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História O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - Suspenso no ar


Escrita por: SpiderFromMars

Capítulo 14 - Suspenso no ar


Fanfic / Fanfiction O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - Suspenso no ar

   Não esperaram mais nada e juntos conseguiram passar pelo buraco no teto, e depois de algumas dificuldades, tocaram o solo. Nem se deram ao trabalho de ficarem em pé, pois ver os dois prédios caídos e destroçados no chão foi, no mínimo, desanimador. A visão era melancólica, triste, e eles sentiram uma dor profunda ao verem aquela cena.
   Ambos banhavam-se em lágrimas quando pensaram nas pessoas que poderiam estar mortas ou sofrendo no meio daquele entulho.
   - Será que foi um terremoto? - perguntou Jason, ajoelhado.
   - Não. Só os prédios caíram. Nenhum outro lugar foi atingido.
   Quando olhavam para o que restou daquela construção, viram uma sombra aparecendo em meio aos materiais empilhados. A sombra foi ganhando forma e densidade física diante da vista dos dois homens ali presente.
   - Eu... eu conheço essa sombra - gagueijou Gabriel, bem baixo, tremendo e com um filme passando em sua mente.
   Troan se revelou, andou um pouco mais e parou, mantendo uma certa distância. Depois voltou a andar, se aproximando dos humanos.
   Cada passo que ele dava era friamente calculado e não se importava de esperar cada segundo para cumprir cada milímetro de seu plano de vingança. Tirando suas próprias conclusões sobre os dois homens que estavam admirando-o, retribuiu de volta o olhar, mirando o ajoelhado Jason e o robusto Gabriel, que levantava-se aos poucos.
   - Que... interessante! - citou o alien, dando largos passos na direção dos humanos. - Seu rosto me parece familiar. Você - ele olhava sem piscar para Gabriel - já me viu em algum lugar antes?
   - Não me lembro - respondeu o rei, olhando com medo para a arma que Troan carregava na mão direita e em outras no cinto.
   Gabriel respirou aliviado por alguns breves segundos, enquanto Troan guardava sua arma no cinto. Mas aquilo não era algo bom. Ele só guardou a arma para ficar com as mãos livres, podendo assim erguer o humano.
    Dito e feito! Agarrou Gabriel pela camisa até suspendê-lo no ar.
   - Me solta - pediu o humano, suspenso e com dificuldades para respirar.
   - Onde é que está o líder deste lugar? - questionou o alien para o homem pendurado em suas fortes e grandes mãos.
   - Não... não... sei...
   O humano foi jogado ao chão com brutalidade e ao cair foi ajudado pelo seu assistente. Os dois temiam as ações do alien e, naquele momento, ficaram absolutamente quietos, sem nenhum movimento brusco. Um se apoiava no outro e aos poucos se levantavam.
   Troan deduziu que aqueles dois eram totalmente inúteis, então se virou e preparou sua arma tirada recentemente do cinto. Enquanto ajeitava os últimos detalhes, parou para pensar e veio à sua mente a lembrança de quem era aquele homem na sua frente.
   - Ah, sim, agora me lembro - disse e virou-se, ficando frente a frente com Gabriel. - Você estava lá, quando eu levei aquela fêmea. Você atirou em mim... não foi?
    Gabriel nem pensou em responder tal pergunta. Temia interromper as altas e sinistras gargalhadas de Troan.
   - NÃO FOI??? - Gritou o alien que, mesmo sem ouvir nada, já sabia da resposta.
   Rindo como um psicopata, o alienígena deixava os dois homens cada vez mais aterrorizados.
   - S... Sim - resolveu responder.
   - Bem, já que você atirou em mim para matar, nada mais justo do que eu retribuir.
   Os dois estavam agora na mira exata da moderníssima arma de Troan. O alien curtia cada segundo daquilo. Estava prestes a atirar. Gabriel e Jason já haviam até fechado os olhos, mas nenhum tiro foi ouvido. O único som que ecoava por ali era uma doce e desesperada voz, pedindo socorro. A voz vinha dos destroços dos prédios e os humanos sabiam a quem ela pertencia.
   Vendo que aquele pedido de socorro mexia com os homens, ele abaixou a arma, não por compaixão, mas para fazer algo bem pior.
   - Não saiam daqui!
   O ex-líder de Redder virou-se de costas novamente e começou a andar por ali, no meio do produto de sua ira. Ali perto viu uma bela jovem presa em algumas ferragens, com uma perna fraturada. Desceu até ela e retirou os ferros que a prendiam. Depois de libertá-la, carregou-a em seus próprios braços até sairem daquele chão de tijolos e concretos destroçados.
   - Me solta, seu...
   Troan jogou-a  no chão sem prestar atenção no pedido dela. Viu Gabriel correr na direção deles mas o fez parar ao mirar sua arma para ele.
   - Eu falei para não sairem! - gritou o alienígena.
   - Não machuque ela. Não toque nela.
   - Eu - ele voltou a rir como um lunático -, eu não posso prometer nada.
   Aquelas risadas deixariam qualquer um aflito, e a jovem Ana Lívia era obrigada a ouvi-las de perto. Como se não bastasse, também tinha que sentir os fortes passos de Troan ao seu redor.
   Sentada e com a perna machucada, via o redder ao seu lado, armado e mostrando maldade até no cheiro. Cada passo, cada aproximação era como uma morte diferente para Ana, que chorava muito, assim como seu pai.
   Troan, com sua vasta experiência de vida, notou que havia um forte laço familiar entre os dois. Teve certeza disso ao pegá-la pelo pescoço e levantá-la.
   A garota, assim como o seu pai há pouco, ficou suspensa no ar, sem poder sentir o solo nos pés. Ele apertou mais forte e ela tentou, em vão, se livrar, mas com sua força obviamente inferior, não conseguiu nada.Sufocada covardemente, tirou forças do fundo da alma e, com toda a potência possível, gritou, fazendo desse brado sua última esperança de vida.
   Então começou a chover.


Notas Finais


Prox. Capítulo: "Ser Humano."


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