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História O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - Como treinar o seu pólus


Escrita por: SpiderFromMars

Capítulo 17 - Como treinar o seu pólus


Fanfic / Fanfiction O Mestiço e o Vingador do Planeta Vermelho - Como treinar o seu pólus

   Suas mãos rodeavam o pescoço do mestiço com uma força sobrenatural, fazendo Diego, aos poucos, perder o ar. As grandes mãos vermelhas de Troan impediam o oxigênio de ir aos pulmões do seu inimigo e, a cada segundo que passava, via o brilho dos olhos do mestiço desaparecerem.
   Mas algo o impediu de prosseguir. Um bramido do grande pólus que ele soltou ali perto o fez levar as mãos às orelhas, do contrário, poderia ficar surdo. Ao virar a cabeça lentamente, viu a temida face do colossal animal, e, deixando Diego desmaiado, começou a correr.
   O pólus, sem demora, disparou-se na direção que Troan corria, tentando acabar com o seu jantar. Mais um urro do animal e todos ali perto tiveram que levar suas mãos às orelhas, e Troan fazia isso sem parar de correr.
   Para Diego até que foi bom, uma vez que os bramidos do animal alienígena o fizeram acordar. Assustado, tossiu, e mesmo conseguindo respirar, ainda parecia sentir falta de ar. Alguns segundos de tosse e sua respiração voltou ao normal, podendo agora ficar de pé. Além dos entulhos e das ferragens, via o gigante animal correndo atrás de Troan, e, para a sua surpresa, estavam vindo em sua direção. Subiu em um monte de tijolos e ferros amontoados e via com perfeição a fera a se aproximar. Troan passou por ele com rapidez e assim que o pólus ia amassá-lo, Diego pulou dos tijolos e montou nas costas do animal.
   Nenhum dos dois soube como reagir. O animal parou sua fúria natural inexplicavelmente. Troan olhava sem acreditar e com mais raiva do que nunca, pegou do seu cinto uma arma que ainda funcionava. Ia atirar no mestiço montado no pólus mas teve que adiar. Viu o gigante animal redder erguer-se e ficar em pé apenas com as patas traseiras, como um cavalo prestes a correr. Diego teve que agarrar em alguns pelos do animal para não cair.
   O pólus permanaceu nessa pose magnífica até urrar bem alto, e depois tocou o solo com as patas dianteiras.
   Boquiaberto com o que via, Troan ouviu tiros antes que pudesse disparar os seus. Ao olhar para o lado, viu um grupo de mais ou menos vinte guardas locais, armados. O ex-líder de Redder correu, e foi tão rápido que em poucos segundos já havia desaparecido no horizonte.
   Aqueles guardas certamente não sabiam de Diego e para eles eram apenas dois E.T.s resolvendo as suas desavenças do passado. Voltaram a atirar, fazendo o pólus correr e se esconder.
   - Parem! Cessar fogo! Cessar fogo! - gritava uma desesperada voz.
   Nenhum tiro foi ouvido depois da ordem dada. O rei Gabriel passou pelos seus soldados e correu desesperado até Diego, que estava montado em um...
   - Mas que diabos é isto?
   - É um pólus! É um animal selvagem de Redder - o pólus começou a ficar agitado, balançando sua cabeça. - Cuidado, se afaste um pouco.
   - Como esta coisa veio parar aqui?
   - Troan. Não sei como, mas só pode ter sido ele.
   - E para onde ele foi?
   - Correu.
   - Vá atrás dele. Mate-o antes que ele nos mate.
   - Não consigo controlar este animal. Ninguém jamais montou em um pólus e se eu descer ele vai nos atacar, e eu não poderei fazer nada.
   Para a surpresa deles, o animal começou a caminhar, devagar. Diego segurou forte nos pelos dele, temendo cair, pois o animal estava ensopado e escorregadio.
   - Quero ver sua filha - disse o mestiço, instável nas costas do animal.
   Gabriel fez um esforço para acompanhar os passos da fera e, seguido de seus guardas curiosos, foram até onde estavam Ana Lívia e Jason. A moça estava sentada e ao seu lado o Dr. Lovitz cuidava de sua perna ferida.
   - Você está bem? - perguntou Diego, parecendo ameaçador controlando aquela fera gigante.
   - Não te interessa como ela está - respondeu o pai dela. - Afinal, você não estava fugindo?
   -Mas eu voltei.
   A tempestade, enfim, diminuiu, e a lenta parada da chuva começou a mexer com a mente do mestiço. Sentia-se mais exposto e uma tontura tomou conta de sua visão quando as águas pararam totalmente.
   Ele caiu do pólus!
   Caído, viu as volumosas nuvens dando, aos poucos, lugar ao sol. O pólus ficou parado. Parecia entorpecido, embriagado, como se tivesse percebido só agora que estava muito longe de casa. Diego esqueceu-se um pouco da ameaça que aquele animal poderia representar e ficou olhando para o céu, imóvel.
   - A água... parou?!
   Os humanos nem responderam. Tinham tanto medo do animal ali presente que mal se moviam ou piscavam. Mas mesmso assim alguém disse algo.
   - Queria que a chuva durasse para sempre, é?
   - É que eu gosto tanto da "água que cai do céu". Ela me dá forças. Eu não queria que ela parasse nunca.
   Declarou para todos ali o seu amor pela água, uma declaração que com certeza aqueles humanos jamais tinham ouvido. O alien não sabia que as águas já tinham matado muita gente.


Notas Finais


Prox. Capítulo: "Sacrifício".


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