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História O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - O início, o fim e o meio


Escrita por: SpiderFromMars

Capítulo 16 - O início, o fim e o meio


Fanfic / Fanfiction O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - O início, o fim e o meio

   Desligou a nave apertando alguns botões e saltou da cadeira, começando a correr  até passar pela porta.
   Pulou no mar, dando um mergulho profissional. Nadou como se tivesse passado a vida toda na água. Nadou tão bem que daria inveja a qualquer peixe. Com tal façanha, chegou rápido às areias da praia e assim que viu-se de pé, ergueu as mãos para sentir aquelas milhares de gotas que caíam sobre ele. Mesmo um pouco assustado com os trovões, ele nao se intimidou. Queria sentir a chuva, pegar a chuva, ser a chuva, e foi aí que ele viu que a água era o que ele mais gostava na Terra.
   - A água cai do céu, como em meus sonhos.
   Depois dessa experiência ele correu incrivelmente rápido, como se tivesse passado a vida inteira treinando para uma maratona. Corria tão bem que daria inveja a qualquer guepardo. Com tal façanha, chegou rápido aonde os prédios foram derrubados por Troan.
   Quando viu seu ex-líder segurando Ana pelo pescoço, sentiu alegria e tristeza. Uma porque a moça ainda estava viva e a outra porque ela estava nas mãos de um ser poderoso, maníaco e sedento por vingança.
   Se não fosse pelos trovões e pela chuva, que preocupavam-no, ele já teria a matado. Ao contrário de Diego, Troan não gostava nem um pouco da "água que caía do céu", nem do barulho dos trovões.
   Soberano e em um tom magnífico, o mestiço subiu em um amontoado de ferros e tijolos e, em uma pose heroica e audaciosa, gritou com coragem para o seu ex-líder:
   - Troan!!! Solta-a!
   Ao sentir aquela voz renitente penetrar os seus vastos ouvidos, Troan teve certeza de duas coisas: a sua vingança estava chegando ao fim e esse fim seria mais do que longo. Sua respiração foi a mais rápida de sua vida e seus batimentos cardíacos eram superiores ao normal para sua espécie. Seu sorriso foi discreto porém perceptivo e seus olhos, seus grandes olhos, brilhavam loucamente, mas não era com o brilho bom. A água da chuva que caía em sua cabeça careca deslizava pelo seu rosto e as gotas sobreviventes penduravam-se no seu queixo um pouco peludo e, em seguida, evaporavam-se.
   Com a raiva que sentia do híbrido Diego, ele aproveitou cada segundo que demorou para virar a cabeça e vê-lo o esperando para o acerto de contas. A garota, que já não era mais importante para ele, foi  jogada no chão sem dó, gritando devido à perna machucada.
   Os passos de troan em direção ao mestiço alegraram Gabriel, que pôde enfim ir até sua filha com seu assistente e ajudá-la. O afastamento do grande alien fez um pequeno alívio entrar nos corpos daqueles humanos.
   - Filha, está bem? - perguntou Gabriel, ajoelhando-se ao lado dela.
   - Minha perna. Esta doendo muito.
   Ana Lívia chorava e delicadamente tocava sua perna debilitada.

   Os olhos de troan, que visavam apenas acabar com Diego, pareciam não ver mais nada ao redor. Ficaram ainda mais dinâmicos quando apenas alguns metros de ar os separavam do híbrido, que ali parado, encaravam-o com pretensão.
   Apenas a existência do mestiço ali diante dele era um insulto aos seus conterrâneos mortos em batalha e às vítimas que foram cruelmente massacradas pelos arzarianos.
   - Até que enfim eu te achei - gritou Troan, iniciando aquela conversa complicada. - Foi meio difícil te encontrar, sabia? É que você está sempre fugindo dos problemas! - colcluiu, enfatizando a palavra "fugindo".
   - Escuta, eu sei que...
   - VOCÊ NÃO SABE DE NADA! - interrompeu, com um grito ensurdecedor. - Você é apenas um bastardo criado em um laboratório. Você só nasceu para fazer uma coisa e mesmo assim fracassou. Você não é humano. Você não é um redder. Não tem ninguém como você e ninguém vai sentir a sua falta quando eu te matar. Fui seu começo, seu meio, e agora serei o seu fim.
   Aproveitando a chuva que ficava mais forte, Gabriel e Jason pegaram Ana e a levaram para um pouco longe dali, onde poderiam ficar distante daquele conflito. Eles sabiam que uma luta como aquela poderia causar um grande estrago.
   - Não seria melhor nos afastarmos um pouco mais? - sugeriu Jason.
   - Não, aqui está bom. Precisamos ver o que vai acontecer.
   Aos clarões dos relâmpagos, Diego podia ver a raiva do redder nos olhos e queria muito achar um jeito de acalmá-lo. Teve sorte de estar chovendo naquele momento, pois sabia que a água o trazia uma esperança inexplicável. Os trovões frequentes naquela tempestade ainda o incomodava, disso ele tambem sabia. Quando olhava para as negras nuvens, ele imaginava um homem estelar, gigante e poderoso, vivendo nas nuvens e muito zangado por ter que ver aquela briga. As lágrimas de tal ser cósmico era a chuva e os relâmpagos eram suas orações pedindo clemência e misericórdia.
   - Olha, eu sei que devíamos ter te resgatado, mas se tivéssemos voltado, estaríamos todos mortos - tentou explicar, torcendo para Troan compreender.
   - Quem te disse isso? Foi o inútil do Kevin?
   - Ele está morto.
   - Que pena, é um a menos para eu matar - disse, retirando sua melhor arma do cinto.
   - Eu sei que você sente uma raiva enorme pelo que aconteceu, mas matar pessoas inocentes não vai trazer o que perdemos de volta.
   - Eu não tenho mais nada! - berrou Troan. - Iluminados roubaram meu planeta. Mataram todos. Sou o último redder puro vivo.
   Troan apontou sua arma para a cabeça de Diego, trêmulo, mas não via o mestiço se mexer.
   - Não vai lutar por sua vida?
   - Eu não quero lutar. Eu quero te pedir desculpa.
   Não conseguindo esconder o impacto que tais palavras lhe causaram, tremeu ainda mais a mão que segurava a arma, assim como tremeu os brilhos dos seus olhos. Endireitando sua rude postura, quis mostrar que aquelas palavras não significavam mais nada para ele.
   - Não quero e nem preciso de suas desculpas.
   Após mostrar que não estava ali para desculpar ninguém, atirou contra Diego. Esse último, que já havia previsto a rigorosa insensatez de Troan, correu, conseguindo desviar-se dos raios do inimigo.
   O Mestiço escondeu-se atrás de algums montes de lixo empilhados, as ruínas dos prédios, e contava com a chuva como aliada.
   - Você não acha que já se escondeu demais? - Gritou Troan, atirando desenfreadamente para todos os lados, visando atingir o seu alvo. - Não acha que já fugiu demais? Covarde!
   Um dos seus tiros perdidos quase perfurou a testa de diego, mas o mestiço soube desviar-se com agilidade. A perseguição sem descanso de Troan foi fazendo-o afastar dos destroços daquele local. Cada tiro parecia chegar mais perto do seu alvo, mas o seu oponente tinha táticas evasivas bem eficientes.
   O temporal que se alastrava ficou ainda mais forte. Os ventos da tempestade era uma ameaça pessoal para Troan. Sua melhor arma deixou de funcionar devido à água penetrada e quando tentou atirar só ouviu alguns clicks. Definitivamente Troan odiava a "água que caía do céu". Os relâmpagos atormentavam-no, os trovões entorpeciam-no e as águas limpavam-no.
   Jogou a sua arma inútil no chão e caminhou em busca do mestiço escondido, e, para sua surpresa, não precisou procurar mais. Diego foi até ele e o surpreendeu pulando em suas costas e o agarrando pelo pescoço.
   Os dois cambalearam para lá e para cá, como se estivessem bêbados ou drogados. Enquanto Diego estava pendurado em seu cangote, Troan, com os dois braços, tentava arrancá-lo de lá. Aquela breve luta corporal durou alguns segundos. Acabou quando Troan, como um judoca profissional, derrubou o seu oponente e o prendeu em suas mãos.
   - Acabou. Depois que eu te matar, vou fazer o mesmo com todos eles.
   Com seu olhar lunático, se preparava para estrangular o híbrido Diego até à morte.


Notas Finais


Prox. Capítulo: "Como treinar o seu pólus."


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