios, sendo que dois deles se destacavam. Eram dois prédios idênticos, paralelos, onde viviam e trabalhavam a "realeza". A população do vilarejo era cerca de dez mil habitantes. A maioria vivia da pesca. A indústria nunca se reabilitou em nenhum lugar do mundo depois do, como eles nomearam, o Grande Desastre de 2.020.
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